
Descartando A Lei
Descartando A Lei
Pai Abraão—Parte 5
Romanos 4.13–16
Introdução
Um tempo atrás, li sobre um acontecido na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, que ocorreu quase sessenta anos atrás. Um homem entrou em um banco para fazer um empréstimo. Ele preencheu os devidos formulários e os levou ao caixa. O caixa pediu que ele esperasse e desapareceu por uns dez minutos.
O homem estava começando a ficar impaciente quando, de repente, o presidente do banco veio até ele, apresentou-se e perguntou se ele poderia tirar uma foto com ele, o cliente. Logo, câmeras, equipes de noticiários e jornais estavam cercando aquele homem que não sabia o que estava acontecendo. Havia repórteres lá e logo esse homem percebeu que seu empréstimo se tornaria algo um tanto incomum.
No dia anterior, os registros do banco haviam indicado que, em algum momento do dia seguinte, a soma total de empréstimos feitos pelo banco atingiria a marca de um bilhão de dólares. Os tesoureiros e empresários daquele banco haviam decidido fazer daquele marco um evento público e tinham também concordado de dar, como presente, a soma pedida como empréstimo ao cliente que, ao pedir o dinheiro emprestado, estava levando o banco a atingir a marca notável de um bilhão de dólares. Esse homem era esse cliente sortudo. Ele havia preenchido seus formulários para pedir um dinheiro emprestado—seiscentos dólares; mas, ao contrário, ali mesmo diante das câmeras, ele recebeu de presente aqueles seiscentos dólares.
O banco, de fato, decidiu reverter as leis do empréstimo e transformou esse homem sortudo em um recipiente de um presente. Ele não havia conquistado aquilo; talvez ele nem merecesse aquele presente; mas ele o recebeu. Os representantes do banco disseram ao homem: “Tomaremos o seu débito e o colocaremos em nossa conta e o resolveremos com nossos próprios recursos. Você jamais terá que pagar algo em retorno.”
O presente desse dinheiro não trazia consigo nenhuma condição ou restrição. Esse cliente não teve que prometer que permaneceria com aquele banco, apesar de eu achar que ele deve se tornado um cliente leal por toda a vida; ele não teve que prometer ser bondoso com o presidente do banco, apesar de eu estar convencido de que ele tinha uma cópia da foto dos dois pendurada em sua parede; ele não teve que prometer que traria mais clientes àquele banco, apesar de eu ter certeza de que ele disse a todos que não havia banco melhor que aquele. Não, ele não teve que fazer nada; ele teve apenas que receber, da vasta riqueza dos cofres do banco, seu presente de seiscentos dólares.
Já há algum tempo, temos visto e ouvido, como clientes e repórteres curiosos, Paulo defender, definir e ilustrar o presente de graça da salvação. Nós vimos Abraão se apresentar no balcão do céu para descobrir que ele está recebendo a oferta do presente da vida eterna. Tudo o que ele tem que fazer é receber o presente, o qual vem sem nenhuma restrição ou condição; não há necessidade de fazer promessas; não existe a exigência de determinadas garantias. Portanto, é de se esperar que a graça de Deus ainda confunde as pessoas até aos nossos dias hoje.
Quero relembrar você, contudo, que Abraão não recebeu uns míseros seiscentos dólares; o presente oferecido a ele era a vida e a herança do universo! Como que podemos conseguir algo assim de graça? Com certeza, não é de graça! Como posso ganhar um presente desses?
Se você é como eu, você não consegue ganhar nem sequer um sorvete do McDonald’s em um sorteio!
Meu sogro é a única pessoa que conheço que ganhou algo digno de ser mencionado. Ele e minha sogra estavam viajando de carro, pararam em um McDonald’s para comer e ganharam um vídeo game Atari de graça. Você ainda se lembra do vídeo game Atari? Ele ainda ganhou um jogo também. Meu sogro ficou invencível no jogo Pac Man! Nossas férias nunca mais foram as mesmas! Quando ele ganhou o vídeo game aquele dia no McDonald’s, até os funcionários ficaram animados. Um deles disse: “Nunca vi alguém ganhando algo aqui antes!”
