
Água Salgada
Água Salgada
O Banquete das Consequências – Parte 5
Romanos 1.24
Introdução
Robert Lois Stevenson escreveu certa vez: “Todo homem terá que um dia se sentar à mesa do banquete das consequências.”
Em Romanos 1.24-32 existe uma descrição vívida dessas consequências. Paulo põe a mesa com uma lista de pecados que nos incomodam e que a maioria de nós preferiria pular e não mencionar. E você pode pensar que os pecados alistados nesses versos não soam como consequências, mas pecados que as pessoas cometem. De certa forma, isso é verdade, mas de maneira bastante realista, acontece que esses pecados são nada mais que consequências que escravizam a vida de qualquer pessoa que recusa a glorificar a Deus.
Essa lista de pecados inclui desde adultério até arrogância; de lesbianismo a fofoca; de idolatria a mentira e engano. Paulo põe a mesa desse banquete e diz, com efeito: “Se você deseja se livrar de Deus, você precisa fazer o seguinte: mal descontrolado, impiedade não arrependida e perversão desinibida.”
Eu estou sendo guiado por Deus para recusar a tentação de me apressar durante a exposição desse texto, apesar de termos que segurar o fôlego e nossas cabeças de vergonha em alguns momentos. Todos nós veremos a nós mesmos dentro desse texto; nenhum de nós passará despercebido ou sem ser mencionado. E creio eu que, se Deus não quisesse que fizéssemos uma exposição desse lado escuro da nossa natureza humana pecaminosa, Ele não teria direcionado Paulo a passar quase metade do primeiro capítulo de Romanos trazendo nossa natureza perversa em evidência com palavras bastante descritivas.
Quando Deus Desiste do Homem
Agora, olhe novamente o verso 21. Somos informados que toda a humanidade sabe da existência de Deus por meio da criação e da consciência. Contudo, todos se recusam a colocar Deus no trono; eles se recusam agradecê-lO por Sua bondade; eles abafam a verdade sobre Deus. O homem diz a Deus: “Deixe-nos sozinhos na escuridão. Nós escolhemos o pecado ao invés do Salvador. Deixe-nos em paz!”
Então, Deus deixa o homem em paz! Três vezes, nos versos 24, 26 e 28, lemos as palavras incríveis: Por isso, Deus entregou.
Você precisa entender que o homem desistiu de Deus muito antes de Deus desistir do homem. O homem escolheu ignorar Deus em sua rebelião, e Deus deixou o homem arruinar a si mesmo em sua imoralidade.
O homem não quer um Deus justo e santo! Então, eles se assentam à essa mesa das consequências. E mais ainda, se você não quer Deus, você se encontrará comendo nesse banquete. Você não pode menosprezar a verdade da Palavra de Deus e escapar imune. Se você abandona Deus, Deus irá abandonar você! Ah, quão trágicas são estas palavras: “...Deus entregou o homem.”
Agora, o verbo grego para “entregar” é “paradidomi.” Esse é, na verdade, um termo que vem do sistema legal romano e significa, “ser entregue para sofrer o pagamento pelo crime cometido.” A palavra também foi usada:
- Em Marcos 1.14, em referência a João Batista sendo colocado na cadeia: “...ter sido preso...”;
- Na ilustração dada pelo Senhor Jesus ao dizer em Mateus 5.25: “Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.”
- Com referência aos anjos ou demônios que foram julgados imediatamente, conforme lemos em 2 Pedro 2.4: “Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo;”
Então, quando Paulo escreve em Romanos 1.24, “Por isso, Deus entregou tais homens...”, ele está descrevendo o ato de um justo juiz que toma pecadores não arrependidos e os abandona em suas próprias práticas.
Sentido Passivo
O verbo poderia ser traduzido de forma passiva. O sentido seria de Deus permitir o homem flutuar na corrente do pecado, a qual aumenta de velocidade até que se aproxima de uma enorme catarata e se arremete contra as pedras embaixo.
Sentido Ativo
O verbo também pode ser entendido em sua voz ativa. Nesse sentido, Deus não somente permite o homem flutuar à distância, Ele na verdade constrói o bote, coloca o homem dentro desse bote e deixa o bote descer a corredeira.
Deus criou leis morais e físicas. Algumas conduzem à vida, enquanto outras conduzem à destruição. Deus não está somente envolvido passivamente permitindo que o homem destrua a si mesmo, mas Ele está ativamente envolvido julgando o pecador com as terríveis consequências e penalidades do pecado.
