E Viveram Felizes para Sempre

E Viveram Felizes para Sempre

by Stephen Davey Ref: Ruth 4:13–22

E Viveram Felizes para Sempre

Quando Contos de Fada se Tornam Realidade—Parte 10

Rute 4.13–22

 

 

Introdução

Logo no início de praticamente todos os contos de fada que eu lia para as minhas filhas estavam as palavras, “Era uma vez.” Essas palavras por si já evocam memórias de donzelas em perigo e príncipes corajosos vindo para o resgate.

Nós vimos, na verdade, um conto de fada se tornando realidade. Nos dias dos juízes e por todo o decorrer da história de Israel, o povo não somente receberia o privilégio de fazer parte da genealogia do Messias, mas também receberia um modelo de caráter, virtude, pureza e obediência a Deus. “Era uma vez” realmente aconteceu dessa vez. Uma donzela em perigo foi realmente e verdadeiramente resgatada por um príncipe.

Apesar de estarmos lidando com pecadores imperfeitos em carência da graça de Deus em suas vidas, fica óbvio que Boaz e Rute viveram segundo Deus antes e depois de terem se casado. Eles não somente permaneceram juntos, mas criaram um filho piedoso que deu continuidade à herança de seus pais, vivendo segundo Deus. Isso continuou por vários anos, até que chegamos ao parente mais famoso da linhagem de Boaz: o seu bisneto, Davi, o grande poeta e rei de Israel.

Vamos observar o fim desse conto de fadas da vida real que encerra contando esse registro inspirado por Deus a respeito de um príncipe chamado Boaz e uma donzela em perigo chamada Rute.

Uma Cerimônia de Casamento Consumada

Note o verso 13 de Rute 4:

Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o SENHOR lhe concedeu que concebesse, e teve um filho.

Notamos como esse conto de fadas rapidamente entra em seu desfecho. Em apenas vinte e seis palavras e poucas sentenças temos o casamento, a lua-de-mel, um lar sendo estabelecido, a concepção, nove meses de gravidez e o nascimento de um filho.

Se passarmos esse filme em câmera lenta e voltarmos a essas cenas, descobriremos pela história que o casamento de um casal como Boaz e Rute seria um evento bem elaborado e que a vila toda seria convidada. A noiva e o noivo estariam vestidos com trajes de rainha e rei. Se o noivo fosse rico, como era o caso de Boaz, ele vestiria algo na cabeça ou mesmo uma coroa feita de ouro. Também era o costume o noivo banhar seus trajes em perfume—incenso e mirra.

Talvez essa seja mais uma figura do Messias, o descendente legal de Boaz e nosso Parente-Resgatador que, quando criança, recebeu presentes adequados a um homem preparado para resgatar a sua noiva.

O casamento de Boaz e Rute foi consumado e, depois de poucas palavras, lemos que ela dá à luz um filho. Olhe um pouco mais adiante no verso 17, onde lemos:

As vizinhas lhe deram nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.

Não era algo comum para as mulheres darem nome a uma criança. Talvez elas tenham saído com esse nome por causa da animação e Rute e Boaz concordaram. O interessante nisso tudo é que Rute e Boaz, em grande parte, desaparecem de cena nessa história e o foco do autor divino retorna a Noemi.

Uma Avó Viúva Revigorada

Observe os versos 14 e 15:

Então, as mulheres disseram a Noemi: Seja o SENHOR bendito, que não deixou, hoje, de te dar um neto que será teu resgatador, e seja afamado em Israel o nome deste. Ele será restaurador da tua vida e consolador da tua velhice, pois tua nora, que te ama, o deu à luz, e ela te é melhor do que sete filhos.

 

Essas mulheres estão dizendo: “Noemi, por causa de Rute, você é cercada de cuidado, proteção e amor. E aqui está outro parente chegado, seu neto, o qual restaurará sua vida e a sustentará na sua velhice.” Nesses versos finais, vemos não somente um casamento sendo consumado, mas também uma avó viúva revigorada.

