
Sobrevivendo à Feira das Vaidades
Sobrevivendo à Feira das Vaidades
Quando Se Fizer Chamada—Parte 5
Romanos 16.19–20
Introdução
- Você está sabendo do que Brad Pitt falou sobre Angelina Jolie na África?
- Você viu a roupa que Paris Hilton usou na última festa de gala do Oscar?
- Você sabe o que causou o término do casamento de Jessica Simpson?
Não sabe?!
Se você foi ao mercado recentemente, então se deparou com as notícias badaladas das vidas de celebridades. Tudo fica exposto em capas de revistas e fofocas. É claro, você tem que abri-las para ficar sabendo dos detalhes—algo que eu não fiz. Mas as notícias já ficam estampadas nas capas, além de como ganhar mais dinheiro e como perder 20 quilos em apenas uma semana.
Existem revistas com uma notícia mais tola do que outra, incluindo uma que diz, “OVNIS abduziram meu gato Felix!”
Você sabe o que é mais assustador para mim? Essas revistas e tabloides estão nos balcões de mercados e em bancas porque as pessoas as compram!
Será que o povo é tão ingênuo a esse ponto? Será que as pessoas se importam com essas últimas notícias e com a última abdução por OVNIS? O que me deixa mais assustado é o fato de saber que as mesmas pessoas que compram essas revistas são as que irão votar para presidente de nosso país e governador de nosso estado! Isso, sim, me deixa assustado!
Creio que você não tem o hábito de comprar essas revistas e tabloides de fofoca sobre celebridades e novelas—pelo menos espero que não. Não gaste seu dinheiro para se encher com mais doses de um mundo bobo, sensual, ignorante e egocêntrico.
Na obra clássica de John Bunyan intitulada O Peregrino, o jovem peregrino viaja para a Cidade Celestial, que é um retrato do céu nessa alegoria. Ele encontra toda espécie de dificuldades ao sair de seu velho lar, chamado de Cidade da Destruição, com destino à Cidade Celestial. Ao longo do caminho, ele se vê atolado no Pântano da Desconfiança, fica preso por pouco tempo no Castelo da Dúvida e escapa do Gigante Desespero.
Esse livro foi escrito em 1678 depois que John Bunyan, que foi um pregador, foi lançado em cárcere por haver realizado cultos religiosos não autorizados pela Igreja da Inglaterra. Enquanto esteve em sua cela, Bunyan começou a compor essa obra clássica que é impressa até os dias de hoje em mais de cem idiomas.
Em uma cena, Peregrino caminha por uma cidade chamada Feira das Vaidades com todos os seus prazeres, seduções e tentações. Sinceramente, não consigo ir à feira sem pensar na Feira das Vaidades do livro O Peregrino. Contudo, a Feira das Vaidades não era um lugar em que você comprava frutas, verduras, legumes e grãos de qualidade, nem mesmo um pastel para seu filho.
A Feira das Vaidades era uma cidade que representava o mundo daqueles que odiavam Deus e a Cidade Celestial—o céu. A Feira das Vaidades tinha apenas um propósito com sua existência: oferecer aos viajantes que por ela passavam alguma coisa e tudo de pecaminoso que os seduziria a se esquecerem de Deus e de sua jornada à Cidade Celestial.
O companheiro de Peregrino, cujo nome era Fiel, é assassinado pelos cidadãos da Feira das Vaidades. Eles se enfurecem porque Fiel condena seu estilo de vida por meio de seu testemunho puro e santo.
Após Fiel ser martirizado, eles permitem que Peregrino continue sua viagem. Mais adiante, ele é auxiliado por um companheiro chamado Esperançoso. Finalmente, após muitas aventuras e tribulações, Peregrino, cujo nome foi mudado para Cristão após se encontrar com o Evangelho de Jesus Cristo, chega à Cidade Celestial.
Existe muita verdade nessa alegoria de John Bunyan. Na verdade, sugiro que você leia esse livro, caso ainda não o tenha lido. Coloque as revistas de fofoca de lado e leia esse tesouro.
A verdade é que, neste momento, estamos todos passando pela Feira das Vaidades. Será que ela atrapalhará o nosso progresso? Será que ela já nos distraiu?
