
O Gemido da Criação
O Gemido da Criação
Do Gemido à Glória—Parte 2
Romanos 8.19–22
Introdução—Nosso Mundo Está com Problema!
Se existe uma palavra que caracteriza a condição humana na terra e a condição de nosso planeta, desde animais e plantas não racionais até a experiência humana, essa palavra é “problema!” Todos os seres humanos hoje têm esse elemento em comum—todos temos experimentado, até mesmo neste momento, e continuaremos a experimentar algum tipo de problema. Vivemos em um mundo repleto, consumido e até mesmo enamorado com problemas.
Alguns dias atrás, recebi a edição anual de uma revista que assino. Essa revista traz em resumo as principais notícias e eventos do ano anterior. Essas são histórias que chamaram a atenção do mundo inteiro.
A primeira delas era sobre o Iraque e as guerras. Uma foto de Sadam Hussein todo desarrumado e capturado estava estampada na capa.
Outros artigos e figuras me lembraram de algumas das tragédias e problemas do ano anterior. Elas incluíam:
- Uma foto da equipe de astronautas do Columbia que morreu quando a nave se desintegrou e choveu destroços desde o Texas a Louisiana.
- Uma foto de Elizabeth Smart que foi resgatada depois de haver sido capturada por um homem que dizia ser o Messias.
- Vários artigos falavam sobre furacões, incêndios florestais, inundações e terremotos que ceifaram as vidas de milhares de pessoas ao redor do mundo.
- Histórias de julgamentos de assassinos que se tornaram manchetes mundiais, como de maridos que foram acusados ou condenados por matarem brutalmente famílias inteiras.
Sem dúvida alguma, houve muitos problemas em nosso país também!
Aquele foi o ano em que problemas apareceram na área confusa da ética moral e médica. Alguns exemplos foram:
- Um marido teve êxito em mandar que o tubo de alimentação de sua esposa fosse removido. Sua esposa havia sofrido um ataque do coração e, devido a um tratamento ineficiente, teve danos cerebrais; em grande parte, foi deixada em coma. Contudo, ela podia sorrir, reagir a toques e reconhecer as vozes de seus entes queridos. Seu marido ganhou um processo a favor de sua esposa e ela foi indenizada com dois milhões de dólares. Depois disso, ele passou a viver com outra mulher, usou parte do dinheiro para contratar um advogado para defender a causa de que sua esposa tinha o direito de morrer. Na realidade, isso significava que ela teria o direito de morrer de fome. Seu tubo de alimentação foi removido e, por seis dias, ela foi deixada sem comida, até que o governador deu ordens para que fosse reinstalado.
- Aquele também foi o ano em que a Suprema Corte dos Estados Unidos apresentou uma decisão devastadora para a moralidade do país ao conceder direitos constitucionais a homossexuais. Um magistrado ficou tão enfurecido com a decisão que até leu seu descontentamento de sua própria cadeira no tribunal em voz alta, declarando que a decisão marcava o “fim da legislação moral.”
- Ao mesmo tempo em que a Suprema Corte revelava o quão distante estava da ética judeu-cristã, a igreja também revelou seu distanciamento da verdade. Uma grande denominação protestante ordenou, pela primeira vez na história, um homossexual ao ofício de bispo—votando, também, a favor de uniões homossexuais “dentro dos limites da vida e crença da igreja.”
- Enquanto essa batalha acontecia dentro do meio evangélico, uma igreja Católica estava retirando da esfera pública muitos de seus padres que não passavam de pedófilos. Esses padres foram transferidos de uma diocese a outra para fugirem de suas vítimas, as quais haviam sido traídas pelo pior de todos os predadores: aqueles que vinham em nome de Deus.
- Outros artigos me relembraram de como o mundo foi capturado pelo medo, ano após ano, não somente por causa de terrorismo, mas por causa de uma doença chamada SARS, a qual levou a vida de centenas de pessoas ao redor do mundo.
- Todavia, a ironia da atitude de nosso mundo em relação a SARS é que a AIDS, a qual matou e mata milhões de pessoas, permanece intocável simplesmente porque é resultado de promiscuidade sexual.
- Existe pelo menos um país na África cuja metade da população está infectada com o vírus HIV e será varrida nos próximos dez anos ou menos. Pouco tempo atrás eu visitei esse país. É um lugar permeado de pobreza, analfabetismo e desespero. Um pastor africano me disse que os jovens de seu país nem sequer se preocupam em se proteger da AIDS. Eles já disseram a ele, “Qual é a nossa motivação de vida à medida em que crescemos para chegar à sua idade? É melhor aproveitarmos os prazeres do agora e depois morrer… não existe nenhum motivo bom para viver.”
Existe problema em nosso mundo!
