Para Os de Coração Forte

Para Os de Coração Forte

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Para Os de Coração Forte

Escolhidos antes da Fundação dos Tempos—Parte 4

Romanos 9.14–18

Introdução

Preciso alertá-lo: o texto que estou prestes a ler é somente para os de coração forte. Acompanhe a leitura de Romanos 9.14–18:

Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra. Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz.

Você já nadou na praia e percebeu que as ondas o levantavam até que não conseguia mais tocar o chão com seus pés? Naquele momento, você teve o sentimento de como o mar era grande e poderoso e de como você era pequeno. Bom, se já nadou no oceano profundo de doutrinas divinamente inspiradas, você também já teve esse sentimento inconfundível ao perceber que seus pés jamais tocarão o chão. Creio que terá esse sentimento hoje novamente.

Tenho nadado nas águas de Romanos 9 e posso afirmar que ainda estou esperando tocar o chão desse oceano. Ao ler uma passagem como essa, somos tentados a dizer: “Aqui está fundo demais para mim. Jamais nadarei por aqui novamente. Vou ficar longe desse mar—ele é vasto, profundo e misterioso demais.” O verso 18 somente, o qual diz que Deus tem misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz, já nos derruba.

Você pode pensar: “Por que você não prega mensagens temáticas sobre como me sentir bem, como melhorar a vida familiar, ou como aprimorar minha autoestima? Essas doutrinas são complicadas demais. Vamos ficar longe dessas águas.”

Razões para Estudar
A Doutrina da Eleição

Você também pode pensar: “Qual é a vantagem de estudar a doutrina da eleição, se não conseguimos entendê-la? Por que estudaríamos algo que levanta tantos questionamentos?” Fico feliz que você perguntou. Deixe-me fornecer cinco razões por que devemos estudar a doutrina da eleição.

  • A doutrina da eleição eleva a perspectiva que os crentes têm de Deus.

Quando ensinou seus discípulos como orar, Jesus os ensinou a começar com as palavras registradas em Mateus 6.9a: Pai nosso que está nos céus. Com isso, ele estava elevando a perspectiva dos discípulos sobre Deus o Pai! Ou seja, “Pai nosso que está assentado majestosa e poderosamente sobre seu trono nos céus, santificado seja o teu nome—grandioso é o teu nome, santo é o teu nome.” Quando sua perspectiva de Deus é elevada, o resultado final é adoração genuína e fervorosa.

  • A doutrina da eleição não somente eleva a perspectiva que os crentes têm de Deus, mas também estimula adoração verdadeira que crentes oferecem a Deus.

Quando o crente crê na justiça, misericórdia, santidade e graça de Deus, ele é levado a adorá-lo com adoração genuína.

A palavra “ortodoxo” deriva de dois termos gregos: ortho, que significa “correto,” e doxa, que significa “louvor.” Então, a palavra “ortodoxo” significa “louvor correto.” Nós usamos o termo doxa na palavra “doxologia”—hino de louvor. Louvor verdadeiro flui de doutrina verdadeira. Quando doutrina correta é ensinada, o resultado é louvor!

  • A doutrina da eleição também elimina o orgulho que crentes têm diante de Deus.

Uma coisa é certa: essa doutrina acentua o fato de que nosso entendimento de Deus é pequeno. Segundo, ela acentua o fato de que nosso lugar na presença de Deus também é pequeno.

Você alguma vez já se perguntou por que as pessoas na Bíblia que viram a glória de Deus de relance caíram com o rosto em terra ou pediram para Deus se retirar de sua presença? Um autor escreveu palavras intrigantes:

Se Deus fosse aparecer visivelmente hoje, muitos de nós pensam que correríamos até ele para dar um aperto de mão em agradecimento pelas coisas que tem feito. Alguns pensam que correríamos e o abraçaríamos, ou faríamos aquela pergunta teológica complicada; outros talvez até exigiriam uma explicação por que ele permitiu aquela tragédia em suas vidas roubá-las de alegria e conforto. A verdade é que não faríamos nada disso. Na realidade, cairíamos tremendo diante de seus pés, enquanto sua glória tremenda, poderosa e terrível enchia a sala. Ficaríamos perplexos em temor diante da presença de um Deus todo-poderoso e santo.

