
O Amor de Deus
O Amor de Deus
Desembrulhando Presentes Perfeitos—Parte 5
Romanos 5.6–8
Introdução
Em nosso estudo de hoje na maravilhosa passagem sobre o amor de Deus, irei fazer referências a vários hinos. Parece que, às vezes, a melhor maneira de verbalizar essa verdade é lendo os poemas de crentes que, em séculos passados, revelaram as nuanças do amor de Deus de maneiras maravilhosas.
Gostaria de iniciar nosso estudo com um hino desses. Parte da letra desse hino foi encontrada escrita em uma parede de asilo para loucos que foi derrubado cerca de um século atrás. Talvez você pense que um sanatório seria um lugar pouco provável de encontrarmos um poema sobre o amor de Deus. Mas, ao mesmo tempo, não existe lugar mais apropriado para vermos o desespero da condição humana do que um sanatório.
Essas palavras foram posteriormente inseridas em um hino que Lehman compôs. Lehman havia escrito duas estrofes e o coro e composto a música, mas ainda não havia terminado. Quando Lehman ouviu falar sobre a letra desse poema encontrado gravado na parede do sanatório, ele a incorporou em seu hino. O hino de Lehman foi finalmente publicado em 1917. A estrofe escrita pelo escritor anônimo se tornou, na verdade, a parte mais amada do hino. A estrofe diz:
Se pudéssemos encher o oceano de tinta,
E se cada ramo na terra fosse uma pena.
E se todo o homem na terra fosse um escriba.
Escrever sobre o amor de Deus secaria o oceano.
E nenhum pergaminho conseguiria contê-lo,
Mesmo se esticado de um lado a outro do céu.
Falar hoje sobre o amor de Deus é um tanto maravilhoso, como também impossível. Charles Haddon Spurgeon escreveu no final do século 19:
Você consegue imaginar isso? Que Deus—que é maior que a imensidão, cuja vida é mais comprida que o tempo—esse Deus ama você. Imaginar que Ele pensa, tem misericórdia de você, considera você—poderíamos até esperar por isso. MAS que Ele o amou, que Seu coração foi buscar você, que Ele o escolheu, que Ele gravou o seu nome nas palmas de suas mãos, que Ele não descansa no céu sem que antes você esteja lá, que Ele não considera o céu completo sem você lá, que Ele o constituiria a Noiva e Cristo o Noivo, e que existirá um amor eterno entre Cristo e você—ao pensar nisso, o que podemos fazer, além de levantar nossas mãos em adoração e maravilha e dizer: “Teu amor por foi maravilhoso, é Senhor!”
Como podemos tratar de um assunto tão vasto como este—o amor de Deus? Eu lembrei do tempo quando Agostinho, o brilhante pai da igreja no século quarto, estava caminha à beira da praia. Enquanto caminhava, observou um garoto que havia cavado um buraco à beira-d’água. O menino estava furioso, indo de um lado a outro, enchendo seu balde com água do mar e derramando dentro do buraco. Agostinho perguntou: “O que você está tentando fazer?” O menino respondeu: “Estou colocando o mar dentro desse buraco.”
Compreender completamente e explicar o amor de Deus pela raça humana é como tentar colocar um oceano de verdades infinitas dentro de mentes limitadas e finitas.
Então, depois de dizer a você que é impossível entender esse assunto, vou tentar explicá-lo para você.
Esse presente, o tesouro do amor de Deus, é o próximo assunto em nossa série de estudos em Romanos 5. Por onde devemos começar? Em que lugar do oceano colocamos nosso balde?
Vamos seguir o exemplo colocado diante de nós em Romanos 5 e fazer três perguntas:
- Primeiro, que tipo de pessoa Deus ama?
- Segundo, que tipo de amor Deus demonstra?
- Terceiro, como reagimos a esse tipo de amor?
- Primeiro, que tipo de pessoa Deus ama?
Existem três categorias de pessoas que Deus ama e que Paulo alista em Romanos 5.
O primeiro tipo de pessoa é a pessoa fraca. Paulo diz no verso 6:
(ou seja, no momento histórico devido dentro do plano repentino de Deus)
O substantivo grego traduzido como “fracos” é “asthenes,” o qual se refere a alguém impotente, ineficaz. Obviamente, neste contexto, um homem ou mulher é impotente em sua tentativa de agradar a Deus; é impossível que ele consiga aplacar a ira de Deus. Falamos figurativamente de uma pessoa fraca demais como uma pessoa que não consegue nem sequer levantar um dedo.
