
O Perdão do Rei
O Perdão do Rei
A Guerra Interior—Parte 5
Romanos 8.1
Introdução
Bob Sheffield, um homem que hoje trabalha com uma organização missionária, conta uma história de quando era um jogador profissional de hóquei no gelo antes de se converter a Cristo. Ele era bruto e gostava de brigar dentro e fora do gelo. Numa ocasião, depois de uma briga de bar, ele acabou preso e precisando se livrar de um registro criminal. Alguns anos depois, Bob e sua esposa se converteram e aceitaram uma posição temporária em uma agência missionária nos Estados Unidos.
Uma vez que era canadense, Bob teve que passar pelo processo legal para conseguir seu visto americano, o que concederia a ele e sua esposa a oportunidade de realizar o ministério nos Estados Unidos. Mas, pelo fato de ele ter um registro criminal, seu pedido de visto foi negado. Depois de todas as tentativas para se livrar desse crime em seu registro, eles decidiram algo extremamente difícil e preencheram os formulários para o que é chamado no Canadá de “Perdão da Rainha.” Após longa investigação, o perdão foi concedido. Bob recebeu em sua caixa de correspondência a seguinte carta:
Considerando que nos foi implorado a favor de Robert Jones Sheffield a lhe estender o perdão pelo que consta contra ele, e uma vez que o apelante geral nos submeteu um relatório, saibam agora, portanto, após tendo essas coisas sido consideradas, estamos dispostos a estender a clemência real a… Robert Jones Sheffield. Perdoamos, remitimos e o libertamos de qualquer penalidade a que estava sujeito em consequência disso.
A partir do momento em que Bob recebeu esse documento em sua caixa de correspondências, todas as vezes em que ele era perguntado em algum formulário se ele tinha algo em seu registro criminal, ele poderia dizer, “Não.” O perdão significou que ele ficou livre de qualquer possibilidade de punição por seus crimes, e o próprio registro de crimes foi apagado completamente. Por quê? Porque Bob recebeu o Perdão da Rainha.
Chegamos, hoje, a esse mesmo anúncio de que cada um de nós recebeu uma carta direta de Deus. A carta é chamada Romanos. E o Perdão do Rei é declarado no primeiro verso do capítulo 8.
Muitos comentaristas, estudiosos e pastores chamam Romanos 8 de o maior capítulo da Bíblia. Um homem escreveu que se a Bíblia fosse um pendente de pedras preciosas, o livro de Romanos seria o diamante no centro do pendente e o capítulo 8 seria a ponta brilhosa do diamante.
O Perdão do Rei: Romanos 8.1
O capítulo 8 de Romanos começa sem nenhuma condenação e termina sem nenhuma separação. No verso 1, o Perdão do Rei é registrado da seguinte forma:
Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
Que verso maravilhoso! O brilho do Evangelho fica imediatamente evidente e é completamente diferente de qualquer verdade que o homem possa conceber.
Perdão sem penitência?
As religiões do mundo jamais entenderiam como esse verso seguiria os capítulos 1 a 7 de Romanos. Fomos informados nesses capítulos que:
- somos pecadores: Não há um justo, nem um sequer (3.10);
- somos: indesculpáveis (2.1);
- Todos pecaram e carecem da glória de Deus (3.23);
- o salário do pecado é a morte (6.23);
- nossa propensão ao pecado nos envolve como um cadáver podre (7.24).
Daí, no último verso do capítulo 7, encaramos a realidade de que o pecado continuará fazendo guerra contra nós em nossa carne. O verso seguinte deveria dizer: “Portanto, condenação é garantida a todos, até mesmo sobre os que dizem conhecer a Jesus Cristo.”
Com certeza, a humanidade não pode escapar sem algum tipo de pagamento pelo passado. A mente natural da humanidade é incapaz de conceber perdão sem penitência. Com certeza, Deus não está querendo dizer isso que escreveu aqui!
Semana passada, estudei a teologia das penitências. Esse é um fenômeno mundial encontrado em alguma forma e virtualmente em todas as religiões, exceto no Cristianismo.