Então, o homem vagueia ao redor em sua busca espiritual com um fervor longe de ser satisfeito. Ele se encontra em miséria, doente e em desespero. O homem diz: “Escolhemos ignorar nossa consciência com sua voz moral; escolhemos destronar o Criador, substituindo-O com nossos deuses feitos conforme nossa imagem e mais aberto ao nosso pecado; não queremos nos relacionar com o Deus Criador.”
Quando Deus os abandona, Ele simplesmente concede aos homens o que eles desejam!
Existe algo interessante nessa palavra “paradidomi.” Ela possui, em si mesmo, uma nuança de tristeza. Ela descreve o sentimento do pai cujo filho virou suas costas para ele e disse: “Deixe-me em paz! Quero ir para mais longe possível de você!”
Então, o pai concedeu o desejo de seu filho, bem como sua herança. O filho, então, foi para um país distante e gastou todo o seu dinheiro. Ele comprou seus amigos e prazeres até que gastou todo o seu dinheiro.
Logo ele se viu em um chiqueiro coberto de lama, abandonado por seus falsos amigos e tentando satisfazer o vazio do estômago com a comida dos porcos. Ele estava sentado à sua mesa do banquete de consequências. Ele havia destruído sua vida e arruinado sua juventude. Se não fosse a misericórdia de seu pai, ele viveria o resto de sua vida como escravo. Todavia, o pai usou de misericórdia para com ele e o cobriu de graça.
Meu amigo, enquanto você ainda tem vida, você ainda pode parar de correr atrás da miragem do sistema deste mundo e correr atrás do Pai e pedir por misericórdia. Ele o perdoará, o limpará e colocará em seu dedo o anel de redenção e as sandálias da salvação em seus pés. Mas se você deseja nadar na correnteza do pecado, Deus o deixará cair na cachoeira. Se você escolher o país distante de Deus, então você encontrará seu chiqueiro no futuro.
Abandonando o Relacionamento Adequado com as Pessoas
Em Romanos 1.24-32, Paulo descreve esse chiqueiro. Ele começa a descrição dessa mesa de banquete das consequências dizendo no verso 24:
Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;
Você notou a progressão? Quando você desonra a Deus, você desonra a si mesmo – primeiro, sem seu coração e, depois, em seu corpo. A lascívia no coração não é restringida pela consciência, já que, se você se lembra, a consciência foi enforcada e silenciada, a qual, noutra época, trouxe a dor terrível da culpa, mas que, agora, nem sequer espirra para advertir o pecador.
Desejos não satisfeitos
Os termos “concupiscências,” ou “epithumia” no grego, e “imundícia,” ou “akatharsia,” são termos que, nesse contexto, se referem aos pecados da carne.
Esses desejos não cumpridos ou satisfeitos podem vir em forma de uso de drogas, ou pornografia, ou imoralidade sexual. A questão que Paulo está enfatizando aqui é que, quando você não anseia por Deus, seu anseio será então por outra coisa. Você pensa: “Ah, isso sim me satisfará!” Mas na verdade funciona apenas como água salgada para lábios sedentos. Você bebe, mas ainda fica sedento. E a água salgada, na verdade, começa a destruir você de fora para dentro.
A sociedade em nossa geração está consumida com conteúdo e atividade sexual. Li recentemente que sessenta e oito por cento dos programas de televisão fazem referência ao sexo; oitenta e nove por cento dos filmes aos quais assistimos apresenta alguma forma de sexo; e oito das dez vezes em que sexo aparece em filmes é entre pessoas solteiras ou entre casais casados com outra pessoa que não é seu cônjuge. Se você é como eu e minha esposa, até mesmo as propagandas estão fora dos limites!
O problema com o pecado sexual, ou a lascívia do coração, é que ele nunca fica satisfeito. Quando o coração se endurece e a animação passa, o prazer proibido começa a desejar mais e mais. É como um viciado em drogas que precisa de doses cada vez maiores para ficar embriagado ou “chapado.” Os pecadores têm que ir a cada vez mais extremos para conseguir o mesmo nível de prazer. Estamos assistindo a nossa cultura mergulhar cada vez mais fundo em comportamento e escuridão sexual.
No ano de 2001, uma revista trouxe uma reportagem de que o vencedor do Oscar de melhor filme do ano de 2000 foi a história de um homem que redescobre sua vitalidade ao cobiçar sexualmente a amiga adolescente de sua filha. O artigo dizia: “Em lugar algum o filme apresenta o protagonista com atitude repulsiva, como geralmente os filmes retratam os pedófilos, e a plateia definitivamente [é levada a ficar] do lado dele.”
