Respondendo a Perguntas Eternas

Respondendo a Perguntas Eternas

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Respondendo a Perguntas Eternas

Perdido Novamente—Parte 2

Romanos 8.31–33

Introdução

No dia 11 de março de 1898, um adolescente chamado Pedro Dyneka deixou para trás seus país de origem, a Rússia, e partiu para a Nova Escócia, no Canadá. Para ele, essa viagem era, literalmente, para o outro lado do mundo. Nesse novo lar, ele se tornaria um evangelista grandemente usado por Deus. Mas Deus estava prestes a ensiná-lo uma poderosa lição.

Sua família passara vários meses economizando dinheiro para comprar sua passagem para seu futuro. A mãe de Pedro embalou comida suficiente para a longa jornada, em sua maioria, pão e alho, pois tinham poucas condições financeiras.

Todos os duas, Pedro observava pelas janelas a sala de jantar do navio onde homens ricos desfrutavam de refeições extravagantes. Ah, como eles os invejava! Depois, voltava para seu pequeno quarto e comia seu pão com alho.

Mais ou menos na metade da viagem, alguns dos marinheiros notaram sua situação e prometeram que, se ele fizesse suas tarefas e trabalho na cozinha, eles lhe dariam refeições em troca. Pedro ficou contente e deu início ao seu trabalho com diligência—e recebia refeições nos fundos da cozinha, conforme o combinado.

Foi somente no último dia de viagem que Pedro descobriu a verdade: o preço de sua passagem incluía três refeições por dia na sala de jantar do navio. Ele tinha o direito de se sentar com as demais pessoas. Contudo, fora enganado a trabalhar a fim de conseguir a comida que já lhe pertencia por direito.

A maioria de nós hoje sabe que nossa passagem para o céu é livre de custo, mas não compreendemos muito bem os privilégios que acompanham nosso bilhete. O apóstolo Paulo vem descrevendo cada item incluso nesse pacote de viagem.

Fomos escolhidos por Deus e recebemos a passagem para o céu. E aqueles que Ele chamou, foram também justificados—declarados justos; e o que foram justificados, Ele também os glorificou! Tudo isso está incluído em nosso pacote de viagem!

Parte do problema do crente é que ele não entende o que possui. Ele tem sua passagem para o céu, mas não tem tanta certeza de que está seguro. Ele não entende como seu bilhete para o céu é algo extenso e imutável.

Muitos hoje estão inseguros em sua fé. Temos que muitos são levados a crer que, de alguma forma, podem perder seu bilhete de entrada no céu. Esses são ensinados que, durante a jornada, eles podem ser lançados para fora do navio, ou colocados em outra embarcação e levados de volta. Ou, como muitos acreditam, eles podem escolher pular do navio e nadar de volta para a Rússia.

Qualquer pessoa destinada ao céu não deseja voltar de volta. O crente verdadeiro está totalmente seguro em sua salvação—não existe mudança para outro barco no meio do mar.

Além disso, o crente não precisa trabalhar para conseguir um lugar na sala de jantar da abundante graça de Deus. Tudo isso já está incluso no bilhete do crente, e todas as despesas já foram pagas!

A segurança do crente na salvação é o foco de Paulo ao concluir a seção final de Romanos 8. Passaremos parte de nosso tempo hoje falando sobre a segurança do crente.

Que parágrafo maravilhoso é este! Alguns o chamam de o hino da segurança, a canção de triunfo, o mais elevado planalto na revelação divina. Um erudito bíblico chama esse parágrafo de o ponto mais alto na montanha mais elevada no Himalaia da Escritura.

Paulo começa na primeira parte do verso 31 tomando um fôlego e exclama: Que diremos, pois, à vista destas coisas?

Em outras palavras, “Que faremos diante dessas coisas?”

O que são, “estas coisas”?

Com certeza, elas incluem a passagem anterior, na qual Paulo anuncia as verdades da:

  • predestinação;
  • chamada;
  • justificação; e
  • glorificação.