Você consegue imaginar essa mudança incrível? Você se lembra de como tudo começou? Se isso é um conto de fadas, o começo foi mais parecido com um pesadelo. Noemi é levada pelo seu marido juntamente com seus filhos para a terra de Moabe, um ato de desobediência ao Deus de Israel. Seu marido morre e, depois, seus dois filhos homens já crescidos morrem, um após o outro. Ela se vê, então, voltando para Belém com pouca esperança até mesmo de sobreviver. Mais ainda não existe nenhum herdeiro das propriedades de seu marido falecido. Tudo o que eles antes possuíram em Belém pertencerá ao homem que der o lance mais alto. Noemi não terá nada além daquilo que ela e Rute puderem juntar para sobreviverem juntas. Noemi até muda seu nome para “amargurada,” supondo que Deus a abandonou.

Agora, veja só ela! Note o verso 16:

Noemi tomou o menino, e o pôs no regaço, e entrou a cuidar dele.

De repente, em apenas um capítulo, Noemi está recebendo os cuidados de Boaz, um dignitário e dono de propriedades em Belém e parente de seu marido falecido; ela e Rute estão, agora, recebendo cuidado de realeza; e Rute, que antes não pôde ter um filho em seu casamento anterior com o filho de Noemi aparece grávida e dá à luz um filho homem, herdeiro das propriedades de Noemi.

Portanto, é de se esperar que essas mulheres estejam dizendo: “Esse bebê é prova de que sua vida foi restaurada. Esse pequeno neto a ajudará em seus passos; ele voltará o relógio e revigorará sua mente e coração.”

Sem dúvida alguma, essa é uma avó completamente revigorada! Ela está tão animada com esse netinho que, na verdade, dedica sua vida a ajudar Rute e Boaz na criação piedosa desse menino.

Warren Wiersbe, ao comentar sobre a alegria de Noemi nesse texto e escrever como um avô orgulhoso, disse: “Netos são melhores do que a Fonte da Juventude, pois nós também rejuvenescemos quando eles nos visitam.”

Ainda não sou avô, mas não posso esperar pela oportunidade de ficar jovem novamente. Também estou ansioso para me divertir com meus netos sem me tornar o responsável por suas ações. Alguém escreveu que netos e avós são aliados naturais. Os pais estão na luta diária em meio às suas responsabilidades de civilizar aqueles pequenos bárbaros. A vovó chega para visitar e diz: “Olha só esses meus anjinhos!” Os pais têm algo completamente diferente em mente!

Um rapaz perguntou a uma mãe: “Se tivesse que fazer tudo de novo, você teria filhos?” Ela respondeu: “Teria, mas não os mesmos.”

Os avós não entendem isso—seus netos são pessoas perfeitas em miniatura. Os avós deixam os netos escapar depois de terem aprontado, não é? Avós não têm que trocar a calça rasgada ou o tênis sujo de lama; eles não se importam se os netos comeram a sobremesa primeiro ou se a única coisa que comeram foi a sobremesa.

Mas está tudo bem. As crianças precisam disso de vez em quando. Pelo menos essa é a minha opinião. Não tenho base bíblica para isso. Os avós provavelmente podem sair com um verso ou dois para isso, mas tiraram do contexto! Um médico e autor de vários livros no assunto sobre avós e netos escreveu que o elo entre uma criança e os avós é a forma de amor humano menos complicada. Uma criança que possui avós é abençoada.

Minha avó materna morava na mesma cidade onde nós morávamos quando eu era criança. Ela também realizava um ministério juntamente com meu pai em uma base militar na cidade. Toda sexta-feira, nós íamos para um lugar que as crianças adoravam. Havia de tudo lá dentro: salas, biblioteca, cozinha, local de estudo, sala de jogos com mesa de pingue-pongue, jogos de tabuleiro, biscoitos mais variados e uma fonte que jorrava refrigerante para a qual todos tinham livre acesso. Meus três irmãos e eu, filhos de missionários, ficávamos ansiosos pela sexta-feira.

Quase toda sexta-feira, um dos quatro ia para a casa da vovó passar a noite com ela. Já fazia bastante tempo que ela era viúva. Passar a noite na casa dela era o sonho de qualquer criança. Ela tinha televisão! Meus pais também tinham, mas não passava nada que nos interessasse. Ir para a casa da vovó uma vez ao mês significava passar a manhã toda assistindo aos desenhos favoritos e tomando o café da manhã que escolhêssemos. Ela até nos permitia tomar café na nossa própria xícara! Meus pais sabiam disso, mas sabiamente decidiram que essa diversão seria boa para nós uma vez ao mês.