Em Atos 3, Pedro e João estão caminhando para o templo na hora da oração. Daí, eles vêem um homem que é aleijado de nascença. Seus amigos o levam todos os dias e o colocam no portão do templo para ele pedir esmolas às pessoas que estão indo adorar a Deus. Pedro e João vão se aproximando dele e ele lhes pede dinheiro. E Pedro responde no verso 6:
Veja também os versos 7 e 8:
E ele se tornou então o primeiro pentecostal registrado nas Escrituras!
A propósito, nesse milagre legítimo, realizado por curandeiros divinos legítimos, os apóstolos nunca perguntaram quanta fé esse aleijado tinha; na verdade, ele era um descrente e ainda tinha que ouvir sobre o nome sob cuja autoridade os apóstolos haviam lhe dito: “levanta e anda.” Os apóstolos não oraram primeiro, não o converteram primeiro, não o fizeram dizer que cria que poderia ser curado, nem o tocaram em sua testa.
Você precisa entender que esse milagre não tinha nada a ver com o que o aleijado poderia fazer, crer ou prometer. Ele era “asthenes,” ou seja, impotente. Esse milagre tinha tudo a ver com o poder de Deus. É importante entendermos bem isso porque esse evento se torna uma imagem de nossa própria cura espiritual. Deus não se aproxima daqueles que possuem um pouco de fé; Ele não salva aqueles que exibem uma pequena força de devoção; Ele não salva aqueles que demonstram ter um pequeno potencial espiritual. Não! Ele se aproxima dos que sã espiritualmente mortos, dos que são incapazes de levantar sequer um dedo para se salvar. Ele diz para essa pessoa perdida espiritualmente: “Levanta e anda!”
Deus ama pessoas fracas!
- O segundo tipo de pessoas que Paulo nos informa que Deus ama é o das pessoas pecadoras.
Veja Romanos 5.8:
Primeiro, Paulo escreve que Deus nos ama quando somos fracos; agora, Deus nos ama quando somos ainda pecadores.
Já que toda a humanidade é pecadora, isso então significa que Deus ama o mundo inteiro? Sim. De certa forma, o mundo inteiro se beneficia do amor de Deus. É o amor de Deus por sua criação que a preserva de destruição. É o amor de Deus expresso pela graça comum que permite o descrente respirar um ar puro, molhar seu rosto na chuva e desfrutar da paisagem de um belo pôr-do-sol. Sem dúvida alguma, a única pessoa que desfrutará do amor de Deus em sua completa medida é a pessoa que aceita o Filho de Deus. Mas, sim, Deus ama o mundo.
Jesus Cristo morreu pelos pecados de todo o mundo. Sua expiação foi ilimitada. Ele morreu não somente pelos nossos pecados, mas ainda pelos do mundo inteiro, conforme diz 1 João 2.2.
É essa expiação ilimitada que permite o descrente amaldiçoar o nome de Deus e, ao mesmo tempo, desfrutar de um belo pôr-do-sol e de um travesseiro confortável com bons sonhos. Mas, um dia isso terminará. Por que? Porque a expiação de Cristo é limitada, ou seja, ela só útil em sua totalidade e eternidade na vida dos redimidos. Por agora, o convite é universal. Deus ama o mundo e o mundo está repleto de pecadores. E acredite você ou não, Deus ama o pecador, conforme Romanos 5.8.
Agora, o que é um pecador? “Ah, pecador é aquele cara lá no trabalho…pense em um homem devasso!” Ou então: “Pecadora é aquela minha vizinha lá… ô mulherzinha fofoqueira!”
O termo pecador vem do verbo grego “hamartano.” Esse termo foi originalmente usado pelos gregos para se referir a um atirador que errava seu alvo. Daí, ele passou a se referir a alguém que perdia sua chance. No Antigo Testamento Grego, esse verbo foi escolhido para se referir à perda do propósito divino e ao ato de desagradar a Deus.
O pecador, então, não é alguém que vive uma vida perversa. Na verdade, toda a pessoa sem Cristo é pecadora porque todos perderam o alvo do propósito de Deus para a sua vida. O alvo é viver em comunhão com Deus por meio de Jesus Cristo. Nossa tendência é usar o termo “pecador” para nos referir a pessoas realmente perversas. A verdade é que, quando entendemos que somos pecadores, que todos erramos o alvo, então entendemos que somos todos considerados pecadores pela Palavra de Deus.