E eu nem sequer mencionei metade do resumo que essa revista fez dos eventos mundiais daquele ano. Nem cheguei às histórias de jogadores profissionais e estrelas de cinema que foram acusados de abuso de drogas, violência contra seus cônjuges, abuso sexual de menores, assassinato e estupro. Também não mencionei as histórias de mães que mataram seus filhos ou de filhos que mataram seus pais.
Existe uma glorificação contínua do pecado e um ódio crescente contra tudo aquilo que representa Deus e Seus mandamentos. Por exemplo:
- A MTV realizou um programa de duas horas mostrando o que estrelas da música, em tom de sarcasmo, é claro, pensam a respeito do pecado—ou aquilo que a igreja considera ser pecado.
- Eles perguntaram a Queen Latiffa o que ela pensava do orgulho. Ela disse, “Orgulho é pecado? Não sabia disso.” Perguntaram a outra cantora sobre o orgulho e ela respondeu, “Não acho que o orgulho é pecado; acho que algum idiota inventou isso.” Eles também perguntaram a um membro da banda Aerosmith se a lascívia era pecado. Ele disse, “É para a lascívia que eu vivo; foi por ela que eu entre na banda….” Quando Ice Tea, o famoso teólogo foi questionado a respeito da ira, ele disse, “A ira não é pecado… ela é necessária! Você precisa aliviar a tensão porque a vida produz muita tensão.” Quando perguntado sobre o orgulho, ele respondeu, “Orgulho é mandatório.”
- Esse programa do canal MTV concluiu que não existe absolutos certo e errado; os Dez Mandamentos não são absolutos morais; você pode fazer o que quiser. Daí, eles terminaram o programa de duas horas de duração com palavras inacreditáveis que citarei agora: “O pecado mais maligno no mundo é a atitude de estraga-prazeres que pensam que o pecado é uma ofensa a Deus.”
Em outras palavras, “O pior pecado é o pecado de se sentir mal por ter feito algo maligno porque Deus não é ofendido por coisas pecaminosas.”
Que coisa mais distorcida! Eles concluíram que aquele que pensa que o pecado ofende a Deus comete o pior de todos os pecados porque ele é um estraga-prazeres!
A propósito, essa atitude não se limita a famosos e outras figuras públicas; essa é a atitude de nossa terra. A atitude predominante hoje é a de que o moralmente errado para você pode ser moralmente correto para outra pessoa.
Meus amigos, existe problema na terra!
O que o crente deve fazer? O que o crente deve pensar de tudo isso e como devemos reagir?
Romanos: Resposta a Um Mundo com Problemas
Estou aqui hoje para declarar a mensagem de Deus extraída do livro de Romanos que trata desses problemas—e dos nossos!
Para os crentes de Roma, ou Ruanda; para o crente vivendo em Corinto ou Rio de Janeiro, quando pensamos que o crente será levado ao desespero e desencorajamento por causa da condição do mundo, o apóstolo Paulo chega e apresenta uma mensagem surpreendente. Ele começa dizendo, “Tudo isso é de se esperar. Não me surpreendo quando os descrentes se comportam como descrentes! A minha expectativa é a de que os pagãos agirão como pagãos.”
Paulo já descreveu a digressão moral da sociedade em Romanos 1, onde o pecado é aplaudido e o Criador é substituído pela adoração à natureza.
Em um sentido bem concreto, o crente maduro se torna cada vez mais ciente de que ele não pertence a esse mundo. Na verdade:
- Paulo escreve que nossa verdadeira cidadania não é na terra, mas no céu (Filipenses 3.20).
- O crente maduro aceita a promessa bíblica de que a garantia neste mundo não é de saúde, riqueza e prosperidade, mas de tribulação (2 Timóteo 3.12).
- O verdadeiro crente espera que o mal em uma sociedade que rejeita Deus vai de mal a pior (2 Timóteo 3.13).
- O crente reconhece que o Evangelho divide família, bem como une outros (Mateus 10.34–35).
Esse é o verdadeiro efeito do Evangelho.
Gostaria de dizer algo que não é politicamente correto, não para o mundo, mas para a igreja evangélica. Isso precisa ser dito:
- O objetivo da igreja não é política de direita, apesar de crentes poderem ser chamados por Deus para se envolverem na arena política onde podem exercer influência positiva. O objetivo da igreja não se alcança com uma liderança política de direita.
- Além disso, a missão da igreja não é erradicar a pobreza ou doenças, apesar de crentes poderem receber o chamado de Deus fala combatê-los.
- A esperança da igreja não é tornar constitucional o casamento heterossexual. Li outro dia que um líder cristão disse aos seus ouvintes que a esperança para o casamento heterossexual é torná-lo constitucional. Nossa esperança não se encontra em manobras políticas.
- Por fim, o propósito da igreja não é tornar a vida segura e próspera para todas as pessoas do planeta, apesar de o Evangelho mudar a pessoa, a família, a cultura e a nação para melhor. Apesar de esse poder ser um resultado do Evangelho, esse não é o propósito do Evangelho.
