
Saber, Considerar, Oferecer
Saber, Considerar, Oferecer
Libertos do Reino do Pecado—Parte 2
Romanos 6.6–13
Introdução
Um seminaristas que estava visitando nossa igreja domingo passado veio até mim depois do culto e disse: “Quando você pregou hoje de manhã, percebi que você pregou exatamente do jeito que meu professor disse que devemos pregar.”
Não sabia o que ele estava querendo dizer com aquilo, é claro. Pensei que ele estivesse falando do formato do meu esboço, ou que esqueci de repetir minha proposição; ou pensei que ele talvez fosse me dizer que eu uso ilustrações demais, ou poucas; ou que eu faço muito uso de humor, enquanto que, em seu seminário, como muitos outros, eles ensinam que humor nunca deve ser levado ao púlpito. Então, perguntei a ele: “O que seu professor tem ensinado que eu tão claramente violei esta nesta manhã?”
Ele respondeu: “Meu professor tem nos dito, enfaticamente, que não devemos jamais usar uma linguagem teológica no púlpito; as pessoas não estão interessadas em linguagem teológica; é algo maçante. Precisamos tentar ser mais relevantes e contemporâneos em nossas pregações.”
Daí, ele continuou e disse: “E eu gostaria muito de agradecê-lo esta manhã por mostrar que as pessoas são, na verdade, não somente capazes de compreender verdades teológicas, mas também interessadas em aprender mais termos teológicos como justificação e santificação.
Fiquei aliviado quando percebi que ele estava do meu lado! Conversamos um pouco e daí disse a ele que haverá matérias que ele deverá se lembrar de esquecê-la, e que aquela era uma delas.
Ainda me lembro de meu professor que acertadamente me desafiou com a a verdade de que nós, como povo de Deus, não podemos viver conforme aquilo que não cremos. Ele me disse que viver biblicamente é um resultado direto de crer biblicamente. Ele dizia com bastante frequência que o crente em geral não se compra corretamente porque não pensa corretamente.
Creio que ele estava dizendo a verdade porque simplesmente acontece que esse era o padrão na igreja primitiva, uma vez que eles continuamente se devotavam aos ensinos dos apóstolos (Atos 2.42). E esse acontece de ser também o método usado pelo autor mais prolífico da Bíblia, o apóstolo Paulo.
As cartas de Paulo geralmente começam nos dizendo o que devemos crer antes de dizer como devemos nos comportar; como devemos pensar antes de dizer como andar. A carta aos Romanos segue esse mesmo sistema. Paulo já passou cinco capítulo e meio nos dizendo como devemos pensar, ensinando-nos os rudimentos de muitas doutrinas fundamentais. Até agora, temos estudado:
- a filiação e divindade de Jesus Cristo;
- a forma como a ressurreição literal de Jesus Cristo autenticou o evangelho;
- a revelação especial de Deus por meio de Sua Palavra inspirada—o cânon das Escrituras;
- a revelação geral de Deus por meio da criação e da consciência humana;
- a natureza e definição do evangelho;
- a depravação total e a rebelião da humanidade;
- as consequências da depravação humana, as quais conduzem o homem a cometer aberrações e perversões sexuais;
- a condição perdida da humanidade e sua condição de indesculpável diante de Deus, o qual eles consciente e inconscientemente negam;
- a digressão da sociedade como um todo quando Deus é abandonado e Sua Palavra ignorada.
Somente no capítulo 1, estudamos as seguintes doutrinas:
- inspiração;
- revelação geral e especial;
- a divindade de Cristo;
- a ressurreição literal de Cristo;
- os atributos invisíveis de Deus vistos na criação;
- a depravação e decadência humanas;
- o julgamento vindouro.
Hoje, eu havia planejado revisar as doutrinas que temos estudado ou mencionado até este ponto, mas logo percebi que isso tomaria todo o meu tempo.
A verdade é que não podemos crescer como crentes sem estudar a Palavra de Deus, e não podemos estudar a Palavra de Deus sem estudar teologia. Teologia é o estudo de Deus e a Bíblia é a revelação de Deus. Como você pode ver, ainda estou meio chateado com o fato de um professor de seminário estar instruindo seus alunos que eles não podem falar às suas congregações exatamente as coisas que os crentes mais precisam ouvir.
