Dor!

Dor!

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Dor!

Desembrulhando Presentes Perfeitos - Parte 3

Romanos 5.3–4

Introdução

Algumas noites atrás, eu estava lendo um livro da escola para a minha filha. Quando estava lendo, li o significado por trás da frase interessante, “elefante branco.” Conforme a lenda, um rei que viveu na Índia tinha uma maneira bem característica de lidar com uma pessoa difícil em sua corte. O rei dava à pessoa detestável um presente muito raro—um raro elefante branco! Agora, isso parecia ser algo honroso e o rei agia como se fosse algo honroso, mas, na realidade, era uma punição. O motivo é porque o elefante branco era considerado tão especial que ele não deveria ser usado para serviço algum. Como resultado, esse elefante comia, comia e comia e, em geral, acabava só atrapalhando a vida! Além disso, o recipiente desse “presente especial” acabava falindo em sua tentativa de cuidar e alimentar esse elefante. Já que o bendito elefante tinha sido um presente do rei, o dono não podia nem pensar em se livrar dele. Então, ele ficava preso com esse elefante no quintal!

Acho que a moral da história é: nunca aceite um elefante branco de seu chefe! Mesmo que seja raro, nunca aceite um elefante branco!

Você, alguma vez, já recebeu de alguém um presente que você não queria? Assim que você abriu, já sabia que ia dar aquele presente para um parente distante no ano seguinte!

A equipe de nossa igreja, por vários anos, brinca na época do Natal de elefante branco. Você sabe como funciona—cada traz um presente que não quer e, daí, as pessoas seguem sua vez e escolhem um presente, abrem e, se elas não gostam, elas trocam pelo presente de outra pessoa. Você tem só uma chance para trocar seu presente. Então, eventualmente, os piores presentes ficam na posse de uma pessoa azarada, enquanto os melhores presentes, que são apenas alguns poucos, se tornam as posses premiadas de alguns poucos sortudos.

A equipe em nossa igreja desenvolveu uma tradição—o presente menos desejado é um côco esculpido em forma de uma cabeça de um porco e pintado de forma espalhafatosa. Todo ano essa cabeça aparece! Assim que a cabeça do porco aparece, sabemos que alguém ficará muito decepcionado. Todos rimos da pobre pessoa que finda com o porco. Nossas celebrações de Natal sempre nos aproximam mais e mais uns dos outros!

Quando se converte, sabendo ou não, você se torna recipiente de vários presentes. Esses são presentes perfeitos que você se deleitará desembrulhar no decorrer de sua experiência cristã. A boa notícia é que não existem cabeças de porco, nem elefantes brancos em vista.

O apóstolo Paulo está alistando os presentes perfeitos de Deus. O primeiro deles é paz e o segundo é graça.

Dor: Um Presente Perfeito de Deus Somente

Ao continuarmos essa lista, descobrimos que o terceiro presente de Deus é um presente surpreendente que, com certeza, não deveria ter entrado nessa lista. É o presente da dor.

Se você é como eu, você imediatamente dá mais uma olhada na lista. Com certeza, Paulo não está comparando problema e sofrimento e aflição a presentes como paz e graça, mas ele está.

Veja o que Paulo escreveu Romanos 5.1-3:

Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações…

Aí está. Paulo não somente louva a Deus energética e entusiasticamente pela graça, mas ele energética e entusiasticamente louva a Deus a Deus pelas tribulações.

Será que Paulo está passando por um período de insanidade apostólica? Ele está louvando a Deus pelos problemas?!

Eu nunca estive em uma reunião de oração na qual uma pessoa disse: “Sabe, tenho passado por sérios problemas ultimamente e gostaria de agradecer a Deus por eles.”

Nunca ouvi alguém dizendo: “Estou passando por muitas pressões em minha vida e nada parece estar dando certo. Quero louvar a Deus por tudo isso! Obrigado, Jesus!”

Vamos encarar, você alguma vez já cantou algum hino que diz:

Obrigado Senhor por todas as minhas aflições,

Obrigado Senhor porque nada está dando certo em minha vida.

Obrigado Senhor por me dar muitos problemas.

Agradeço a Ti porque meu mundo está desmoronando.

