Origens

Origens

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Origens

Pai Abraão—Parte 6

Romanos 4.17

Introdução

Em 1808, nada menos que oitenta teorias da origem do homem foram catalogadas. Houve teorias de que o homem surgiu de plantas marinhas, de macacos e de material deixado para trás por seres inteligentes pré-históricos.

Nos últimos duzentos anos, a Teoria da Evolução de Charles Darwin alcançou a posição de verdade factual, apesar de não haver nenhuma migalha de evidência para apoiar a evolução das várias espécies. Ela ainda continua sendo considerada verdade. Todavia, mais e mais evidências surgem contrárias à Teoria da Evolução a ponto de os cientistas estarem em busca de uma nova teoria.

Fico fascinado com o fato de que evolucionistas de grande influência estão, finalmente, expressando sua frustração. Somente a evidência do DNA, a respeito do qual Darwin não sabia nada, apoia de tal maneira a teoria de um Desenhista que muitos descrentes estão se referindo ao que eles chamam de, “Design Inteligente.” Eles ainda não conseguem dizer as palavras “Deus Criador,” ou “a Bíblia diz.”

Um exemplo disso é um grupo de cientistas da UCLA, uma universidade no estado da Califórnia, Estados Unidos. Vários anos atrás, eles concluíram, como resultado de seus estudos no DNA mitocondrial, que se árvores genealógicas fossem reconstruídas, elas, no fim, convergiriam a um pequeno grupo de ancestrais que foram os ancestrais de todos os seres humanos. Em outras palavras, se voltarmos o máximo que pudermos, voltaríamos a uma família. Eles foram ainda mais além e disseram em seu artigo que eles acreditam que uma fêmea é a ancestral de todas as pessoas na terra. E eles deram a ela o apelido de, “Eva.”

Outro importante desenvolvimento nessa área digno de nota é que muitos evolucionistas admitem que a teoria deles exige uma certa medida de fé. O Dr. Herbert Nilsson, um botânico sueco, que é um evolucionista e não um crente, escreveu uma confissão intrigante:

Minhas tentativas de demonstrar a evolução por meio de experimentos feitas por mais de quarenta anos fracassaram completamente. Pode ser firmemente defendido que é impossível encontrar ou construir novas espécies. As deficiências são reais. A ideia de uma evolução de uma espécie para outras se baseia em pura crença.

Todavia, a verdade persiste de que o homem busca por sua origem. As expedições à lua foram, em grande parte, motivadas pela busca do homem por suas origens. O telescópio Hubble fornece imagens espetaculares enquanto sonda o universo por ideias a respeito de nossa gênese.

O mundo deseja uma explicação sobre seu começo. Apesar de os cientistas estudarem o mundo ao seu redor e o vasto universo a fim de descobrir coisas maravilhosas, eles não conseguem descobrir a origem.

John Phillips ilustrou a deficiência a ciência com as seguintes palavras:

A ciência pode medir o balanço do pêndulo de um relógio e descobrir equações que determinam exatamente qual será a posição do pêndulo em um momento futuro. Ao mudar certos fatores na equação, o cientista pode investigar o passado. Contudo, as medidas e leis que agora governam o balanço do pêndulo não explicam o que levou o pêndulo a se movimentar pela primeira vez. Segundo, ele não pode determinar. Segundo, ele não consegue nem sequer determinar como o pêndulo começou a se balançar. A única maneira pela qual ele pode afirmar com certeza, “Foi assim que o pêndulo começou a se balançar,” seria se alguém que esteve lá quando pêndulo começou a balançar dissesse a ele. Em outras palavras, esse tipo de informação não é obtida por meio do raciocínio, mas da revelação! Foi exatamente assim que Moisés derivou a informação para escrever Gênesis capítulo 1.

Fatos Bíblicos sobre As Origens

Ouça a declaração maravilhosa que Paulo da ao escrever sobre a fé de Abraão em Deus. Essa declaração se encontra em Romanos 4.17:

como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí.), perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem.

Paulo fornece duas expressões-chave que não somente revelam o poder de Deus sobre a morte, mas Seu poder criativo de dar vida.

Alicerces para o crente

Agora, vamos observar vários alicerces que a declaração de Paulo fornece para o crente.

  • Primeiro, essa declaração fornece o fundamento objetivo de nossa fé.

Veja novamente a última parte do verso 17: que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem.