Contudo, as lembranças que eu tenho da minha avó não são apenas dela violando algumas regras de dieta. E tomem cuidado com isso, vocês que são avós! Existe uma linha fina entre desenhos e comida e o comprometimento de padrões morais e o encorajamento a desobedecer a Cristo ao permitir que seus netos se comportem e façam o que desejarem. O que eu lembro é que, logo após o café da manhã e antes de me arrumar para voltar para casa, minha avó vinha, abria sua Bíblia, lia um capítulo, fazia uma “pregaçãozinha” para mim, me ensinando como deveria seguir a Cristo e entregar minha vida a ele. Daí, ela orava. E era a oração mais longa que você pode imaginar. Minha avó saía orando ao redor do mundo: ela orava pelas pessoas perdidas que evangelizava, pelos marinheiros que ela havia conduzido a Cristo, por todos os missionários que ajudávamos na missão com os militares, pelos familiares e, no fim, ela orava por mim. O que minha avó fez foi nada mais que complementar o desejo que meus pais tinham de me ver crescer para seguir a Cristo. Até onde eu sei, minha avó orou por mim até que perdeu suas faculdades mentais e foi para o lar celestial.

Quando eu vejo essa frase sobre Obede sendo conduzido sob os cuidados de Noemi, isso significa algo para mim—e talvez para você também. Os avós possuem a capacidade de impactar seus netos de diversas formas. Deixe-me sugerir algumas rapidamente:

  • Os avós podem oferecer segurança emocional e, talvez, física quando os pais falham;
  • Os avós podem ensinar aos seus netos o evangelho e o plano de salvação—Timóteo aprendeu isso com sua mãe e sua avó (2 Timóteo 1.5);
  • Os avós podem ser testemunhas singulares da maneira como Deus tem sido fiel à família no decorrer das décadas. Esse é o desejo de Deus conforme registrado de forma tangível em Josué 4 com pedras memoriais nos bancos de areia do rio Jordão para a lição ser passada de geração a geração sobre os feitos milagrosos de Deus, seu poder e providência;
  • Os avós podem se tornar conselheiros sábios com anos de experiência e conhecimento bíblico combinados;
  • Os avós podem alcançar os netos mais facilmente como conselheiros que não julgam seus netos quando eles compartilham questões e experiências difíceis;
  • Os avós podem se tornar um local de refúgio e conforto a netos que sentem que, além do pai e da mãe, não existe mais ninguém para quem podem confidenciar coisas de suas vidas; avós podem ser pessoas nas quais os netos confiam;
  • Os avós entendem de forma única a trajetória da vida e a importância das etapas na vida das crianças. Eles não precisam se preocupar tanto com os detalhes e podem encorajar seus netos com mais liberdade ao longo do caminho.

Todos nós precisamos prestar bastante atenção no assunto do relacionamento entre avós e netos e o grande potencial de influência. Nas minhas pesquisas, aprendi que metade da população adulta acima dos 45 anos já é avô ou avó. 83% das pessoas de 60 anos para cima são avós. Por volta do ano de 2000, pelo menos quatro milhões de crianças estavam morando na casa de seus avós.

De todos os livros sobre criação de filhos, qual deles oferece conselho piedoso para o relacionamento entre avós e netos? Esse texto de Rute é excelente para isso. Apesar de pais e avós possuírem papéis diferentes, ambos são essenciais na criação das crianças.

Noemi poderia oferecer algo que Rute não poderia. Como nova convertida, Rute não conhecia nada dos costumes e tradições judaicos dentro do lar. Ela tinha tanto a aprender sobre a Lei de Moisés e sobre a história do Deus do povo que mal teria começado a estudar e Obede já estaria lhe fazendo perguntas. Que grande ajuda Noemi seria para Boaz e Rute para criar o pequeno filho Obede—e neto dela—para seguir o Deus verdadeiro.

Portanto, nesses versos finais do livro de Rute, vemos um casamento consumado, uma avó viúva revigorada e, finalmente, um Parente-Resgatador maravilhoso previsto.

