Caixa de Pandora

Caixa de Pandora

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Caixa de Pandora

O Banquete das Consequências – Parte 9

Romanos 1.28–32

Introdução

Na mitologia grega, o deus Prometheus roubou fogo de Zeus, o deus-chefe do panteão. Daí, Prometheus deu o fogo para a raça humana que ele havia criado. Zeus ficou furioso com o homem porque ele aceitou o presente de fogo e decidiu punir o homem. Então, ele criou a primeira mulher. Homens, isso é apenas mitologia, certo? Mulher, isso é apenas mitologia!

Zeus deu à primeira mulher o nome de Pandora. Contudo, ele fez mais que apenas criar uma mulher. Além dessa bela mulher, ele criou uma bela caixa bem ornamentada, e deu essa caixa como um presente para Pandora. Mas ele não disse a ela que havia enchido a caixa com todos os tipos de maldade, doenças, problemas e desastres, os quais trariam dor e sofrimento infinitos ao mundo. Quando ele deu essa caixa para Pandora, ele simplesmente disse a ela para nunca abrir a caixa porque, caso a abrisse, o resultado seria trágico.

Eventualmente, movida pela curiosidade, Pandora abriu a caixa. Tudo começou a voar de dentro da caixa. Horrorizada, ela tentou fechar a caixa novamente, mas antes que ela conseguisse tampá-la, todo o mal, tragédia e dor já tinham sido liberados. Tudo havia escapado de dentro da caixa, exceto uma coisa. Ao fechar rapidamente a caixa, sem saber ela deixou a única coisa boa presa dentro da caixa. A esperança não conseguiu escapar da caixa e estava agora eternamente presa dentro da caixa de Pandora.

Então, havia doença sem a esperança de remédio; tragédia sem a esperança da alegria; dor sem a esperança do alivio; desespero sem a esperança de um escape.

A caixa de Pandora foi um mito criado na tentativa de explicar a origem do mal e o desespero da humanidade. E existe, em um nível bastante mínimo, verdade no mito da caixa de Pandora.

A humanidade está sem esperança. Os seres humanos vagueiam sem esperança; todos estão escravizados à tragédia e à dor sem esperança; doentes e morrendo sem qualquer esperança; insatisfeitos e em desespero sem esperança; pecadores, espiritualmente miseráveis e necessitados sem qualquer tipo de esperança.

Por que? Porque, conforme Paulo nos explica em Romanos 1, a humanidade recusa o remédio. O homem recusa conhecer e seguir a Deus; o homem nada para distante do bote salva-vidas; ele lança fora o único antídoto, o qual é Jesus Cristo e Seu sangue derramado pelos nossos pecados.

Ao invés disso, o homem prefere buscar as respostas dentro de si mesmo. Ele prefere crer em si a crer em Jesus Cristo. O homem prefere depositar sua fé em suas próprias habilidades para criar a cura para seu desespero e culpa ao invés de olhar para a cruz de Cristo. E o homem vive na prática o mito grego – parece que ele tem tudo, menos esperança.

Paulo disso em Romanos 1.21:

Antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.

Em outras palavras, eles não conseguem encontrar a resposta.

Alguns dias atrás, eu estava na fila do supermercado. Enquanto estava na fila, fiquei lendo os títulos das revistas que revelam os desvios espirituais e morais da humanidade. Uma revista de Oprah chamou minha atenção. O titulo do artigo prometia, “Uma Jornada ao Centro do Eu.” Eu comprei essa revista depois de olhar ao redor e me certificar de que nenhum irmão da igreja estava me observando!

Eu comprei a revista da Oprah e não fiquei surpreso ao ver a mistura de terminologias do Cristianismo e do Budismo; palavreado do humanismo de auto-fortalecimento e autossuficiência misturado com algumas menções a Jesus.

Outro artigo era intitulado, “Tome Posse de Sua Liberdade.” A autora escreveu o seguinte:

Seu corpo está livre, mas seu coração está aprisionado. Nossos corações estão aprisionados por uma única razão: a única linguagem que conseguem dizer é a verdade... O seu coração diz as coisas como são, sem nem se preocupar em ser sensível ou socialmente correto. Corações livres afundam barcos, quebram regras, fazem coisas que atrapalham o sistema. Por toda nossa vida, temos ouvido coisas como: “O que você está pensando, sentindo, dizendo e se tornando é algo rude, é um tropeço e é pecaminoso.” Mas como o mestre Zen do século 13 disse: “O lugar é aqui; o caminho leva a todos os lugares.” [Em outras palavras] quanto mais você se conforma a isso, seu coração contará verdades cada vez mais profundas... é claro, seu Carcereiro Interior pode não concordar com isso.

