Ansiando pelo Lar

Ansiando pelo Lar

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Ansiando pelo Lar

Do Gemido à Glória—Parte 3

Romanos 8.23–25

Introdução

C. S. Lewis escreveu uma alegoria clássica a respeito da batalha entre o bem e o mal—entre o reino de Cristo e o império de Satanás sobre a humanidade. Talvez você já tenha lido um volume intitulado O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Se ainda não leu, recomendo que você comece, não importa sua idade.

Nesse volume, a terra de Nárnia está sob o controle de uma Feiticeira malvada e a terra está condenada a um inverno perpétuo, com temperaturas congelantes e estalactites por todo lugar e por todo o ano. Debaixo de seu reino, a primavera jamais chegará.

Contudo, Aslan, o leão, oferece a si mesmo à Feiticeira para ser morto. Seu reino parece triunfar por um momento e a terra estar definitivamente destinada ao inverno. Mas Aslan ressuscita dos mortos e derrota a Feiticeira perversa. A neve e o gelo começam a derreter, flores começam a brotar e árvores a florescer. A primavera de repente chega ao reino de Nárnia.

A alegoria de C. S. Lewis é óbvia e se aplica de certa maneira à nossa meditação de hoje sobre o gemido da criação. Apesar de a terra experimentar uma primavera, ela dura pouco. A esperança da primavera é substituída pelo calor do verão e, logo em seguida, o anúncio de morte do outono se torna realidade mais uma vez. As condições do Jardim do Éden são temporárias.

O apóstolo Paulo já nos informou que a natureza anseia pelo retorno do Paraíso. João nos conta sobre esse dia quando árvores darão fruto por todo o ano onde águas abundantes fluem livremente. Os animais e toda a terra desfrutarão eternos campos verdes e a beleza de um novo céu e uma nova terra. A criação estará para sempre livre do governante perverso que terá sido banido no inferno por toda a eternidade. Paulo diz que o gemido da natureza cederá espaço para glória eterna.

Gemendo em um Mundo em Problemas—Ansiando pelo Lar

Contudo, a natureza não está sozinha em seu gemido para que esse dia chegue logo. Se voltarmos ao parágrafo das Escrituras que temos analisado em Romanos, descobriremos um segundo gemido.

Vamos começar com Romanos 8.22–23:

Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.

Em outras palavras, a criação geme e o crente geme.

O gemido da criação

Parte de viver uma vida vitoriosa como um crente é compreender que a criação geme e o porquê desse gemido. A natureza, conforme Paulo explica nos versos 21 e 22, foi afetada pela queda do homem no pecado. Ela se tornou presa à frustração, corrupção e degradação.

Gênesis 3 fornece os detalhes. Espinhos e abrolhos fizeram parte da maldição na terra. Os sons do gemido da natureza são ouvidos por meio de terremoto, tornados e furacões, do medo dos animais e do ciclo cruel de um mundo animal violento.

Todavia, Deus permanece em controle—não o homem, Deus.

Gênesis 3 nos diz que a humanidade recebeu o privilégio de cultivar a natureza, colocando em ordem o que se encontra em desordem, domando animais e lutando contra as variadas condições climáticas. O ser humano é o administrador do planeta, não o salvador da terra.

A terra, na realidade, não depende do homem para sua sobrevivência. Apesar de a humanidade não dever poluir a terra, mas cuidar dela e cultivá-la como bons despenseiros, o planeta não se destruirá por causa de algo que o ser humano caído fizer.

Leia o livro de Apocalipse e descubra que, nos eventos finais da presente dispensação, e do cativeiro da corrupção ao qual nosso planeta está sujeito, muitos fatos sobre a natureza permanecem verdade. Eles incluem:

  • as estrelas e os planetas continuam no céu;
  • a lua ainda reflete a luz do sol e o sol ainda aquece a terra;
  • água doce e água salgada permanecem abundantes;
  • plantas e animais continuam numerosos;
  • as pessoas ainda povoam a terra, refletindo suas identidades nacionais e reinos organizados.

