Os Cinco Pontos da Segurança

Os Cinco Pontos da Segurança

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Os Cinco Pontos da Segurança

Perdido Novamente—Parte 3

Romanos 8.34–35

Introdução

Gostaria de dar continuidade ao nosso estudo sobre a segurança eterna do crente no último parágrafo de Romanos 8. De fato, esse parágrafo é um belo hino sobre segurança.

O Cristianismo bíblico é a única religião—se é que o podemos chamar disso— que oferece segurança eterna. Por quê? Porque todas as falsas religiões baseiam a segurança e esperança eternas na maneira como o homem vive nesta terra. E uma vez que todos reconhecem que poderiam viver melhor do que vivem, toda religião baseada em obras, no fim, fracassa em fornecer qualquer ideia, conhecimento ou senso de segurança.

O Cristianismo coloca a segurança do crente sobre os ombros do Deus Todo-Poderoso. Não é o que nós fazemos para ele, mas o que Ele já realizou por nós. Nossas boas obras não passam de meras expressões de louvor e adoração Àquele que nos redimiu. Não realizamos coisas boas a fim de irmos para o céu, mas porque vamos para o céu. Não fazemos boas obras para que Deus nos aceite, mas porque Deus já nos aceitou em Jesus Cristo, nosso Senhor.

Outro dia, estava folheando as páginas de um livro que fornece um panorama de todos os livros da Bíblia. Li o que esse livro diz a respeito da carta aos Romanos e ele continha uma sentença que chamou minha atenção. Havia a observação de que, já nos dias de Paulo, o Budismo tinha chegado ao mundo do Mediterrâneo.

Nossa tendência é pensar que as cartas de Paulo combatem todo tipo de filosofias e falsas religiões ao preparar o crente para defender o Evangelho. Contudo, acho interessante considerar que Paulo tinha em mente uma religião chamada Budismo, uma religião que, assim como as demais, fracassa em conceder aos seus seguidores qualquer esperança além do túmulo.

A esperança do Budismo é alcançar formas de vidas cada vez melhores ao se reencarnar em pessoas cada vez melhores—dependendo de quanto carma positivos ou negativo você tenha conseguido. Finalmente, pode-se alcançar aquilo que o próprio Buda alcançou: a eterna felicidade no Nirvana. Esse não é um lugar real, mas um estado de consciência divina. A única esperança dos budistas em alcançar o Nirvana, terminar o ciclo de reencarnação e chegar ao ponto de consciência divina, é seguir um caminho octogonal. O caminho:

  • da perspectiva correta;
  • do pensamento correto;
  • do discurso correto;
  • da atitude correta;
  • da vida correta;
  • do esforço correto;
  • da diligência correta;
  • e da contemplação correta.

Então, a pergunta que essa religião faz, assim como todas as religiões humanas, é a seguinte, “O que você tem realizado a fim de chegar ao céu?” Para o religioso, “O que você tem realizado para chegar ao céu?” Para o judeu, “O que você tem realizado para chegar ao Paraíso?” Para o mórmon, “Você é fiel o suficiente para conseguir atingir o terceiro céu?” Para o budista, “O que você tem realizado para alcançar o Nirvana?”

O que você tem feito?!

Abra sua Bíblia em Romanos 8 para descobrir que o capítulo começa no verso 1, dizendo, nenhuma condenação, e termina no verso 39 com [nada] nos pode separar.

Descobrimos que nossa segurança eterna não está naquilo que nós fazemos, mas naquilo que Deus fez; não naquilo que nós estamos realizando, mas no que Deus realizou, realiza e realizará por aqueles que nasceram de novo pela fé em Jesus Cristo.

Conforme 1 João 5.13 diz:

Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.

Perceba que esse verso diz, “a fim de saberdes”! Ele não diz, “a fim de esperardes,” ou, “a fim de pensardes,” ou, “talvez”—mas, “a fim de saberdes”!

O apóstolo João fala com clareza absoluta nos versos 11 e 12 daquele mesmo capítulo:

E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.

Grave na margem de sua Bíblia as palavras: Confiança absoluta em Deus!

Nossa confiança não está em nós mesmos—está em Deus!

Talvez você esteja dizendo para si mesmo, “Mas o que faço com minhas dúvidas?”

Pessoas já me disseram, “Ainda batalha contra a minha religião passada—ela era voltada para obras. Minha confiança antes de conhecer a Deus dependia do tipo de semana que eu tinha, quantos pecados eu havia cometido, quantas vezes tinha orado. Então, ainda existem dúvidas sobre essa verdade da Palavra de Deus. Não consigo falar como o apóstolo João falou. Será que essa dúvida me levará a perder minha salvação?”