Quanto mais eu lia esse artigo, mais evidente ficou para mim que esse “Carcereiro Interior” é a consciência. Ela continua escrevendo:

Você pode ser inundado com pensamentos de que as instruções de seu coração são... rudes. Não dê ouvidos a isso. Corra... para as florestas belas e férteis da imaginação e possibilidade humanas.

Isso é humanismo, adoração do eu e autossuficiência. Ele se baseia na mentira de que você é sábio e capaz de conduzir sua própria vida com suas emoções e sentimentos em direção ao caminho da verdade e da liberdade.

A Oprah passou um final de semana em silêncio e escreveu sobre isso em um artigo. Ela e alguns amigos foram para a fazenda dela para um final de semana em silêncio. Ela levou consigo o instrutor de yoga, meditação e aulas. Isso foi basicamente uma junção de religião oriental e humanismo. O objetivo era se reencontrar e redescobrir “o centro” ou totalidade do eu.

Oprah termina de descrever aquele final de semana de yoga e silencia escrevendo:

Nosso verdadeiro poder vem de sabermos quem somos... e isso começa quando olhamos dentro de nós mesmos em silêncio. Eu sempre cri que você não precisa de nenhum guru, nenhum líder, nenhum instrutor – apenas si mesmo. Você mesmo é dono de suas melhores respostas. O que você está buscando já está lá dentro. Aquiete-se e busque descobrir isso.

Ela não poderia estar mais espiritualmente enganada que isso.

A Bíblia não diz: “Aquietai-vos e sabei quem sois.” Não! A Bíblia diz no Salmo 46.10: Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.

A Bíblia não ensina que nosso poder verdadeiro vem de dentro de nós mesmos. Jesus Cristo disse, conforme registrado em João 15.5: porque sem mim, nada podeis fazer. A Bíblia ainda nos diz em Filipenses 4.13: Posso todas as coisas naquele [Cristo] que me fortalece.

Nosso poder e sabedoria vêm de Cristo Jesus.

Será que as respostas para a vida se encontram dentro de nosso coração? Veja o que a Bíblia tem a dizer sobre o nosso coração em Jeremias 17.9: Enganoso é o coração, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?

Meus amigos, por causa do pecado e de nossa natureza caída, a sabedoria não se encontra dentro de nós; o que existe dentro de nós é pecado, maldade e orgulho. Sabedoria e verdade precisam vir de fora.

Tiago não escreveu: “Se alguém precisa de sabedoria, peça ao seu próprio coração...”, mas ao invés disso, Tiago escreveu no capítulo 1, verso 5:

Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente…

Você deseja saber como viver? Davi escreveu no Salmo 119.105:

Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos.

Você deseja um coração livre? Jesus Cristo disse, conforme Joao 8.31-32:

Se vós permanecerdes na minha palavra (ou seja, se vocês meditarem na minha palavra, não no silêncio; se vocês se concentraram na minha palavra, não em si mesmos, não naquilo que o coração manda fazer...) sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

A verdade é que o homem não deseja liberdade em Cristo; ele deseja liberdade de Cristo. Ele não quer a sabedoria de Deus; ele quer sabedoria sem Deus.

Paulo nos informa que abandonar Deus, significa ser abandonado por Deus a si mesmo e, quando deixado à mercê de si mesmo, você jamais produzirá algo além de especulação, futilidade, orgulho e pecado.

As consequências de se recusar seguir ao Deus da Bíblia são semelhantes ao abrir da caixa da Pandora. Como resultado, todo o tipo de coisa vil e pecaminosa agora se torna a experiência de cada pessoa, e o coração que abandona Deus encontra tudo menos esperança!

Revisão

A parte final de Romanos 1 descreve as consequências sobre a humanidade sem esperança.

 

 

Deus os entregou a humanidade à imundícia

  • Deus entregou a humanidade à imundícia.

Em Romanos 1.24, lemos:

Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;

 

Deus entregou a humanidade à distorção moral

  • Deus entregou a humanidade à distorção moral.

Em Romanos 1.26-27, lemos:

Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.

A Maior Expressão da Depravação

Então, primeiro houve imundícia sexual, daí distorção sexual, ou inversão da ordem criativa de Deus.