Conforme a descrição da terra nos seus dias finais antes de Deus recriá-la, ela não perde todo o seu oxigênio, água, plantas, animais ou pessoas. Na verdade, ela continua coberta de tudo isso.

Deus é soberano sobre Sua criação. Podemos desfrutar dela ou poluí-la, cuidar dela para o nosso benefício ou ignorá-la em detrimento de nosso conforto. Mas, um dia, Deus renovará o céu e a terra (Apocalipse 21.1).

Em Apocalipse 22.3, João resume tudo da seguinte forma: Nunca mais haverá qualquer maldição

A criação anseia por esse dia.

O gemido do crente

Paulo ainda nos diz que nós, os crentes, também gememos. Em seguida, ele nos diz por que e ainda como gemer apropriadamente.

Apesar de o mundo não compreender o propósito de Deus para a criação, temo que o crente em geral não compreende o propósito de Deus para o crente quando ele:

  • enfrenta dificuldades—e ele as enfrentará;
  • experimenta dor—e ele a experimentará;
  • encara pressões e tribulações—e ele irá;
  • é ridicularizado pelo mundo—e ele será;
  • encara doenças e desconforto—e ele irá;
  • e finalmente morre—e ele morrerá.

A igreja em nossos dias tem deixado o crente sem respostas. Ele tem sido levado a crer em garantias imaginárias e promessas míticas que a Bíblia desconhece, apesar de ela ser distorcida de forma e ensinar uma vida sem dor, doença, problema, dificuldade e crise.

Apenas leia o Novo Testamento. Leia Hebreus 11, onde vemos crentes que foram perseguidos, ridicularizados, cortados ao meio e mortos de diversas outras maneiras, abandonados e desamparados, e, mesmo assim, Deus afirma que essas foram pessoas de grande fé das quais p mundo não era digno.

A questão é: qual deve ser o objeto de nosso gemido e anseio e como proceder em meio a isso?

Dois pontos fundamentais sobre o gemido do crente

Paulo apresenta claramente dois pensamentos fundamentais nesse parágrafo.

  • Primeiro, existe a realidade inegável de um gemido na vida do crente genuíno.
  • Segundo, existe um modelo perceptível para o gemido do crente genuíno.

Existe a presença de um gemido ou anseio na vida do crente. Veja novamente o meio do verso 23: mas também nós… igualmente gememos em nosso íntimo

Paulo fala de forma transparente e honesta sobre o verdadeiro Cristianismo. Nesse verso da Palavra de Deus, ele diz que o gemido é uma realidade para o crente verdadeiro.

O verbo “gemer” vem do termo grego stenazo, que significa, “suspirar, entristecer-se internamente.” Ela é uma palavra rara que aparece apenas seis vezes no Novo Testamento; três delas aqui em Romanos 8.

O termo é usado sobre Jesus, o qual angustiou-se ao curar um homem surdo e ao se aproximar do túmulo de Lázaro, obviamente entristecido com a realidade da morte na raça humana.

Ela também é utilizada em referência a líderes na igreja que se angustiam internamente por causa de membros desobedientes e pecaminosos no rebanho.

Ela carrega a ideia de desejo forte por algo melhor. E Paulo afirma que todo crente está envolvido nisso!

Três razões por que o crente geme

Paulo fornece três motivos por que o crente geme, e todas os três estão ligados ao fato de que aguardamos algo.

  • Primeiro, como crentes, gememos ou aguardamos ansiosamente nossa herança.

Note novamente o verso 23: mas também nós, que temos as primícias do Espírito

Em outras palavras, já experimentamos a primeira parte de nossa herança—o Espírito Santo—mas não nossa herança por completo. Existe muito mais de Deus que ansiamos ver e experimentar.

Nesse verso, Paulo nos informa que o Espírito Santo é as primícias. O que isso significa?