Essa é uma boa pergunta!

Deixe-me chamar outro pregador para responder essa pergunta para você. Seu nome era Henry Drummond e, em 1887, ele pregou uma mensagem intitulada Lidando com a Dúvida. Ele disse:

Jesus Cristo nunca ignorou a diferença entre dúvida e incredulidade. A dúvida diz, “Não consigo acreditar.” A incredulidade diz, “Não irei acreditar.” A dúvida é honesta; a incredulidade é obstinada. A dúvida busca a luz; a descrença ama as trevas. Amar as trevas ao invés de a luz—foi isso o que Cristo atacou e atacou com ferocidade. Mas, para as perguntas cheias de dúvidas de Tomé, Filipe, Nicodemos e muitos outros que vêm a Ele a fim de resolverem seus problemas, Jesus foi generoso [ao ensiná-los a verdade]. Quando Tomé veio até Ele após ter negado a ressurreição, e se colocou diante dEle esperando palavras duras e repreensão por sua incredulidade, tais coisas nunca chegaram. Ao invés delas, Jesus Cristo lhe mostrou os fatos—Ele apresentou os fatos a Tomé.

A resposta para:

  • incredulidade—é fé;
  • dúvida—são fatos.

Não podemos produzir fé naqueles que não crêem, mas podemos fornecer os fatos aos que crêem e a fé se fortalece. Para os que:

  • não crêem, quero que você seja salvo;
  • crêem, quero que você fortaleça sua fé!

Declarações: A Segurança Eterna do Crente

Creio que era exatamente isso o que Paulo tinha em mente neste grande capítulo de Romanos, ao dizer, “Aqui estão os fatos… este é o Cristianismo verdadeiro… este é o Evangelho de Deus! Prestem atenção nos fatos!”

Veja Romanos 8.31–32:

Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?

  • A pergunta nesses versos, na verdade, nos fornece o primeiro fato sobre nossa segurança eterna: pelo fato de Deus salvar o crente, nenhum pecado pode destruí-lo!

Tratamos dessa primeira declaração em nossa última discussão.

Continue no verso 33:

  • Esse verso fornece o segundo fato que destacamos a respeito da segurança eterna: pelo fato de Deus absolver o crente, ninguém pode processá-lo!

Em outras palavras, ninguém é capaz de produzir novas evidências; ninguém é capaz de trazer novas acusações contra o crente ou, processá-lo no tribunal de Deus. Por quê? Porque o tribunal de Deus já declarou o crente justificado.

  • Agora, o terceiro fato sobre nossa segurança eterna é: pelo fato de Jesus Cristo ter redimido o crente, ninguém pode condená-lo!

Gosto muito do que Paulo diz no verso 34:

Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.

Esse verso pode ser interpretado de duas maneiras:

  • Quem pode condená-lo, já que Jesus Cristo morreu por você, ressuscitou por você e intercede por você?
  • Quem pode condená-lo (Paulo espera que seis leitores entenderão que a resposta a essa pergunta é Jesus Cristo, pois Ele recebeu do Pai o direito ao julgamento final)?

João escreveu em João 5.22–23:

E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai.

João nos informa que, no julgamento final das nações—toda a humanidade não redimida em toda a história—o juiz subirá ao trono: o Filho de Deus em resplendor. E esse julgamento final vindicará Sua perfeita justiça gloriosa por toda a eternidade.

Paulo pode estar dizendo que a única pessoa que pode condenar eternamente é o Filho de Deus, pois Ele será, de fato, Aquele que condenará o mundo descrente.

Todavia, para os que crêem, Ele não será o juiz, pois já se tornou o seu Salvador. Ele morreu por você, ressuscitou por você e intercede a seu favor à destra do Pai.

A beleza nessas duas interpretações é que ambas são positivas. Ninguém, nem mesmo o próprio Deus, condenará o crente. Ou seja, Aquele que possui autoridade para condená-lo já morreu por você! Aquele que possui o direito de sentenciá-lo por toda a eternidade e retirá-lo de Sua presença já o libertou!

Cinco motivos que revelam o caráter final da salvação do crente

Paulo nos fornece cinco motivos no verso 34 que revelam o caráter final da salvação do crente.

  • O primeiro motivo é que Jesus Cristo morreu.

Sua morte não foi nenhum erro; ela foi parte do plano eterno de Deus! Veja Filipenses 2.8:

a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.

Nossa segurança está guardada e é baseada nessa incrível oferta de sangue vivificadora! Nossa segurança é construída sobre Seu sacrifício.

