Um Modelo para Mulheres Casadas   

Tito 2.4–5

Introdução

Estudos mostram que a média de idade da população tem aumentado. Nos últimos 25 anos, o número de pessoas acima de 50 anos cresceu 20%, enquanto o de pessoas abaixo de 50 anos cresceu apenas 4%. Na década de 1980, a média era de 33 anos. As estimativas mostram que, dentro de uma década, essa média será de 40 anos. E essa é uma das mudanças mais significativas em uma cultura.

Isso pode ser uma coisa boa. Quando você chegar aos 50 anos, mais adultos terão reconhecido que existe mais na vida além de carreira profissional, carro, guarda-roupas cheio de roupas de grife, cartão de crédito com um limite elevado ou bolso cheio de dinheiro. Por volta dos 50 anos, você descobrirá que os relacionamentos têm mais valor do que costumava pensar. Nos restaurantes, você se pega observando as crianças e famílias novas, perguntando-se se eles compreendem o tesouro que têm à mesa e pensando em como o tempo de sua vida simplesmente voou.

Quando é jovem, você quer que o tempo voe. Ficamos ansiosos pelo tempo quando poderemos finalmente dirigir. Mas quando fica mais velho—quando não quer que o tempo voe—, você nota que ele voou. Você não quer que o amanhã chegue logo, mas quer voltar ao ontem. O desejo é que o tempo passe mais devagar. Por isso, gostamos cada vez mais de ver fotografias antigas de momentos que pararam no tempo e não escaparam à memória. Quando chegamos aos 50 anos, percebemos que nossos dias estão numerados. Se você tem mais de 50 anos, talvez esteja pensando: “Nossa, essa pregação é deprimente!”

Mas de acordo com Deus, quando percebemos que nossos dias estão numerados, começamos a desenvolver um nível mais profundo de sabedoria em relação à vida. O salmista escreveu no Salmo 90, verso 12:

Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.

Saber que seus dias estão numerados é um solo fértil no qual sabedoria e discernimento brotam e produzem fruto.

E esse tipo de sabedoria e perspectiva da vida a partir da vida de um crente mais velho se tornaram desesperadamente necessárias em nossos dias. Os crentes mais velhos, assim como a cultura ao nosso redor, podem se tornar a maior força transformadora dentro do corpo de Cristo.

Na verdade, Paulo mandou um jovem chamado Tito ir até a ilha de Creta e pôr em ordem as igrejas de lá: congregações organizadas, bem lideradas e bem alimentadas. Ele deveria encontrar e ordenar presbíteros para servirem como pastores na liderança da igreja. Daí, a próxima responsabilidade de Tito foi a de desafiar os homens e mulheres idosos em como viver um estilo de vida exemplar para os mais jovens.

Os homens idosos deveriam ser modelos de maturidade, dignidade, fé e amor. As mulheres idosas, deveriam ser modelos de vida santa e graciosa e conduta piedosa. E essas mulheres idosas são instruídas a servirem como conselheiras para as jovens casadas. Ou seja, as mulheres idosas não deveriam considerar suas vidas menos valiosas ao envelhecerem; suas vidas se tornam cada vez mais valiosas. Elas deveriam representar uma força para transformar a cultura dentro do corpo de Cristo, primariamente investindo nas vidas de jovens casadas.

Vamos dar continuidade ao nosso estudo onde paramos, em Tito 2.4, onde Paulo desafia as mulheres jovens a amarem seus maridos e filhos.

Tenha sempre em mente que Paulo está se referindo ao que é normativo. O processo normal em nosso mundo é para homens e mulheres se casarem e terem filhos ou adotarem filhos. Sabemos a partir de 1 Coríntios 7 que Paulo considerava a vida de solteiro mais vantajosa; ser solteiro não significa ser menos completo em Cristo. Na realidade, se você acha que sua vida de solteiro é uma vida com Deus incompleta, então, o relacionamento de Jesus Cristo com o Pai também foi incompleto, já que ele nunca se casou. Paulo fala em outras passagens sobre as oportunidades únicas na vida de um solteiro. Em outras palavras, tire o máximo de vantagem da sua posição, seja casado ou solteiro, use-a para a glória de Deus!

Agora, o que Paulo faz na maioria de suas cartas é lidar com o padrão estabelecido por Deus no casamento e na família, o que se relaciona à maioria das pessoas na igreja de acordo com o plano de Deus. E o plano de Deus para o casamento e a responsabilidade de mãe se torna cada vez menos apreciado à medida que a cultura se distancia mais e mais do projeto de Deus e escolhe seus próprios desejos autocentrados e depravados. Sinceramente, casamento, como uma instituição, está desaparecendo em nossa cultura.