Meus amigos:
- O objetivo da igreja é a glória de Deus (Filipenses 1.10–11).
- A missão da igreja é fazer discípulos (Mateus 28.19–20).
- A esperança da igreja é a vinda de Cristo (Romanos 8.23–25).
- O propósito da igreja, nesse ínterim, é agir como agente de Deus declarando o Evangelho de Cristo até os confins da terra (Romanos 16.25–27).
- A função da igreja é para amar a palavra de Deus de tal maneira e amar uns aos outros de tal maneira que o mundo saberá que pertencemos a Deus (João 13.35).
A igreja de hoje está tão confusa como o mundo, pois ela perdeu seu:
- objetivo;
- sua missão;
- sua esperança;
- seu propósito; e
- sua função.
Então, o que fazemos a esse respeito?
Temos que retornar à perspectiva de Deus revelada nas Escrituras a fim de dissipar a névoa. Doutra sorte, será muito fácil nos desencorajar neste mundo ou nos distrair com o mundo. E ambos podem ser fatais.
“Gemendo” em um mundo em problemas
Paulo trata dos problemas dos seus amigos cristãos em Roma ao redirecionar a perspectiva deles. O apóstolo começa em 8.19. Veja os versos 19–23 e 26:
A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo… Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.
Lemos a palavra “gemer” três vezes nessa passagem. Você pode circulá-las em sua Bíblia. Existe:
- o gemido da criação no verso 22;
- o gemido do crente no verso 23;
- o gemido do Espírito Santo no verso 26.
A solução para que o crente não se desencoraje no mundo, nem seja distraído pelo mundo é encontrar o entendimento bíblico do significado de gemer.
Para o crente, o que significa gemer? E o que significa gemer no caso do Espírito Santo?
Dois aspectos em relação ao gemido da criação
Temos tempo em nossa discussão hoje para começar analisando o significado do primeiro gemido, que é o gemido da criação. Ao iniciar essa seção no verso 19, o apóstolo Paulo nos conta duas coisas sobre a criação. Deixe-me compartilhá-las com você.
- Primeiro, a criação anseia por alguma coisa.
Note o verso 19 novamente:
A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus.
Existe um anseio forte por parte da criação. Agora, quando Paulo se refere a criação, ao que exatamente ele se refere?
- Ele não pode estar falando de anjos, já que eles não estão escravizados pela corrupção (v.21).
- Ele não pode estar falando dos anjos caídos, uma vez que eles não anseiam pela revelação dos filhos de Deus.
- Ele também não pode estar falando sobre os crentes porque eles aparecem separadamente nos versos seguintes.
- Além disso, ele não pode estar falando de descrentes, pois eles não têm desejo algum de ver a glória de Deus.
- A única parte restante da criação seria a criação irracional, ou seja, plantas, animais e todas as coisas inanimadas como rios, montanhas e corpos celestiais.
Paulo usa uma figura de linguagem chamada personificação. Ele dá atributos humanos de personalidade a elementos irracionais e inanimados da criação.
Conforme você sabe, a personificação é bastante comum na Bíblia. Por exemplo, Isaías fala sobre:
- o deserto se regozijando (35.1);
- árvores batendo palmas (55.12);
- montanhas e montes dando gritos de louvor (55.12).
Então, Paulo diz que a criação possui um desejo ardente. A palavra grega significa, “ficar de ponta de pé, observar com a cabeça esticada.”
Então, o que a criação aguarda ansiosamente? Paulo diz no verso 19b: a revelação dos filhos de Deus.
A palavra “revelação” traduz o termo grego apocalypsis (“apocalipse”), o qual se refere ao ato de desvendar ao que antes estivera encoberto, velado. Como você já deve imaginar, esse é o termo que se tornou o título do livro de Apocalipse, o livro no qual Deus torna manifesto o futuro do mundo.
A criação anseia pelo tempo futuro quanto Cristo retornará a Terra, quando a glória de Sua noiva é revelada no universo. A criação aguarda ardentemente essa revelação.
- Segundo, Paulo nos informa que a criação está escravizada a algo.
Paulo nos dá várias dicas do que ele quer dizer ao continuar escrevendo nos versos 20 e 21:
Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção
A criação é escrava da corrupção. As plantas, contudo, não pecam; árvores não lutam contra a tentação; os rios e montanhas não batalham com orgulho, inveja e ganância.
Corrupção, nesse verso, se refere ao estado caído da natureza. Muitos comentaristas chamam atenção para a lei da entropia, ou a lei da física que diz que as coisas caminham para desordem, desarmonia e corrupção.
