As Cinco Funções da Lei

As Cinco Funções da Lei

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

As Cinco Funções da Lei

A Guerra Interior—Parte 1

Romanos 7.7–13

 

Introdução

Em Romanos 7, o apóstolo Paulo descreve o crente como morto para a lei e vivo para o Espírito. Nos versos 1 a 4, Paulo descreveu a lei como o nosso primeiro marido, dominando e exigindo suas regras, as quais não podíamos guardar. No verso 5, Paulo revelou que a lei desperta nossa paixão pecaminosa, produzindo o fruto para a morte.

Mas como é possível que a lei nos faz querer pecar? Por que uma placa que nos diz: “Não alimente os ursos,” parece incitar os turistas a alimentar os ursos em um parque nos Estados Unidos? Como resultados, todos os anos, ursos morrem durante o inverno à beira da estrada esperando por turistas, uma vez que dependem deles para alimentá-los. O que existe na placa: “Não pise a grama,” que faz as pessoas desejarem andar sobre a grama? E o que dizer das placas de limite de velocidade que dizem: “90 km/h”—por que sentimos o desejo de ir acima do limite estipulado por essa placa? Por que a biblioteca é o local onde mais sentimos o desejo de conversar?

A lei se pronunciou! Ela disse: “Não… não pode… está além dos limites.” Tudo o que um ser humano precisa é saber que algo está fora dos limites e ele desejará possuir esse objeto, guardar para si ou experimentá-lo.

Então, o leitor da carta de Paulo, tendo sido informados de que a lei produz fruto para a morte e aguça os sentidos da carne para o pecado, podem ter concluído que a lei em si mesma é algo pecaminoso.

Além disso, nos capítulos 3 a 5, Paulo ensinou que a lei não é capaz de salvar ninguém. No capítulo 6, ele explicou por que a lei, até mesmo a lei de Deus, não pode santificar ninguém.

O leitor pode muito bem ter concluído que a lei de Deus era inútil. E ainda pior do que isso, os recipientes dessa carta podem ter decidido que a lei corrobora com o pecado e, assim, é pecaminosa também.

A Cinco Funções da Lei de Deus

Então, qual é o propósito da lei de Deus? Deixe-me compartilhar com você a resposta de Paulo que se encontra em Romanos 7, onde explica as cinco funções da lei de Deus.

  • Primeiro, a lei de Deus define o pecado.

Veja os versos 7 e 8:

Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado.

Em outras palavras, a lei na causa o pecado, ela identifica o pecado. A lei também revela o desejo que a natureza humana tem de pecar mais. E o pecado aproveita todas as oportunidades para nos tentar a violar aquilo que a lei diz.

A lei, “Não cobiçarás,” nem cria, nem remove a cobiça—ela apenas chama atenção ao fato de que estamos cobiçando. Na verdade, ela revela que somos pessoas cobiçosas, constantemente querendo algo que não nos pertence. A lei fala e nós percebemos que somos pecadores.

Você percebeu que Paulo escolheu esse mandamento em particular para ilustrar seu ensino? De todos os Dez Mandamentos, esse, talvez mais do que qualquer outro, revela a batalha interna da carne. Poderíamos traduzir “cobiça” como “lascívia.”

Existe algo no fruto proibido que o torna desejável. Começamos a cobiçar, revelar lascívia desejar coisas proibidas até mesmo quando somos novos.

Lembro-me de ter visto um programa de televisão no qual as crianças eram observadas ao serem tentadas. Elas eram trazidas, uma de cada vez, para dentro de uma sala cheia de brinquedos, onde se sentavam em uma cadeira. O adulto colocava diante delas alguns doces e lhes dizia: “Tenho que sair por alguns minutos. Não coma nada. Quando eu voltar, deixarei você comer o quanto quiser.” Daí o adulto saía e a câmera registrava a batalha da criança com a tentação.