Deus entregou a humanidade à degradação moral

  • Daí, Deus entregou a humanidade à degradação moral.

A digressão maligna de uma sociedade rebelde é revelada quando Paulo revela o terceiro abandono de Deus em Romanos 1.28:

E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável…

Em outras palavras, eles escolhem ignorar Deus; eles não viram nenhuma vantagem em seguir a Deus. Então, Deus os entregou a um pensamento depravado.

Como um autor escreveu: “A mente humana que considera Deus inútil é uma mente inútil.”

E eu ainda adiciono: “A pessoa que não possui nenhum propósito para Deus, condena a si mesma a uma vida sem propósito.”

Paulo continua dizendo no verso 28:

…Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,

Daí, ele faz uma lista de vinte e um pecados nos versos 29 e 30. Ele começa dizendo no verso 29: cheios de toda. E segue essa expressão com sua lista de pecados. Vamos dar uma olhada nessa lista.

Vinte e um pecados que expressam a depravação da humanidade

  • injustiça

Esse é um termo categórico que significa, “desprezar tudo aquilo que Deus ama e amar tudo aquilo que Deus despreza.” É aquilo que se opõe a tudo o que se relaciona ao caráter de Deus.

  • malícia

Essa também é um termo categórico que poderia ser definido, “totalmente inclinado à corrupção,” ou seja, “corrupto em todo o propósito e maneira.”

  • avareza

Isso significa, “buscar alcançar aquilo que você não possui,” ou, em outras palavras, desejar ter mais de tudo. Nosso sistema econômico ocidental é praticamente baseado na avareza. Não há sucesso, ao mesmo que estejamos convencidos de que não temos o suficiente.

  • maldade

Isso é, “um deleite cruel em causar danos a outros.” Poderíamos traduzir simplesmente, “maligno.”

  • possuídos de inveja

Existe uma diferença entre inveja e avareza. Enquanto a avareza significa, “buscar alcançar aquilo que você não possui,” inveja é, “buscar alcançar aquilo que outro possui.”

Em Mateus 27.17-18, Jesus está no tribunal diante de Pilatos pouco antes de sua crucificação. O texto nos diz:

Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhes Pilatos: A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo? Porque sabia que, por inveja, o tinham entregado.

Os líderes judeus queriam Jesus morto porque, dentre outras coisas, Ele tinha poder e eles queriam esse poder; Ele tinha popularidade e a atenção das pessoas e eles O odiavam por causa disso. Eles queriam o que Ele tinha – eles tinham inveja dEle.

  • homicídio

Isso é, “a maior expressão do egoísmo.” O homicídio segue a inveja não somente nesta lista, mas também na vida. O homicídio é a remoção da pessoa que causa a miséria, ira e inveja da outra.

 

  • contenda

Esse termo se refere a uma “afeição pela argumentação.” Algumas traduções usam a palavra “debate,” mas essa palavra não denota o ódio e amargura que entendemos por “contenda.”

  • dolo

“Dolo” significa, “atrair outros com iscas pecaminosas.” O termo original se refere também a uma “isca de peixe.”

  • malignidade

Essa é a prática de “um estilo de vida violento.” O termo grego é composto. A primeira parte é “kakos,” que significa, “mau, ruim.” Nossa palavra portuguesa, “cacofonia,” significa, “um som ruim.” A segunda parte do composto é “ethos,” que significa, “hábito ou costume.” Então, esse termo composto significa, “o hábito de maldade.” Essa é uma pessoa que tem o hábito de ser mau, cruel para com os outros com o uso de suas mãos; são pessoas que estão constantemente ferindo outros.

  • sendo difamadores

Esse é, “aquele que arruína vidas em secreto,” e é um vício semelhante ao da malignidade. Uma pessoa maligna usa suas mãos para ferir; uma pessoa difamadora usa sua língua para ferir.

Agora, Paulo não diz, “eles difamam;” não, ele diz, “sendo difamadores,” que é a tradução correta que o termo grego sugere.

A palavra grega para “difamar” foi criada de forma a soar exatamente como ao ato que ela descreve. A palavra para “difamador” é, “psithuristes.” Um difamador ou fofoqueiro, diz: “Psssst, você ouviu o que aconteceu?”

Difamar é falar em particular de forma que a reputação ou caráter de outra pessoa são arruinados.

A propósito, se você deseja desligar a fofoca e difamação, simplesmente diga no início da conversa: “Posso dizer que foi você quem me disse isso?”