Essa mesma revista ainda trouxe outro artigo falando que Hollywood recentemente tentou fazer um filme sobre um homem francês chamado Marquis de Sade e apresenta-lo como um homem bom. A verdadeira história, todavia, mostra que esse homem era um escritor pornográfico que torturou mulheres e molestou crianças. Mas o filme o apresenta como um defensor do direito de expressão.
Nossa sociedade inundada com a sexualidade está simplesmente buscando o mesmo nível de prazer, mas ao mesmo tempo exigindo mais e mais dose gráfica para ficar embriagada. E no processo, os pecadores desonram e abusam sexualmente uns aos outros. Eles se abusam por meio do crime e da violência. Um autor escreveu:
À medida que a humanidade se afasta cada vez mais de Deus, Deus a entrega para sofrer as consequências de sua rebelião moral e espiritual contra Deus. Ao invés de se submeterem aos padrões de pureza moral estipulados por Deus, os pecadores buscam banir as consequências de sua impureza. Eles correm para aconselhamento, medicina, psicanálise, drogas, álcool, viagem e uma miríade de outros meios para escapar daquilo que não podem escapar, a não ser por meio da remoção do pecado. [Enquanto isso] o pecado destrói relacionamentos pessoais, casamentos, famílias, cidades e nações. O pecado degrada o homem, deprecia a imagem de Deus contida no homem e arranca a dignidade, a paz mental e a tranquilidade da consciência.
Salomão escreveu em Eclesiastes 9.3: o coração dos homens está cheio de maldade, nele há desvarios enquanto vivem.
Você quer ver a insanidade da lascívia? Você quer uma ilustração de como a imoralidade sexual engana seu intelecto e escurece seu discernimento? Veja Sansão!
Em Juízes 16, a Bíblia registra que a lascívia e o pecado de Sansão o levou a se envolver com Dalila. Deixe-me parafrasear essa história.
Dalila é paga pelos filisteus, mas Sansão ainda não sabe disso. Acontece que os filisteus prometeram a ela 11 mil siclos de prata se ela conseguir descobrir o segredo da força de Sansão. Ela vem até ele em uma bela noite e diz: “Sansão, você fala que me ama; então, não devemos guardar segredo uns dos outros, não é verdade? O que poderia acabar com sua força?”
Sansão diz: “Bom, se você me amarrar com sete cordas novas que nunca foram usadas, perderei minha força.”
Um tempo depois, ele adormece e Dalila vai até a casa de construção da esquina e compra sete cordas novas. Daí, durante a noite, ela o acorda: “Sansão, os filisteus estão vindo pegar você!”
Ele tenta se levantar, mas, “O que é isso?” Ele está amarrado com cordas novas. Ele as arrebenta e toma conta dos filisteus.
Agora, será que Sansão vai ser inteligente o suficiente para fazer as contas e descobrir que somente Dalila sabia sobre o segredo das cordas? Não! Ele pensa, “Não, Dalila não!”
Outro dia, ela chega até ele e diz: “Sansão, me diga a verdade, o que acaba com sua força?”
Ele diz: “Faça sete tranças em meu cabelo e serei tão fraco como água.”
Mais tarde, depois de Dalila ter feito as sete tranças no cabelo dele, ela grita: “Sansão, os filisteus estão aqui!”
Sansão se levanta e espanta os filisteus de lá. Daí, ele percebe que seu cabelo estava cheio de tranças. Será que ele vai desconfiar de Dalila? Não!
Eventualmente, Sansão conta seu segredo. Os filisteus o capturam, arrancam seus olhos e o jogam na cadeia. Dessa maneira, ele se torna a figura da cegueira do pecado na vida de uma pessoa e da escravidão de uma pessoa vendida à lascívia.
Portanto, não é surpresa alguma que Salomão escreveria no final de sua vida em Provérbios 6.32, talvez até pensando no caso de Sansão:
O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa.
Essa é a maneira bíblica de dizer: “Ele é um idiota.”
Eu sei que essa é uma palavra meio forte, mas é a verdade. Não existe nada mais idiota que o pecado. E o pecado sexual fará de você um bobo. Ele irá destruir, desonrar e enganar. O prazer pecaminoso promete algo que não pode no fim produzir. Não pode trazer satisfação. No momento, ou no caso do filho pródigo, no decorrer de alguns anos, o pecado lhe comprou prazer, alegria e amigos. Contudo, no fim, lhe trouxe dor, culpa e sofrimento.