Como Uma Pessoa Não Ganha o Presente da Vida Eterna
Agora, pensar eu alguém ganhando um Atari ou um sorvete não é algo demais, mas a vida eterna?! Como podemos receber um presente desses?
Paulo já passou a maioria do capítulo 4 explicando como não recebemos a graça de Deus. Ele expõe três maneiras pelas quais não podemos receber o presente da vida eterna.
- Primeiro, por meio da realização de boas obras (versos 1-8).
Ele escreve em Romanos 4.2:
Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus.
- Segundo, por meio de rituais religiosos.
Isso inclui rituais como batismo, circuncisão e membresia de igreja.
No verso 11, Paulo diz claramente:
…[Abraão] o pai de todos os que crêem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça,
- Daí, Paulo revela o terceiro erro sobre o qual falaremos hoje, que é: a ilusão da crença de que você pode conquistar o céu por meio de regras e diretrizes religiosas (versos 13-16).
Agora, Paulo remove a última escora na qual as pessoas ao redor do mundo naturalmente se apoiam na esperança de ganhar a promessa da vida eterna.
O Pecador Não Recebe a Vida Eterna ao Observar Determinadas Regras
A escora é a crença de que você pode entrar no céu ao guardar determinadas regras. Paulo escreve em Romanos 4.13:
Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou a sua descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da fé.
A expressão-chave é “não foi por intermédio da lei.” O artigo “a” na preposição “de” não existe no texto grego; portanto, Paulo está falando de lei em termos gerais. Essa não é uma referência à Lei do Antigo Testamento ou aos Dez Mandamentos, mas a leis em qualquer lugar que correspondem ao caráter de Deus. Isso era algo importante aos leitores gentios, já que eles poderiam se considerar isentos das responsabilidades envolvidas na Lei judaica.
Até mesmo sem uma cópia da Lei, todas as pessoas, de uma forma ou de outra, consideram guardar alguma espécie de lei. Se você perguntar a uma pessoa na rua: “Você segue a lei perfeitamente?” a resposta será provavelmente: “Na maioria das vezes, sim.”
“Não. Eu perguntei: ‘Você guarda a lei perfeitamente?’”
A pessoa vai ficar meio inquieta, mexer com os pés e dizer: “Certo, infringi algumas leis aqui e ali.”
Essa pessoa não está pensando na Lei, mas em leis em geral, talvez até mesmo algumas regras para sua própria vida. Em outras palavras, as mesmas pessoas que pensam que entrarão no céu por observarem certas regras admitem que, em algum momento ao longo da vida, quebraram algumas das leis!
Paulo apresenta uma boa notícia no verso 13. Abraão, bem como todas as demais pessoas, recebeu a herança do mundo (que é o termo grego “kosmos,” significando, “universo”) não por meio da Lei, mas através da, como diz o texto: justiça da fé.
Isto é, através da justiça imputada na conta dos pecadores que depositam sua fé no plano e na Pessoa da redenção, Jesus Cristo.
A Lei: duas razões por que ela não concede a vida eterna
Paulo continua e diz: “Se você vai entrar no céu por haver guardado algumas leis, então você precisa tomar conhecimento de duas coisas importantes.”
- Primeiro, confiar na Lei significa que você rejeita o presente de graça.
Note o verso 14: Pois, se os da lei é que são os herdeiros, anula-se a fé e cancela-se a promessa.
Em outras palavras, se Deus promete a herança independente das obras da Lei, mas a herança é concedida apenas àqueles que guardam a Lei, então a promessa da salvação de graça é anulada e cancelada.
Até mesmo o Atari de meu sogro não foi totalmente de graça. Ele teve que comprar uma refeição no McDonald’s para poder concorrer ao jogo.
Digamos que após o culto, eu fale para as pessoas da minha igreja se encontrarem comigo no estacionamento da igreja onde estacionei meu carro e eu escolherei uma pessoa para presentear com meu carro. Se de todas as pessoas que viessem eu escolhesse você, meu carro seria seu de graça. Eu colocaria a chave em suas mãos, mas, digamos que, ao estender sua mão para receber a chave do meu carro, eu as tomo de volta e digo: “Ei, você é membro desta igreja?”