  • Uma garotinha ficou olhando para o prato e começou a conversar consigo mesma em voz alta para conseguir vencer a sua tentação.
  • Outra menina olhou para o prato, balançou as pernas, como se não conseguisse mais aguentar a tentação, e cobriu os olhos.
  • Um menino olhou para os doces completamente inquieto em sua cadeira e começou a cantar alto para se distrair.
  • Ainda outro se levantou, andou para o mais longe possível do prato e ficou murmurando consigo mesmo.

Mas o que aconteceu com os brinquedos? Eles foram ignorados porque havia algo mais naquela sala e eles receberam a ordem de não tocar naquela coisa.

O que havia naquela árvore, no meio de todas as demais árvores frutíferas do jardim, que levou Eva a tão desesperadamente desejar o gosto daquela fruta e arriscar tudo para possuir aquela fruta?

A lei que disse, “Você não pode ter aquela coisa,” é que foi o problema. A natureza pecaminosa que cobiça liberdade, poder e busca a felicidade acima da santidade tem que conseguir as coisas do seu jeito.

Por que Acã cobiçou os mantos babilônios, os quais ele jamais poderia vestir em público, e aquelas moedas, as quais jamais poderia utilizar no mercado? Qual seria o benefício daquelas coisas enterradas no buraco que ele cavou, conforme registrado em Josué 7.21?

Por que Acabe desejou a vinha de um homem simples, se ele possuía hectares de vinhas, conforme lemos em 1 Reis 21?

Por que Ananias e Safira queriam, tão desesperadamente, prestígio a ponto de mentirem par a sua congregação a respeito de um presente financeiro, de forma que cairiam mortos no chão, conforme lemos em Atos 5?

Por que Demas abandonou a fé e foi atrás do mundo, de acordo com o que Paulo escreveu em 2 Timóteo 4.9?

Porque a lei disse: “Não cobice algo que não pertence a você!”

A lei não pode ser culpada, da mesma forma que a placa, “não entre na água—perigo de tubarões,” não pode ser culpada quando alguém entra na água e é atacado por tubarão. A lei simplesmente define o perigo—o pecado assume as coisas daqui para frente.

  • Segundo, a lei de Deus não somente define o pecado, mas a lei de Deus destrói a justiça própria.

Paulo continua e escreve nos versos 9 e 10:

Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que me fora para vida, verifiquei que este mesmo se me tornou para morte.

Paulo dá seu testemunho pessoal aqui: “Houve um tempo em que eu me sentia seguro. Eu era um fariseu dos fariseus, circuncidado ao oitavo dia, um exímio observador da Lei.” Paulo até começou a perseguir esses cristãos que estava seguindo outro líder e não Moisés e os profetas, que estavam seguindo um criminoso recém-executado chamado Jesus. Paulo diz: mas, sobrevindo o preceito… morri.

Existem dezenas de opiniões a respeito da referência cronológica que Paulo faz nesse verso: …sobrevindo o preceito. Eu creio que essa é uma referência àquele momento quando o Doador da lei apareceu no céu sobre o caminho para a cidade de Damasco. Naquele instante, o fulgor derrubou Paulo ao chão e ele ouviu aquela voz que dizia, conforme registrado em Atos 9.4: Saulo, Saulo, por que me persegues?

Naquele momento, a autoconfiança de Paulo foi destruída; sua justiça própria foi aniquilada; todas as suas conquistas religiosas seriam, então, consideradas como refugo a partir daquele ponto (Filipenses 3.7-8). Ele não estava defendendo a honra de Deus; ele estava, na verdade, violando a honra e a glória do Filho de Deus!

Naquele instante, Paulo morreu para a sua própria religião de obras e colocou sua fé no Homem crucificado, uma vez que ele perguntou: “Senhor, o que farei?” O que a lei tinha feito com Paulo? Destruído sua justiça própria.

Paulo continua e nos fornece a terceira função da lei.

  • Terceiro, a lei de Deus declara o engano do pecado.

Veja Romanos 7.11:

Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou.

Você já foi enganado alguma vez? O verbo traduzido como enganou nesse verso é intenso. Poderia ser traduzido, “enganou completamente, enganou perfeitamente.”