Isso é má notícia! Você é um pecador. Mas, a boa notícia é a seguinte: já que você é pecador, você pertence a um grupo de pessoas que Deus ama. Porque acredite ou não, Deus ama pecadores. Nós amamos pessoas amáveis; nossa tendência é gostar de pessoas que gostam de nós. Então, achamos que esse é o mesmo tipo de amor que Deus tem por nós. Então, concluímos que não somos tão maus assim, já que Deus nos ama.
D. A. Carson, um grande teólogo que simplifica bem as coisas para podermos entendê-las, ilustra a diferença entre nossa visão de amor e a visão de Deus.
Imagine o Charles e a Susie caminhando pela areia da praia de mãos dadas. Eles estão descalços e a água do mar molha seus pés. O Charles se vira para Susie, olha bem dentro de seus olhos belos e diz: “Susie, eu amo você! Eu amo demais!” O que ele quis dizer com isso? Se pressupomos que ele é um homem crente decente e virtuoso, ele quis dizer pelo menos o seguinte: “Susie, você significa muito para mim. Não consigo viver sem você. Seu sorriso me deixa paralisado. Seu bom humor, seus belos olhos, o cheiro de seu cabelo, tudo em você me paralisa. Eu amo você!”
Com a declaração, “Eu amo você,” o que Charles certamente não está querendo dizer a ela é o seguinte: “Susie, apesar de seu nariz ser tão grande que parece ser de desenho animado, apesar de seu cabelo se tão oleoso que é capaz de lubrificar uma carreta, apesar de seus joelhos serem tão grandes que os do camelo ficam elegantes, apesar de a sua personalidade fazer a de Átila, o Huno, parecer boa, mesmo assim, Susie, eu amo você.”
Agora, vem Deus aqui com a Sua Palavra e diz: “Amo você.” O que Ele quer dizer com isso?” Será que Ele quer dizer algo do tipo: “Você significa tudo para mim. Não consigo viver sem você. Sua personalidade, sua conversa engraçada, seu sorriso, sua beleza, tudo em você me paralisa—eu amo você!” Será que é isso que Deus quer dizer?
Quando Deus diz que nos ama, ao contrário disso, Ele quer dizer: “Veja bem, moralmente falando, seu nariz enorme, seu cabelo oleoso, seus joelhos gigantes, terrível personalidade egoísta, sua pecaminosidade—tudo isso torna você uma pessoa detestável para mim. Mas, eu amo você, mas não por que você seja atraente, mas porque Eu escolhi amar você.”
Meu amigo, se você pensa que merece o amor de Deus, mesmo em pequena medida, você jamais se sentirá totalmente seguro nEle porque sempre temerá que haverá feito algo que o tornará não merecedor do amor de Deus; e você irá fazer algo assim.
A pessoa que sabe que Deus a ama hoje, apesar de não merecer, é a pessoa que pode descansar no fato de que Deus a ama eternamente e que ela jamais merecerá esse amor.
Deus ama pessoas não merecedoras que acontecem de ser pessoas perdidas e pecaminosas.
- Existe apenas mais um tipo de pessoa que Paulo diz que Deus ama. Essa é, talvez, a pessoa que mais nos surpreende em saber que Deus ama. Veja o verso 10: “Porque nós, quando inimigos…”. Então o terceiro tipo de pessoa que Deus ama é a pessoa inimiga de Deus.
Aqui estão três frases que seria bom você sublinhar em sua Bíblia:
- “quando éramos fracos,” verso 6;
- “sendo nós ainda pecadores,” verso 8;
- “quando inimigos,” verso 10.
Quando ainda éramos inimigos de Deus. Essa é a seriedade do pecado, pois o pecado é, no fim, uma rebelião contra Deus. Ele é não somente um fracasso, mas é uma recusa de seguir a Deus.
Este é o ensino de Paulo: depois que entendemos o tipo de pessoa que somos, descobrimos que não temos chance alguma. Somos fracos, pecaminosos e, agora, somos hostis para com Deus.
Daí, você descobre que Paulo responde a primeira pergunta. E a resposta é: pecaminosa, fraca, hostil e detestável.