Quando Deus chamou à existência as coisas que não existiam? Obviamente, Paulo está se referindo à narrativa de Gênesis, que é a o registro inspirado das origens. Paulo está resumindo, em poucas palavras, aquilo que Moisés registrou em alguns versos.

Deus dá vida aos mortos e chama à existência aquilo que não existe. Permaneça com seu dedo em Romanos 4, mas volte para Gênesis 1. Iremos descobrir nesse capítulo que Paulo declarou aquilo que Moisés já havia antes detalhado.

Em Gênesis 1.1, vemos uma declaração impressionante: No princípio criou Deus.

Essa é a parte impressionante. Antes mesmo de falar sobre a criação, vemos não uma dedução de que Deus existe, não uma defesa da existência de Deus, mas uma declaração de que Deus existe. Essa não é uma explicação de quem Deus é, mas uma revelação que Ele é!

Agora, não consigo pensar em um livro que não traz uma informação biográfica do autor. Geralmente, essa informação vem acompanhada com uma foto do autor quinze anos mais novo. Contudo, esse não é o caso do Livro de Deus. Ele não diz nada sobre quem Ele é, Ele apenas nos conta o que Ele fez!

Continue no verso 1 de Gênesis 1: No princípio criou Deus os céus e a terra. Meu amigo, Gênesis 1.1 e todos os demais versos que repetem essa verdade, tais como Romanos 4.17, é a base da fé sobre a qual todos os demais versos da Bíblia são construídos. Na verdade, se pela fé você crê nas primeiras nove palavras das Escrituras: No princípio criou Deus os céus e a terra.

Então, você consegue acreditar nas oito palavras que lemos em 2 Coríntios 5.17: se alguém está em Cristo, nova criatura é.

E se você crê em Gênesis 1.1, então você crê em João 1.1 e 14:

No princípio era o Verbo, e o Verba estava com Deus, e o Verbo era Deus… E o Verbo se fez carne e habitou entre nós…e vimos Sua glória…

Se você crê na primeira criação revelada em Gênesis 1, então você não tem problema algum em crer na próxima criação revelada em Apocalipse 21.1-4:

Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

João continua e descreve a cidade celestial no verso 21:

As doze portas são doze pérolas, e cada uma dessas portas, de uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente.

Agora, espere um pouco! Tente explicar uma coisa nesse verso. Onde podemos encontrar uma pérola grande o suficiente para servir de portão para a cidade? Onde encontrar uma ostra grande o suficiente para fazer uma pérola desse tamanho? Jamais encontraremos, o que significa que Deus criará essa pérola. Ele não pode fazer isso, pode? Bom, se Ele pode criar um pavimento de ouro, então Ele também consegue fazer um portão de apenas uma pérola. Na verdade, se Deus pode manejar a matéria, o espaço e a gravidade de forma a suspender uma cidade literal sobre o céu de Jerusalém, também acho que Ele pode criar uma pérola grande, não é mesmo? Continue no verso 23:

A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada.

John MacArthur faz a seguinte pergunta:

Você acredita que Deus é capaz de criar esse novo mundo? Ou será que levará milhões de anos para evoluir a fim de que o novo céu e a nova terra cheguem ao ponto de poderem funcionar? Se realmente cremos que Ele pode destruir o universo em um milésimo de segundo (conforme 2 Pedro 3) e imediatamente criar um outro novo, qual o problema então em crer no o registro da criação de 6 dias encontrado em Gênesis? Se Ele pode imediatamente criar um mundo no final dos tempos, por que Ele não pôde ter feito isso no princípio dos tempos?!

Note em Romanos 4.17 a declaração de que Abraão cria pela fé: Por pai de muitas nações te constituí.

Note que Deus não disse: “Por pai de muitas nações te constituirei.” Essa declaração não está no tempo futuro. O verbo “constituí” está no perfeito (o grego “tetheika”), indicando que a posição e o cumprimento já estão estabelecidos e em operação. Contudo, nessa época, Abraão tinha cem anos e não tinha nem sequer um filho! Em nosso próximo estudo, iremos desvendar como essa promessa parecia absurda da perspectiva de Abraão. E sua esposa Sara, a propósito, riu alto ao ouvir a promessa de que ela daria à luz um filho.

Essa era uma promessa incrível! Contudo, à luz da criação, não era nada!

  • Segundo, a declaração de Paulo fornece uma resposta para as origens.

A linguagem de Romanos 4 coloca isso de forma clara. Poderíamos traduzir a última parte do verso 17 que diz, “…que chama à existência as coisas que não existem,” da seguinte forma: “Ele, chamando as coisas que não são, sendo.”