Nenhuma doutrina nos enche de temor diante do poder e soberania de Deus sobre a criação como a doutrina da eleição. Todavia, tragicamente, essa é a doutrina mais ignorada de todas. O resultado é que Deus se torna pequeno e o homem ocupa o centro da vida. Facilmente Deus se torna um zelador divino que corre para consertar tudo em sua vida—porque você é soberano e Deus é o servo. Então, líderes, professores e escritores cristãos de hoje nos dizem que Deus existe para eliminar nossas dores e tornar nossa vida mais confortável. A Bíblia se torna um livro de mágica por meio do qual aprendemos como manipular Deus para os nossos interesses pessoais. Por isso, muitos abandonam Deus quando a vida se enche de sofrimentos inexplicáveis. Deus deveria ter aparecido para resolver tudo, mas não apareceu!

A doutrina da eleição inverte todo esse pensamento corrompido. Ela restaura a ordem devida das coisas, de maneira que nossas vidas se tornam pequenas e Deus volta a ser o centro; ele volta a ser o Soberano e nós os servos; ele é o administrador que controla o nosso destino.

Jonathan Edwards, que pregou dois séculos atrás, foi uma peça fundamental nas mãos de Deus durante o Grande Avivamento nos Estados Unidos. Foi uma época de grande colheita espiritual, bem como de reavivamentos em igrejas de sua geração. Com bastante frequência, ele pregava sobre a soberania de Deus. Talvez você conheça o seu sermão mais famoso intitulado, “Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado.” Uma mensagem como essa melhorará sua autoestima e consertará seu casamento. Com certeza! Acontece que Deus está irado com seu egocentrismo; ele vê sua imoralidade e a repudia; ele sabe de sua teimosia, orgulho e rebelião. Quem Deus é conserta aquilo que nós somos.

Como missionários, meus pais geralmente tinham reuniões noturnas. Quando eu e meus irmãos chegamos a uma idade quando poderíamos ficar sozinhos, eles nos deixavam em casa para supostamente fazermos nossos deveres da escola. Quando eu tinha doze anos de idade, tivemos nossa primeira televisão. Ela era em preto e branco e precisávamos usar um par de alicates para mudar de canal porque o botão estava quebrado. Logo após a televisão chegar em casa, meus pais tiveram uma reunião. Antes de saírem, minha mãe pronunciou aquelas palavras terríveis aos seus quatro filhos (o mais velho tinha catorze e o mais novo seis anos): “Não liguem a televisão.” Eles saíram e nós terminamos nossas atividades. Daí… o que? Não lembro quem deu a ideia—acho que foi Eva, ou a serpente. Não lembro, mas ligamos o fruto proibido. Assistimos à televisão naquela noite por pelo menos duas horas, até que nossa sentinela—e os quatro revezavam—gritou que os pais tinham chegado. Desligamos a televisão, colocamos o alicate onde deveria e saímos de perto. Meus pais entraram em casa e nos encontraram sentados no sofá, lendo nossos livros… fazendo atividades extras de matemática. Jamais me esquecerei da minha mãe perguntando: “Meninos, vocês ligaram a televisão?” Respondemos: “Não, mamãe.” Em seguida, ela andou até a televisão e colocou a mão atrás dela. Na época, as televisões tinham um tubo que esquentava. Não seu onde ela aprendeu aquele truque, mas quase queimou a mão. Pensávamos que iríamos escapar com aquela, mas ela sabia muito bem como descobrir a verdade. Nós éramos quatro “pecadores nas mãos de uma mãe irada.” Aquele foi um grande sermão! Naquela noite, eu e meus irmãos experimentamos o grande avivamento.

Jonathan Edwards, que pregou um sermão semelhante, mas não tão bem quanto a minha mãe, definiu a soberania de Deus como “o direito absoluto e independente de Deus de se desfazer de todas as criaturas segundo o seu próprio prazer.” Deixe-me ler isso novamente: “o direito absoluto e independente de Deus de se desfazer de todas as criaturas segundo o seu próprio prazer.” Em outras palavras:

  • Deus pode escolher salvar alguns e condenar outros;
  • Deus pode demonstrar misericórdia a alguns e julgar outros;
  • Deus pode chamar alguns para o céu e deixar outros para o inferno;
  • Deus pode suscitar alguns cujos pecados glorificam sua justiça, e pode suscitar outros cuja salvação glorifica sua graça.