Que verdade maravilhosa descobrimos em nossa meditação anterior. Falamos sobre a doutrina maravilhosa da posição do crente em Cristo Jesus em Sua morte, sepultamento e ressurreição. Estamos encarcerados em uma prisão construída por nosso pai Adão. Entretanto, pela fé em Cristo, o segundo Adão, somos libertados do reino do pecado:
- Em Adão—estamos condenados;
- Em Cristo—estamos livres para andar em novidade de vida.
Saber, Considerar, Oferecer
Será que o apóstolo Paulo deseja que aprendamos alguma coisa? Sim! Na verdade, existem três palavras que, creio eu, formam o esboço do ensino de Paulo nos próximos versos de Romanos 6. Essas palavras são:
- Saber;
- Considerar;
- Oferecer.
- A primeira palavra é “saber.”
Abra sua Bíblia em Romanos 6 e note a primeira palavra no verso 6: “saber” Acompanhe a leitura de Romanos 6.6-7:
sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado.
Esses versos voltam à pergunta original que deu início ao estudo desse capítulo: “Podemos viver em pecado, agora que já estamos em Cristo?”
Paulo já respondeu: “Como viveremos em pecado se já fomos imersos no corpo de Cristo pelo Espírito de Deus e revestidos com Cristo e, daí, publicamente nos identificado com Cristo por meio da ilustração do batismo nas águas?”
Paulo diz, com efeito: “Se você não entendeu da primeira vez, deixe-me repetir usando palavras diferentes.”
Crentes verdadeiros irão pecar, mas eles não viverão no pecado sem culpa e miséria e disciplina. As pessoas mais miseráveis no planeta terra são os crentes que estão em pecado. Eles não podem desfrutar verdadeiramente o seu pecado porque sabem o que ele custou a Cristo; eles sabem como o perdoa entristece o Espírito Santo. Na verdade:
- quando o crente peca, a culpa pesa mais que o ganho temporário;
- quando o crente se rebela, a disciplina dura mais que o prazer temporário.
Agora, o que dizer da pessoa que diz ser crente, mas que vive em pecado e se sente perfeitamente confortável com aquilo e à vontade em violar a Palavra de Deus? Para essa pessoa, creio que a falta de arrependimento está desmascarando sua profissão de fé temporária.
João respondeu essa pergunta ao escrever em 1 João 2.19:
Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.
Falta de arrependimento desmascara a descrença.
Você deveria circular as três vezes em que Paulo usa verbos de cognição na primeira parte de Romanos 6. Ele usou verbos desse tipo:
- no verso 3—ignorais;
- no verso 6—Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem;
- no verso 9—sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre.
Paulo diz: “Quero que vocês tomem conhecimento de algumas coisas!”
Pensar corretamente produz um viver correto.
Agora, Paulo deseja que saibamos o conteúdo do verso 6:
…que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;
Alguns creem que isso se refere à nossa “velha natureza,” nossa natureza pecaminosa. Creio que isso se refere simplesmente ao que Paulo vem falando, ou seja, que estávamos com Cristo na cruz. Se alguma coisa, esse “velho homem” se refere ao nosso estilo de vida do passado.
Alva J. McClain escreveu:
O “velho homem:” significa o velho eu; o que éramos em Adão. Esse “velho homem” foi crucificado com Cristo na cruz e a obra está finalizada na mente de Deus. [As pessoas falam sobre] crucificar o velho homem. Paulo diz que o velho homem já foi crucificado [passado]… Cristo já conquistou a vitória.
Se Paulo está pensando na “velha natureza,” ou a “natureza pecaminosa,” a qual certamente não foi erradicada na cruz, conforme Paulo ilustra no capítulo 7, então ele está provavelmente se referindo à “natureza pecaminosa” um pouco mais adiante no verso 6, quando escreve: para que o corpo do pecado seja destruído.
De novo, alguns dizem: “Ai está, o crente vive uma vida perfeita. Se ele é realmente um regenerado, ele nunca mais irá pecar. Paulo diz isso, ao escrever: ‘o corpo de pecado seja destruído’.”
O verbo grego traduzido como destruído é katargeo. Esse verbo significa, “ser rendido sem forças; ser desnecessário.” Ou, “não está mais em serviço.”