Paulo utiliza uma ilustração agrícola que todos os seus leitores entenderiam. Em Levítico, o judeu devoto deveria levar o primeiro grão da colheita ao sacerdote. Isso se tornava um símbolo de que a colheita total desse agricultor seria dedicada à glória de Deus. O primeiro fruto, ou primícias, era uma oferta a Deus.

Todavia, Paulo inverte a ideia do Antigo Testamento nesse princípio do Novo Testamento. Nessa passagem, as primícias não representam algo que o crente dá a Deus, mas algo que Deus concede ao crente. E esse algo é Alguém—o Espírito Santo.

Dessa maneira, o Espírito Santo se torna a primeira parte de nossa herança inacreditável e eterna dada por Deus a nós, noiva de Cristo. O Espírito indica que existe ainda mais por vir.

A Bíblia ensina que a salvação do crente e a futura recompensa é guardada por Deus, o Espírito. Paulo assegurou os coríntios ao escrever em 2 Coríntios 1.21–22:

Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.

Em outras palavras, a segurança do crente não depende do quanto crescemos, quão obedientes somos, quão santos nos tornamos ou qual nosso nível de compromisso. Essa são coisas maravilhosas e podem muito bem indicar a realidade de uma fé viva, mas a segurança do crente não se relaciona a isso. E fico feliz por isso, pois podemos todos crescer mais, nos tornar mais obedientes, menos pecaminosos e mais fervorosamente compromissados.

A segurança do crente não está ligada ao que o crente realiza para Deus, mas ao que Deus já realizou para o crente. Como crentes, nossa segurança não se encontra naquilo que damos a Deus, mas naquilo que Ele já nos deu! Paulo escreve que o Espírito de Deus nos foi dado como selo e segurança para cada crente.

Quando compramos uma propriedade, realizamos algo parecido com isso. Damos uma entrada a fim de assegurar a propriedade por um determinado período de tempo.

Também fazemos isso em relacionamentos pessoais. Quando encontramos a moça com quem desejamos nos casar, o que fazemos? Damos uma “entrada” na forma de uma aliança que, de maneira alguma, temos dinheiro para comprar. E por que fizemos isso? Porque carecemos de ajuda!

Quantos homens que me ouvem não pediram sua esposa em casamento já com a aliança pronta para colocar no dedo dela? Por que você estava com aquela belíssima aliança na mão ao fazer o seu pedido? Porque você precisava de ajuda, correto? Porque:

  • você não a merecia e precisava de algo para ajudá-lo em sua causa, correto?
  • você se casou com alguém muito melhor do que você, amém?
  • você pediu em casamento uma mulher que era muito mais do que você merecia, amém?

Eu, com certeza, precisava de ajuda. Já tinha terminado com minha namorada várias vezes. Na verdade, terminei o namoro no nosso último ano de faculdade. Seu pai já estava furioso comigo.

No semestre seguinte, próximo à época de voltar às aulas, percebi que estava arriscando perder a melhor coisa que já me havia acontecido. De alguma maneira, ela aceitou sair comigo naquele semestre. Seu pai não ficou muito feliz e planejava, “ter uma conversa comigo.”

Daí, sem que ela soubesse, comecei a economizar dinheiro para comprar a aliança. Peguei todo emprego esquisito possível para conseguir um dinheiro extra. Eu sabia que, quando fosse fazer o pedido, ela precisaria ver que eu estava falando sério. Nunca havia lhe pedido em casamento, mas ela precisava de mais do que meras palavras. Então, viajamos para a sua casa em um feriado—que era onde seu pai morava!

Para resumir, deixe-me apenas dizer que um milagre aconteceu. Isso mesmo, seu pai não me matou, mas, não, esse não foi o milagre. O milagre foi que ela disse, “Sim.”

Posso garantir para você que a aliança ajudou a provar que eu estava falando sério. Conforme me lembro, quando ela colocou aquela aliança no dedo e esticou sua mão, os céus se abriram e os anjos começaram a cantar, “Aleluia!”