Hoje, praticamente não se ouve mais falar desse tipo de Deus. Talvez seja esse o motivo por que não ouvimos dele hoje no sentido de reavivamentos espirituais.

  • A doutrina da eleição elimina o orgulho, eleva a perspectiva, estimula adoração e, quarto, energiza o serviço que crentes apresentam a Deus.

Paulo aplicará toda essa verdade doutrinária quando chegar no capítulo 12, onde os crentes serão encorajados a se oferecer como sacrifícios vivos a esse Deus tremendo.

  • Quinto, a doutrina da eleição exalta a misericórdia e a graça que os crentes recebem de Deus.

Paulo escreve no verso 18: Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz.

Assim que começamos a pensar que Deus nos deve algo ou que deve fazer algo por nós, minimizamos sua glória. A eleição destaca o caráter e a glória de Deus, o qual escolhe as pessoas sobre as quais derramará sua graça e misericórdia.

A carta de Paulo aos Romanos já nos ensinou que todos estão sob condenação, são pecadores, suprimem a verdade sobre Deus, e que ninguém busca a Deus, nem deseja agradá-lo, a não ser que Deus intervenha e produza vida espiritual. E Deus intervém, pegando da humanidade condenada—dessa massa de vermes corruptos—alguns que ele decidiu salvar.

Não gostamos dessa imagem, não é? Isso não se encaixa muito bem com “Deus o ama porque você é especial.” É por isso que as letras das músicas de Isaac Watts mudaram sua geração. Ele escreveu:

Oh, quão cego eu andei e perdido vaguei
Longe, longe do meu Salvador,
Mas do céu desceu e seu sangue verteu
Pra salvar um verme como eu.

Por quase trezentos anos, essa letra era entoada. Mas tivemos que mudar a letra. Somos maus, mas não tão maus assim. Desta feita, os hinários modificaram a letra desse hino. Hoje os hinários trazem:

Mas do céu desceu e seu sangue verteu
Pra salvar um tão pobre pecador.

Não demorará muito para que a palavra “pecador” seja substituída por “pessoa confusa que toma más decisões.” Aí vai ficar difícil para cantar!

O motivo por que a igreja não consegue pensar em si mesma como verme redimido é que ela não enxerga mais Deus como um Soberano misericordioso. Mas quando temos um vislumbre do significado da doutrina da eleição, clamamos: “Jesus, Filho de Davi, tenha compaixão de mim.”

Bom, precisamos terminar essa introdução e chegar ao parágrafo que discutiremos hoje. Poderíamos passar semanas falando sobre isso, mas cobriremos um pouco do assunto e partiremos adiante. Espero que nosso estudo até o capítulo 11 de Romanos sirva de alicerce para que, quando chegarmos ao capítulo 12, entendamos o significado de sermos um sacrifício vivo a Deus. Você pode perguntar: “Um sacrifício vivo?! Quer dizer que Paulo quer que sacrifiquemos nossas vidas a Deus?!” Quando entendemos que somos eleitos pela misericórdia e graça de um Deus soberano, entendemos o que significa dizer que Deus é o dono de tudo em nosso ser. Assim, você oferecerá a si mesmo a Deus como um sacrifício vivo e contínuo.

Ilustrações do Antigo Testamento Sobre a Eleição Soberana de Deus

No decorrer do capítulo 9, Paulo toma ilustrações do Antigo Testamento que revelam que Deus sempre agiu por meio de eleição soberana no mundo.

Abraão, Isaque e Jacó

Deus escolheu Abraão ao invés dos demais habitantes de Ur (Romanos 9.7), escolheu Isaque ao invés de Ismael (Romanos 9.7–9) e escolheu Jacó ao invés de Esaú (Romanos 9.10–13). Escolha soberana!

Moisés e os israelitas

Agora, no verso 15, Paulo repete Êxodo 33.19, quando Deus diz a Moisés:

…terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer.

Essa revelação foi feita nos três mil israelitas mortos à espada. Moisés havia recebido os Dez Mandamentos do Senhor e, quando voltou ao povo, o encontrou envolvido em idolatria, dançando diante de um bezerro de ouro. Deus falou a Moisés, dizendo que a nação inteira merecia ser destruída. Contudo, ao invés disso, apenas três mil morreram em julgamento. Por que três mil somente e não todos? E por que eles? Não nos é dito, exceto que Paulo utiliza esse exemplo para ilustrar a soberania de Deus em julgar alguns e ser misericordioso para com outros.