Essa é a mesma palavra que Paulo usa em 1 Coríntios 13.8, quando ele diz que o dom de profecia seria katargeo, ou, “colocado fora operação; considerado como desnecessário; feito inoperante.” Paulo não está dizendo que toda a profecia seria erradicada ou destruída, mas simplesmente que aquele dom específico de profecia se tornaria inútil uma vez que a Palavra de Deus fosse completada. Em outras palavras, não precisamos mais ouvir profetas hoje porque temos a revelação de Deus completa em nossas mãos.
Da mesma sorte, quando Paulo usa esse verbo em Romanos 6.6, ele não está dizendo que nossa natureza pecaminosa foi erradicada. Na realidade, para o crente, o pecado se torna uma luta ainda maior após a salvação do que era antes da salvação. Paulo diz que nosso corpo de pecado se torna inoperante (katargeo).
Você pode perguntar: “Então, como ainda tenho problemas com esse corpo, se ele está fora de operação?”
Deixe-me ilustrar o verbo katargeo com um exemplo que uso com a turma de novos membros.
Certa vez, eu tinha ido com minha esposa fazer compras. Na ida, minha esposa me disse: “Amor, acho que precisamos parar para abastecer.”
Eu disse: “Não, estamos bem. A gasolina não vai acabar.”
Então, continuamos, fomos a uma loja, à outra, comemos e começamos a voltar para casa. Daí, minha esposa me disse novamente: “Amor, vamos ficar presos no trânsito sem gasolina se você não abastecer agora…”.
Por que que as espoas fazem esse tipo de coisa? Elas sabem que estamos fazendo o máximo para sermos teimosos e cabeça-dura!
Bom, daí, quando estávamos voltando, pouco antes de uma descida bem longa, adivinha o que aconteceu? Acabou a gasolina! Minha esposa disse: “Uh huh!”
Por instinto, coloquei o carro no “ponto-morto” e desci a ladeira na banguela; até pegamos uma velocidade. O problema é que, lá embaixo, existe um sinal que demora uns cinco minutos no vermelho. Quando fomos chegando perto do sinal, ele ficou verde! Passamos pelo sinal e entramos direto em posto de gasolina à direita e paramos ao lado de uma bomba.
Deus é bom demais! Ele resgata o tolo da calamidade.
Agora, meu carro acabou de experimentar um katargeo. Ele estava se movendo sem problema algum, mas de repente se tornou inoperante. Agora, suponha que esse carro representa sua natureza pecaminosa. Ela ainda existe e ainda estamos nela, mas qual é a última coisa que você deseja fazer? Você quer fazê-la operante novamente, quer colocar uma gasolina nela? Não! Você quer deixá-la vazia; ou seja não a alimente com algo que a colocará em ação. Você quer deixá-la quieta!
Um pouco mais adiante, Paulo irá falar sobre isso.
A primeira palavra-chave é “saber.” Você precisa saber que você morreu em Cristo. O poder foi arrancado das mãos de sua velha natureza—você não precisa pecar.
Contudo, você precisa estar pronto para guerrear o pecado e seus desejos pecaminosos. O grande pregador D. L. Moody escreveu no final do século 19:
Quando me converti, cometi o erro de pensar que a batalha estava terminada; que minha velha natureza corrupta, a velha vida, havia se acabado. Mas descobri, depois de servir a Cristo por alguns meses, que conversão é mais parecido com se alistar no exército—e a batalha está logo adiante.
Qual é a nossa esperança? Está naquilo que sabemos! Veja os versos 9 e 10:
sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
Em outras palavras, Cristo morreu para pagar a penalidade do pecado de uma vez por todas.
- A segunda palavra-chave é “considerar.”
Veja Romanos 6.11:
Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.
Isso nos relembra da verdade que lemos no verso 7: porquanto quem morreu está justificado do pecado.
Paulo resume no verso 11: Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado.
Uma das coisas que isso significa é que você está livre do controle do pecado.
A última parte do verso 6 ilustra essa verdade: e não sirvamos o pecado como escravos.
Um escravo que recebeu sua liberdade pode estar na presença de seu antigo mestre, olhar dentro dos olhos de seu mestre e ignorar cada ordem de seu mestre. Esse antigo escravo não precisa mais obedecer seu antigo mestre porque seu mestre está fora de operação.
Então, você não está fora de alcance do pecado; você ainda encara a realidade do pecado, mas não está mais debaixo do reino do pecado.
Paulo está dizendo no verso 12: “Pense! Considere!”