Meus amigos, Paulo revela o que Deus fez por nós, a noiva de Cristo. Ele nos dá mais do que palavras, promessas e voto—Ele nos dá Seu Espírito Santo para habitar em nós.

Paulo enfatiza essa verdade em Efésios 1.13–14:

depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança

Em outras palavras, o Espírito é um penhor de Deus, significando que o Espírito é apenas o começo de nossa herança. Existe mais à frente!

Você já conheceu uma mulher que disse, “Sou noiva e essa aliança era tudo o que queria!” Ou, “Sempre quis uma aliança bonita como esta, independente se irei ou não me casar com ele; essa aliança já é o suficiente para mim.”

Talvez depois ela desejará que tivesse ficado apenas com a aliança, mas não no momento em que a recebeu!

Ao invés disso, ela pode dizer, “Ah, nem acredito! Vou ter um casamento! Vamos constituir um lar juntos. Serei esposa dele. E, se Deus quiser, teremos filhos juntos!”

Toda noiva fica animada em ser uma noiva simplesmente porque, em breve, o título de noiva será substituído pelo de esposa. E ela anseia por aquele dia!

Se você perguntar a um casal de noivos quantos dias restam antes do casamento, eles provavelmente saberão com certa exatidão. E você sabe o que eles fazem enquanto aguardam aquele dia? Eles anseiam fortemente. Eles gemem internamente, ansiando pelo dia em que o noivado terminará e o casamento começará.

Nenhum crente verdadeiro diz, “Ter o Espírito Santo como penhor da parte de Deus já é o bastante….”

Não, o crente geme internamente, ele suspira e anseia fortemente pelas bodas do Cordeiro. Ele anseia por aquele dia melhor quando a igreja conhecerá o Noivo face-a-face. O crente anseia pelo dia quando a igreja habitará na casa do Pai.

Entretanto, existe algo que sabemos muito bem, não é? Um noivado pode terminar e os votos de casamento podem ser abandonados. Uma aliança não é o suficiente para garantir que a promessa não se dissolva ou para sustentar um casamento. Mas o voto de Deus a você jamais será quebrado, pois Deus não pode mentir.

Por esse motivo, Seu penhor não é uma coisa—uma casa, um carro, um filho, um emprego, uma propriedade ou uma aliança. O penhor de Deus é uma pessoa.

Aquele que é habitado pelo Espírito de Deus pertence a Deus; e aquele que pertence a Deus, pertence a Deus para sempre!

  • Agora que já fazemos ideia de quem Deus é, ansiamos e gememos ainda mais. Paulo diz, segundo, que nós, os crentes, gememos pelas consequências finais de nossa adoção.

Ele escreve no verso 23b:

igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos

Nós já estudamos o processo de adoção no verso 15 e como ele se relaciona à teologia bíblica. Agora, deixe-me apenas adicionar que existem dois aspectos na adoção:

  • Primeiro, o indivíduo é introduzido na família de Deus.
  • Segundo, o indivíduo recebe responsabilidades de um filho maduro ao representar o nome e os investimentos da família.

Nesse verso, Paulo se refere a esse segundo aspecto. O crente receberá a responsabilidade de representar o nome da família ao reinar com Cristo. E Paulo diz que ele, e todos os demais crentes, anseiam pelo dia em que experimentarão reinado glorioso de Cristo.

Não existe nada de errado com esse desejo, pois isso faz parte de nossa herança. O crente genuíno anseia pelo dia em que a justiça de Deus cobrirá a terra, quando Seu santo reino encherá a terra e tudo que há. Ansiamos para que isso aconteça.

  • Terceiro, Paulo escreve que o crente geme pela consumação final de sua redenção.