O dicionário Webster define “penitência” como, “punição ou sofrimento experimentado para expiar pecados ou erros.”
A penitência é um dos sacramentos do Catolicismo Romano, o qual, juntamente com a Igreja Ortodoxa, ensina que a penitência é o ato por meio do qual o pecador expia seus pecados cometidos após o batismo. A penitência pode incluir a oração de determinadas rezas ou alguma boa obra.
Em outros países e outras religiões, as pessoas fazem toda a espécie de coisas a fim de conseguir um senso de perdão. Com certeza, um perdão eterno não pode ser dado livremente! Com certeza, o pecado não pode ser de alguma forma perdoado sem que uma penalidade seja paga!
Eu li um noticiário de São Fernando, nas Filipinas, sobre dez homens e uma mulher que foram voluntariamente crucificados em um ritual grotesco de penitência. A reportagem dizia:
Quase mil moradores e turistas assistiram debaixo do sol quente enquanto onze pessoas cambalearam para um monte cercado onde vizinhos vestidos de centuriões romanos os aguardavam com cruzes de madeira, martelos e pregos de dez centímetros. Chato Sangalang fez caretas enquanto os pregos entravam nas palmas de suas mãos e nos seus pés quando ele era pregado a uma cruz. A cruz foi levantada nas alturas para a multidão ver. Esse é o décimo quarto ano seguido que esse homem tem suas mãos e pés pregados a uma cruz. Um turista americano disse: “É incrível ver as pessoas sacrificando a si mesmas pelos seus pecados.”
Outra cena em Havana, Cuba, fotografada pela imprensa canadense, mostrou a forma como um homem tentava aplacar a ira de Deus. O homem foi mostrado na foto deitado de costas em uma estrada de terra. Preso ao seu calcanhar estava uma corrente de vários metros de comprimento. A outra ponta da corrente estava enrolada em uma pedra grande. A legenda explicava que o homem estava puxando a pedra, centímetro após centímetro, em uma peregrinação a um santuário dedicado a São Lázaro.
Na Tailândia, o valor da penitência é recebido por meio da abstinência de alimento. Uma das principais religiões ensina que os luminares no céu, os quais eles creem que são deuses, conquistaram sua superioridade e alegria como resultado da penitência. Sem dúvida alguma, essa religião ensina que, por meio da penitência, pode-se alcançar a própria posição de divindade.
Eu encontrei ilustrações sobre penitência em religiões do Japão, China e Índia. O Hinduísmo inclui atos de penitência para perdão. A cada doze anos, milhões de hinduístas se arrebanham para uma cidade na Índia com a crença de que se banhar no Rio Ganges purificará seus pecados cometidos naquele ano. Todo ano, muitas pessoas são pisoteadas na confusão.
Lembro-me de estar assistindo a um televangelista vendendo águas do Rio Jordão, dizendo que ela tinha um poder especial de cura. Ele provavelmente nem percebe o quão parecido seu misticismo é com o Hinduísmo.
Apesar de haver muitas pessoas no Brasil que seguem santos em romarias, a forma mais comum de se pagar penitência é outra. A maioria crê que pode expiar seus pecados e conquistar sua redenção principalmente por meio das boas obras.
Muhammad Ali resumiu bem essa perspectiva recentemente em uma entrevista. Ele disse:
Um dia, todos nós iremos morrer e Deus julgará nossas boas obras e más obras. Se as obras más pesarem mais que as boas obras, você irá para o inferno. Mas se as boas pesarem mais, você irá para o céu.
Esse é o entendimento comum de religião ao redor do mundo.
Uma revista recente trouxe um artigo sobre um senhor de sessenta e sete anos de idade que havia doado muito sangue no decorrer de sua vida. Sem dúvida alguma, as vidas de muitas pessoas foram salvas pela bondade desse homem. Quando lhe perguntaram por que ele havia feito aquilo, ele respondeu: “Quanto soar o apito final, e [Deus] perguntar: ‘O que você fez?’ vou dizer: ‘Bom, doei muito sangue para as pessoas.’” Daí, ele adicionou com um sorriso: “Acho que isso vai me fazer entrar no céu.”