Como sobrevivemos à Feira das Vaidades? Como cuidar para que não prestemos mais atenção às falsas promessas da Feira das Vaidades do que nos eternos prazeres de Deus?
Atenção: Cuidado com A Cultura Depravada!
Em Romanos 16, o apóstolo Paulo nos conta como sobreviver à Feira das Vaidades. Ele interrompeu suas saudações finais para introduzir uma série de advertências.
Paulo está profundamente preocupado com a possibilidade de os crentes de Roma serem enganados por falsos mestres que lhes prometem bugigangas de saúde, prosperidade e satisfação pessoal. Esses mestres pregam uma religião de satisfação no eu, e não o Evangelho da salvação do eu.
Cuidado com esses mestres de palavreado cativante que prometem uma religião de autossatisfação ao invés de auto-abnegação. Eles são como os falsos mestres descritos em Judas 12:
Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas;
Cuidado com os mestres enganadores!
Segundo, Paulo alerta os crentes a tomarem cuidado com a cultura depravada. Veja Romanos 16.17–18, o texto que vimos em nosso último estudo:
Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos.
Veja, agora, Romanos 16.19a: Pois a vossa obediência é conhecida por todos.
E a propósito, Paulo já louvou os romanos antes ao escrever: porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa fé (Romanos 1.8b).
Agora, Paulo os louva por sua obediência conhecida por todos. Sem dúvida alguma, nesse contexto, ele se refere à sua obediência à verdade de Cristo. Ele continua escrevendo no verso 19: por isso, me alegro a vosso respeito.
Em outras palavras, “Fico feliz demais com o testemunho de vocês!”
Qualquer discipulador transborda de alegria ao saber que um de seus alunos assumiu uma postura firme para Cristo e para a verdade das Escrituras. Nós nos alegramos quando crentes obedecem ao nome que carregam!
Ontem, eu fui ao supermercado. Percebi que o rapaz que empacotava minhas coisas tinha um colar no pescoço com uma cruz. Não havia outras pessoas na fila atrás de mim. Então, sabendo que não iria atrapalhá-lo em seu serviço, perguntei, “Por que você usa essa cruz pendurada em seu pescoço?”
Supondo que não passava de um mero adorno para ele, pensei que teria a oportunidade de evangeliza-lo. Contudo, aconteceu de ele ser um crente comprometido em viver para Cristo. Esse adolescente disse, “Uso esse colar porque quando sou tentado a enganar, roubar, mentir ou fazer algo de errado, geralmente, em algum momento preciso olhar para baixo, vejo essa cruz e penso, ‘Ah, espere um pouco, eu sou crente—não posso fazer isso’.”
Descobri que ele frequenta uma igreja na cidade onde um amigo meu é o pastor. Tenho certeza que esse pastor ficaria muito orgulhoso de saber do testemunho desse jovem rapaz.
Paulo escreve em Romanos 16.19, “Muito me alegro com vocês por causa de seu testemunho de obediência fervorosa a Jesus Cristo.”
Praticar a pureza (sábios para o bem)
Esse bom testemunho, todavia, não impede Paulo de declarar mais uma advertência. Ele sabe que esses crentes vivem em Roma—a maior de todas as Feiras das Vaidades. Então ele continua e diz em Romanos 16.19: e quero que sejais sábios para o bem e símplices para o mal.
Sábios, ou sophos, do qual derivamos o nome próprio “Sofia,” significa, “experimentado, habilidoso.” Nesse caso, habilidoso para o bem.
Tiago escreve em Tiago 3.17:
A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento.
E ele contrasta essa sabedoria com a sabedoria do mundo ao escrever no verso 15: Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca.
Conforme Tiago, a sabedoria mundana produz inveja amargurada e sentimento faccioso, a qual mente contra a verdade (Tiago 3.14).
A sabedoria nas Escrituras é a maestria prática da vida e da conduta (Provérbios 1.5); é a verdade colocada em prática; é conhecimento colocado em prática.