Você diz: “Não.”
“Você já foi batizado?”
“Não.”
“Você apoia as necessidades deste ministério com ofertas financeiras?”
“Não.”
“Você está de alguma maneira envolvido no serviço e ministério desta igreja?”
“Não.”
Será que eu daria meu carro a você? Bom, seu eu disse: “Vejam bem, se você quer meu carro graça, você precisa fazer todas essas coisas,” meu carro ainda seria de graça? Não. Minhas exigências de atividades religiosas anulariam a promessa do presente de graça.
É isso o que Paulo está dizendo aqui nesse verso. E isso é algo de grande significância. Você não pode receber o presente da salvação e, ao mesmo tempo, tentar pagar por ele.
Ouça o que o pregar e pastor Donald Grey Barnhouse disse às pessoas que acreditavam ser salvas, mas que haviam sido enganadas a misturar a graça do presente da salvação com alguma obra. Ele escreveu cerca de sessenta anos atrás:
Existe um grupo de pessoas que será excluído do céu e ficará extremamente furioso com sua exclusão. Essas são as pessoas que dizem que crêem que Jesus Cristo é Deus e que a salvação é por meio da morte de Cristo na cruz, que [crêem] em milagres e na inspiração das Escrituras, mas que adicional alguma outra condição à salvação além da graça imerecida. Existem aqueles que são ortodoxos em relação à Pessoa e obra de Cristo que adicionam, por exemplo, além da fé, o pecador precisa guardar o sábado; existem ainda outros que são ortodoxos quanto à Pessoa e obra de Cristo, mas que afirma que as águas do batismo lavam o pecado original. Eu acredito que a igreja está estragada com esses crentes falsos que adotaram uma atitude mental de aceitação da posição ortodoxa sobre a Pessoa e obra de Cristo e ao fato de que Ele é o único verdadeiro Salvador, mas que, na verdade, se recusam a abandonar tudo o que provém da carne e da lei a fim de serem salvas através de Cristo somente. Esses constituem, talvez, o maior número de joio que se assemelham ao verdadeiro trigo dos verdadeiros filhos do Reino.
Poderia isso ser verdade? Sim. Considere o número de pessoas que estarão diante de Cristo no dia do julgamento e serão lançadas no inferno, mas que irão primeiro relembrar o Santo Juiz que elas profetizaram, pregaram e serviram em nome de Jesus. Ele dirá: “Nunca conheci vocês. Vocês jamais receberam o presente de graça da salvação.”
Note o verso 14 novamente: Pois, se os da lei é que são os herdeiros, anula-se a fé e cancela-se a promessa,
Paulo deixa claro que ao colocar a sua fé na Lei, você anula a esperança de receber a promessa da salvação, a qual é oferecida por meio da fé na perfeição de Cristo somente.
- Segundo, Paulo continua e afirma que confiar na Lei exige penalidade aos infratores da Lei.
Veja o que ele escreve no verso 15: porque a lei suscita a ira; mas onde não há lei, também não há transgressão.
Paulo não está dizendo que, se não existe registro de Lei, então não existe violação da lei. O que ele diz é que as violações à Lei ocorrem somente quando existe Lei.
Por exemplo, quando eu estava viajando com alguns missionários pela Autoban na Europa vários anos atrás, dirigindo a mais de 160 km/h, achando que aquele era o jeito de se viajar, nós não estávamos infringindo nenhuma lei. Na realidade, vários carros esportivos nos ultrapassaram como se nós estivéssemos indo devagar demais e eles também não estavam violando lei alguma. O motivo por que não estávamos quadrando nenhuma lei é porque não existe limite de velocidade na Autoban.
Alguns anos atrás, eu também andei em uma moto Harley-Davidson na África e corri em uma pista de pouso e decolagem que os missionários usavam. Eu estava indo a uns 100 km/h e sem capacete, mas não estava infringindo a lei. Foi tolice, mas não foi algo ilegal porque naquela parte da África Oriental o uso de capacete não é obrigatório.
O leitor judeu para o qual Paulo está se dirigindo nesses versos confia que vai para o céu porque ele conhece a Lei! Paulo diz simplesmente: “Veja bem, essa Lei da qual você depende para sua salvação irá, na verdade, condenar você, uma vez que você a conhece e tem infringido suas cláusulas!”