  • caluniadores

Paulo continua essa lista de pecados no verso 30. “Caluniadores” significa, “aquele que arruína as pessoas em público.” Enquanto a difamação é algo feito em secreto, calúnia é uma espécie de difamação de caráter em público. Na verdade, esse termo também pode ser traduzido como “difamador.”

  • aborrecidos de Deus

Essa é a pessoa que busca arruinar a reputação de Deus.

O que é interessante para mim é que, logo após  difamação e a calúnia, vemos essa palavra. À primeira instância, parece estar fora de ordem ou fora de lugar, mas na verdade se encaixa bem. A difamação e a calúnia falam contra o caráter de outra pessoa numa tentativa de arruinar a reputação dela. De maneira semelhante, essa palavra se refere àquele que fala publicamente contra Deus e Sua igreja na tentativa de arruinar a reputação dEle e a reputação de Sua igreja.

  • insolentes

Esse é “aquele que mistura orgulho com brutalidade.” Essa pessoa expressa seu orgulho ferindo outras pessoas. Esse é aquele que faz o famoso “bullying” em outras pessoas. Insolência é orgulho e crueldade.

Quando eu era menino, havia um outro garoto em minha vizinhança que fazia bullying. Ele era maior e mais forte que os demais meninos de nossa rua e ele sabia muito bem disso. Ele era meu vizinho e morava na última casa da rua, que era, na verdade, uma rua sem saída.

Um dia, quando eu tinha uns onze ou doze anos, meu amigo e eu decidimos andar de bicicleta e passar em frente a casa dele, gritando alguns nomes para ele. Então, pegamos nossas bicicletas e gritamos aqueles nomes em direção à casa dele. Mas, ao invés de gritar no caminho de volta, gritamos na ida; e, como eu disse antes, a rua era sem saída. E o menino, Frankie, que estava no quintal, algo que não sabíamos, veio correndo para a rua atrás de nós antes mesmo de conseguirmos fazer a volta no final da rua. Jamais esquecerei o sentimento que tive quando ele agarrou a parte de trás da minha camisa. Exato, ele me agarrou. Ele não conseguiu pegar meu amigo Ronnie, a quem eu teria alegremente sacrificado em troca da minha liberdade!

A verdade é o seguinte: eu era o caluniador e ele era o insolente. Contudo, naquele momento, dentre esses dois pecados, ele tinha o melhor.

Eu sobrevivi para contar a história somente porque meus irmãos mais novos viram a cena e chamaram a mamãe: “O Frankie pegou o Steve!”

A minha mãe saiu correndo de dentro de casa pelo quintal, pulou a cerca e salvou a minha vida. Posteriormente, eu descobri que meus irmãos chamaram a mamãe enquanto estavam em cima da cerca, onde haviam subido para ter uma melhor visão da tragédia. Eles estavam ali, vendendo pipoca e refrigerante para o show: “Que legal! O Steve está apanhando feio!”

Meus irmãos vão se ver com Deus no julgamento vindouro!

O problema é que alguns garotos nunca abandonam essas coisas; na verdade, alguns nunca crescem. Eles ainda gritam nomes para as outras pessoas, batem nas pessoas, fazem guinadas bruscas na frente de outros e exigem as coisas do seu jeito, sendo ignorantes com garçons e vendedores. Eles ameaçam as pessoas, empurram as pessoas e censuram o ponto de vista delas. E essas pessoas aparecem em reuniões em empresas, e até mesmo em reuniões na igreja.

De fato, isso nos atinge e revela nossa culpa. Vamos continuar!

  • soberbos

Essas é a “pessoa com sua personalidade no pedestal.” Essa pessoa é cheia de si mesma e se considera acima de todas as demais, até mesmo acima de Deus. Esse se considera superior e trata os outros com desprezo como se fossem indignos de seu tempo ou interação.

  • presunçosos

Esse é o “dialeto do soberbo.” Em outras palavras, essa é forma como fala a pessoa que é cheia de si mesma. O assunto principal de suas conversas são é ela mesma. E isso é algo irritante para a maioria das pessoas, não é verdade?

Talvez isso seja irritante porque, como disse Vance Havner: “O egoísta é alguém que fala demais sobre si mesmo, de forma que você não tem chance de falar de si mesmo.”

Essas pessoas com bastante frequência irá inventar coisas a respeito de si a fim de parecer melhor que as demais pessoas.