Se você cantar essa música, seu grupo de oração se desanda em descrença. Podemos não cantar esse hino, mas a verdade permanece que todos nós temos dificuldades em louvar a Deus pelo presente da dor.

Observações sobre a dor física

Antes de entrarmos em nosso texto, gostaria de falar algumas coisas sobre a dor em geral. Vou começar com a dor física.

  • Primeiro, a dor física é uma parte inevitável da vida.

Cerca de dois mil anos atrás, um homem chamado Thomas Jefferson escreveu uma carta a um amigo. Nessa carta, ele disse: “A arte da vida é evitar a dor. Pode até soar bonito, mas eu discordo.”

A arte da vida não é evitar a dor; a arte da vida é aprender como reagir à dor. A experiência de vida tem tudo a ver com como você vive as experiências.

A verdade é, e peço que você preste bastante atenção nisso, cada um de nós não somente experimenta dor na vida, mas começamos a vida em dor. Ouça a descrição de um autor a respeito desse evento.

Seu mundo é escuro e seguro. Você se banha em um líquido morno, protegido de choques físicos. Você não faz nada por si mesmo; você é alimentado automaticamente e um batimento cardíaco suave garante que alguém maior do que você supre todas as suas necessidades. Sua vida consiste simplesmente de espera—você não sabe direito pelo que está esperando, mas parece não haver muita possibilidade de mudança. Você se aconchega sem nenhum [desconforto], sem aventuras ameaçadoras. [Ah], é uma [vida] excelente. Um dia, você sente um puxão. As paredes [parecem estar] se desmoronando sobre você. Aquele conforto macio agora bate contra você, empurrando você para baixo. Seu corpo é dobrado ao meio, seus membros retorcidos e puxados. Você está caindo de cabeça para baixo. Pela primeira vez em sua vida, você sente dor. Você está em um mar de matéria turva. Daí, vem mais pressão, quase insuportável. Sua cabeça é amassada quase que ao ponto de ficar chata, e você é empurrado mais forte, e mais forte…ah, a dor, o barulho, a pressão. Você se machuca todo. Você ouve o som de gritos e choro e gemido, e um medo terrível toma conta de você. Está acontecendo—seu mundo está se desmoronando. Você tem certeza que é o fim de tudo que existe. Você enxerga uma luz penetrante e forte. Mãos frias e grossas puxam você; daí, um tapa doloroso. Parabéns… você acabou de nascer.

Seja bem-vindo ao mundo! Essa primeira experiência na vida declarou a cada um de nós uma mensagem: a dor é uma parte inevitável da vida.

 

  • Segundo, a dor física é uma parte essencial da vida.

Muitas pessoas acreditam que a dor foi um erro de Deus. O sistema nervoso, com seus milhões de sensores da dor, sempre se dá mal. Se Deus é tão sábio, por que Ele não nos criou com uma habilidade interna de nunca sentir dor?

O Dr. Paul Brand revelou o presente da dor em seu trabalho a vida inteira com pessoas que sofrem de hanseníase, também conhecida como lepra.

Apesar de a palavra “lepra” já levar nossa mente a formular muitas imagens de dedos grossos, feridas abertas, uma perna a menos e distorções faciais, na realidade, a lepra não é o causador direto daqueles efeitos visíveis.

A hanseníase destrói sua vítima vagarosamente simplesmente porque a pessoa não sente dor; a vítima tem um sistema de dor defeituoso. A doença age, primariamente, como um anestésico que adormece as células de dor das mãos, dos pés, nariz, orelhas e olhos. Enquanto muitas doenças serem temidas por causa de sua dor, a hanseníase é mortal porque suas vítimas não sentem dor. A destruição de dedos, olhos, pés e outros membros ocorre simplesmente porque o sistema de alerta da dor não funciona.

Por exemplo, em vilas na África e na Ásia, onde o Dr. Brand trabalha, um leproso coloca sua mão diretamente ao fogo para pegar uma batata. Nada em seu corpo o advertiu para não colocar a mão no fogo. Pacientes no hospital do Dr. Brand na Índia trabalhavam o dia inteiro com uma pá com um prego saindo pelo cabo direto em suas mãos, ou apagavam uma mecha de fogo com as mãos ou caminhavam descalços sobre estilhaços de vidro.