James Montgomery Boice destacou algo maravilhoso em seu estudo nessa passagem. Ele escreveu:

Se Paulo fosse um dos pregadores contemporâneos de nossos dias ou um dos teólogos modernos, ele iria responder a nossas dúvidas dizendo, “Você não precisa se preocupar com seu futuro eterno porque Deus o ama e Deus é amor.”

Mas Paulo era um pastor e ele sabia que facilmente duvidamos de tais declarações, especialmente quando a vida se torna tão complicada. Podemos dizer, “Entendo que Deus é amor, mas será que Ele realmente me ama? Como posso acreditar que Ele me ama quando perco meu emprego, quando meu cônjuge me troca por outra pessoa, quando recebo o diagnóstico de que tenho uma doença incurável? É em ocasiões assim que não sinto que Deus me ama ou que Ele sequer se preocupa comigo.”

Paulo sabia que meras certezas de que Deus nos ama não seriam eficientes. Então, ao invés de lidar com nossas dúvidas no âmbito emocional—que é o que “Deus ama você” faz—ele passa de experiências morais a fatos certos. Segundo esse verso, podemos saber que Deus é por nós, não porque de alguma forma sentimos que Sua natureza é ser amoroso, mas porque Ele entregou o Seu Filho para morrer por nós.

Que perspectiva maravilhosa!

Li, recentemente, sobre um homem da cidade de Dundee, na Escócia, que está, há quarenta anos, confinado a uma cama. Ele ficou tetraplégico ao sofrer uma queda e quebrar o pescoço quanto tinha quinze anos de idade. Seu espírito permaneceu firme, e sua coragem e ânimo inspiram tanto as pessoas que gosta de receber vários visitantes, dos quais muitos o visitam em busca de encorajamento.

Um dia, um visitante lhe perguntou, “Satanás, por acaso, não o tenta a duvidar de Deus?”

“Ah, sim, ele me tenta. Eu deito aqui e vejo meus colegas de escola dirigindo seus carros e Satanás sussurra em meu ouvido, ‘Se Deus é tão bom assim, por que Ele o deixou preso aqui todos esses anos? Por que Ele permitiu que você quebrasse seu pescoço?’”

O visitante lhe perguntou, “O que você faz quando esses pensamentos são introduzidos em sua mente?”

O homem replicou, “Ah, eu levo Satanás ao Calvário, lhe mostro Cristo, aponto para Suas feridas e digo, ‘Você está vendo, Ele me ama, verdadeiramente.’”

Satanás nunca teve uma resposta para isso.

Meus amigos, não apenas cremos que Deus nos ama—temos prova disso! Um evento na história humana revela Seu amor!

  • Segundo, Jesus Cristo não somente morreu, mas também ressuscitou.

Paulo escreve sobre nossa certeza adicionado no verso 34: É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou.

Poderíamos traduzir a palavra “antes” como, “mas ainda mais do que isso.” Em outras palavras, Jesus Cristo morreu, mas muito mais do que isso, Ele ressuscitou dos mortos. Não haveria salvação se Cristo tivesse apenas morrido.

E, se Cristo não ressuscitou, Paulo escreveu em 1 Coríntios 15.14, é vã a vossa fé.

Milhares de homens foram crucificados em cruzes romanas, mas nenhum deles ressuscitou dos mortos depois. Cristo ressuscitou dos mortos; Buda não! O túmulo de Buda está cheio de pó; o túmulo de Cristo está vazio!

Prefiro seguir alguém que reivindicou ter poder sobre a morte e provou tal poder ao ressuscitar dos mortos do que alguém que não revela ter esse poder!

  • Existe ainda mais segurança do que isso. Paulo adiciona um terceiro motivo: Cristo não somente morreu e ressuscitou, mas também subiu aos céus.

Ainda no verso 34, Paulo diz que Cristo ascendeu e está à direita de Deus.

Essa é uma posição de poder e representa autoridade. Isso não significa que Cristo não é Deus, mas que Cristo fala como Deus!

Cristo, que é a manifestação corpórea da divindade, fala, julga e governa pela Triunidade e com a autoridade do Deus Triúno (Colossenses 1.15, 19).

  • O quarto motivo por que seu caso jamais será reaberto diante do Juiz divino é porque Jesus Cristo está assentado.

Jesus Cristo ressuscitou, Paulo diz no verso 34, e Ele está à direita de Deus.

Em outras cartas, Paulo explica que Cristo se assentou à direita do Pai. Paulo escreveu em Efésios 2.6: nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.

Paulo também escreveu aos Colossenses em 3.1:

Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.