Ou seja: “Você viu o limite de velocidade e conscientemente o infringiu.”
Os judeus não deveriam colocar suas esperanças na Lei; eles tinham quebrado a Lei. Não! A Lei tinha outro propósito. Paulo escreveu para a igreja primitiva em Gálatas 3.24:
De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé
A palavra “aio” é o termo grego “paidagogos,” do qual derivamos “pedagogia,” ou, “as leis da educação.” Na época de Paulo, esse termo se referia a um escravo ao qual era confiado um garoto de idade entre seis e dezesseis anos. Esse escravo tinha a responsabilidade de guiar esse menino corretamente e protegê-lo, certificando-se de que ele chegaria em seus destinos em segurança, quer fosse a escola ou local de diversão.
Então, qual é o propósito da Lei? Ela serve para nos guiar para garantir que chegaremos onde devemos, que é o pé da cruz.
O tutor não pode resolver o problema, ele pode somente conduzir a pessoa à solução. A Lei não pode:
- purificar a culpa, pode apenas revelar a culpa;
- mostrar misericórdia, pode apenas mostrar a necessidade de misericórdia;
- salvar, pode apenas guiar para um entendimento de nossa necessidade de um Salvador!
A Lei é como:
- um espelho em um corredor que revela seu cabelo desarrumado e seu rosto sujo, mas que não possui capacidade alguma de arrumar seu cabelo e seu rosto;
- uma balança na farmácia que revela seu peso, mas que não pode ajudá-lo a perder peso algum;
- uma máquina de raio-x que revela seu câncer, mas que não pode curar nada.
Paulo diz: “Você quer confiar na Lei para salvá-lo? Ela não pode fazer nada mais além de mostrar que você é um infrator da Lei.”
Boas-Novas: Como O Pecador Recebe A Vida Eterna
Agora, Paulo parte para a boa notícia. Veja Romanos 4.16: Essa é a razão. Em outras palavras, “Por causa de tudo isso o que eu disse sobre como boas obras, rituais religiosos e regras religiosas são incapazes de salvar o pecador…”.
…por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós,
Fé, graça e promessa
Em outras palavras, a Lei é descartada por três palavrinhas maravilhosas. Sublinhe essas palavras em sua Bíblia. Elas são:
- fé—essa é a confiança no que Cristo fez por você;
- graça—significa receber, apesar de não merecer, aquilo que Cristo oferece a você;
- promessa—crer naquilo que Cristo garante a você.
A salvação é simples assim! É por meio da fé na garantia graciosa de Deus!
Promessa
Uma das três palavras que vimos foi “promessa.” É a mesma palavra que ocorre no verso 13: a promessa de ser herdeiro do mundo.
“huposchesis”—promessa com condições
- Uma palavra grega para “promessa” é “huposchesis,” que é uma promessa com condições; ou seja, “Eu prometo fazer isso, se você me prometer fazer aquilo.”
Paulo não usou essa palavra nesse verso. Deus não disse a Abraão: “Abraão, promete que farei isso para você, se você prometer fazer isso para Mim.”
Esse tipo de promessa teria sido o grego “huposchesis.”
“epaggelia”—promessa incondicional
- Outra palavra grega para “promessa” é “epaggelia,” que se refere a uma promessa sem restrições ou condições; é uma promessa incondicional que emana da bondade do coração de alguém.
Essa é a palavra que Paulo usa nos versos 13 e 16. Ou seja, a promessa da salvação é incondicional; ela não é conferida a uma pessoa porque ela é boa; ela é concedida porque o doador da promessa pretende cumprir sua palavra.
Será que Deus é capaz de não cumprir Suas promessas? Não! Portanto, a promessa será cumprida.
Durante os ensaios de casamentos que oficializo, eu brinco com os noivos com uma pequena mudança de palavras. Eu peço para eles repetirem depois de mim: “Eu, Mônica, recebo você, Tadeu, na riqueza e na riqueza.”