Todavia, concordo com aqueles que pregaram nessa passagem em gerações passadas afirmando que, neste texto, Paulo atinge ao clímax de sua carta. Esse é o topo do raciocínio, da lógica e do Evangelho que Paulo discutiu:

  • no capítulo 1—a corrupção e depravação do homem;
  • nos capítulos 1 e 2—a culpa do homem;
  • no capítulo 3—o fracasso do pecador ao tentar compreender ou mesmo desejar o Evangelho;
  • no capítulo 4—a incapacidade do homem de impressionar Deus com religião em genealogia;
  • no capítulo 5—a origem e a certeza da natureza pecaminosa na raça humana;
  • no capítulo 6—a escravidão da humanidade ao pecado ao invés de a Deus;
  • no capítulo 7—o conflito entre o pecado e o espírito até mesmo nos que creem;
  • no capítulo 8—Deus inicia, concede vida, elege, chama e redime, agindo em nosso favor a fim de nos resgatar do desespero, falta de esperança e gemido e nos conduzir para a própria vida e luz de Deus!

Agora, o que faremos a respeito dessas coisas?

Declarações: A Segurança Eterna do Crente

Deixe-me fornecer quatro declarações que servem de provas irrefutáveis, extensas e compreensivas a respeito da segurança eterna do crente. Junto a essas declarações, também lidarei com sete perguntas que surgem na discussão.

  • A primeira declaração é: pelo fato de Deus salvar o crente, ninguém pode destruí-lo.

Deixe-me repetir isso em outras palavras. Pelo fato de Deus haver salvo você, ninguém pode destruí-lo! Veja o verso 31 novamente:

Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Embutida nessa pergunta, está a primeira declaração: A salvação do crente não pode ser destruída!

Será que pode ser alvo de dúvidas? Sim. E desencorajamento e, às vezes, desespero para ver seu cumprimento final? Com certeza. Em alguns momentos, o crente se sente derrotado? Sim. Mas a salvação, a segurança, o relacionamento e aceitação de Deus jamais poderão ser destruídos!

A partícula “se” em “se Deus é por nós” não se refere a uma possibilidade, mas a uma condição real. Podemos entendê-la como, “Porque Deus é por nós….”

Ou seja, Paulo diz, “Pelo fato de Deus estar conosco, jamais haverá um poder maior que nos destruirá.”

A implicação óbvia é que se alguém fosse capaz de roubar a nossa salvação, esse alguém seria mais poderoso do que Deus, uma vez que Ele é o Doador e Sustentador de nossa salvação. Então, quem poderia roubar a nossa salvação?

Paulo exclama esta pergunta para o universo: “Existe alguém mais poderoso do que Deus?”

Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Será que outras pessoas podem roubar nossa salvação?

Você pode perguntar, “E o que dizer de outras pessoas, será que elas podem roubar a nossa salvação?”

A maioria das pessoas lendo a carta aos Romanos era judia. Todos estavam cientes da heresia dos judaizantes ensinada por judeus legalistas que diziam ser crentes. Eles insistiam que gentios não podiam ser salvos sem que aderissem à Lei de Moisés, inclusive a circuncisão. Eles queriam roubar a segurança da salvação dos gentios ao exigir que eles cumprissem certos deveres ou atos de obediência à Lei.

Algumas coisas nunca mudam!

Hoje, existem denominações evangélicas que buscam adicionar à obra de Deus ao exigir obras humanas como batismo a fim de assegurar salvação. Eles podem dizer, “Mas Pedro não disse, ‘Arrependei-vos e sede batizados para a remissão de pecados’?” Sim, mas a pequena conjunção gar também significa “como resultado de, à luz de.” Então, Pedro disse, “Arrependei-vos e sede batizados como resultado da remissão de vossos pecados.”

A Igreja Católica Romana ensina que a salvação pode ser perdida ao se cometer os chamados, “pecados mortais,” como se nenhum pecado fosse mortal. A Igreja Católica também reivindica possuir poder e autoridade para revogar graça, remover pecados e dispensar graça aos que seguem suas tradições.

Assim como os fariseus do século primeiro, eles adicionam à obra de Deus por meio de Cristo. Não existe base alguma nas Escrituras que concede a alguma igreja ou indivíduo o direito de conceder ou retirar salvação.

O apóstolo Paulo sugere nesse verso que, para fazer isso, você precisa ser mais poderoso do que Deus, uma vez que o próprio Deus iniciou a salvação e prometeu preservar o crente.