Esse é um conceito significante, mas que é geralmente ignorado pelo leitor do século vinte e um. Os judeus entenderam a significância dessas palavras imediatamente a respeito da posição física de Cristo. Isso não significa que Cristo nunca se levanta, mas dizer que Cristo está “assentado” não é um detalhe trivial.

Precisamos entender o que todo leitor judeu entendeu. No templo, não havia cadeiras; não havia nenhum assento no Santo dos Santos. Por quê? Porque o serviço dos sacerdotes nunca terminava. Eles ficavam em pé, caminhavam, trabalhavam e laboravam, sacrificando vez após vez diante da presença de um Deus santo e insatisfeito.

Contudo, Jesus Cristo, o nosso grande Sumo Sacerdote, completou Sua obra redentora e satisfez a santidade do Deus Pai. Agora, Cristo está assentado!

Hebreus 10.11–12 anuncia esse mesmo fato:

Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus,

Não havia assentos nos templos, mas existe um assento no Supremo Tribunal Celestial. E o grande Sumo Sacerdote que completou Sua obra a nosso favor agora descansa—assentado, significando que finalizou Seu trabalho.

  • Pensaríamos que isso já seria suficiente, mas Paulo continua e nos fornece um quinto motivo para a segurança de nossa salvação em relação ao não sermos mais alvos da condenação de Deus: Jesus Cristo está intercedendo por nós neste momento.

Paulo nos informa a esse respeito na última parte do verso 34, afirmando que Jesus também intercede por nós.

Que verdade profunda! Que verdade maravilhosa sobre nossa salvação extensa, completa, incorruptível, irrefutável e imarcescível! Jesus Cristo intercede por nós!

Um antigo pregador perguntou, “Se você soubesse que Jesus estava na sala ao lado orando por você, será que isso faria alguma diferença?”

Faria? Se você soubesse que Jesus está na sala ao lado neste momento, de joelhos, orando por você, isso faria alguma diferença?

Isso não o daria esperança?

Isso não o encorajaria?

Isso não o conduziria à tristeza por causa do pecado?

E será que isso, ao mesmo tempo, não encheria seu coração de alegria?

Será que o Pai não escutaria as intercessões de Seu Filho, o qual agora nos defende e intercede em nosso favor? Você consegue conceber a ideia de que o Pai se recusaria a ouvir Seu Filho orando a nosso favor?

O próprio Jesus começou uma de Suas orações dizendo ao Pai, conforme lemos em João 11.42: eu sabia que sempre me ouves.

João escreve em 1 João 2.1: temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.

A propósito, lembre-se de que somos informados em Romanos 8.26 que o Espírito Santo intercede por nós. Agora, é-nos dito que o próprio Cristo intercede por nós.

Isso se compara a dois escritórios de uma empresa de advocacia. Um escritório é na terra e o outro é no céu—o Espírito na terra e o Filho no céu. Na terra, o Espírito advoga a nosso favor; no céu, o Filho defende nossa causa.

Para que você esteja na posição de perdido novamente, o Espírito e o Filho teriam que fracassar em Suas orações a nosso favor! Para que alguém tenha êxito ao nos condenar, a defesa do Filho tem que ser ineficaz, o que também significa que o Espírito Santo falhou em nos proteger.

Então, Paulo nos apresenta os fatos, ou seja:

  • Pelo fato de Deus salvar o crente, ninguém pode destruí-lo!
  • Pelo fato de Deus absolver o crente, ninguém pode processá-lo!
  • Pelo fato de Jesus Cristo redimir o crente, ninguém pode condená-lo!

As cinco provas são:

  • Cristo morreu;
  • Cristo ressuscitou;
  • Cristo subiu aos céus;
  • Cristo assentou-se;
  • Cristo intercede pelo crente.

Paulo, agora, prevê mais uma pergunta. Já que é óbvio que Cristo protege o crente em segurança—Ele morreu, ressuscitou, subiu aos céus, assentou-se e intercede pelo crente—fica óbvio que Pai está satisfeito. Mas o que acontece se Jesus Cristo decidir que não quer mais interceder por nós, supondo que Ele parasse de nos amar?

  • A quarta declaração de Paulo é: pelo fato de Jesus Cristo nos amar, nada por separar o crente de Deus!

Note o que Paulo afirma em seguida no verso 35: Quem nos separará do amor de Cristo?

Em outras palavras, existe algo ou alguém que levaria Jesus Cristo a parar de nos amar?

Paulo começa a alistas algumas possibilidades nos versos 35 a 37.