- A segunda pergunta é: que tipo de amor Deus demonstra?
Veja novamente o verso 7:
Paulo diz que é raro alguém morrer por uma pessoa boa, apesar de isso acontecer. Quando ouvimos histórias nas quais isso ocorre, ficamos admirados. Ficamos silenciados diante do heroísmo de um bombeiro que sobe pelas escadas de um prédio em chamas enquanto todas as pessoas descem as mesmas escadas a toda pressa.
Outro dia, almocei com meu amigo John e ele me contou uma história sobre seu irmão William. William era seu irmão mais velho e foi para John como um pai e um líder espiritual. William havia sido uma espécie de guia espiritual para John, já que o pai deles deixou a família quando John ainda era um garoto. William, que servia na marinha, amava o Senhor e compartilhava sua fé com as pessoas ao seu redor. Um amigo de William em particular era um marinheiro com o qual ele havia compartilhado o evangelho. Ele já o tinha levado à igreja algumas vezes, mas seu amigo ainda não tinha aceitado a Cristo.
Um dia, esse amigo marinheiro perguntou a William se ele poderia ocupar seu posto no serviço para que ele tirasse alguns dias extras de folga devido ao seu casamento e lua-de-mel. William, é claro, concordou. Naquele final de semana, um piloto de avião da marinha caiu na água e um agrupamento de militares foi enviado em uma balsa para remover os destroços e resgatar o cadáver do piloto morto no acidente. William foi um dos marinheiros enviados para esse serviço. Enquanto estavam realizando o trabalho, uma tempestade fortíssima se formou e encheu a balsa de água e a levou a afundar. Todos os homens morreram naquele dia, exceto um homem, o homem pelo qual William havia dado a sua vida. Esse foi um presente a um homem que recebeu a chance de não morrer em uma tempestade enquanto William se afogou.
Esse tipo de sacrifício desafia a lógica; esse tipo de heroísmo nos silencia em admiração. Isso é, de fato, algo raro, conforme Paulo diz em Romanos 5.7. Mas Deus foi muito além do que qualquer ato heroico de homens. Veja o verso 8:
Fracos, pecadores, hostis, perdidos, condenados—nós teríamos nos afogado na ira de Deus. Contudo, Deus demonstrou Seu amor ao enviar Seu Filho para preservar, pela graça infinita, as vidas daqueles que estavam perdidos e condenados.
Somos informados em Efésios 2.1-5:
MAS Deus—que resgate!
MAS Deus—que alívio!
Ele sabe o pior a nosso respeito e, mesmo assim, nos ama.
Outro grande escritor de hino resumiu bem esse assunto ao escrever:
Ele deixou o trono de Seu Pai no céu.
Livre e infinita é a Sua graça.
Esvaziou-se de tudo, menos de amor,
E morreu pela raça perdida de Adão.
Isso é misericórdia, imensa e livre,
Porque, meu Deus, ela me encontrou.
Amor maravilhoso, como poder ser que Tu meu Deus, morrerias por mim?
Eu detestável! Eu não merecedor! Como pode ser, Senhor, que Tu morrerias por mim?
Mas esse é o tipo de amor que Deus tem, um amor disposto a morrer.
“Agape” é a palavra grega utilizada aqui em Romanos 5.8 em referência ao amor de Deus. “Agape” é o amor da vontade; ele representa a decisão de um intelecto infinito. Mas ele é mais do que uma decisão, ele é ação!
Segundo João 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu.” Jesus não disse: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que Deus disse... planejou… pensou… desejou…”. Não! “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu.”
Um escritor anônimo dividiu João 3.16 em doze frases numa tentativa de expressar a grandeza do presente da salvação de Deus. Ele escreveu:
- Deus—o maior ser a expressar amor;
- amou—o maior nível de amor;
- o mundo—a maior companhia;
- que deu—o maior ato;
- o seu Filho unigênito—o maior presente;
- para que todo aquele—o maior convite;
- que crê—a maior simplicidade;
- nEle—o maior atrativo;
- não pereça—a maior promessa;
- mas—a maior diferença;
- tenha—a maior certeza;
- a vida eterna—a maior posse.
Mas como esse presente de amor pode ser nosso?
Romanos 5.8
Spurgeon escreveu: “Jesus Cristo tomou o cálice de nossa condenação e, com um longo gole, bebe nossa condenação a seco.”