A propósito, o verso 11 representa um ponto de mudança nessa carta de Paulo. James Boice fez a observação interessante que esta é a primeira vez que Paulo pede para seus leitores fazerem alguma coisa. Esse verso é uma exortação e é a primeira na carta aos Romanos!
Em outras palavras, no decorrer de cinco capítulos e meio, Paulo tem ensinado verdades teológicas, mas agora, pela primeira vez, ele dá uma ordem ao leitor. E adivinha que ordem é essa? Ele manda que pensemos teologicamente! Ele diz: “Considere isso! Pense nisso!”
David Jeremiah escreveu em seu comentário de Romanos:
Isso não tem nada a ver com um desejo, nem é uma atividade que leva algo a acontecer. Esse é um reconhecimento de uma verdade e uma ação baseada nessa verdade.
Paulo chega a esse ponto crítico em sua carta e diz, com efeito: “Certo, vocês já sabem o suficiente a respeito dessa verdade teológica—vocês estão mortos e sua vida está em Cristo, seu Redentor. Agora, pensem nisso à medida que sua vida progride.”
Isso não tem nada a ver com como você se sente, mas tem a ver com a verdade. Então, considere isso, reconheça essa verdade, pense biblicamente! Como isso funciona?
- Talvez você seja tentado a dizer: “Sinto que sou inaceitável por Deus.”
Considere a verdade de Romanos 15.7:
Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus.
- Você pode dizer: “Não me sinto adequado.”
Considere a verdade de 2 Coríntios 3.5:
não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus,
- Talvez você se sinta sozinho.
Considere a verdade de Romanos 8.38–39:
Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Pense teologicamente e considere a verdade de Hebreus 13.5:
Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.
- Talvez você se sente pouco amado.
Considere, ou reconheça, a verdade da Palavra de Deus, que diz em Efésios 5.1–2:
Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.
Também considere a verdade de Romanos 8.32–35:
Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
- Talvez você pense que está perdido, sem esperança.
Pense biblicamente, porque a Palavra de Deus diz no Salmo 16.8-11:
O SENHOR, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado. Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro. Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.
- Você pode dizer: “Tenho medo de Satanás.”
Reconheça a verdade da Palavra de Deus como verdade em 1 João 4.4, que diz:
Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.
Também considere Colossenses 1.13-14:
Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.
- Talvez você se sinta fraco.
Considere a verdade de Efésios 3.20:
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,
- Talvez você ache que não existe nada de especial em você.
Pense biblicamente no que Deus diz em Efésios 1.3-8:
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência,
A propósito, considerar ou reconhecer não é agir como se fosse verdade, mas agir porque é verdade!
Quando Paulo nos manda considerar algo como verdade, ele não está pedindo que brinquemos de algum jogo de palavras ou façamos algum exercício de pensamento positivo. Não! A questão aqui é conformar nossas mentes e renovar nossas mentes segundo a verdade da perspectiva de Deus!
Paulo diz: “Vocês conhecem a verdade, agora, pensem nela; deixem essa verdade reescrever as páginas em sua mente que foram antes escritas pelo inimigo quando vocês estavam em cativeiro.”
O segredo para uma vida santa não é como você se sente, mas o que você crê!
Conforme Romanos 6.11 diz:
Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.
- A terceira palavra-chave é “oferecer.”
As três palavras que temos discutido são:
- conhecer—está relacionada a informação teológica;
- considerar—está relacionada a cá teológico;
- oferecer—está relacionada a aplicação teológica.
Veja Romanos 6.12-13:
Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.
A palavra-chave nesses dois versos é “oferecer.”
O verbo grego é paristemi. O Senhor a utilizou, conforme registrado em Mateus 26.53, quando Ele disse:
Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria [paristemi] neste momento mais de doze legiões de anjos?
Em outras palavras, temos que oferecer e mandar nossos corpos para Deus, não para o pecado.
Você sabe qual é o nosso problema? Nós nos aproximamos o mais perto possível do pecado, daí esperamos que Deus nos livrará.
Precisamos parar agora, pois iremos passar nosso próximo estudo inteiro nesse texto e nesse princípio.
Enquanto isso, precisamos saber; precisamos considerar; e precisamos oferecer. Essas são três palavras que nos conduzem de crença a comportamento.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 04/05/2003
© Copyright 2003 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
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