A sugestão de Paulo é interessante. Ele diz: “Se você vai dizer que Deus é injusto porque escolhe uma pessoa e não outra, então Deus foi injusto no Monte Sinai ao deixar muitas pessoas vivas. Todos deveriam ter morrido, mas Deus disse: ‘Terei misericórdia.’”

Faraó e os israelitas

Em seguida, Paulo toma da história de Israel uma das maiores ilustrações do poder soberano de Deus conhecidas pelos judeus. Ele usa a demonstração do poder de Deus no Egito que libertou a nação de faraó. Veja o verso 17a: Porque a Escritura diz a Faraó. Pare por um momento e reflita nisto: Porque a Escritura diz a Faraó. As Escrituras ainda não estavam em um formato escrito e completo na época. Todavia, Paulo considera a palavra de Deus falada por meio de Moisés como Escritura. Você pode circular ele diz no verso 15 em referência a Deus falando e conectar isso às palavras a Escritura diz no verso 17. É evidente que Paulo considera ambos como possuindo a mesma autoridade. Os termos são sinônimos. Ou seja, quando a Escritura fala, Deus fala.

Então, o que Deus disse a Faraó? Continue no verso 17b:

…Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra.

Um comentarista escreveu:

Como um monarca absoluto, Faraó pressupôs que tudo o que ele dizia e fazia era por sua própria escolha livre para cumprir os seus propósitos terrenos. Mas o Senhor deixa claro por intermédio de Moisés que Faraó foi erguido por Deus para servir um propósito divino, um propósito que o rei nem sequer conhecia.

Será que Deus faria algo desse tipo? Será que Deus é soberano a ponto de erguer um descrente para cumprir o propósito de sua vontade? É justamente isso o que Paulo diz. Salomão escreveu em Provérbios 16.4:

O SENHOR fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.

Você acredita nisso? Pedro escreveu em 1 Pedro 2.7–8:

Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.

Você pode dizer: “Muito bem, então. Quer dizer que Deus leva os descrentes a não crer nele?” Não, ele não precisa fazer isso. O mundo incrédulo não crê em Cristo por si mesmo. Jesus disse em João 3.18b: o que não crê já está julgado. Em outras palavras, o descrente já está julgado e condenado. Deus não precisa fazer nada para que o descrente não creia. Por outro lado, ele precisa intervir para que o eleito creia.

Que grande ilustração é Faraó do poder de Deus. Ele disse por meio de Moisés, conforme Paulo escreve no verso 17b: te levantei. Exegeiro é a palavra grega usada para se referir ao ato de promover líderes mundiais. O mesmo termo é usado pelo profeta Habacuque ao falar sobre a linhagem sanguinária dos caldeus que Deus havia levantado para cumprir sua vontade (Habacuque 1.6). O profeta Zacarias também empregou esse termo ao profetizar sobre o anticristo que Deus levantará para devorar a humanidade (Zacarias 11.16).

Deus disse a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder. Creio que Paulo é claro demais para ser entendido de maneira equivocada. Apesar de isso perturbar a nossa mente, Deus é soberano; Deus é o que inicia a escolha; é Deus quem levanta aqueles que crerão e Deus quem levanta os que não crerão. Ele é a causa primária; ele é o causador original da salvação; ele é o iniciador da redenção. Essa doutrina coloca Deus no trono e a humanidade prostrada aos seus pés!

A propósito, esse texto é uma citação da conversa entre Moisés e Faraó registrada em Êxodo 9. Essa conversa aconteceu entre a sexta e a sétima praga que havia assolado a terra do Egito. Cada praga atacou um dos principais deuses egípcios, revelando a soberania de Deus sobre todos eles, mas Faraó continuou resoluto. Sabemos por Paulo que Deus endureceu o seu coração. Apesar de lermos várias vezes em Êxodo que Faraó endureceu o seu coração, Deus já havia dito a Moisés vários capítulos antes que ele iria endurecer o coração de Faraó para que não deixasse o povo ir (Êxodo 4.21). Através da teimosia desse líder mundial, o poder de Deus seria revelado de forma inegável.