Com uma palavra criativa após a outra, coisas que não existiam de nenhuma forma passaram a existir.

Essa é a ideia por detrás do termo hebraico “bara,” encontrado cinquenta vezes no Antigo Testamento. Ele carrega a ideia de uma criação miraculosa e instantânea. O verbo ocorre pela primeira vez em Gênesis 1.1 e Paulo alude a ele em Romanos 4.17. Então, o verso de Gênesis poderia ler: “No princípio Deus ‘bara,’ ou seja, Deus criou instantaneamente.”

Deus chamou: “Haja luz…” e a luz passou a existir. Sua palavra foi um fiat criador!

Você pode dizer: “Não consigo entender como Ele consegue fazer isso.”

É como se, de alguma maneira, o poder criador de Deus fosse refém de nossa falta de entendimento!

Salomão escreveu séculos atrás em Eclesiastes 11.5:

Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.

Veja Gênesis 1.1 novamente. Moisés apresenta a origem de várias coisas. Na verdade, vemos a apresentação das coisas que a ciência pode apenas medir, mas não explicar de onde vieram ou como começaram a funcionar. Deus declarou por meio de Moisés:

  • “No princípio”—essa é a origem do tempo e da medida;
  • “criou”—essa é a origem da ação e do movimento;
  • “Deus”—essa é a origem da causa, força e personalidade;
  • “os céus”—essa é a origem do espaço e do cosmos;
  • “e a terra”—essa é a origem da matéria.

Tempo, medida, ação, movimento, causa, força, personalidade, espaço, cosmos e matéria! Nas primeiras nove palavras das Santas Escrituras, a origem de dez coisas é apresentada à humanidade.

Além disso, a narrativa de Gênesis ainda nos fornece:

  • a origem das espécies, planetas, vegetação, fruto, água e reino animal—capítulo1;
  • a origem do homem—capítulo 2;
  • a origem do casamento—capítulo 2;
  • a origem do pecado—capítulo 3;
  • a origem da culpa—capítulo 3;
  • a origem da doença e das dificuldades—capítulo 3;
  • a origem do crime e da punição—capítulo 4;
  • a origem das nações e etnias—capítulo 10;
  • a origem dos idiomas—capítulo 11.

O evolucionista e o teólogo liberal diz que Moisés tomou emprestado essa narrativa das epopeias pagãs e antigas da criação. Contudo, Atos 7.22 nos diz que: Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras.

Talvez você se lembre que Moisés foi criado pela filha de faraó.

Então, o que as narrativas egípcias dizem? O mito egípcio da criação postulava a existência de um oceano primitivo no qual apareceu um ovo. A partir desse ovo, nasceu o deus sol e o deus sol teve quatro filhos. A partir das lutas entre os filhos do sol, o mundo passou à existência. Claramente, Moisés não tomou nada emprestado deles.

A narrativa babilônica era semelhante com seu panteão de deuses lutando entre si, criando, assim, o universo em meio aos seus banquetes e conquistas.

Os gregos retratavam um gigante mitológico chamado Atlas de pé sobre os limites da terra segurando os céus com seus braços incansáveis.

Os hindus creem que o mundo repousa sobre as costas de três elefantes, os quais, por sua vez, repousam sobre as costas de uma tartaruga gigante que nada ao redor do mar cósmico.

Nossos contemporâneos creem que tudo começou com uma grande explosão. Eles acreditam que o caos, de alguma maneira, produziu condições perfeitas necessárias à vida na terra. E todas as criaturas viventes, sem a supervisão ou projeto de um ser inteligente, começaram a evoluir, por acaso, transformando-se no que são atualmente.

Creia no que você quiser. Saiba, contudo, que você está crendo pela fé. Eu escolho colocar minha fé em Deus e em Sua Palavra.

Para o crente que crê, de alguma maneira, que misturar evolução e Bíblia é algo justificável, você precisa saber que em todas as referências que o Novo Testamento faz a Gênesis, a narrativa de Moisés é tratada como uma verdade histórica e literal. Por exemplo:

  • Tiago 3.9 se refere à criação literal de Adão;
  • 1 Timóteo 2.13 e 1 Coríntios 11 se referem a Adão como literalmente criado primeiro do que Eva;
  • 1 Coríntios 15.22 nos conta que, em Adão, todos morreram e que, em Cristo, todos são vivificados. Esse verso indica a importância de Adão ser o cabeça da raça humana, pois, como ele, Jesus Cristo é o cabeça de uma nova raça. Em outras palavras, se eliminarmos a ordem criativa de Deus, perdemos a base para a redenção por meio de Cristo.
  • Marcos 10.6 registra o Senhor Jesus se referindo à criação de Adão e Eva como um evento histórico.