Pastores e evangelistas costumavam pregar que o maior perigo à instituição do casamento era o divórcio. Mas já vivemos bastante o suficiente para saber que essa não é a maior ameaça. O maior perigo à instituição do casamento é deixar de existir. Casais, hoje, estão simplesmente vivendo juntos. Basicamente, hoje apenas metade dos casais na sociedade são casados. Para termos uma ideia, em 1960, 72% dos casais eram casados; hoje, somente 51% são casados.

Por quê? Por vários motivos. Um deles é o fracasso ou falta de habilidade de rapazes amadurecerem, saírem de sua vida de adolescente e tomarem as responsabilidades da vida de casado.

Em uma das mensagens anteriores, mencionei como a sociedade tem redefinido o período de tempo da adolescência masculina, o período que conhecíamos como iniciando com a puberdade e finalizando com a vida adulta. Agora, eles redefiniram essa fase, de forma que inicia em torno dos 12 anos e termina por volta dos 30. Um jornalista secular, ao falar sobre assunto, disse que estamos simplesmente cercados de pessoas crescidas que não deixaram a infância.

Mas o maior motivo para a falta de compromisso matrimonial é a digressão moral em nossa cultura. Casais que vivem juntos estão, rapidamente, excedendo o número de casais casados. É claro! Por que se preocupar com uma aliança e um compromisso para o resto da vida quando se pode ter os benefícios físicos e financeiros do casamento, e talvez um ou dois filhos, sem nunca fechar as portas para outras possibilidades? Na verdade, pesquisas apontam que 4 dentre 10 pessoas afirmam que o casamento está se tornado obsoleto.

Mas nada disso é surpresa, não é verdade? Estamos apenas observando os efeitos naturais de uma cultura que resistiu e agora, finalmente, rejeitou a Bíblia da esfera pública. E, uma vez que a Bíblia é eliminada, juntamente com ela são banidos os estilos de vida que ela categoricamente afirma como pecaminosos. Hoje em dia, não é mais problema viver com um cara ou uma moça com quem você não é casado. Eu recebi, outro dia, um casal no meu escritório que disse, escancaradamente, que não via problema em viverem juntos sem estarem casados: era financeiramente mais viável e eles poderiam se conhecer melhor antes de assumirem o compromisso do casamento. Quem era eu para dizer que eles estavam vivendo em pecado? Na verdade, antes de nossa reunião terminar, o rapaz me disse que ambos se sentiam mais próximos do Senhor como nunca antes! Aproveite esse seu sentimento de proximidade enquanto pode.

Um autor disse que estamos experimentando uma mudança tectônica na sensibilidade dentro de nossa cultura. O certo e o errado foram invertidos.

Seja bem-vindo à ilha de Creta!

Esse também era o estilo de vida deles. Homens idosos eram imaturos e egoístas, recusavam amadurecer e agir conforme sua idade. Mulheres idosas eram bêbadas fofoqueiras; os rapazes viviam apenas para o seu umbigo e as jovens recém-casadas estavam abandonando seus maridos e filhos para irem em busca de liberdade.

Bem-vindo ao século 21!

Como Tito e essas igrejas na ilha de Creta, não estamos vivendo num mundo pós-cristão somente, mas num mundo pré-cristão. Eles não sabem quem é o Deus vivo; não consideram a Bíblia mais sagrada que o Alcorão, a Baghavad Gita ou o Livro dos Mórmons; Jesus é considerado como apenas mais um entre muitos profetas.

Sabe o que isso significa? Significa que estamos vivendo numa era perfeita. Esta é uma era fenomenal quando podemos revelar o evangelho de Jesus Cristo e os tipos de relacionamentos dentro da família no lar e na igreja que a humanidade já abandonou, mas ainda desesperadamente anseia ter. A luz pode realmente brilhar agora!

Paulo falou sobre a depravação da cultura cretense, mas providenciou uma solução divinamente inspirada. O vero 4 nos informa de que uma parte importantíssima da solução de Deus para a transformação de vidas era o encorajamento às jovens casadas dado pelas senhoras idosas.

A propósito, a palavra traduzida como “instruírem” não aparece em outro lugar no Novo Testamento. Significa “trazer de volta ao bom senso; treinar os sentidos.” Ou seja, mostrá-las a verdadeira sabedoria. A cultura delas havia invertido todos os valores; agora, é preciso reverter para a posição correta.

Agora, Paulo fornece o currículo para o aconselhamento dessas jovens casadas mães. E existem sete assuntos nesse currículo. Os primeiros seis são em pares por natureza.