Precisamos estar cientes de algumas coisas sobre esse Faraó. Ele foi Amenotepe II. Ele e seu império pensavam que ele era o filho de deus—o maior deus do universo, o deus Ra. O nome de seu trono era, “Grandes são as manifestações de Ra,” o que é algo irônico quando se pensa que o Deus de Israel revelará ser mais poderoso do que os deuses com suas manifestações. Amenotepe II era conhecido por sua habilidade atlética e força física. Quando ainda jovem, seu pai o pôs a cargo dos estábulos reais onde treinava cavalos para batalhas. Sua reputação ficou ainda mais lendária depois que atirou flechas em um alvo enquanto guiava uma carruagem com as rédeas atadas à sua cintura. Esse feito foi tão incrível que foi registrado em inscrições em várias cidades.

Quando Amenotepe II se tornou Faraó, ele continuou insistindo em liderar tropas em batalhas e lutar em combates. Ele se tornou um ditador cruel e ficaria conhecido como o líder mais sanguinário e cruel da 18ª dinastia egípcia. Certa vez, após várias cidades haverem se rebelado contra seu reino, ele liderou seu exército e as derrotou. No caminho de volta, pendurou os sete reis derrotados de cabeça para baixo na proa de seu navio. Em seguida, ao chegar no Egito, pendurou-os nas paredes do templo como troféus.

Esse é o homem diante do qual Moisés ousaria dizer: “Deixe o meu povo ir.” “Ir?! Vocês, escravos, estão me dando ordens?! Estão resistindo meu controle soberano?” Então Deus, em uma manifestação de poder após outra, revelou sua soberania sobre o soberano do Egito, o reino mais poderoso naquela parte do mundo. Até a nona demonstração, quando Deus parecia dizer a Faraó: “Então, quer dizer que você é o soberano descendente do grande deus Ra? Bom, então vou escurecer o sol!” Escuridão tomou conta da terra e Faraó disse a Moisés: “Se eu o vir novamente, irei matá-lo!” Daí, a última das pragas inclui a ordem de Deus para os israelitas passarem sangue de cordeiro nos umbrais das portas. O anjo da morte viria numa noite e mataria o primogênito de cada lar. Deus revelaria que ele era soberano e isso inclui ter poder sobre a vida e a morte.

O túmulo de Amenotepe II foi encontrado em torno do ano de 1900. Ele foi mumificado e seu cadáver bem preservado. Sua esposa também estava lá, bem como outra mulher. Apesar de Amenotepe ter tido vários filhos e filhas, apenas um parecer ter sido mumificado e colocado no túmulo com eles. Um egiptólogo disse que a semelhança entre Amenotepe e esse homem não mumificado era incrível (mesmo após milhares de anos a carne ainda estava nos ossos). Era um menino de uns nove ou dez anos de idade que estava ao lado da esposa de Amenotepe, o que não fazia parte do costume. Sem dúvida, ele era o filho dela—seu primogênito.

O poder de Deus sobre o Egito jamais seria esquecido e a Páscoa, quando o anjo da morte passou sobre os lares que tinham sangue de cordeiro nas portas, ainda é celebrada pelos judeus em todo o mundo. Ela é um símbolo da misericórdia de Deus sobre aqueles que estavam cobertos com o sangue do cordeiro.

Conclusão

Você pode dizer: “Como sabemos se recebemos ou não a misericórdia de Deus?” Isso é simples—você pediu por ela. Aqueles que Deus escolheu irão até ele para receber de sua misericórdia. Esses são os que dizem: “Jesus, Filho de Davi, tenha compaixão de mim.”

Se você já disse isto para o seu Senhor e Salvador: “Oh, Soberano Senhor de tudo o que existe e tudo o que sou, não possuo direito algum, mas clamo pelo seu sangue derramado pelo meu pecado, tenha misericórdia de mim, tenha compaixão de mim, tenha misericórdia de mim”—se já disse isso—, então você, meu amigo, é um eleito de Deus, redimido pela sua graça e misericórdia.

Oh, quão cego eu andei e perdido vaguei
Longe, longe do meu Salvador,
Mas do céu desceu e seu sangue verteu
Pra salvar um tão pobre pecador.

Foi na cruz, foi na cruz
Onde um dia eu vi
Meus pecados castigados em Jesus,
Foi ali, pela fé que meus olhos abri
E agora me alegro em sua luz.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 16/05/2004

© Copyright 2004 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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