Um Maravilhoso Parente-Resgatador Previsto

O livro de Rute termina tão rápido quanto começa. No verso 18, vemos um registro genealógico dos descendentes. Veja comigo:

São estas, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Esrom, Esrom gerou a Rão, Rão gerou a Aminadabe, Aminadabe gerou a Naassom, Naassom gerou a Salmom, Salmom gerou a Boaz, Boaz gerou a Obede, Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi.

Algo chama nossa atenção imediatamente: o fato de Rute, a viúva moabita, aquela que antes fora pobre e que colhera grãos nos campos de Belém, se tornar a bisavó do grande rei Davi. É bem possível que ela tenha vivido o suficiente para ver o seu bisneto.

Contudo, esse não é o fim da história. Você não gostaria de saber um pouco mais a respeito deles? Eu gostaria muito de conhecer um pouco mais sobre Boaz e Rute e a sua história de significância eterna.

Veja comigo Rute capítulo 5.1–5:

E aconteceu de Boaz e Rute se casarem na presença de muitas testemunhas. Os convidados vieram de todos os lugares da Judeia para declarar suas bênçãos sobre a união e futuro lar de Boaz e Rute.

Na manhã seguinte, depois de todos os convidados terem partido, Boaz se levantou cedo de manhã. Ele procurou Rute por toda a casa, mas não conseguiu encontrá-la. Ele então a procurou diligentemente do lado de fora da casa. Ao entrar nos campos, viu sua noiva querida colhendo grãos. Novamente, lá estava ela, vestida em roupas simples com o saco de grãos pendurado ao seu ombro.

“Rute!”, gritou Boaz enquanto corria na sua direção. “Rute, por que você está catando grãos no campo hoje?” Ela se prostrou no chão e disse: “Meu marido, estou aqui catando porque preciso encontrar algo para satisfazer minha fome de hoje.”

Ao ouvir isso, Boaz tomou Rute em seus braços e disse: “Rute, você ainda não entendeu que, já que é minha esposa, tudo o que me pertence, pertence a você também?”

Está certo, eu inventei tudo isso! Pode parar de procurar por Rute capítulo 5! Contudo, esse é o resto da história, não é verdade? Boaz é uma figura do nosso Parente-Resgatador que nos introduziu na família de Deus—e tudo o que pertence a ele, agora também pertence a nós. Conforme lemos em 1 Pedro 1.4, Cristo Jesus nos resgatou: “para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros.”

O resto dessa história se encontra na descrição que o Novo Testamento faz de nosso Parente-Resgatador final. Vamos rapidamente comparar o resgatador Boaz a Cristo, o nosso Resgatador. Existem várias semelhanças entre Boaz e Cristo, mas irei destacar apenas quatro.

  • Primeiro, um parentesco com a noiva era necessário.

Em outras palavras, a fim de satisfazer as exigências da lei, o parente-resgatador deveria ser parente da noiva.  Então, Jesus Cristo, a fim de nos redimir, se tornou nosso Parente. Ele veio calçar as sandálias da humanidade e caminhar entre nós. João escreve: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1.14a).

Jesus satisfez essa condição de Parente-Resgatador. Ele se tornou um membro da família humana para que pudesse nos introduzir na sua família.

  • Segundo, o desejo do parente-resgatador para redimir sua noiva era voluntário.

O parente-resgatador ainda tinha que ter o desejo, estar disposto a resgatar a noiva. Boaz poderia ter recusado essa tarefa. Talvez você se lembre de que havia outro possível resgatador na fila e ele se recusou a resgatar Rute. Boaz não recusou. Por quê? Porque ele amou Rute.

A Bíblia diz: “Você quer falar sobre amor? Bom…”

Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.

Em outras palavras, o Filho veio nos redimir e estava disposto a nos redimir!

olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.

Essa era a disposição que Jesus tinha. Boaz era parente de Rute e ele estava disposto a redimi-la.

Da mesma forma, Cristo veio em carne—plenamente Deus e perfeitamente homem—e agora, relacionado à humanidade em carne e sangue, ele se dispôs a nos resgatar.

Mas o redentor não somente precisa ser parente da noiva e estar disposto a resgatá-la, existe ainda mais uma exigência.

  • Terceiro, o parente-resgatador tinha que ser capaz de pagar o preço da redenção.