Minhas lembranças mais antigas de minha infância é de quando eu tinha 4 anos de idade. Ainda consigo visualizar o balcão do banheiro e meu irmão mais velho, que tinha fugido da cama comigo, subindo no balcão. Todo mundo em casa estava dormindo. Ele abriu o armário dos remédios e pegou uma garrafa de comprimidos de aspirina infantil. Na época, esse remédio tinha gosto de doce de laranja. Também foi antes da invenção de tampas à prova de crianças. Meu irmão, que tinha uns 5 anos, e eu dividimos a garrafa de aspirina e comemos todos os comprimidos. Pensávamos que tínhamos encontrado o doce e enganado a todos. Daí, voltamos para a cama e dormimos.
Mais tarde, minha avó, que estava passando aquela noite em nossa casa, se levantou para usar o banheiro. Ela viu a garrafa vazia em cima do balcão. A outra coisa da qual me lembro até ao dia de hoje, é de estar deitado numa cama de hospital com meu irmão mais velho – o traficante de drogas deitado ao meu lado – fazendo um tratamento no estômago de emergência. Lembro de estar com muito medo e em muita dor.
Contudo, aquilo poderia ter sido um grande desastre. Minha vida estava em perigo mortal e eu nem sequer sabia. Estava com uma necessidade desesperada de intervenção. O que eu pensei ser uma delicia, poderia na verdade ter me levado à morte.
Talvez você esteja ouvindo isso hoje e está sendo consumido pelo pecado sexual. Talvez, neste momento, parece ser bom e certo e a coisa a ser feita. O pecado tem um sabor delicioso, mas é mortal.
Estou aqui para intervir em sua soneca. Pode ser algo doloroso de ouvir, mas preciso dizer a você: o pecado o defrauda e engana e, por fim, o destrói.
Traição desenfreada
De acordo com Paulo, o pecado contra o corpo inclui não somente aqueles pecados contra seu próprio corpo, mas também contra o corpo de outras pessoas.
O termo traduzido como “imundícia” pode, na verdade, se referir à decomposição que ocorre dentro do túmulo. Ele pode envolver atos de violência contra o corpo de outras pessoas por uma simples questão de satisfação pessoal ou egoísmo.
Nossa cultura está repleta traição desenfreada hoje. Deixe-me compartilhar vários tipos de traição.
- O aborto é a traição da mãe e do pai para com o filho ainda não nascido, bem como da sociedade como um todo que endossa e encoraja o aborto.
Nos Estados Unidos, por exemplo, é proibido quebrar o ovo de uma águia, mas você pode desmembrar o corpo de um bebê ainda não nascido.
- O infanticídio é a traição dos pais para com seus bebês.
Esse passo mais fundo na espiral estava sendo praticado pelos romanos na época em que Paulo escreveu essa carta. Em Roma, o pai tinha a autoridade de determinar se o recém-nascido viveria, ou se seria sacrificado aos deuses, ou se seria colocado à porta para ser levado pelos cafetões que o levaria para a prostituição, ou se o bebê seria simplesmente jogado fora!
Você pode pensar que o infanticídio, de maneira alguma, ocorre em nosso mundo. E eu gostaria de poder acreditar nisso.
Recentemente, o chefe do departamento de ética da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, está fazendo um protesto enorme e ganhando até a simpatia de outros acadêmicos. Ele escreveu um artigo intitulado, “Matar Bebês nem Sempre é Errado.” Ele escreve:
Talvez, como os gregos da antiguidade, deveríamos ter uma cerimônia um mês após o nascimento na qual o bebê seria permitido entrar na sociedade. Antes da cerimônia, os bebês não tinham o mesmo direito à vida como as pessoas mais velhas.
Ele argumenta que isso é moralmente aceitável porque é somente depois de meses de nascido que o bebê desenvolve “autoconsciência.”
E esse homem não está sozinho! Um filósofo da Universidade do Colorado também disse, em 1972, que bebês não são pessoas e que eles “não possuem o direito à vida.”
Quando o homem egoísta e abusivo se desvia para mais distante da Palavra de Deus, ele perde o padrão de dignidade humana. Essa dignidade e essa vida começam no ventre, conforme Isaías 44.2, onde lemos: Assim diz o SENHOR, que te criou, e te formou desde o ventre.