Ainda mais importante que isso, perceba que, quando o Novo Testamento fala sobre a criação da humanidade e do universo, ele consistentemente se refere à criação como um produto finalizado, como um evento completado no passado, como uma obra imediata de Deus. Ele não fala sobre a criação como um processo evolutivo longo, prolongado e que ainda ocorre no presente.

Essa é a boa notícia para nós. Essa notícia nos diz que, assim como Deus, por meio de Cristo, criou, em uma série de palavras, to a criação, da mesma forma Ele pode pronunciar uma palavra e seremos imediatamente glorificados e com Ele nas nuvens. Nossos corpos celestiais não terão que evoluir ao estado de perfeição no decorrer de milhões de anos, mas serão instantaneamente e completamente glorificados.

  • A declaração de Paulo em Romanos 4.17 não somente fornece uma base objetiva para nossa fé e discernimento na questão das origens, mas ainda revela que a humanidade possui um lugar especial na criação de Deus.

Em Gênesis 2, vemos um Deus poderoso, mas também pessoal soprando em Adão o “nephesh,” ou a “alma.” O único ser humano no qual Deus soprou sua alma foi Adão e, através de Adão, passou a alma para Eva. Ele não fez isso com nenhum dos enxames de animais que nadavam no mar ou corriam pelos campos. Deus também não soprou nenhum tipo de alto na Terra de forma que ela, de alguma forma, se tornou a mãe terra.

O registro bíblico mostra um relacionamento pessoal entre Deus e o homem. O homem foi criado à imagem de Deus; ou seja, Deus os fez homem e mulher possuindo uma mente, emoções e vontade. Ele deu ao homem e à mulher a capacidade de raciocinar, planejar, orar, amar fielmente e adorar. Se removermos o Criador e Sua criação planejada de nossa mente, teremos arrancado a humanidade de seu lugar especial na criação; retiramos o significado especial, a dignidade e o propósito do mundo.

Entretanto, as coisas apenas pioram. Em uma de suas obras clássicas, Dostoievsky concluiu que, se Deus não existe, então tudo se torna permitido.

Nas últimas décadas, temos visto em nossa cultura os resultados dessa filosofia que vem montada no cavalo do evolucionismo que ensina que o homem não é nada mais que um animal. A humanidade pode agir como um animal porque é um animal; machos podem acasalar com quantas fêmeas desejarem. O caráter, a integridade e a fidelidade não existem mais. Como cantou uma banda: “Somos apenas mais um mamífero, então vamos fazer como eles fazem no Discovery Channel.”

A revolução sexual foi um resultado lógico e consistente do ensino de que somos apenas animais um pouco mais evoluídos que os macacos.

Também estamos colhendo os resultados na forma da perda de dignidade da vida humana e no crescimento alarmante dos direitos dos animais. A área legal que mais cresce é nas leis dos direitos dos animais.

Existe um grupo nos Estados Unidos chamado PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) bastante conhecido por advogar a ideia de que os direitos dos animais são iguais aos dos seres humanos. Eles defendem que matar um animal para comer é equivalente a homicídio, que comer animais é o mesmo que canibalismo e que o homem é uma espécie tirana.

A propósito, isso revela o que eles pensam sobre o Deus da Bíblia, o qual disse ao apóstolo Pedro que os judeus poderiam, agora, comer qualquer animal que bem desejassem. Conforme Atos 10, Deus mostrou a Pedro três vezes uma grande quantidade de animais e, por três vezes, Deus disse a Pedro, como lemos nos versos 13 e 15: Levanta-te, Pedro! Mata e come… Ao que Deus purificou não consideres comum.

Até mesmo no sistema de adoração do Antigo Testamento, Deus mandou o povo de Israel matar os cordeiros durante os dias da Páscoa e comê-los em família diante do Senhor. No período da peregrinação no deserto, Deus mandou codornizes que voavam diretamente para o acampamento dos israelitas para que as pessoas os pegassem e comessem.

Se você quer ser um vegetariano, tudo bem. Na verdade, você pode comer todo o meu espinafre, berinjela e jiló. Até onde eu sei, tudo isso ainda é comida impura. Posso trocar tudo isso por seu bife, feijoada e frango assado.