Os pacientes podem ficar lentamente cegos simplesmente porque seus olhos não sentem o desconforto que nós sentimos quando não piscamos. Um paciente torce o tornozelo, arrebentando um tendão e um músculo, daí simplesmente se arruma novamente e continua andando com a perna torta, até que o resto da perna fica infeccionado.

Não é surpresa alguma que o Dr. Brand tenha dito: “Graças a Deus porque existe a dor.”

Agora, nem toda a dor é boa. Às vezes, a dor comunica algo que não pode ser consertado ou curado. Daí, o problema se torna algo a suportar em sofrimento. Contudo, na maioria dos casos, a dor é um sinal de alerta de Deus e, sem ela, nenhum de nós sobreviveria por muito tempo.

Observações sobre a dor da alma

Paulo revela em Romanos 5 que, assim como a dor física é inevitável e essencial, outro tipo de dor também é.

  • Paulo revela que sofrimento, pressão e a dor da adversidade na vida também é algo inevitável.

Note que Paulo não diz no verso 3: “E não somente isso, mas nos gloriamos se houver tribulações…”. Não, Paulo escreveu: E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações.

Em outras palavras, Paulo pressupôs que as tribulações viriam!

Pedro disse algo semelhante ao escrever em 1 Pedro 4.12-13:

Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo…

(Quais foram os sofrimentos de Cristo? Rejeição, abandono, mal-entendido, ridículo, açoites, humilhação e martírio!)

…para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.

Pedro usa a mesma palavra que Paulo usa, “exultar,” significando um louvor fervoroso durante os tempos de sofrimento.

Após pesquisar um pouco sobre o assunto, lendo o tópico em vinte e três livros, além de O Livro, a Palavra de Deus, creio que posso agrupar as tribulações na vida em seis categorias:

  • coisas que desejo experimentar, mas que não acontecem;
  • coisas que não desejo experimentar, mas que acontecem;
  • coisas das quais gosto, mas não recebo;
  • coisas das quais não gosto, mas recebo;
  • coisas pelas quais espero, mas que nunca chegam;
  • coisas para as quais não estou pronto, mas que vêm adiantadas.

Com certeza, essas são coisas que Deus jamais gostaria que tivéssemos que suportar. Os presentes da adversidade e aflição e dor são elefantes brancos. Não queremos eles, mas os recebemos de um Deus irado, ou um Deus fraco as permite acontecer. Com certeza, um Deus poderoso só projetaria coisas maravilhosas para nós. Salomão escreveu da seguinte forma, em Eclesiastes 7.13-14:

Atenta para as obras de Deus, pois quem poderá endireitar o que ele torceu? No dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da adversidade, considera em que Deus fez tanto este como aquele…

Provavelmente, esse é o verso mais ignorado no Cristianismo do século vinte e um. Todos parecem estar convencidos de que Deus traz apenas dias de prosperidade e bênção; que, é claro, Deus jamais traria dias de adversidade.

Contudo, Salomão escreveu: Deus não somente cria dias de prosperidade, mas Ele cria também dias de adversidade.

O que você diz a uma pessoa que é vítima de um acidente? O que você diz a um crente que sofre de uma deficiência física? O que você diz a uma pessoa de pé ao lado de um caixão ou na cena de um crime violento? Por que ninguém admite que a vida é uma zona de guerra com batalhas reais e sangue real? Existe doença e angustia e decepção. Acidentes ocorrem que levam a alguma deficiência e existem experiências amargosas e lágrimas e morte.

Você não gostaria de ouvir de alguém que é como o apóstolo Paulo, alguém que deseja não somente experimentar o poder da ressurreição, mas também a comunhão dos sofrimentos de Cristo? O que essa pessoa diria?

Bom, para começar, essa pessoa diria que tribulações e aflições são inevitáveis. Ela diria:

  • coisas que você deseja experimentar, não acontecem;
  • coisas que você não deseja experimentar, acontecem;
  • coisas que você gosta, você não recebe;
  • coisas que você não gosta, você recebe;
  • coisas que você espera, nunca chegam;
  • coisas para as quais você não está pronto, chegam adiantado.