Paulo já respondeu duas perguntas: “Que tipo de pessoa Deus ama?” e “Que tipo de amos Deus demonstra?”
- A última pergunta é: “Como reagimos a esse tipo de amor?”
Deixe-me fornecer duas maneiras:
- Primeiro, receba este amor—ele é um presente!
Paulo escreveu em Romanos 6.23:
Tenho certeza de que existem pessoas ouvindo isso agora, mas que ainda não receberam o presente do amor de Deus por meio de Cristo. Por que? Porque elas pensam que merecem. Talvez você pense que o amor de Deus é algo que você pode conquistar. Você pensa que, é claro, Deus amou você porque você é digno do amor dEle.
Você ouviu tudo o que eu disse até agora? Deus revela e derrama Seu amor sobre pecadores, inimigos e fracos.
Acho interessante que foi Romanos 5.8 que despertou o Grande Avivamento Galês em 1904. Evan Roberts era um jovem crente que estava ouvindo a pregação de Seth Joshua nesse texto: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco…”. Evan ficou tão comovido com esse verso que começou a chorar e se prostrou com o rosto em chão. Ele escreveu posteriormente: “O que me dobrou no chão foi o fato de Deus provar Seu amor para com a humanidade quando não havia nada na humanidade que a tornava merecedor desse amor.”
Nos próximos trezes meses, Evan Roberts orou para que um aviamento acontecesse no País de Gales. Finalmente, ele sentiu que Deus estava querendo que ele falasse aos adolescentes de sua igreja e ele, então, convocou uma reunião. Essa reunião durou até meia-noite e marcou o início de um longo avivamento. As portas da igreja não se fechavam, dia e noite, durante muitos meses e, a partir daquela igreja, o avivamento se espalhou como um fogo. Quando terminou, mais de 100 mil pessoas tinham vindo à fé, confessado sua fé em Cristo em público por meio do batismo nas águas e se unido às igrejas do país.
O que gerou esse movimento do Espírito de Deus? A verdade desse verso, de que Romanos 5.8.
Receba esse amor—ele é um presente de Deus.
- Segundo, para os que já receberam, confie nesse amor—ele é uma garantia de Deus.
Porque, quando somos afligidos por dificuldades, a primeira coisa de que duvidamos é se Deus nos ama? O amor é um presente de Deus e é um presente garantido. Paulo escreveu no capítulo 8: “Quem poderá nos separar do amor de Cristo?” E sua resposta tácita é: “Nada!”
Em nosso estudo hoje, li as letras de alguns hinos e gostaria de terminar lendo mais um.
Esse hino foi escrito por um autor que se agarrou à garantia do amor de Deus, não importava o que acontecesse em sua vida. George Matheson foi um pastor cerca de duzentos anos atrás. E o que fez desse pastor uma pessoa singular foi o fato de que ele era cego e morava com suas irmãs. Suas irmãs aprenderam latim, grego e hebraico e estudavam por ele. Elas eram indispensáveis ao seu ministério porque elas o ajudavam a estudar o texto e a preparar seus sermões. Ele pastoreava uma igreja de milhares de pessoas, algo incomum para a região onde morava.
Eventualmente, uma após outra, cada uma de suas irmãs se casou, apesar de tarde na vida. Com o casamento delas, veio grande perda para George, pois, quando elas se casavam, se mudavam. Finalmente, a última delas se casou e George Matheson ficou completamente sozinho. Ele conseguiu cuidar de si mesmo, mas ainda com bastante luta, mesmo depois de tudo o que havia aprendido. Ele já era velho e suas irmãs se casaram um tanto velhas. Em sua luta para confiar em Deus logo que suas irmãs saíram de casa, George Matheson escreveu as seguintes palavras:
Ó, amor que não me abandona!
Eu descanso minha alma em Ti.
Devolvo a Ti a vida que devo
Para que, nas profundezas do teu oceano,
Ela flua com mais riqueza e plenitude.
Ó, alegria que me busca em meio à dor!
Não posso fechar meu coração para Ti.
Eu sigo o arco-íris na chuva,
E sinto que a promessa não é vã—
A manhã não trará lágrimas!
Como você reage a esse tipo de amor?
- Você o recebe! Você já recebeu?
- Você confia nele! Você confia?
Esse amor é um presente precioso, uma garantia sem preço, um presente perfeito de Deus.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 09/03/2003
© Copyright 2003 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
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