Que trágico! Esse homem está contando com o fato de que doou sangue para poder entrar no céu. Um dia, ele descobrirá que confiou no sangue errado.
O apóstolo Paulo já declarou em Romanos 5.8-9:
Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
Ele também escreveu em Efésios 1.7:
no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,
Quando Paulo anuncia o Perdão do Rei em Romanos 8.1, ele o faz com base em Jesus Cristo e Jesus Cristo somente.
Cinco expressões-chave em Romanos 8.1
Agora, vamos fazer uma inspeção mais delatada desse verso observando cinco expressões-chave.
- Primeiro, existe uma palavra de resumo.
Nosso verso começa dizendo: Agora, pois.
Aqui, gostaria de destacar a palavra pois. Em outras palavras, Paulo diz que, com base em tudo o que ele já ensinou, não somente no verso anterior, mas todos os versos anteriores, o homem é pecador, mas Cristo é o Salvador da humanidade pecadora; o homem não pode se salvar, mas pode ser salvo por Cristo somente.
- Segundo, existe uma palavra de segurança.
Com tudo isso em mente, Paulo explode com uma declaração incrível: Agora, pois.
Aqui, gostaria de chamar atenção para o agora. Agora! Essa é uma palavra de segurança. “Agora,” ou, “nun,” ou seja, neste exato momento. Paulo diz, “Portanto, neste exato momento.”
Isso é algo incrível. Paulo está enfatizando o fato que você não precisa esperar chegar no céu para saber que não está mais sob condenação. Liberdade de condenação é uma experiência que pode ser desfrutada nesta vida, agora! Você pode ler e reivindicar o seu perdão agora! Todos aqueles que colocaram sua fé em Cristo somente e receberam dEle o presente livre da salvação estão seguros—agora! Agora!
Pense por um momento: sua vida eterna não começa quando você chega no céu; ela começa quando você recebe a Cristo Jesus como Salvador. Você ainda precisa ser revestido de um corpo imortal, uma vez que o corpo presente não durará para sempre, mas seu espírito já recebeu vida eterna agora! “Agora, pois”—você está seguro agora!
E note como esse perdão é algo vasto e compreensivo. Paulo não escreve: “Agora, pois, para vocês que são crentes maduros, não há condenação alguma,” ou, “Portanto, para os crentes mais fortes, não há condenação.” Nós podemos até dizer isso. Se fôssemos Deus, iríamos limitar um pouco a vastidão desse perdão e contar apenas para os filhos mais piedosos em secreto; somente os filhos e filhas bonzinhos descobririam essa verdade. Como pai, eu sou tentado a agir dessa forma.
Talvez você se lembre da história do empresário que foi chamado diante de uma plateia de outros homens e mulheres empresários que haviam se juntado para ouvir uma palestra sobre motivação. O palestrante perguntou a esse homem se ele estava disposto a andar sobre uma viga de ferro que estava sobre o palco. O palestrante disse que, se o homem conseguisse, ele ganharia trinta reais. O empresário subiu na viga e a atravessou—e conseguiu os trinta reais. Daí, o palestrante disse: “Você estaria disposto a andar sobre essa viga se ela estivesse suspensa entre dois prédios de quarenta andares para ganhar os trinta reais?”
O homem disse: “É claro que não!”
“Isso não é motivação suficiente para você, correto?”
“Não, não é.”
“Bom,” disse o palestrante, agora dando seu ensino, “e seu eu estivesse de pé sobre um daqueles prédios, segurando um de seus filhos sobre a beirada, e dissesse a você que largaria seu filho se você não atravessasse a viga. E agora, você se sentiria motivado?”
Daí, o empresário pensou por um instante e respondeu: “Qual dos filhos você pegou?”
Deus é completamente motivado pela segurança de todos os Seus filhos, não importa quem você seja. Ele não é motivado completamente, Ele é eternamente motivado por sua segurança espiritual, a qual começou no momento de sua conversão e durará para sempre.
- Terceiro, existe uma palavra que comunica certeza.