Será que tribulação nos separará? Paulo espera a resposta, “não!”

ou angústia? “Não!”

ou perseguição? “Não!”

ou fome? “Não!”

ou nudez? “Não!”

ou perigo? “Não!”

ou espada? “Não!”

A propósito, é impossível não notar que todas essas coisas podem levar o crente a parar de amar o Senhor, não é verdade? Mas elas jamais levarão o Senhor a parar de amar o crente, não importa qual seja sua reação a elas.

Paulo não é um teólogo de teoria; ele não é um autor de livro famoso que busca fazer com que os crentes se sintam melhor. Se você der uma olhada nessa lista, verá que Paulo passou por tudo isso, exceto uma.

Tribulação

  • A primeira palavra nessa lista de Paulo é tribulação. Essa palavra se refere a uma espécie de trenó ou carrinho pesado que se passava por sobre uma plantação para separar trigo de joio.

Em latim, esse objeto era chamado de tribulum, o qual nos origina a palavra “tribulação.”

Portanto, é um termo que se refere a momentos na vida que nos esmagam e nos abatem. Dizemos coisas do tipo, “Tenho estado abatido ultimamente por causa disso….”

Paulo se sentiu dessa forma; esse era um termo bastante utilizado pelo apóstolo.

Angústia

  • A próxima palavra na lista de Paulo é angústia.

Esse vocábulo significa, “aperto; confinamento, pressão; prisão.”

Todos nós temos obrigações, responsabilidades, deveres e muitos detalhes, não é verdade? Talvez você se encontre numa rua sem saída em seu emprego ou em um aperto financeiro tremendo porque está sem um emprego. Talvez você esteja cercado de crianças e preso à rotina diária. A pressão é grande e você está sempre angustiado.

Esse é um estado comum a crentes e descrentes. Você já se perguntou por que propagandas apelam para a nossa necessidade de lugares abertos e espaçosos? Sabão de lavar roupa vem com a imagem de uma mulher pendurando roupas em um varal em um campo enorme e verde. Quem pendura roupas num varal em um campo assim? Propagandas de automóveis não mostram carros em um congestionamento. Geralmente, eles estão em uma bela estrada arborizada onde tudo é bonito, a estrada está vazia! Nenhum aperto! Liberdade!

Perseguição

  • A próxima palavra é perseguição. Ela significa, “ser rejeita, ridicularizado, zombado, abandonado ou maltratado por causa de sua fé.”

Fome ou Nudez

  • As próximas duas palavras são fome e nudez. Elas se referem a estar desprovido de comida e roupas.

Muitos crentes ao redor do mundo sofrem dessas coisas. Eu imagino Paulo tremendo em uma cela fria e úmida, escrevendo a Timóteo pedindo que seu pupilo leve sua capa.

Perigo

  • Será que perigos nos separam do amor de Cristo? Perigo! Talvez não temamos perseguição física por causa de nossa fé, mas nosso perigo é bastante real.

Será que estamos alerta ao inimigo? Conforme 1 Pedro 5.8: anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar.

Espada

  • Finalmente, a espada aparece na lista de Paulo.

Paulo já havia experimentado cada uma das sete coisas que alistou, menos esta última—a espada. Mas ele irá experimentá-la também quando, dentro de alguns meses, for decapitado pelo imperador Nero.

Todo ano, ao redor do mundo, cerca de 600 a 700 mil pessoas se unem a Paulo nessa experiência de morte—a espada—porque se autodenominam cristãos.

Então, a afirmação de Paulo é que nada e ninguém, nenhuma dificuldade na vida ou mesmo perda de vida, pode separar o crente do eterno, constante e imutável amor de Jesus Cristo pelos Seus redimidos.

Você não precisa colocar sua esperança em reencarnação; você não precisa realizar obras a fim de entrar no terceiro céu; você não precisa tentar se tornar um merecedor do Paraíso; você não precisa ser purificado no purgatório; você não tem que tentar se libertar de desejos e se tornar um em consciência divina.

Não. Você vai até Jesus Cristo e descobre que Ele já está assentado!

Ele não está sendo sacrificado várias e várias vezes. Ele completou Sua obra!

Ele não está pendurado na cruz; Ele já subiu aos céus!

Ele não está no túmulo; após haver ressuscitado triunfantemente, Ele intercede por nós à destra de Deus o Pai, onde já tomou Seu assento!

Se você já O recebeu, não há razão para temer—pois nada, nem ninguém pode separá-lo do amor do Salvador soberano ressurreto que ascendeu aos céus e intercede por você.

E nós não pagamos nada por esse amor! Mas Lhe devemos tudo por causa de Seu amor inacreditável e incessante.

 

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 21/03/2004

©Copyright 2004 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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