Davi escreveu no Salmo 139.13-14:
Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem;
Mas existe ainda outra forma de traição:
- O incesto é a traição de adultos para com crianças.
Um autor escreveu um artigo numa tentativa de mostrar que a maioridade deveria ser drasticamente reduzida, e muito do que hoje é chamado de “abuso de menores” deveria ser repensado.
Outro autor disse que muito do que é chamado de abuso de menores por adultos deveria ser considerado “relacionamento entre diferentes gerações.”
A verdade é que essa é mais uma forma de traição.
Existe outra ação desonrosa e traição contra o corpo humano:
- A eutanásia é a traição de pessoas mais velhas por pessoas mais jovens.
Aqueles que são velhos demais para “contribuir” devem ser colocados para dormir da mesma forma que fazemos com um animal.
O termo “eutanásia” é um derivado do prefixo grego “eu,” que significa, “bom ou fácil,” e a substantivo grego “thanatos,” que significa “morte.” Se colocarmos os dois juntos, temos “morte boa ou fácil.”
Mas, isso é uma mentira. Quando você descarta a verdade da Palavra de Deus que a vida é sagrada e digna de ser salva, os deformados, deficientes, aqueles com deficiência mental, o idoso e o enfermo, o recém-nascido, o ainda não nascido e a criança indefesa não são mais protegidos, mas desonrados e traídos.
Paulo escreveu em Romanos 1.24:
Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;
Em outras palavras, no fim, o prazer pecaminoso o trai, o abusa e o desonra, e você acaba desonrando os outros.
Aplicação
Para finalizar, deixe-me concentrar em dois princípios que emergem dessa passagem.
Abandonar Deus é o mesmo que abandonar a graça
- Primeiro, abandonar Deus é o mesmo que abandonar a graça.
Ou seja, virar as costas para Deus é virar as costas para a graça. A graça de Deus concede significado à sua vida e propósito para a sua existência; ela concede o riso que não é superficial e que não se baseia em uma bebida ou comprimido; ela fornece o alicerce para relacionamentos que dão ao invés de sempre receber. Dizer “Adeus” para Deus é o mesmo que dizer “Adeus” para a Sua graça.
Rejeitar a liberdade da salvação é abraçar a escravidão ao pecado
- Segundo, rejeitar a liberdade da salvação é abraçar a escravidão ao pecado.
Paulo, ao escrever a Tito no capítulo 3, versos 3 a 6, contrastou a salvação com a escravidão ao pecado, ao escrever:
Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja… Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Deixe-me adicionar uma advertência prática ao crente. Se a salvação inoculasse em você alguma sorte de vacina contra a imoralidade e prazer pecaminoso, então Paulo não precisaria ter escrito a Timóteo em 2 Timóteo 2.22: foge... das paixões da mocidade.
Note que ele não disse: “Fique firme e lute contra as paixões, Timóteo.” Não, ele disse: “Fuja das paixões.”
Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor
Aí está aquela palavra novamente, “coração.” Em Romanos 1, o descrente perde a batalha para o a lascívia primeiro em seu coração. Em 2 Timóteo 2, o descrente vence a batalha na busca pela pureza em seu coração.
Qual é a melhor maneira de o crente não viver como um descrente? Davi nos diz no Salmo 119.11:
Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.
Quando foi a última vez que você memorizou um verso das Escrituras? Meu amigo, se você deseja algo instantâneo para vencer o pecado, estou aqui para dizer a você: isso não existe. Meus amigos, a santidade nunca entrará sorrateiramente, despercebida em sua vida! Pureza moral nunca será uma coincidência.
A batalha pela pureza é travada no coração de cada crente. Como Paulo disse, é uma busca incessante! E essa busca começa no coração. Antes de você fazer qualquer coisa com seu corpo, você primeiro pede permissão ao seu coração. Para isso, deixe-me fornecer duas perguntas a fazer ao seu próprio coração:
- Será que Palavra de Deus está no seu coração?
- Será que você anda no Espírito de Deus?
Paulo escreveu em Gálatas 5.16: andai no Espírito, e jamais satisfareis as concupiscências da carne.
A palavra “desejo” nesse verso é o mesmo de “lascívia” em Romanos 1.24.
A única maneira de se vencer o domino da natureza humana depravada é ser dominado em cada momento pelo Espírito Santo. Ande segundo o poder do Espírito e você jamais satisfará as lascívias de sua carne.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 25/03/2001
© Copyright 2001 Stephen Davey
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