A sabedoria lida com as situações da vida com prudência e dignidade; ela sabe como lidar com outras pessoas e como viver de fato; ela reconhece a soberania de Deus e busca compreender as palavras de sabedoria reveladas nas Escrituras.
Na verdade, um relacionamento amoroso, comprometido, humilde e submisso com Deus é o ponto de partida para a verdadeira sabedoria. Salomão escreveu em Provérbios 9.10a: O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.
Antes, seu pai Davi já tinha escrito no Salmo 111.10: O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria.
Ou seja, a sabedoria para se saber o que é bom começa com Deus.
A caminhada externa da sabedoria começa com um relacionamento interno com o Deus da sabedoria. Deus desenvolve um caráter de sabedoria na vida privada, a qual é revelada por uma conduta de sabedoria na vida pública.
É por esse motivo que Paulo nos informou em Romanos 12 que precisamos ser transformados. Somos facilmente espremidos para nos encaixar nos moldes da sabedoria mundana ao invés da sabedoria piedosa. O que fazemos está ligado com quem somos.
O mundo busca desesperadamente se convencer da seguinte forma: “Eu sei que fiz algo terrível, mas não fui eu... aquele não era eu realmente... não sou uma pessoa má; apesar de ter feito algo pecaminoso, não sou uma pessoa pecaminosa... aquele não era o verdadeiro eu.”
Donald Grey Barnhouse escreveu sobre um ladrão que se colocou diante do juiz com esse tipo de desculpa. Ele disse que não foi ele que tinha roubado, mas um impulso que veio à sua mão e sua mão direita roubou o dinheiro. Rapidamente o juiz acabou com esse delírio ao dizer, “Tudo bem. Nesse caso, sentencio sua mão direita à prisão e o resto do seu corpo terá que ir junto.”
Paulo diz, “Sejam sábios!”
Ou seja, “Sejam habilidosos, estudados, fervorosos por aquilo que é bom.”
Essa é outra maneira de dizer, “Pratiquem a pureza!” E ela deve ser praticada em sua vida particular e pública. Quanto mais você pratica a pureza na vida privada, maior será a probabilidade de você praticá-la na vida pública. Quanto mais sábias são suas decisões internamente, mais sábias serão suas decisões externas.
Nutra a ingenuidade (símplices para o mal)
Paulo ainda adiciona outra frase que nos ajuda a sobreviver à Feira das Vaidades com fervor piedoso e uma busca focada na glória de Deus. Veja Romanos 16.19b: e quero que sejais sábios para o bem e símplices para o mal.
Paulo escreveu a mesma ideia em Filipenses 2.15–16:
para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente.
Que retrato perfeito do crente que passa pela Feira das Vaidades em trevas e pecado, erguendo a palavra da vida como uma tocha em meio à escuridão.
Como vivemos dessa forma? Praticando a pureza e, segundo, nutrindo a inocência.
Paulo usou um termo traduzido como símplices que se refere a algo sem mistura—limpo, íntegro, inalterado. Ao estudar essa passagem, a palavra “ingênuo” veio à mente com o significado de “puro em relação ao que é mau.”
“Ingênuo” significa, “sem malícia, não afetado pela maldade.” Um dicionário até define esse termo como, “deficiente na sabedoria mundana.” Isso significa ser ignorante sobre as coisas que o mundo conhece muito bem.
Sobreviver à Feira das Vaidades com caráter piedoso, distinção eficaz e com o brilho da luz do puro Evangelho de Cristo exige que sejamos sábios para o bem por um lado e, por outro lado, ignorantes quanto ao que é mau.
Em outras palavras, recusamos estudá-lo, recusamos nos tornar confortáveis com ele, recusamos assistir a ele, recusamos comprá-lo, recusamos lê-lo, recusamos ouvi-lo, copiá-lo, segui-lo ou até mesmo cantá-lo. Escolhemos não aprender a letra da última música ou seguir as últimas modas em vestimenta. Esse é um tipo de ignorância que buscamos e regulamos. Escolhemos não saber.
Talvez você esteja pensando que não é justo Paulo sugerir que o crente deve ser ingênuo quanto ao pecado. Você pode pensar que as coisas eram mais fáceis para esses crentes vivendo em Roma no século primeiro, mas as coisas são diferentes agora—vivemos no mundo moderno do século vinte e um.