A próxima expressão encontrada no Perdão do Rei é “já nenhuma:” Agora, pois, já nenhuma
Essa é uma palavra que comunica certeza! O termo traduzido como, “nenhuma,” é a palavra grega, “ouden.” Ela é enfática. Na verdade, no Novo Testamento Grego, esse advérbio de negação aparece como a primeira palavra nesse verso, que é uma forma de enfatizar uma palavra. Paulo deseja enfatizar o ensino de que condenação está completamente fora de questão.
Um tradutor escreveu isso da seguinte forma: “Não (!) nem sequer um pedacinho de condenação para os que estão em Cristo Jesus.”
- Então, recebemos perdão e, ao examiná-lo, descobrimos uma palavra de resumo, segurança, certeza e, agora, em quarto lugar, vemos uma palavra que exige substituição.
Agora, pois, já nenhuma condenação.
Essa palavra para “condenação” aparece somente no livro de Romanos—nesse verso e no capítulo 5. Ela está ligada a sentença por um crime, especialmente à penalidade exigida por um veredito. Então, Paulo diz: “Não existe nenhuma sentença penal por crimes contra Deus.” Essa é uma declaração maravilhosa”. Não precisamos servir sentença nenhuma! A religião nem consegue imaginar algo desse tipo.
Note que a Bíblia não diz: “Agora, pois, já não existe base alguma para condenação.” Paulo não diz: “Não há base para condenação.” Ele não diz: “Não há nada que nos torne merecedores de condenação.” Ele não diz essas cosias porque existe, sim, base para acusação e condenação!
Bom, então, como Deus pode ignorar a base de nossa condenação merecida? Como Deus não declara a sentença de culpado para a humanidade?
J. I. Packer coloca isso da seguinte maneira:
Um Deus que não se importou em fazer distinção entre certo e errado, será que ele seria considerado um Deus e um Ser admirável? Um Deus que não distingue as bestas-feras da história, os Hitlers e Stalins (se me é permitido citar nomes), de Seus próprios filhos, será que ele seria considerado digno de louvor e perfeito? Indiferença moral seria uma imperfeição de Deus e não julgar o mundo seria demonstrar indiferença moral. A prova final de que Deus é um ser moral perfeito é o fato de que Ele se comprometeu a julgar o mundo [inteiro].
Então, como Paulo pode dizer que não existe nem sequer uma mínima condenação na mente de Deus? A próxima frase em Romanos 8.1 explica como.
- Quinto, existe palavra de garantia.
Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
Essa é uma palavra de garantia.
Ser crente não é se identificar com Cristo apenas externamente, mas é ser parte de Cristo. Nós estamos unidos com Cristo não somente pela fé, estamos unidos em Cristo. Paulo escreveu em 1 Coríntios 12.27:
Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo.
Ele também escreveu no mesmo capítulo, verso 13: Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo.
Em outras palavras, Cristo vive em nós e nós vivemos em Cristo. Será que eu entendo como estou em Cristo e Cristo está dentro de mim? Não. Esse é um dos segredos profundos do Evangelho; a saber, que, pela fé somente na obra de Cristo na cruz por minha salvação, conforme Gálatas 2.20 nos diz: logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.
Esta é a chave para o Perdão do Rei: você precisa estar em Cristo. Já que Jesus Cristo foi condenado, satisfazendo a ira de Deus pelos pecados do mundo inteiro (1 João 2.2), aqueles que vão a Cristo pela fé não se encontram mais dentro do alcance da ira de Deus, pois eles descansam na obra finalizada de Cristo ao seu favor. Um evento do Antigo Testamento fornece alguma luz sobre esse mistério profundo do Novo Testamento.
A Arca de Noé foi construída no decorrer de mais de cem anos. Depois que essa embarcação foi construída, Deus mandou Noé cobrir a arca com betume, ou piche—por dentro e por fora—uma substância que iria prevenir a água de entrar. É interessante que a palavra usada para “betume” é a mesma utilizada em outras passagens para falar sobre “expiação.” A arca se tornaria um símbolo da expiação. A arca suportaria a fúria da ira de Deus, do julgamento de Deus, a sentença da pureza moral de Deus e todos que estivessem dentro da arca sobreviveriam.