O pecado engana como nada e ninguém mais consegue. Ele engana perfeitamente o descrente.

Não consigo contar, nos meus anos de pastorado, o número de vezes em que encontrei um descrente totalmente enganado pelo pecado. E até mesmo crentes que começaram a seguir a fascinação enganosa do pecado.

Como o pecado engana?

Mas como o pecado nos engana? Vou compartilhar três maneiras.

  • O pecado engana em relação a satisfação.

O pecado diz: “Eu irei satisfazer os seus desejos.” A princípio, o pecado parece satisfazer nossos desejos, mas, daí, o desejo volta ainda mais forte. E o pecado diz: “Eu posso satisfazer esse desejo também.”

Novamente, o pecado parece satisfazer, mas por um período mais curto do que antes. Daí, o desejo por mais volta mais e mais vezes!

O pecado não satisfaz, mas inflama o desejo!

  • O pecado engana em relação a segurança.

O pecador pensa: “Não vou machucar ninguém!”

É como as palavras ditas a  Eva em Gênesis 3.4: é certo que não morrerás.

Meu amigo, o pecado nunca é seguro.

Gary Richmond trabalhou em um grande zoológico na cidade de Los Angeles, Estados Unidos. Como crente fiel, ele sempre via os acontecidos no zoológico da perspectiva bíblica. Em um de seus livros, ele contou a história de uma jovem moça chamada Julie que trabalha no zoológico.

O zoológico tinha acabado de comprar um filhote de guaxinim e uma das responsabilidades de Julie era cuidar desse filhote. Esse filhote brincalhão e fofinho logo conquistou o coração de Julie—e de todas demais pessoas que trabalham naquele setor. Julie, com bastante frequência, realizava suas tarefas no zoológico com o filhote de guaxinim pendurado em seu ombro. Ela até deu um nome a ele—Bandido.

Contudo, Gary, um funcionário experiente, se preocupava com Julie. Ele disse a ela que os guaxinins passam por uma mudança nas glândulas a cada dois anos de idade. Depois disso, eles, de forma inexplicável, atacam ferozmente seus donos. E um guaxinim de dez quilos pode fazer o mesmo estrago que um cachorro grande.

Várias e várias vezes, Gary alertou essa jovem amiga a respeito do seu animal que crescia a cada dia. Ela sempre ouvia educadamente enquanto ele lhe explicava os perigos. Gary escreveu: “Eu jamais irei esquecer a resposta dela; era sempre a mesma: ‘Vai ser diferente comigo…’. E ela sorria e dizia: “O Bandido jamais me machucaria. Nunca!’”

Daí, Gary escreveu: “Três meses depois de minha última advertência a ela, Julie teve que passar por várias circulais plásticas por causa de lacerações severas em seu rosto feitas quando seu guaxinim adulto a atacou sem motivo aparente. Bandido foi, então, solto depois disso no mato.”

Se você alertar alguém por causa do pecado, essa pessoa dirá: “Vai ser diferente comigo.”

Somos advertidos em Gálatas 6.7:

Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.

A lei se pronuncia para o seu próprio bem. Se você ignora a Palavra de Deus, no final, você pagará um alto preço.

  • O pecado engana em relação a satisfação e segurança. Além disso, o pecado engana em relação a segredo.

Você pode pensar: “Ninguém saberá, só você! Ninguém vê, somente você! Ninguém viu o que você fez naquele teste, só você. Ninguém viu como você preencheu aquele relatório de despesas, só você. Ninguém viu.”

Somente nos últimos, centenas de milhares de homens mergulharam no mundo da pornografia pela internet. Eles são enganados por uma única mentira—ninguém saberá.

Um tempo atrás, uma mulher que administra um site pornográfico foi entrevistada. Eu li essa entrevista no jornal. Ela disse que cerca de 600 mil homens ao redor do mundo visitaram seu site. E ela acredita que a maioria deles nunca comprou aquele tipo de material em público.