Se você ainda não está convencido que a adversidade e a dor são inevitáveis para o crente, veja o que diz Filipenses 1.29:

Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele,

As pessoas hoje dizem:

Todo o tipo de sofrimento é errado… todos os que sofrem estão fora da vontade de Deus… se você sofre, você está em pecado… se você não prospera, evidentemente você não tem fé.

Veja o que um grande homem registrou em seu diário em 2 Coríntios 4.8-9:

Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos;

É isso o que eu chamo de vencer as adversidades da vida.

Você pode escrever uma palavra na margem de sua Bíblia ao lado de Romanos 5.3. A palavra que Paulo usa e que é traduzida como “tribulações” é uma palavra usada para se referir à azeitonas sendo esmagadas no lagar ou uvas sendo pisadas para extração de seu suco. Então, poderíamos traduzir como, “pressões,” ou, “dores” no lugar de tribulações.

Paulo escreve um testemunho chocante no veros 3:

E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;

Em outras palavras, Paulo diz ao crente: “Momentos de pressão e tribulação dolorosas são parte inevitável da vida do crente… mas você pode exultar, louvar a Deus fervorosamente, enquanto é espremido em sua vida.”

Como?

  • Isso nos conduz à segunda verdade de que a tribulação é não somente inevitável, ela é essencial. Assim como a dor física, que é tanto inevitável como essencial, a dor da alma—a pressão em nossas emoções e o estresse da vida em geral—também é inevitável e essencial.

Maneiras como Deus usa a dor

De acordo com a Bíblia, Deus usa a dor, ou as tribulações, de duas formas. Deixe-me compartilhá-las com você.

  • Primeiro, Deus usa a tribulação para nos corrigir.

Davi escreveu no Salmo 119.67, 71 e 75:

Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra. Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos. Bem sei, ó SENHOR, que os teus juízos são justos e que com fidelidade me afligiste.

Assim como um pai disciplina seu filho, causando dor em suas nádegas ou mãozinhas para protegê-los de dores ainda maiores em um forno quente ou trânsito na rua, o Senhor também utiliza provações dolorosas para chamar nossa atenção e nos proteger de perigos maiores.

  • Segundo, Deus não somente usa a dor para nos corrigir, Ele também usa a dor para nos edificar.

Essa é a nuança da atitude de Paulo para com as tribulações em Romanos 5. Veja o que ele diz no verso 3:

E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;

Paulo vem falando sobre justificação e o que a justificação realiza em nós. Agora, ele fala o que a dor realiza em nós.

  • A dor produz perseverança.

A justificação produz paz, mas não nos torna pacientes. A justificação nos dá a graça, mas na nos faz piedosos. A justificação é o alicerce, mas agora Paulo fala sobre a construção ou edificação da vida do crente tendo a tribulação como o chefe de obra.

A maioria de nós pensa que, quando entregamos nossas vidas a Deus, Ele nos remodelará. Pensamos que Ele mudará a cor da parede, mudar a cor do piso e o modelo das janelas.

Não, não, não. Deus não remodela um cômodo; Ele destrói a casa inteira e começa tudo do zero. Ele não coloca uma porta que parece que veio de seu depósito velho—Ele instala tudo novo. Ele não trabalha somente quarenta horas por semana—Ele trabalha durante sua vida inteira. E Ele prometeu que, aquilo que Ele começou em você, Ele terminará.

A dor produz perseverança.

  • Segundo, a perseverança produz pureza.

Continue em Romanos 4.5: e a perseverança, experiência.

A ideia nesse verso é a de uma experiência ou um caráter desprovido de impurezas.

O termo experiência carrega a ideia de um ourives da antiguidade que refina o minério bruto do ouro com o seu crisol. A única maneira de separar o ouro de materiais indesejados é transformando o minério em forma líquida por meio de um aquecimento intenso. As impurezas emergem à superfície e são peneiradas. O ourives continua a aumentar mais e mais o calor do ouro líquido até que todas as impurezas são retiradas. Quando o ourives consegue ver seu reflexo na superfície do ouro, ele então sabe que o conteúdo é ouro puro.

Deus, o Ourives divino, está nos refinando, separando de nossas vidas materiais indesejados. Pela dor, Deus nos purifica. Jó disse no capítulo 23, verso 10: Mas ele sabe o meu caminho; se ele me provasse, sairia eu como o ouro.