Os dois primeiros assuntos estão na responsabilidade das senhoras idosas em instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos. Obviamente, esses assuntos estão ligados ao seu relacionamento dentro de sua família. O segundo par se encontra no verso 5: a serem sensatas, honestas. Isso se relaciona à sua reputação diante do mundo. O terceiro par se refere às suas responsabilidades dentro do lar; elas devem ser boas donas de casa, bondosas. A última frase no verso 5 inclui sua disposição mental e motivação, a saber, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada.

Vamos começar com o primeiro par:

• O modelo para os relacionamentos da esposa dentro da família.

Paulo escreve no verso 4:

a fim de [as senhoras idosas] instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos,

A palavra para “amarem” é “philos,” significando que ela deve mostrar afeição e amizade. Essa é a única ocorrência desse termo no Novo Testamento.

E nos surpreende. Isso é algo estranho, não é? Como dar ordens a sentimentos? Como dar ordens de afeição? O que Paulo quer dizer aqui é que amor pode ser aprendido. Na verdade, podemos pensar e viver dessa forma a ponto de as emoções serem determinadas e governadas pelo pensamento e não o contrário. E, com bastante frequência, Deus nos manda fazer isso:

• Ele nos ordena a nos alegrar ainda mais (1 Tessalonicenses 5.16);
• Ele nos manda reagir com alegria em meio às tribulações (Tiago 1.2);
• Ele nos manda ser gratos por tudo, porque essa é a vontade dele para nós (1 Tessalonicenses 5.18).

Todas essas são ordens que envolvem emoções que podemos não ter no momento. Mas obedecemos às ordens de Deus, e nossas atitudes bíblicas acabam produzindo emoções bíblicas.

Vivemos numa cultura caída, com uma natureza caída que diz que nossas atitudes devem ser resultado de nossas emoções, que nossas emoções são o lema que impulsiona nossos atos.

Deus inverte tudo isso. Através de Paulo, Deus diz: “Submeta sua mente a mim e aja conforme as minhas ordens, porque, assim, as emoções certas surgirão.”

E, a propósito, é exatamente assim que você cria seus filhos. Eles têm o desejo de chiclete e chocolate no café da manhã, mas você não permite.

Lembro-me de que, quando eu era criança, minha mãe me mandava comer os legumes. Eu não queria; achava que não precisava deles; e também não gostava. Mas eu não tinha direito de voto; ela sabia o que eu precisava, gostando eu ou não. E demorou quase minha vida inteira para que eu passasse a gostar deles! Hoje, eu vejo valor nas saladas e nos legumes e ajo de forma diferente.

A ordem de Paulo a Tito é para que as mulheres ajam de tal maneira a produzir os sentimentos corretos. Mas agir em obediência vem primeiro.

Parafraseando esse verso, podemos dizer que Paulo escreve:

Jovens casadas e mães, permitam-se ser treinadas a amar por meio de atitudes com afeições de amor para com seus maridos e filhos.

A propósito, precisamos entender que as tradições no casamento e criação de filhos tornariam essa ordem mais profunda e, possivelmente, mais difícil. Em nossa cultura, primeiro vem o amor, depois o casamento e, por fim, filhos. Mas para muitos dos leitores dessa carta a Tito no primeiro século, era o oposto: primeiro vinha o casamento, depois o amor. Grande parte dos casamentos era arranjada e os noivos eram comprometidos entre si antes mesmo que se conhecessem. Muitas vezes, eles se conheciam às vésperas do casamento.

Eu conheci vários casais de outros países que ainda realizam casamentos arranjados. Um desses casais é de nossa igreja, um diácono e sua esposa. Eles são da Índia e se conhecerem pouco antes do casamento. Conheci outro casal na África que os noivos se conheceram literalmente na véspera do casamento arranjado por seus pais que eram crentes. Primeiro vem o casamento, depois o amor pelo outro.

Um autor escreveu que ter filhos no primeiro século—e nos dias de hoje também—era apenas uma “execução de sua tarefa;” ou seja, filhos eram um dever da esposa; ela tinha não somente a responsabilidade de carregá-los no ventre, mas também de criá-los com a mínima ajuda do marido. Facilmente, seus ressentimentos contra o marido eram transferidos aos filhos.

Mas, ao contrário, essas jovens casadas e mães são salvas pela fé em Cristo e são apresentadas a uma nova família chamada igreja, a comunhão dos pecadores redimidos. E elas ouvem sobre novos relacionamentos e prioridades. O lar cristão é algo completamente novo para elas. E essas jovens precisarão ser treinadas para uma nova disposição de pensamento.