Volte ao livro de Gênesis onde somos lembrados de que, após a queda da humanidade no pecado, Deus, de fato, amaldiçoou Sua criação com a lei da corrupção e da degradação. Ele disse a Adão em Gênesis 3.17b–18a:
maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos
Desde a queda do homem, degradação e doenças passaram a fazer parte do tecido da natureza.
Kent Hughes escreve:
Até mesmo agora o mundo animal está cheio de medo e de violência. Até mesmo as cenas mais belas na natureza, apesar de continuarem belas, testemunham dos horrores violentos e sanguinários. Inundações, furacões, secas, tornados, ferrugem, avalanches e terremotos perseguem a terra à espreita.
Esses são os sons de uma terra que geme.
A maldição de pestes agrícolas dizima plantações todos os anos. Para cada peste separadamente, a perda estimada é de milhões de dólares. Patologistas botânicos passam anos desenvolvendo pesticidas e métodos para reduzir riscos.
Paulo diz no verso 22:
Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora.
Antes da queda do homem, nenhuma erva daninha ou planta venenosa, nenhum espinho, abrolho ou outra coisa perniciosa existia que pudesse causar miséria e dano. Existem pessoas hoje que defendem uma vida em harmonia com a natureza. Mas a verdade óbvia é a seguinte: quando as pessoas supostamente viviam mais próximas da natureza, sem os benefícios da civilização, da medicina e invenção de recursos, havia menos conforto, mais dor, mais doenças e as pessoas morriam mais jovens. Essa terra não é muito acolhedora, mas violenta e perigosa.
O plano de Deus para um mundo em problemas
Deus, entretanto, possui um plano: Ele retirará a maldição e criará um novo céu e uma nova terra.
Isaías profetiza a respeito dessa nova terra que não estará mais presa a degradação, violência e medo. Ele diz em 11.6–9:
O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar.
Imagine isso! A criação retornará ao projeto inicial de Deus. Seu produto estará livre de pestilência e perigo; animais habitarão junto com a humanidade sem medo em ambos os lados. A beleza da criação de Deus é parcialmente maravilhosa agora, mas será total quando a profecia se cumprir.
A mensagem de Paulo é a seguinte: as coisas estão ruins agora, mas elas melhorarão!
Por esse motivo, ele usa a ilustração implícita de dores de parto. Veja o verso 22: toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora.
O gemido e as angústias nesse verso se referem às dores de parto. Portanto, não durarão eternamente. Na verdade, em breve serão esquecidas.
Para os homens que são casados e têm filhos: você já percebeu que nenhum de nós anda por aí carregando uma foto da esposa em trabalho de parto?
“Aqui está ela no meio de uma contração! Olha o rosto dela!”
“O que ela está dizendo?”
“Não posso repetir!”
Não, não temos essas fotos. Sinceramente, nem tenho desejo de ver as fotos daqueles momentos.
Alguns homens hoje colocam um tripé com uma câmera e filmam tudo! Quem irá para a sua casa para assistir a isso? Nem mesmo sua esposa deseja se recordar daqueles momentos!
Daí, nasce o bebê. Contudo, mesmo nos primeiros dias, aquelas fotos são questionáveis. Eu sei, sou pastor e é meu dever dizer, “Ah, que bebezinho mais lindo!”
Sou pago para isso, não é?
Particularmente, não acho os bebês bonitos logo que nascem. Até meus próprios filhos era meio… esquisitos. Desculpa, não sei mentir.
Se eu vir o seu bebê recém-nascido, provavelmente direi, “Nossa!”
Você pode completar as reticências. Você pode dizer à sua família, “Ei, o pastor ficou sem palavras!”
Eu fiquei mesmo.
J. Vernon McGee contou um segredo à sua congregação ao dizer que sua fala padrão ao ver um recém-nascido era, “Ah, isso sim é um bebê!”
Os pais podiam interpretar essa frase como quisessem.
Eu gosto mais de “Nossa!”
Na verdade, existem diversas coisas no parto que são agonizantes, doloridas e em nada atraentes. Ao mesmo tempo, existem coisas que são preciosas, inesquecíveis e milagrosas.
Então, de maneira semelhante, a criação é marcada pela maravilha, beleza e pela revelação da glória criativa de Deus (Romanos 1), mas a criação também está escravizada à corrupção, dor, violência, medo e agonia (Romanos 8).
Todavia, existe um dia vindouro quando essa agonia terminará. Ela não cessará pelas mãos da própria natureza ou por meio de algo que a humanidade realizou. A agonia terminará porque Deus colocará um fim ao gemido da criação ao renová-la.
Não podemos sequer imaginar as fotos que tiraremos desse novo céu e nova terra. A revelação de João os descreveu e está muito além de nossa compreensão.
Tudo o que podemos saber é que Paulo afirma que o gemido da criação dará espaço um dia para a glória e beleza da nova criação de Deus.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 11/01/2004
©Copyright 2004 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
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