Na última parte do verso 23, lemos: gememos em nosso íntimo, aguardando… a redenção do nosso corpo

Ray Stedman comentou nesse texto:

Nossas vidas consistem de gemido. Gememos por causa da devastação que o pecado realiza em nossas próprias vidas e nas vidas daqueles que amamos. Gememos porque vemos oportunidades sendo [desperdiçadas]; gememos porque vemos pessoas capacitadas desperdiçando suas vidas e gostaríamos de ver algo [melhor] acontecendo. Gememos em decepção, em privação e em tristeza. Gememos fisicamente em nossa dor e em nossa limitação. A vida consiste em grande parte de gemidos.

Essa é a realidade. Gememos pela redenção de nosso corpo!

Gememos, assim como o apóstolo Paulo, e ansiamos pelo dia quando habitaremos no novo céu e na nova terra em nossos corpos glorificados, isentos de uma carne pecaminosa, de dor e de sofrimento.

Se você consegue imaginar, nós, os crentes, somos informados em Mateus 13.43 de que, um dia, resplandeceremos como o sol no reino do Pai.

Daniel registra no capítulo 12.3 que os crentes fiéis:

resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.

Nós, crentes, gememos pela:

  • efetuação final de nossa herança;
  • consumação final de nossa adoção; e
  • consequências finais de nossa redenção.

Três maneiras como os crentes devem gemer

Esses são os motivos por que gememos. Mas como gememos? Deixe-me rapidamente compartilhar três formas que Paulo nos diz como devemos gemer.

  • Primeiro, o crente geme com a certeza da esperança.

Lemos em Romanos 8.24: Porque, na esperança, fomos salvos.

Agora, isso não significa, “esperamos que seremos salvos.” Não. Significa, “porque somos salvos, temos esperança!”

Fomos resgatados de uma vida sem esperança para uma vida repleta de esperança!

Essa não é a esperança que diz, “Espero que conseguirei entrar no céu.” Essa é a esperança que pergunta, “Pergunto-me quanto tempo até que eu finalmente chegue ao céu.”

É como uma criança que senta no banco de trás do carro a caminho da casa da vovó. Vez após vez, ela pergunta, “Estamos chegando? Estamos chegando? Estamos chegando?”

A resposta, “Não, mas estamos mais perto do que estávamos da última vez em que você perguntou.”

O crente geme com este tipo de anseio, com este tipo de antecipação: “Estamos chegando?”

  • Segundo, gememos ou ansiamos não somente com a certeza da esperança, mas sem a vantagem da visão.

Paulo continua escrevendo no verso 24:

Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?

Poderíamos traduzir essa frase da seguinte forma, “Porque, quem espera por algo que vê?”

Em outras palavras, esperamos porque não podemos ver, não porque achamos que aquilo não existe.

  • Nós gememos com a certeza da esperança, se a vantagem da visão e, terceiro, com a atitude de expectativa e coragem.

Veja o verso 25: Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.

Nosso gemido e anseio não é um choro deprimente, mas uma expectativa ativa e fervorosa. Vivemos a vida com esse tipo de atitude. Gememos agora, mas sabemos que nosso gemido se transformará em glória!

Nosso gemido será, um dia, trocado por glória!

Outro dia quando estava no meu carro, liguei a rádio e estavam passando uma entrevista com uma atriz famosa do século passado. Essa entrevista foi gravada nos dias finais de sua vida—ela morreu na década de 1980. Próximo do final da entrevista, ela fez o seguinte comentário: “Vivi uma vida fabulosa… só não consigo acreditar que ela está terminando.”

Para o crente, a atitude é justamente a contrária. Nós diríamos: “Vivi minha vida, algumas partes fabulosas, algumas de fracasso, algumas de sucesso e outras em declínio. Vivi minha vida… Só não consigo acreditar que ela está apenas começando! Não acredito que o melhor está prestes a começar!”

É isso o que ansiamos e, apesar de gemermos, nosso gemido se enche de expectativa.

Nossa fé em Cristo significa que cremos naquilo que não vemos, e nossa recompensa será ver aquilo que temos crido.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 18/01/2004

©Copyright 2004 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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