Paulo não diz a elas: “Ouçam, é assim que vocês conseguirão escapar de tudo aquilo.” Não, ele diz: “É assim que vocês retornam a tudo aquilo e fazem a diferença pelo evangelho e pela glória de Deus.”

Elas deveriam ser treinadas a pensar de forma totalmente diferente; assim como os homens e mulheres de nossa geração também precisam ser treinados.

Outro dia, o jornal mostrou um outdoor em uma grande cidade. O outdoor dizia: “A vida é curta—divorcie-se.” Ao lado dessa frase, havia a foto de um homem seminu e de uma mulher. Dentro de uma semana, a prefeitura mandou retirar o outdoor alegando problemas técnicos. A verdade é que a população reclamou. O advogado da firma que colocou o outdoor defendeu, dizendo: “Achamos que o anúncio é plenamente honesto e compreensivo. É verdade, as pessoas estão infelizes e existem muitas outras opções lá fora—arranje um divórcio e continue com sua vida.”

Digo, novamente, se o propósito primário do casamento é a satisfação pessoal, então esse anúncio faz total sentido e pode ser até louvado como algo bem perceptivo. Se o casamento e sua vida de mãe atrapalham sua vida, se livre deles!

Paulo vai totalmente contra esse pensamento da cultura. Agora, existem novas prioridades e nova disciplina, como também novas ordens e novos privilégios.

E apesar de essas jovens serem crentes agora, elas descobririam que o Cristianismo não é nenhum tipo de poção milagrosa para os desafios da vida de casada e de mãe. Casamento ainda era a união entre dois pecadores e, qualquer filho que nascesse ou fosse adotado, em breve também evidenciaria sua pecaminosidade.

Sabemos que a tarefa de mãe é um dos trabalhos mais difíceis do mundo. Na maioria das vezes, trabalham demais com salário baixíssimo, não são valorizadas como deveriam ser ou são apenas ignoradas. Quando os filhos adoecem com dor de barriga, febre, dengue, eles não gritam pelo pai, mas pela mãe. Mães não têm muito descanso.

Semana passada li a história sobre uma mãe que estava doente. Seu filho adolescente de 15 anos chegou em casa depois do futebol da tarde e viu sua mãe deitada na cama. Daí, lhe perguntou: “Mãe, você está doente?” Ela respondeu: “É, não estou me sentindo muito bem.” O menino disse: “Olha, mãe, não se preocupe com o jantar... já sou grande e forte o suficiente para carregar a senhora até o fogão na cozinha.”

Aqui está a realidade do desafio de Paulo: esse era um chamado para jovens casadas e mães abandonarem seu treinamento cultural que as havia ensinado o amor ao eu, promoção do eu e centralidade no eu para, enfim, viverem um amor sacrificial.

Enquanto Paulo desenvolve o assunto de como o marido deve amar a esposa em Efésios, aqui em Tito ele fala como a esposa deve amar o marido e os filhos. E o que vai contra a cultura é o que um autor descreveu, dizendo: “Amor maduro e piedoso não é uma emoção que simplesmente brota; é uma disciplina que é desenvolvida.” E praticada.

Senhoras idosas: primeiramente, treinem essas jovens casadas e mães no relacionamento familiar. Em seguida, sejam, para elas, modelos e conselheiras no que diz respeito à sua reputação diante do mundo.

• O modelo para a reputação da esposa diante do mundo.

O segundo par se encontra no verso 5: [instruam as jovens casadas] ...a serem sensatas, honestas.

Assim como as qualificações pastorais em Tito 1 se aplicam a todos os homens em geral, sendo ele presbítero ou não, aqui também, essas características se aplicam a todas as mulheres, não somente às jovens casadas com filhos. Na verdade, a palavra “sensatas” é a mesma palavra usada por Paulo ao desafiar os homens idosos, rapazes e toda a igreja. Esse termo diz respeito a um pensamento equilibrado e justo. Portanto, essas mulheres são desafiadas a pensarem biblicamente.

Paulo ainda adiciona o adjetivo “honestas.” A palavra “honestas” se refere a inocência e modéstia. Originalmente, referia-se a pureza ritual, mas, com o tempo, passou a descrever pureza moral. Dessa forma, a ordem é para que ela não chame a atenção para o seu corpo; deve ser honesta e discreta.

Isso implica dizer que a mulher, mesmo estando casada, ainda é atraente a outros homens. Aliança de casamento não é um passe livre para a mulher se vestir de qualquer maneira e, caso os homens a achem atraente, o problema é deles. O currículo no ensino de uma mulher piedosa inclui a instrução de que ela não é somente membro de sua família, mas também de uma família maior e sua virtude é ser discreta e modesta, desenvolvendo, assim, a reputação de uma mulher pura.