Quando Paulo escreveu para esses crentes, eles viviam no que Sêneca, o historiador do século primeiro, chamou de “poço de iniquidade.”
A imoralidade na classe alta era a mesma de nossa geração. Homossexualismo, lesbianismo, bissexualidade e bestialidade eram comportamentos aceitáveis. Na verdade, na época de Paulo, um casal heterossexual que não experimentava outras práticas sexuais era considerado como sem graça e puritano. Muitos dos filósofos romanos zombavam de casais monógamos.
Adicione-se a isso o fato de a prostituição infantil ter se proliferado, uma vez que crianças, especialmente meninas, eram abandonadas pelos pais que as rejeitavam.
Vício em drogas era uma epidemia—a vida era barata. Na verdade, nos dias de Paulo, as classes mais pobres de pessoas tinham formado cooperativas de empregados, não em busca de melhores salários ou condições de trabalho, mas pelo simples direito a um enterro digno.
Nos dias de Paulo, animais eram mais protegidos e venerados do que humanos. A mesma coisa é verdade em nossos dias, quando matar um tamanduá é crime, mas matar um bebê no ventre da mãe é uma prática protegida pela lei.
Seguir esse texto não é algo mais difícil para nós do que foi para os crentes primitivos de Roma buscar a pureza e nutrir a ingenuidade.
Entretanto, nós temos, de fato, algo particularmente perigoso adicionado à nossa batalha contra o mal, algo que os crentes romanos jamais imaginaram—uma ferramenta maravilhosa para proclamar o Evangelho e todos os tipos de informação, mas também é um assistente para o mal sem precedentes no mundo. Nós a chamamos de “rede de internet.” Em vários sentidos, o nome é apropriado—uma rede.
Recentemente, li um artigo escrito por um grupo de pesquisas. O título do artigo era, “Crentes Acreditam em Quase Tudo o que Leem na Internet.” O estudo apontou um índice elevado de ingenuidade entre os crentes que usam a internet. Por mais vergonhoso que seja, 9 de 10 crentes que participaram do estudo admitiram que nunca checam as fontes de informações que leem na internet.
Um departamento do governo que luta contra fraudes relatou que milhões de dólares foram roubados de outros países por meio de e-mails fraudulentos. Talvez você mesmo, assim como eu, já tenha recebido e-mail desse tipo. Um deles me dizia que uma pessoa rica na África precisa urgentemente de uma conta bancária no exterior para esconder as riquezas de líderes corruptos. O e-mail promete à vítima 10% da riqueza dessas pessoas como recompensa por ajuda-los a guardar o dinheiro em sua conta bancária.
Imaginamos que as pessoas não acreditarão nesse tipo de coisa. Contudo, em apenas um ano, somente esse e-mail arrecadou 127.8 milhões de dólares de pessoas ingênuas.
Alguém disse que parece que os crentes estão alertas ao mundo, mas não à internet.
Um website afirmou que publicou um artigo satírico sobre maná aparecendo no Monte Sinai novamente, e isso aumentou as visitas a esse website em 2000% porque as pessoas começaram a espalhar a notícia de um “fenômeno escatológico”!
Sinceramente, isso não me incomoda muito. Se as pessoas gastam dinheiro com revistas e tabloides de fofocas e novelas, elas provavelmente gastarão dinheiro para conseguir um maná do Monte Sinai junto com um copo de água benta do Rio Jordão.
O que mais me incomoda é a destruição das vidas de milhões de crentes hoje que ficam atolados em sites de pornografia, em salas de bate-papo inapropriadas, em trocas de imagens sexuais via internet e exibindo perfis sexualmente sugestivos em redes sociais que abrem o caminho para pornografia pesada e outros vícios mais tenebrosos e profundos.
No ano passado, o Ministério da Justiça estimou que 9 de 10 jovens entre as idades de oito e dezesseis anos foram expostos a pornografia na internet.
A propósito, a televisão, a fim de manter a competição com a internet, também segue a mesma moda. Agora, 70% dos programas mais assistidos possuem algum conteúdo sexual. O número de cenas de sexo por hora quase que dobrou nos últimos dez anos para mais de seis cenas a cada hora.