O pecado engana. Ele diz que tudo o que você faz é particular, que nunca afetará você em público. É mentira! Enquanto isso, o pecado vai transformando você em uma pessoa que você nunca desejou ser.

Jesus disse em Marcos 4.22:

Pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser revelado.

Você pode ter certeza—seu pecado o encontrará!

  • O pecado engana em relação a vergonha.

O pecado diz que aquilo que você fez, disse, pensou, planejou não é pecado de fato. Você não tem motivo para ficar envergonhado—querer algo significa que você precisa daquilo e você jamais deveria se privar de algo que precisa. Então, qualquer coisa que você ansiar, não importa quão perversa seja, não existe vergonha nessa coisa!

Você acha que as pessoas pensam assim? Será que o pecado tem conseguido enganar pessoas a crerem que algo que Deus diz ser errado é, na verdade, correto?

Você acompanha as notícias?

Doze anos atrás, a igreja Episcopal elaborou uma política interna de que apenas relações sexuais heterossexuais dentro do casamento eram apropriadas. Mas eles viraram notícia por se tornarem a primeira denominação evangélica a ordenar bispos homossexuais. Eu assisti enquanto alguns dos delegados falavam em uma conferência. Jamais me esquecerei de uma mulher que disse: “Mas a Bíblia diz que é errado.” Ela foi censurada como ridícula e insensível.

A Igreja Evangélica Luterana dos Estados Unidos fez uma votação uns anos atrás para reavaliar a questão do homossexualismo.

Agora, não me entenda errado. Não estou querendo ofender os episcopais e luteranos. Na verdade, em nosso bairro aqui mesmo, existe uma igreja batista com uma lésbica na equipe pastoral. Sinceramente, não fico muito surpreso ao ver o mundo descendo cada vez mais em sua decadência de Romanos 1—saindo da prática do pecado para o aplauso e para a aprovação do pecado. O que me deixa acordado durante a noite são pessoas que, no nome de Deus, violam a Palavra de Deus. Os sacerdotes e profetas que poluem a terra com suas blasfêmias e desviam as ovelhas do caminho.

Algo que Deus tão claramente condena tem sido agora corrompido e transformado na maior expressão de dignidade de Deus em cada pessoa, não importa o que elas façam.

Como chegamos a esse ponto? A lei de Deus foi substituída pelo engano de mentes pecaminosas. A verdade, conforme Paulo deixa bastante claro nesse verso 11 de Romanos 7, é que o pecado engana.

  • O pecado engana em relação a satisfação, segurança, segredo, vergonha e, finalmente, o pecado engana em relação a garantia.

As pessoas dizem e pensam debaixo a influência delirante do pecado: “Deus me deixará entrar… Deus irá ignorar meu pecado.”

Em certo sentido, isso é verdade, mas perigosamente distorcido!

Algumas semanas atrás, um adúltero me disse: “Deus vai entender que eu tenho uma natureza pecaminosa e que vivemos em um mundo caído… Deus entende minha fraqueza… Ele vai ignorar meu pecado… Ele é um Deus gracioso, então, não importa!”

Isso é verdade, mas distorcido de forma perigosa!

Importa sim! E eu o relembrei que o pecado sem vergonha não significa que você tem a garantia de que vai para o céu; pecado sem vergonha pode muito bem significar que você jamais irá para o céu.

Ouça a Palavra de Deus escrita em 1 Coríntios 6.9-10:

…Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.

Será que esses versos ensinam que, se tiver cometido esses pecados, você não pode entrar no céu?

Quantos de nós, dentro da igreja, somos pecadores que pecam todos os dias de uma forma ou de outra? O apóstolo João escreve em 1 João 3.9: Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado.

Meu amigo, se você pratica pecado sem arrependimento, sem remorso, sem culpa, sem vergonha, sem conseguir parar, você é o exemplo principal de uma pessoa enganada pelo pecado.