Infelizmente, os presunçosos estão não somente fora da igreja, mas a igreja está repleta de pessoas assim também. Damos a aparência de espiritualidade quando não somos nem um pouco espirituais; falamos sobre oração quando não oramos e, quando oramos, fazemos questão de anunciar para as outras pessoas.

Charles Spurgeon disse: “O crente em geral não consegue matar um rato sem publicar isso na Gazeta.”

Somos pessoas presunçosas. Fico me perguntando se o motivo por que Deus não realiza mais através de nós é porque estamos muito ocupados elogiando nós mesmos.

  • inventores de males

Essas são pessoas “comprometidas em corromper a criatividade.” Elas inventam maneiras de se cometer maldades. Enquanto Deus é o criador de tudo aquilo que é bom, o homem é o criador de tudo aquilo que é mau, ruim.

Por exemplo: uma pessoa inventa a comunicação global pela internet, e outra inventa maneiras de espalhar a pornografia. Outro exemplo é o mundo da moda que sempre busca inventar mais formas de apelar para a sensualidade com a roupa a fim de provocar a lascívia.

A humanidade pecadora é incrivelmente criativa ao mostrar, encorajar, promover, legalizar, fazer propaganda, transmitir, vender e defender o pecado.

  • desobedientes aos pais

Isso significa, “recusar aceitar a organização de autoridade e influência instituída por Deus.” Essa adição à lista deve gerar medo no coração de todo jovem. Contudo, o objetivo é gerar medo no coração de cada pai e mãe.

A desobediência não é algo pequeno aos olhos de Deus; é algo que Ele odeia. Os pais não devem tolerar a desobediência da mesma forma como não toleram o roubo, a mentira, a maldade ou outro pecado qualquer mencionado nessa lista.

Eu já vi crianças xingarem seus pais e não receberem nenhuma forma de reprimenda. Eu já vi crianças baterem os pés no chão e dizer: “Não,” para a mãe e, daí, ouvir a mamãe dizer: “Ah, você sabe como são as crianças, não é?”

Eu sei como as crianças são: são como pequenos selvagens, nascidos egoístas, teimosas e desonestas. Deus deu aos pais a responsabilidade de civilizar os filhos. Os pais não podem transformar seus filhos em pessoas espirituais, mas podem civilizá-los. E isso começa ao exigir que eles obedeçam a autoridade dos pais.

  • insensatos

No verso 31, Paulo ainda continua a lista de pecados. A insensatez é uma “deficiência de aprendizado irreparável em relação às coisas espirituais.” Um descrente não consegue discernir as coisas ou assuntos espirituais porque, conforme a Bíblia diz em 1 Coríntios 2.14: “elas se discernem espiritualmente.”

  • pérfidos

Esse é “a pessoa com a qual um aperto de mão não vale nada.”

Os pérfidos são homens e mulheres que fazem promessas, mas nunca cumprem essas promessas. Isso inclui, por exemplo, não cumprir com seus compromissos, assinar contratos que não cumprirão, fazer votos de casamento que quebrarão, referindo-se inclusive a nações que assinam um tratado de paz sabendo que não o seguirão. “Faremos isso ou aquilo,” sabendo que não cumprirão.

A sociedade que abandona Deus ficará cheia de pessoas que abandonarão umas às outras, caso o preço valha à pena e as circunstâncias sejam favoráveis.

  • sem afeição natural

Essa é a pessoa “sem um coração de afeição.” Essa pessoa é sem amor, seja entre mãe e filho, ou entre filhos e pais. Essa palavra caracteriza a quebra da união familiar.

Um médico britânico sugeriu: “Livrar-se da família completamente porque ela é um condicionamento primário para uma visão de mundo imperialista ocidental.”

Uma mulher chamada Kate Millet, uma feminista bastante proeminente, escreveu um livro intitulado, Politica Sexual. Ela escreve o seguinte: “A família precisa terminar porque ela oprime e escraviza a mulher.”

Uma líder de uma organização feminista busca eliminar o casamento e todos os elementos ligados à maternidade porque, conforme ela afirma, “O casamento é servidão legalizada e os relacionamentos familiares são a base para toda a opressão humana.”

O problema é que essas pessoas estão ensinando nas universidades e escolas. Essas perspectivas são consideradas as politicamente corretas.

Paulo chama isso de distorção e uma característica de rebelião e pecado.