Daí eles riem com essa pequena mudança, apesar de depois na vida não ser tão engraçado assim, caso eles fiquem pobres. A promessa significa: “Não importa quão ricos ou pobres fiquemos, estou comprometido com você nos dois estilos de vida.”
Esses votos feitos diante da igreja ou diante do oficial de justiça são promessas que você pretende cumprir. É por isso que você aluga um terno bonito e um sapato preto brilhoso, mas você não aluga sua aliança. Você não aluga as alianças para aquele final de semana.
Votos são promessas sem brechas. Contudo, eles dependem do caráter daquele que faz os votos, correto? E, às vezes, esses votos são quebrados.
Todavia, Abraão, e cada um de nós, recebeu um voto de Deus, cuja palavra não será jamais quebrada! Para Paulo, Abraão é a evidência, apresentada diante de toda a nação judaica e dos gentios, que a salvação é uma questão da graça e fé em Cristo somente.
A salvação não depende do nascimento natural, mas do nascimento espiritual. Ela não é uma questão de herança nacional, mas de herança espiritual. A salvação não é algo com o qual você nasce, mas algo para o qual você nasce uma segunda vez. Ela não é o evangelho da raça…mas o evangelho da graça.
Imagine a graça dos executivos daquele banco que deram ao cliente inusitado o dinheiro que ele havia ido tomar emprestado. Aquele homem não merecia o dinheiro, mas ele o ganhou de qualquer forma.
Você pensa que o banco, em algum momento, teve dificuldades financeiras por causa daqueles seiscentos dólares? Você acha que o departamento financeiro do banco criticou o tamanho do presente? Não! Eles poderiam ter quadruplicado sem dificuldade alguma!
Meu amigo, você acha que Deus arrisca a reserva do céu ao pagar seu débito espiritual? você pensa que tem pecados demais a serem perdoados que Deus precisou se esforçar e entrar nos limites de Seus recursos ao derramar sobre você a Sua graça? Você acha que, de alguma forma, você precisa reembolsar o banco do céu para que Deus consiga cumprir Suas promessas? Você teme que a graça de Deus não será suficiente para apagar sua dívida de pecado?
A graça de Deus é grande o suficiente, profunda o suficiente para cobrir todos os seus pecados. Sua promessa é forte o suficiente para resistir a fraqueza da sua carne e a superficialidade de sua fé.
A promessa não depende daqueles que a recebem, mas Daquele que a fez. E quem fez a promessa?
Para aqueles que já receberam essa promessa pela fé somente, o que você poderia devolver para Deus? Não podemos dar nada mais além de louvor, adoração e obediência motivados por gratidão porque, pela graça, Deus deu a nós, pessoas com um débito infinito, o presente que apagou nossa dívida, libertou nossa alma e derramou em nossa conta falida as riquezas de Sua glória e justiça.
Você deseja entrar no céu por meio da obediência à Lei? Vai em frente; pode tentar, mas você jamais conseguirá. Na verdade, você apenas anulará o presente de graça e será um dia condenado pela mesma Lei que tentou obedecer.
Ao invés disso, receba a promessa. Receba o presente incondicional da graça por meio da fé em Cristo, algo que descarta a Lei.
Enquanto estava estudando, eu me deparei com um poema escrito em meados de 1800. Talvez depois de vários estudos nesse capítulo de Romanos, essas palavras terão algum significado para você. O escritor do hino colocou da seguinte forma:
Nada do que essas mãos têm feito
pode salvar minha alma culpada;
Nada do que essa carne trabalhadora produz
pode curar meu espírito.
Nada do que eu sinto ou faço
pode me dar paz com Deus,
Nem todas as minhas orações e lamentos e lágrimas
pode levar meu terrível fardo.
Tua obra somente, ó Cristo
pode aliviar o peso de meu pecado;
Teu sangue somente, ó Cordeiro de Deus
pode me dar paz interior.
Tua graça somente, ó Deus
pode me conceder perdão.
Teu poder somente, ó Filho de Deus
pode quebrar esses grilhões dolorosos.
Bendigo o Ungido de Deus;
descanso no amor divino;
E, com lábios e coração falhos,
afirmo que esse Salvador é meu.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 29/09/2002
© Copyright 2002 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
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