Jesus Cristo afirmou em João 10.27–29:

As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.

Em outras palavras, aquele que é capaz de roubar a sua salvação precisa ser maior do que Deus; já que ninguém é maior do que Deus, ninguém pode roubar a nossa salvação.

É impossível ficar mais seguro do que isso!

Será que Deus, então, pode retirar a nossa salvação?

Alguém pode perguntar, “E Deus, será que Ele não pode retirar nossa salvação?”

Se Deus remover nossa salvação, significaria que Ele fracassou em Seu plano.

Se o Deus Triúno—que nos escolheu, chamou, redimiu, imergiu na vida de Cristo, imputou sobre nós a justiça de Cristo e nos selou com o Espírito—decidir nos lançar fora, isso significaria que Ele fracassou em cumprir a palavra de que Ele nos preserva e glorifica para o céu.

Esse é o argumento de Paulo no próximo verso. Veja o que ele diz em Romanos 8.32:

Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?

Para um filho de Deus ser lançado fora, é necessário não somente que Deus tenha fracassado no desígnio Triúno, mas que também haja desunião dentro da Triunidade.

O Filho teria que mudar a vontade eterna do Pai. O Pai teria que fazer com que o Espírito nos “des-selasse;” e o Filho teria que parar de interceder a nosso favor.

O Pai enviou o Filho para ser um sacrifício por nós quando ainda éramos inimigos de Deus, conforme Eles haviam concordado antes da fundação do mundo, a saber, que Cristo seria o redentor do povo escolhido de Deus. Contudo, após a obra de Cristo ter sido completada e o Espírito realizar seu trabalho, se o Pai rejeitasse sequer um de nós, haveria grande confusão e desunião desconhecidas por Deus.

Haveria desunião na Triunidade.

Será que o crente pode perder sua salvação ao cometer um pecado terrível?

Uma terceira pergunta que surge é, “Será que o crente pode perder sua salvação ao cometer um pecado terrível?”

A pessoa ou igreja que crê dessa forma não entende:

  • a depravação e incapacidade espiritual do pecador em se salvar;
  • o chamado do Pai aos crentes verdadeiros;
  • a obra iniciadora e redentora de Cristo, independente de boras obras humanas.

Em outras palavras, já que você não é salvo pelo seu próprio poder ou esforço para libertar a si mesmo do pecado, aproximar-se de Deus e se tornar um filho de Deus—Deus realizou tudo isso—como, então, você conseguiria, pelos seus próprios esforços, anular a graça da obra que  o próprio Deus realizou?! Você não possui capacidade para invalidar a obra da graça de Deus!

Até mesmo o crente—e isso será algo chocante—não é maior do que Deus!

Será que o crente pode escolhe devolver o presente da salvação?

Existem aqueles que sugerem uma quarta causa para a perda de salvação e perguntam, “Será que o crente pode escolher devolver o presente da salvação?”

Será que o crente pode devolver a salvação como devolvemos um produto em uma loja? O indivíduo que pensa que pode devolver a salvação esqueceu, ou nunca aprendeu, que fomos a Deus porque Deus primeiro veio a nós; nós amamos a Deus porque Ele primeiro nos amou. Deus iniciou tudo.

Portanto, esse argumento começa com a pessoa errada. Os que crêem dessa maneira não entendem, em primeiro lugar, como receberam a sua salvação!

Ainda adiciona que o chamado crente que devolve sua salvação e a troca por algo melhor nunca possui salvação alguma! Qualquer pessoa que não deseja a salvação prova que nunca a possuiu. Esses representam a semente que pareceu brotar, que pareceu produzir alguma vida, mas morreu. Eles jamais tiveram o artigo genuíno para começar.

Agora, isso não significa que o crente não pode retroceder, desobedecer ou até mesmo negar o Senhor temporariamente. Os discípulos fizeram isso! Mas os indivíduos que dizem que foram crentes uma época, mas estão, agora, reunidos e felizes com o mundo, com a carne e com o diabo, jamais viram a luz.

Talvez você conhece alguém assim. Alguém que frequentava uma igreja, carregava sua Bíblia para todo lado e falava sobre Cristo, mas, agora, não quer nem saber dessas coisas. Ele está feliz com sua vida de volta ao mundo.