O Dr. Armand Nicolai, que trabalha no setor de saúde da Universidade de Harvard, Estados Unidos, enxerga a moda de destruir a família como uma tendência devastadora. Ele alista a mulher casada com filhos que trabalham fora do lar, a tendência que as famílias têm de mudar frequentemente ou quase constantemente, o domínio da televisão no lar, a falta de controle na sociedade e o caos e confusão moral como ameaças à própria vida que desfrutamos. Ele escreve:

Essas tendências incapacitarão a família, destruirão sua integridade e levarão seus membros a sofrer conflitos emocionais danosos de forma que eles se tornarão um fardo intolerável para a sociedade.

E o que ele diz sobre o futuro?

Primeiro, a qualidade da vida familiar continuará a deteriorar, produzindo uma sociedade com maior incidência de doenças mentais mais do que nunca antes. [A sociedade] será caracterizada por falta de autocontrole. O assassinato de pessoas em autoridade se tornará frequente. Crimes de violência aumentarão, até mesmo aqueles dentro da própria família. O índice de suicídio crescerá. À medida que a sexualidade se torna mais e mais livre e independente de compromissos familiares, o efeito mortal levará a mais experiências esquisitas e a perversão se espalhará.

12. sem misericórdia

É interessante que a última característica de uma sociedade pervertida, distorcida e egoísta seja essa palavra. Ela se refere a uma pessoa que não possui “o mínimo de compaixão.” Poderíamos traduzir como, “cruel.”

O esporte mais popular em Roma, os jogos entre os gladiadores, exemplifica isso. Nesses jogos, uma plateia composta por pessoas sanguinárias assistia enquanto homens se matavam simplesmente para o prazer e deleite da multidão.

Essas vinte e uma palavras são a maior expressão da depravação. Contudo, ainda não chegamos ao fundo do esgoto.

 

 

A Maior Aprovação da Depravação

Agora, Paulo descreve a maior aprovação da depravação. Veja Romanos 1.32:

Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.

Deixe-me resumir Romanos 1.26-32:

  • Rejeição a Deus conduz a uma – aceitação do pecado;
  • Aceitação do pecado conduz a uma – aprovação do pecado;
  • Aprovação do pecado finalmente se degenera em um – aplauso para pecado.

Então, o pecado é aceito, depois aprovado, e finalmente aplaudido por uma humanidade sem Deus.

Um autor escreveu: “Justificar o pecado de alguém já é perverso demais, mas aprovar e encorajar outros a pecarem é infinitamente pior.”

As profundezas absolutas da perversidade são alcançadas, como Paulo diz nesse verso, quando aqueles envolvidos na maldade aplaudem e encorajam outros a fazerem o mesmo.

Então, a vida de uma pessoa é destruída pelo pecado e a sociedade como um todo é destruída e pervertida por aqueles que insistem que o pecado é bom, que o mal é algo tolerável, e que a imoralidade é o estilo de vida a se seguir.

O profeta Isaías advertiu sua geração e a nossa geração no capítulo 5, versos 20 a 24, dizendo:

Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo! Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito! Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte, os quais por suborno justificam o perverso e ao justo negam justiça! Pelo que, como a língua de fogo consome o restolho, e a erva seca se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel.

De maneira semelhante, Paulo, no Novo Testamento, apresenta a mesma mensagem de advertência. Ele já revelou o julgamento de Deus sobre o pecado e sobre os pecadores quando Romanos 1 chega ao seu final. Ele registrou a maior expressão da depravação, bem como a maior aprovação da depravação.

A Maior Saída da Depravação

Agora, qual é a maior saída da depravação? Deixe-me mostrar a você o caminho:

  • Admissão: “Sou um pecador corrupto e orgulhoso.”
  • Confissão: “Senhor, por favor, perdoe meus pecados. Confesso a Ti e não busco me justificar ou me defender. Eu me vejo nessa lista.”
  • Submissão: “Senhor, arrependo-me e caminho para distante dos desejos e enganos de meu coração. Deposito minha nas mãos do Teu Espírito, o Doador da vida, para seguir e obedecer a Tua Palavra, o verdadeiro guia para um viver puro e santo.”

Existe uma forma de escaparmos do pecado e dos seus consequentes julgamentos.

Esperança, a propósito, escapou da caixa de Pandora. E a esperança veio, não na forma de mitologia, mas em pura teologia; no evangelho de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

Como 1 João 1, verso 9, nos diz:

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 01/07/2001

© Copyright 2001 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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