Como notamos, Paulo sabia que essas mulheres não conheciam nada sobre pureza devido à cultura cretense que promovia sexualidade e liberdade, onde a prostituição era algo legal juntamente com muitas outras práticas. Elas viriam à igreja e precisariam de instrução das senhoras idosas nessa área prática da vida. Muitas dessas jovens não haviam tido mães crentes e piedosas como exemplo de vida pura e modesta.

Por esse motivo, Paulo desafia abertamente as mulheres na carta a Timóteo em relação à aparência. Ele escreveu em 1 Timóteo 2, verso 9:

Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso,

Minha irmã, deixe-me fazer esse mesmo pedido a você representando os seus irmãos em Cristo.

Outro dia, um irmão da minha igreja veio até mim lamentando e disse: “Se as mulheres de nossa igreja apenas soubessem como, muitas vezes, é difícil me concentrar no culto a Deus quando, ao mesmo tempo, batalho contra a minha carne por causa de alguém se vestindo daquela maneira... O culto inteiro é uma guerra e saio da igreja derrotado.”

A propósito, você, pai e marido, também faria um grande serviço aos outros irmãos em Cristo se desse sua opinião pessoal quanto às roupas de suas esposas e filhas. Acorde, acorde para a maneira como suas filhas estão se vestindo! Pense em como a vestimenta de sua esposa afetará os outros, especialmente quando você sai para o culto na igreja. Se necessário, diga: “Querida, você fica realmente muito bonita nessa roupa. Mas se você for para a igreja dessa forma, os caras ao seu redor terão muita dificuldade em cantar ‘Santo! Santo! Santo!’” No mínimo, ande uma milha a mais e seja discreta, modesta e pura na presença dos irmãos em Cristo.

Essa era uma nova mensagem para a ilha de Creta também. Porque tanto na ilha de Creta como em todas as demais gerações, o negócio da mulher é chamar a atenção.

Então, Paulo está basicamente dizendo: “Ouça, se você deseja o tipo certo de atenção—se quer ser conhecida pelo motivo certo—, então garanta que sua atenção não se deve à forma como se veste, mas à forma como você vive.”

Paulo, com isso, sugere nesse currículo um princípio para as jovens casadas salvas em Cristo que vão à igreja.  Essas jovens vieram à igreja com um passado muito distante da pureza. Elas estavam vindo e lutando suas próprias batalhas e muitas delas, talvez, se perguntando quão poderoso o sangue de Cristo era para fazê-las realmente puras. A ilha não era grande; muitas delas haviam sido perfeitas cretenses.

Paulo diz às senhoras idosas: “Ensinem essas jovens a serem puras.” Sabe o que isso significa? E isso é glorioso! Paulo está dizendo: “Você pode não ter tido a reputação de uma mulher pura antes, mas agora pode ter.” A palavra “pureza” pode nunca ter sido associada ao seu estilo de vida anterior, mas isso pode mudar. Esse é o evangelho da graça. Não importa qual tenha sido o seu passado, a palavra “pura” pode ser a sua nova reputação!

Este é o novo princípio de vida santa: mulheres idosas servirão de exemplo em santidade. O Espírito Santo concede o poder para uma vida de santidade. Essa é a notícia maravilhosa para essas jovens casadas que podem nunca ter vivido em pureza, mas poderiam começar uma vida pura agora.

Portanto, senhoras idosas e jovens casadas, aqui está parte do currículo:

• você veio à igreja sabendo de moda; agora, aprenderá convicção;
• você veio à igreja vivendo para si mesma; agora, receberá instrução de como viver para todos, exceto para si mesma;
• você veio à igreja vivendo para a aprovação e prazer dos homens; agora, começará a crescer num desejo profundo de viver para a aprovação e prazer de Deus;
• você aprenderá como pureza deve impactar todas as áreas de sua vida, tanto interna como externamente;
• você será desafiada a ser sensível, governando suas atitudes, não pela emoção, mas por suas convicções;
• você aprenderá como servir seus filhos e marido com as afeições de um amor sacrificial.

As senhoras idosas devem convidar as jovens casadas a observá-las e aprender com elas esse tipo de vida que Deus deseja que vivam. Essa vida as levará de volta ao seu bom-senso, ao lugar que você realmente pertence, aos tipos de compromissos e prioridades que lhe farão depender totalmente do Espírito Santo e a viver para a glória de Deus. É assim que se deve amar, é assim que se deve viver!

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 27/05/2012

© Copyright 2012 Stephen Davey

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