Um artigo de jornal recente mostrou como a diferença entre humanos e animais tem diminuído. Esse artigo explicou uma legislação que foi aprovada na Alemanha exigindo que os criadores de porcos fornecessem aos seus porcos o seguinte: sistema de aquecimento central, remédios homeopáticos e até mesmo brinquedos para eles se divertirem um pouco da vida. Essa lei também exigia que os criadores investissem tempo pessoal um-a-um com cada porco. Se todas as novas leis forem aprovadas, muitas fazendas de criação de porco deixarão de existir. Um desses fazendeiros dono de 1500 porcos estimou que ele teria que contratar pessoas para trabalharem oito horas por dia a fim de investir vinte segundos por dia com cada porco, cumprindo assim com a nova legislação.

Como alguém pode inventar esses tipos de leis? O ministro nacional da Alemanha que administra a proteção ao consumidor, comida e agricultura, é um membro do Partido Verde. O Partido Verde é um partido social democrata que se dedica, basicamente, a salvar os animais das garras dos humanos.

Nos Estados Unidos, o grupo PETA estão não somente seguindo a moda européia, mas criando ainda mais leis tolas. Esse grupo se opõe à criação de animais de estimação e até mesmo cães-guias para cegos.

Qual é a base para essas crenças? Ingrid Newkirk, a fundadora do PETA, disse: “Não existe nenhum fundamento lógico para se argumentar que o ser humano possui direitos especiais…um rato é um porco é um cachorro é um menino.”

Ela disse ao repórter de um jornal que as atrocidades cometidas pelos nazistas alemães perdem a importância quando comparadas às mortes de animais por comida. Ela disse: “Seis milhões de judeus morreram em campos de concentração, mas seis bilhões de galinhas morrerão em abatedouros.”

Em outras palavras, ela está mais preocupada com as galinhas morrerem do que com os seres humanos morrerem. Mas essa é a conclusão lógica daquele que nega a posição especial da humanidade como a coroa da criação de Deus.

Essa mesma mulher disse a um repórter: “Eu não tenho respeito algum pela vida, apenas pelas entidades. Eu preferiria ver um espaço em branco no lugar onde estou. Isso [soa esquisito], mas pelo menos não estaria ferindo ninguém.”

A propósito, se você não ajuda seus filhos pequenos a identificar a propaganda da perspectiva de que, “tudo o que o ser humano faz é atrapalhar as coisas e maltratar a natureza e, se não fossem os seres humanos, a mãe natureza estaria bem melhor…,” então você não está fornecendo a eles uma outra visão por meio de uma perspectiva bíblica. A perspectiva retirada de Gênesis 1 é a de que o ser humano recebeu do Deus Criador o privilégio de governar o planeta e todo o reino animal. A humanidade não deve maltratar os animais, mas deve subordiná-los e desfrutar deles.

A teoria evolucionária radical, no fim, pede a extinção da humanidade como a solução para os problemas da terra. Você pensa que eu estou exagerando?

Ouça as palavras deste artigo publicado por uma revista radical em defesa do meio-ambiente. O artigo dizia:

Se você ainda não pensou na extinção voluntária dos seres humanos, a ideia de um mundo sem pessoas pode até parecer estranha. Mas, se você der uma chance, acho que você irá concordar que a extinção do Homo sapiens significaria a sobrevivência de milhões, e não bilhões, de outras espécies que habitam a terra… A erradicação da raça humana resolverá todo problema na terra, seja social ou ambiental.

Que perspectiva irracional, imoral, desmoralizante e humilhante. O artigo ainda diz:

Não existe propósito para a humanidade… o homem é apenas mais um animal que evoluiu de uma ameba… e ele está tomando espaço e energia e recursos que deveriam pertencer aos animais que estão um pouco abaixo na cadeia evolutiva.

De maneira simples, a evolução é a última teoria que elimina Deus, mas, que no processo, também elimina o significado da humanidade.

Carl Sagan foi um dos mais bem articulados e prolíficos evolucionistas. Ele era um homem que não gostava dos crentes, para colocar de forma branda. Ele morreu alguns anos atrás e descobriu a verdade sobre seu Criador. Ele foi entrevistado em um programa de televisão após receber a notícia de que estava prestes a morrer. O apresentador perguntou a ele: “Dr. Sagan, você tem alguma pérola de sabedoria que gostaria de deixar para a humanidade?”