Nós temos uma cachorra em casa—uma mistura de Beagle e Basset. Ela gosta de ficar do lado de fora de casa, que é, creio eu, o projeto de Deus. Ontem ela tomou banho, algo que ela recebe quando chega ao ponto de sujar as mãos dos que a acariciam. Logo que terminou seu banho, ela saiu correndo pelo quintal para rolar no chão, algo que vai contra o banho que havia tomado. Atrás de nossa casa, existe um pasto para cavalos. A nossa cachorra adora correr ao pasto, encontrar estrume seco e rolar sobre ele… ela é totalmente depravada. Evidentemente, ela prefere aquele cheiro ao cheiro de shampoo perfumado.

Conforme Paulo escreveu a Timóteo em 2 Timóteo 4.10: Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou

O mundo era o seu amor verdadeiro!

Você não:

  • experimenta a libertação da culpa do pecado e depois decide que deseja o fedor da culpa de volta em sua vida;
  • tem sede nem fome por Deus e depois perde esse apetite;
  • vive na luz do céu e depois deseja viver na escuridão do inferno;
  • tem comunhão com os santos e entoa louvores a Deus e, logo depois, despreza a igreja do Senhor vivo;
  • anda com Ele, confia nEle e depende dEle e depois decide que jamais precisou dEle na realidade.

Era esse tipo de pessoa que João tinha em mente ao escrever a respeito de alguns que haviam deixado a comunhão em 1 João 2.19:

Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.

Então, para o crente verdadeiro, Paulo declara que ninguém pode destruir o que Deus realizou—nenhuma igreja, nenhuma pessoa, nenhuma tradição, nem mesmo o próprio crente ou o próprio Deus anularão o que o Senhor realizou.

A vida eterna é eterna. Você nunca chegou a alguém e perguntou, “Ei, você quer ouvir sobre o presente da vida temporária?” ou, “Você gostaria de aprender mais sobre a doutrina da insegurança eterna?”

Antes de sairmos dessa primeira declaração, quero destacar um jogo de palavras que os leitores judeus identificariam imediatamente.

No início do verso 32, Paulo usa uma frase retirada palavra por palavra da história de Abraão e Isaque. Paulo escreve: Aquele que não poupou o seu próprio Filho.

Essas palavras vêm diretamente da tradução grega do Antigo Testamento em Hebraico e foi retirada do contexto em que Deus elogia a fé de Abraão ao estar disposto a sacrificar seu único filho Isaque. Ele diz a Abraão em Gênesis 22.16–17a:

Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei

A ironia dessa história e o uso que Paulo faz dessas palavras não passariam despercebido aos leitores romanos. Deus havia mandado Abraão oferecer seu único filho em sacrifício. Isaque perguntou onde estava o cordeiro e Abraão respondeu em Gênesis 22.8: Deus proverá para si o cordeiro.

Imagine Isaque carregando a lenha para o fogo em suas costas, subindo o Monte Moriá—uma imagem de Jesus Cristo, o qual seria pregado a uma cruz como oferta pelo nosso pecado.

Somos informados de que Isaque voluntariamente se deixou ser colocado sobre o altar—evidentemente confiando na fé de seu pai na ressurreição—e, assim que Abraão levantou o cutelo para sacrificar seu filho, Deus falou dos céus e o deteve, louvando-o por sua fé firme na promessa de Deus.

O que aconteceu em seguida é, talvez, mais significante do que qualquer outra coisa, mas, provavelmente, o que é mais ignorado também. Abraão dá àquele monte o nome de “Jehovah-Jireh,” que significa, “O Senhor Proverá,” conforme chamado até os dias de hoje, “No monte do SENHOR se proverá” (Gênesis 22.14).

Abraão fala no tempo futuro, uma vez que o cordeiro ainda não havia sido provido—um carneiro foi oferecido, não um cordeiro. Contudo, Abraão profetiza sobre o Cordeiro de Deus vindouro que seria morto pelos pecados do mundo.

O Monte Moriá estava dentre outras pequenas montanhas em uma cordilheira. A uma curta distância dali seria edificada uma cidade e habitada pelos descendentes de Abraão—a cidade de Jerusalém. Na época do Senhor, o monte nessa mesma cordilheira próxima à cidade havia recebido um apelido aramaico por causa de seu formato. O apelido foi Gólgota por causa do seu formato de caveira.