Imagine só, se Deus deseja ver Seu reflexo em nosso caráter, então o calor aumente ainda mais porque Ele ainda não conseguiu ver Seu reflexo em alguma área de nossa vida!

  • A tribulação produz perseverança; a perseverança produz pureza; e, finalmente, a pureza produz perspectiva.

Paulo escreve na última parte do verso 4: e a experiência, esperança.

Poderíamos chamar isso de “perspectiva eterna.”

Deus não promete remover nossa dor, ou até mesmo aliviar nossa dor. Deus promete transformar nossa dor e usá-la para edificar nossas vidas marcadas pela perseverança, pureza e perspectiva.

Nossa perspectiva, todavia, precisa ir além de nossas vidas e entrar na eternidade. E foi isso que deu a Pedro esperança e alegria. Ouça o que ele escreveu em 1 Pedro 1.6-7:

Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;

Em outras palavras, Deus promete ajustar as coisas no fim.

Deixe a história terminar! Deixe terminar! E, enquanto você espera, dê glórias a Deus; enquanto sofre, honre a Deus; enquanto você recebe aquilo que não deseja e não recebe aquilo que deseja, glorifique a Deus somente. A história ainda não terminou; então, deixe a história terminar!

Conclusão

Paulo continua e diz em Romanos 5.5a: Ora, a esperança não confunde.

Quantas vezes você já disse: “Eu esperava…”? Talvez você já tenha dito:

  • Eu esperava que ia ser curado;
  • Eu estava esperando por aquela pessoa;
  • Eu estava com esperança naquela entrevista;
  • Eu esperei ser eleito;
  • Eu esperei por aquela compra;
  • Eu estava esperando por uma criança;
  • Eu esperei por aquele amigo;
  • Eu estava esperando por aquele investimento;
  • Eu esperava…!

Paulo diz que a esperança em Deus jamais nos decepcionará. Então, por que você coloca em esperança em outra coisa enquanto Deus espera que você coloque sua esperança nEle?

No fim, Jesus Cristo cavalgará sobre os ventos para pôr fim a este mundo sofredor e ajustar todas as coisas. Ele mesmo disse no último livro da Bíblia, em Apocalipse 2.25: tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha.

Como conseguimos conservar a verdade? Vou dizer a você como. Você conserva a verdade quando aceita o presente da dor com sua correção e edificação. Quando você aceita esse presente de Deus e se submete a ele, você verá o caminho da honra, da glória e do louvor abertos diante de você como nunca antes.

Nós cantamos muitos hinos em nossa igreja que foram escritos por Fanny Crosby, uma poetisa cega. Quando ela tinha apenas seis semanas de idade, ela desenvolveu uma inflamação pequena no olho e, por causa do descuidado no tratamento do médico, ela ficou cega. Posteriormente, ela escreveria: “Parece que foi a intenção da bendita providência de Deus que eu ficasse cega por toda a minha vida e eu O agradeço por isso.”

Ela também escreveria que sua cegueira foi um presente de Deus para ela para que ela então pudesse escrever hinos para a glória de Deus. Ela escreveu centenas de hinos.

Fanny Crosby escreveu seu primeiro poema quando ela tinha oito anos de idade. Ouça a maneira como ela, mesmo tão nova, expressava seu louvor e glória a Deus:

Ah, que criança feliz eu sou,

apesar de eu não poder enxergar!

Eu resolvi que, neste mundo,

serei contente.

Quantas bênçãos eu desfruto

que outras pessoas não desfrutam!

Então, chorar e lamentar porque sou cega,

eu não posso e não irei.

É isso o que chamo de aceitar o presente da dor.

Que tipo de sofrimento você está encarando hoje, amigo? Aonde está a dor, a pressão, o esmagar em sua vida? Você já pensou no fato de que Deus está trabalhando por meio disso?

Você irá aceitar a dor, submeter-se a ela, dar espaço a ela, pedir que Deus a utilize para transformar sua mente e seu coração, a fim de que você reflita a mente e o coração de seu Pai celestial, no qual sua esperança jamais será desapontada?

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 26/01/2003

© Copyright 2003 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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