Talvez você se recorde que, depois que Noé e sua família construíram a arca, Deus não mandou que eles enfiassem oito espigões de madeira nas vigas da arca e disse a eles: “Vejam bem, enquanto você e sua família conseguirem se segurar, serão salvos; mas se vocês se soltarem desses espigões, perecerão.” Não! Deus fechou a porta atrás deles (Gênesis 7.16).
Daí, a ira de Deus caiu sobre a humanidade—os que estavam dentro da arca sobreviveram, enquanto que os que estavam fora da arca morreram.
O significado para Noé e sua família de “estar na arca” é o mesmo para nós hoje de “estar em Cristo.” Portanto, em Cristo, nossa arca expiatória segura para salvação, não há condenação, nem agora, nem para todo o sempre. Que perdão!
E o que dizer do descrente?
E o que dizer do descrente? 2 Tessalonicenses 1.7-9 diz:
e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder,
Jesus disse em Marcos 16.15–16:
Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.
O mundo está dividido em dois grupos diante do trono de Deus:
- os que estão fora de Cristo;
- os que estão em Cristo.
Ou:
- aqueles que estão tentando pagar pelos seus próprios pecados;
- aqueles cujos pecados já foram pagos por Cristo.
Se você se encontra fora da arca, fora do corpo de Cristo, receba a Cristo hoje antes que seja eternamente tarde demais. Hoje, você recebe a oferta do Perdão do Rei. Nela, você descobre palavras de resumo, segurança, certeza, substituição e garantia.
Conclusão
Deixe-me finalizar rapidamente nosso estudo oferecendo a você alguns dos maravilhosos benefícios que vêm a partir do Perdão do Rei.
- O Perdão do Rei silencia a culpa de sua consciência por seu passado.
Isaías se refere a Satanás como “acusador.” E nós damos a ele bastante coisa com que trabalhar, não é? Posso imaginá-lo dizendo:
- “Pedro… lembre-se do galo.”
- “Davi… lembre-se de Bate-Seba.”
- “Paulo, lembre-se do assassinato de Estêvão, no qual você participou.”
Meu amigo, o que o acusador diz a você? “Lembre-se daquele pensamento… lembre-se daquele ato promíscuo… lembre-se daquela festa… lembre-se daquele aborto! Você não tem chance a uma oração! Você merece é ser condenado. Deus jamais irá perdoar você—lembre-se disso!” Mas Deus disse em Sua Palavra, conforme lemos em Isaías 43.25:
Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro.
Meu amigo, quando aquele antigo mentiroso vier e sussurra em seu ouvido, sugiro que você o leve ao Monte Calvário, aponte para a cruz e lembre-o de que Deus já se esqueceu!
Você não precisa arrastar uma pedra enorme pelo chão para chamar a atenção de Deus; você não precisa repetir uma dúzia de rezas e orações para despertar a memória de Deus; você não precisa sentir a dor dos cravos entrando em suas mãos e pés—o Filho de Deus já recebeu esse castigo por você.
Não há nada para você fazer, a não ser colocar sua fé Naquele que realizou tudo e, daí, receber o perdão eterno e louvar o nome dEle!
- O Perdão do Rei não somente silencia a culpa de sua consciência em relação ao passado, mas também controla a ansiedade de seu coração em relação ao presente e ao futuro!
Paulo escreveu a Timóteo em 2 Timóteo 2.13:
se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.
João escreveu em 1 João 3.19-20:
E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração; pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas.
Deus sabe tudo a seu respeito. Ele não olhará para você um dia e dirá: “Eita, eu não sabia que você tinha feito isso… pensado aquilo… dito aquilo outro… planejado isso.” Não! Ele sabe tudo a seu respeito!
Quando você veio a Cristo, você trouxe consigo para dentro da Arca viva tudo sobre seu passado, presente e futuro. E, pelo fato de você estar nEle, o julgamento do perfeito Juiz não o condenará—você está seguro para sempre.
Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
Essa é a Promessa do Rei; esse é o Perdão do Rei.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 19/10/2003
©Copyright 2003 Stephen Davey
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