Ele respondeu: “Vivemos em um pedaço de pedra e metais que gira ao redor de uma estrela sem graça que é uma das quatrocentas bilhões de estrelas que formam a Via Láctea…vale a pena pensar nisso.”

Nossa! Que tesouro de sabedoria!

Em um livro que foi publicado próximo ao fim de sua vida, Sagan escreveu com o pessimismo característico de alguém que ignorou seu Criador e encontrou apenas falta de significado na vida. Ele escreveu:

Nosso planeta é uma partícula solitária na vasta escuridão cósmica que o envolve. Em nossa obscuridade, em toda essa vastidão, não existe indicação alguma de que a ajuda virá de outro lugar a fim de nos salvar de nós mesmos.

Foi impossível não pensar na declaração maravilhosa de Cristo em Lucas 19.10: Porque o Filho do Homem veio para buscar e salvar o que estava perdido.

Carl Sagan é um reflexo de uma verdade que li, anos atrás, sobre um costume grego nos tempos do Império Romano. Geralmente, as pessoas colocavam sobre suas portas três palavras em latim. Eram “nisi Dominus frustra,” que significa, “sem Deus, frustração.”

Bill Brown conta a história de Nancy Granna que viveu uma vida de decepção e fracassos.

Essa moça abandonou a escola e depois perdeu seu emprego. Depois de haver sofrido dois abortos, ela se separou de seu marido. Tudo o que fazia, para onde fosse, ela sentia que o fracasso a perseguia. Aos seus fracassos, ela adicionava o álcool, o que apenas tornou sua vida mais sombria e sem significado.

Ela encontrou amizade em Karen Logan, que também tinha seus próprios problemas na vida. Juntas, elas desenvolveram um relacionamento trágico de miséria e tristeza. Juntas, elas tentaram lutar contra as tragédias da vida. Então, juntas, elas decidiram desistir de tudo.

Em um dia frio de março, Karen se mudou para a casa de Nancy, onde elas beberam, riram e choraram. Após quatro dias, elas foram para a garagem e trancaram as portas de forma a isolarem completamente a garagem. Entrando no carro de Nancy, elas ligaram o motor e o deixaram ligado. Nancy sentou-se ao volante, chorando e agarrando em suas mãos seu álbum de casamento, o símbolo de seu único momento de alegria. Karen agarrou seu animal de pelúcia e uma rosa. Em menos de uma hora, suas vidas tinham terminado intoxicadas com a fumaça do carro.

No painel do carro, elas deixaram nove cartas seladas para familiares e amigos. Entre elas, no assento, havia uma folha de papel com a letra de uma música da banda de rock Metallica. A música expressa bem o motivo para desistir de tudo. A letra diz:

Eu perdi a vontade de viver

Não tenho nada mais a oferecer

Não existe nada mais para mim

Preciso do fim para me libertar

A morte me dá as boas-vindas, agora eu vou apenas dizer adeus.

Nancy tinha dezenove anos de idade e Karen dezessete.

Elas foram duas meninas que cresceram em uma sociedade que lhes mandava viver sem princípios morais; viver sem verdades absolutas, o que fornece esperança absoluta; viver e morrer sem significado enquanto essa música as encorajava a ir cada vez mais longe de Deus.

Francis Schaeffer disse certa vez que se ele tivesse apenas sessenta minutos com um descrente, ele passaria os primeiro cinquenta e cinco deles falando sobre a criação e o que significa dizer que a humanidade [é a criação especial de Deus]; e daí, ele usaria os outros cinco minutos para explicar o caminho para a salvação.

Por quê? Porque Deus criou o mundo, e Ele criou os seres humanos com bastante cuidado. Daí, Ele amou tanto o mundo, que enviou o Seu único Filho ao mundo, para que todo aquele que crer Nele, não pereça, mas tenha a vida eterna.

Agora, como Deus pode prometer dar vida se não foi Ele quem criou a vida? Somente o Criador da vida temporária pode conceder vida eterna. Essa é uma notícia maravilhosa. Então:

  • já que Deus criou sua vida no, Ele é capaz de dar a você vida eternamente;
  • já que Deus é o seu planejador, Ele sabe como se tornar o seu Redentor;
  • já que Deus é o seu Criador, Ele sabe o que é necessário para se tornar o seu Salvador.

Carl Sagan estava errado, eternamente errado. A ajuda veio para esta ilha de pedra. Deus se mexeu para redimir a humanidade. Ele veio sim para nos resgatar de nós mesmos!

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 20/10/2002

© Copyright 2002 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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