O pecado:

  • não satisfaz;
  • não é seguro;
  • é vergonhoso;
  • nunca é feito em secreto—Deus vê;
  • não conduz a uma posição garantida dentro do reino de Deus, mas garante julgamento e inferno eterno.

Em Romanos 7, Paulo compartilha seu testemunho pessoal sobre o engano do pecado em sua vida.

Então, as funções da lei de Deus são: ela define o pecado, destrói a justiça própria e declara como o pecado é enganoso.

  • Quarto, a lei de Deus descreve um padrão perfeito.

Veja o verso 12: Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom.

Somente alguém santo poderia elaborar uma lei santa; somente alguém justo e perfeitamente bom poderia criar um padrão justo e perfeitamente bom. Então, a lei é a revelação do próprio Deus.

Por isso, Josué pôde ser desafiado em Josué 1.8:

…medita nele [na lei] dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.

Por isso Davi pôde cantar o Salmo 119.97: Quanto amo a tua lei! E, novamente, no Salmo 19.7-10:

A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.

Conhecer a lei justa, boa e santa é conhecer o o caráter o Doador da lei. Seguir o Doador da lei é andar em um caminho santo, justo e bom. Se você abandona a lei, você será abandonado pelo Doador da lei.

Semana passada, um vizinho veio me visitar. Ele tinha uma pergunta sobre outro assunto, mas a conversa acabou mudando de direção. As pessoas dizem que nunca se deve conversar sobre religião e política; qual é a graça nisso?

Ele compartilhou comigo como ele estava frustrado com sua igreja. Ele era membro de uma igreja evangélica de uma denominação bastante conhecida. Ele disse que sua frustração começou a crescer muito quando os irmãos da região onde ele mora tentaram inserir no estatuto da denominação a crença de que Jesus é Senhor. Só isso—a simples declaração, “Jesus é Senhor.” Eles não conseguiram votos suficientes para inserir essa declaração no estatuto denominacional. Então, ela ficou de fora do estatuto. Alguns alegaram que isso soaria muito como autoritarismo, como se Jesus não fosse a autoridade final. Outros disseram que causaria divisões. Milhares de pessoas que faziam parte dessa denominação não poderiam mais dizer: “Jesus é Senhor.”

Um dia eles terão que dizer isso! Quando todo o joelho se dobrar e toda a língua confessar que Jesus Cristo é Senhor.

Esse Senhor deu Sua lei e ela é boa.

Vou fornecer a você a última função da lei.

  • Quinto, a lei de Deus exige, no fim, redenção por meio de um Salvador.

Veja o verso 13:

Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno.

A lei revela a pecaminosidade do pecado. Note novamente a última parte do verso 13: a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno.

Abandone a lei de Deus e o pecado deixa de ser algo maligno. Mas, aceite o mandamento de Deus e, de repente, você percebe quão terrível seu pecado realmente é.

A essa altura, será que a lei pode ajudar? Não. A lei não foi dada a fim de mostrar quão bom você deve ser; ela foi dada para mostrar quão bom você jamais será.

Será que uma lista de resoluções pode salvar você? Será que uma promessa de nunca violar a lei trazer alguma esperança? A lei não é a cura—ela é apenas o raio-x que revela como você está infestado com o pecado. Essa é a função da lei.

Você não pode ser salvo no Monte Sinai; você pode ser salvo apenas no Monte Calvário. Não por meio das boas obras da lei, mas pela obra finalizada do Cordeiro que morreu por transgressores da lei como você, como eu.

Da idade de treze anos, o apóstolo Paulo se tornou um “bar mitzvah,” ou, “filho da lei.” De acordo com o costume, era nessa idade que um garoto assumia a responsabilidade de observar a lei.

Na estrada para Damasco, ele percebeu que suas tentativas de guardar a lei não eram boas o suficiente—ele precisava se tornar um seguidor do Doador da lei.

João escreveu em João 1.12: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.

Ele não disse, “filhos ou filhas da lei,” mas salvos pelo sangue do Cordeiro.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 07/09/2003

© Copyright 2003 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

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