Não importava quanto Boaz amasse Rute, ele ainda tinha que comprar a terra e colocar as propriedades em ordem. E isso custava muito dinheiro! O outro parente-resgatador pode até ter dado a sandália a Boaz para fazer a aliança, mas Boaz teve que dar sua prata e ouro para fechar o negócio.

Não havia nada de “Vou ver o que posso fazer depois.” Não. Boaz tinha que ter dinheiro suficiente para pagar os débitos da viúva que ele queria, bem como para comprar suas propriedades. Felizmente, Boaz era rico o bastante para sanar as dívidas das propriedades de Elimeleque e colocá-las em ordem para Noemi e Rute.

Ouça bem, noiva de Cristo: “porque fostes comprados por preço” (1 Coríntios 6.20). Cristo, que é infinitamente rico, pôde lidar com o custo. O preço da compra não envolvia dinheiro. A oferta para a nossa redenção foi o sangue de Cristo. Paulo escreveu: “No qual temos a redenção, pelo seu sangue” (Efésios 1.7).

Achei interessante descobrir em meus estudos que, de acordo com o costume judaico, também era responsabilidade do parente-resgatador resgatar da escravidão qualquer membro da família da noiva que havia sido forçado a se vender à escravidão para poder pagar suas dívidas. Um parente-resgatador acertava todas as contas e dívidas de seus amados; ele limpava todos os registros.

Da mesma maneira, nosso Senhor, enquanto pendurado na cruz, disse: “Está consumado.”

Tetelestai foi o termo grego utilizado por Jesus e significa “pago por completo.” O preço do pecado foi pago por completo. Cada acusação da lei, cada dívida de pecado atrelada ao nome dos seus amados foi completamente paga; os registros estão limpos.

Jesus Cristo está tanto disposto, como também é capaz de pagar o preço de redenção.

  • Finalmente, em quarto lugar, a provisão do parente-resgatador para sua noiva era completa.

Boaz elevou Rute para uma alta posição em sua propriedade. Ela não era mais uma viúva moabita, mas a esposa de Boaz. Ela legalmente recebeu o nome de Boaz; sua posição foi alterada de estrangeira para aceita. Boaz fez provisão para todas as dívidas, tanto do passado, como do presente e do futuro.

Da mesma maneira, Cristo modificou nossa posição radical e completamente:

  • de pecador para santo;
  • de estranho para amigo;
  • de abandonado para filho;
  • de perdido para resgatado;
  • de mendigo para noiva de Cristo.

Conclusão

A maioria dos contos de fada que eu lia para as minhas filhas quando elas eram pequenas começava com a expressão “Era uma vez.” Basicamente todas terminavam com a frase “E viveram felizes para sempre.”

Essas palavras formam um final absolutamente apropriado para cada um de nós, membros da noiva de Cristo: todos nós viveremos felizes para sempre. Este é o resto da história: para todos nós, não importa quão difícil seja nossa vida; não importa quão bagunçada, desafiadora ou dolorosa. No final de nossa biografia, depois que tomarmos nosso último fôlego, nossa história terminará dizendo: “E ele/ela viveu feliz para sempre.” Daí, teremos sido levados pelo nosso Príncipe, carregados pelo nosso Noivo, guardados na eterna alegria de nosso Senhor para sempre.

A única coisa diferente entre nossas vidas e os contos de fada que eu lia para minhas filhas é que, depois das palavras “E viveram felizes para sempre,” havia sempre as duas últimas palavras do livro: o que? “O Fim.” Mas esse não é o nosso caso—jamais haverá um “fim” para o nosso “felizes para sempre.”

Imagine isso! Sinceramente, não conseguimos imaginar a eternidade. Todavia, cremos pela fé em nosso Parente-Resgatador, nosso Senhor Jesus, e nos agarramos às suas promessas de graça, misericórdia, amor e propósito. E saiba disto: um dia entraremos na glória do céu para sempre! Por quê? Porque:

  • Cristo foi o nosso parente;
  • ele se dispôs a nos redimir;
  • ele foi capaz de nos redimir;
  • ele foi capaz de cobrir todas as nossas dívidas completamente.

E as últimas palavras da biografia da igreja, a noiva de Cristo composta por todos aqueles que lhe pertencem, não serão “O Fim,” mas “E viveram felizes para sempre!”

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 19/04/2009

© Copyright 2009 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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