Meus amigos, a profecia de Abraão se cumpriria em seus mínimos detalhes. Ele profetizou no verso 14: No monte do SENHOR se proverá.

E seria nesse monte—e eu creio que no mesmo local onde Isaque, seu único filho, fora poupado—que milhares de anos depois, o único Filho de Deus não seria poupado. Conforme Paulo escreve em Romanos 8.32, Deus por todos nós o entregou.

Deus projetou cada detalhe! Ouça bem, amado, Deus planejou a sua redenção desde a eternidade passada! E o poder de Deus que o redime de seu passado já preparou um futuro para você, e Ele o conduzirá em proteção até lá!

Não existe nada grande o suficiente para detê-lO!

Não existe ninguém poderoso o suficiente para subjugá-lO! Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Porque Deus o libertou, ninguém pode destruí-lo!

  • A segunda declaração sobre nossa segurança eterna é: pelo fato de Deus haver absolvido o crente, ninguém pode indiciá-lo!

Veja o verso 33 de Romanos 8: Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.

O inimigo pode sussurrar em seu ouvido, dizendo, “É claro, Deus fez tudo por você e Jesus morreu por você, mas olhe bem para si mesmo! Você não O merece! Você não merece a salvação! Você não merece o céu!”

Jó capítulo 1 no informa que Satanás tem a capacidade de acusar o crente diante de Deus. Em outras palavras, ele diz a Deus, “Você está vendo o Renato e a Cristina lá embaixo? Você ouviu o que a Cristina acabou de dizer? Ei, olha o Renato lá, você viu o que ele fez? Por que você ainda o deseja? Por que você quer a Cristina?!”

Esse verso é repleto de uma linguagem legal. As palavras “intentar acusação” podem ser traduzidas como, “processar diante de um juiz.” Ou seja, levar ao tribunal e encarar as acusações.

Será que as acusações são reais? Sim! Satanás não precisa fabricar acusações—já lhe fornecemos a ajuda de que precisa. Nossa consciência mancha mais do que suficiente e nossas ações e pensamentos aumentam nossa possível acusação.

Mas espere! Paulo fornece a decisão do Supremo Tribunal Celestial. Veja o final do verso 33: é Deus quem os justifica.

É Deus quem toma os pecadores e os chama de santos. É Deus quem imputa a pecadores falidos a justiça de Cristo.

Em outras palavras, Deus diz ao Acusador, “Você não me traz nenhuma novidade. Quando Eu justifiquei o Renato e a Cristina, Eu sabia muito bem sobre os pecados que haviam cometido antes de serem salvos e já sei quais eles cometerão após a salvação. Eu sei tudo sobre eles e Meu Filho pagou por tudo—pecados passados, presentes e futuros. Na realidade, eles nem mesmo ainda sabem o que farão, mas já incluí tudo no pagamento eterno, extenso e compreensivo que Meu Filho fez pelos seus pecados e, por isso, os declaro justificados!”: o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

Quando uma pessoa é condenada, ela geralmente apela a um tribunal superior. Até mesmo em um julgamento onde há a participação de um júri, o réu pode apelar se houver algum erro na apresentação de evidências, se o juiz errou em suas instruções ao júri ou devido a outras coisas. Se você fosse condenado, sua esperança estaria em um apelo, em um tribunal superior a decidir ao seu favor.

É exatamente isso o que Paulo diz aqui! Aquele que traz uma acusação contra os eleitos de Deus, não importa quem seja, nenhuma acusação procederá. Você foi perdoado completamente.

Não existe nenhum tribunal superior que anule a decisão do tribunal celestial. Não existe nenhum juiz superior que lançará fora sua redenção com base em novas evidências. Não há ninguém que possa desafiar o veredito de Deus ao seu favor.

Deus, o Juiz soberano e supremo segurou o martelo divino com suas mãos traspassadas e o bateu; o som dessa decisão repercute em todo o universo e o Seu veredito jamais será revertido.

Seu caso está encerrado por toda a eternidade. Você está seguro, eternamente!

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 14/03/2004

©Copyright 2004 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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