Vamos, simplesmente, dizer a verdade: vivemos em uma sociedade saturada com o sexo.
Existe uma conexão entre ver e fazer. Observação se agrava, o que conduz à perda de sensibilidade e, finalmente, à ação. Esses são fatos bem conhecidos.
O que vemos e seguimos segue a lei dos rendimentos decrescentes—precisamos ver e fazer mais da próxima vez a fim de sentirmos o que sentimos da primeira vez. O pecado nunca se satisfaz com uma experiência passada.
Imagine as implicações das palavras que Jesus proferiu à Sua geração em Lucas 11.34:
São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas.
Foi por esse motivo que Davi tentava cortar pela raiz todo mal que começava a surgir em sua vida. Veja o compromisso maravilhoso e santo que ele fez no Salmo 101.3: Não porei coisa injusta diante dos meus olhos.
O tempo em que vivemos exige que nutramos, propositadamente, a ingenuidade, que escolhamos a ignorância ao pecado ao nos recursar os entretenimentos mundanos. O que você escolhe assistir? O que você lê? O que você permite passar pela porta de seus olhos e entrar em seu coração?
Ouça a advertência de Paulo, para esta geração, em relação ao potencial maligno de nosso mundo.
Segundo uma pesquisa feita por uma organização evangélica, 1 de cada 6 mulheres, incluindo crentes, luta contra a pornografia, o que equivale a cerca de trinta milhões de mulheres. Essa mesma pesquisa descobriu que 80% das mulheres envolvidas têm mais propensão do que homens para executar o comportamento na vida real por meio de casos e parceiros múltiplos.
Um órgão da família relatou que, em dezembro do ano passado, eles concluíram que o maior grupo de usuários de sites pornográficos é de jovens entre as idades de doze e dezessete anos. A maioria deles meninos que acabaram de começar uma batalha vitalícia contra essas impressões precoces.
Aproximadamente metade dos homens entrevistados, incluindo pastores, líderes crentes e membros de igrejas, admitiram haver acessado com frequência um site pornográfico no mês passado. É impossível enumerar os homens que caem nisso—homens com os quais nós, em nossa igreja, por exemplo, conversamos, oramos e que sabemos terem se enredado na internet.
Hoje, existem mais de um milhão de sites projetados e dedicados a seduzir pessoas a perigo e grande ruína. Apenas nos Estados Unidos, setenta milhões de pessoas de todas as idades acessarão sites pornográficos neste mês. Eles navegarão pelo que se estima ser quinze bilhões de páginas de conteúdo pornográfico neste mês.
Existe uma conexão próxima dessa epidemia com o fato de trinta e dois milhões de pessoas no mesmo país terem adulterado ou fornicado somente nesta semana—trinta e dois milhões em apenas uma semana.
Neste momento, meu amigo, as vítimas dessa epidemia são crianças. O comércio de pornografia infantil é estimado, agora, em vinte bilhões de dólares por ano ao redor do mundo.
A verdade é que você não pode assistir à pornografia na internet, ou a cenas imorais na televisão ou cinema sem ter escolhido armar sua tenda na Feira das Vaidades. Dentro de pouco tempo, o trajeto para a piedade que marcam aqueles a caminho da Cidade Celestial vai parecer sem graça e tedioso, rígido e legalista. Ou seja, “Por que devo me preocupar? Vou me estabilizar aqui, como fez Ló, e armar minha tenda em Sodoma e Gomorra.”
O que precisamos hoje é de um ressurgimento da pureza fervorosa. A igreja está com necessidade desesperadora de homens e mulheres, adolescentes e jovens que não assistirão a essas coisas com moderação, mas que praticarão abstinência total.
Precisamos rogar a Deus por grande amor pelo que é bom e ódio ainda mais profundo pelo que é mau.
Aplicação
Quatro palavras vieram à minha mente enquanto estudava essa passagem. Deixe-me compartilhá-las com você.
- Ore.
Ore por sabedoria. Deus jamais nos repreenderá por pedir por sabedoria—sabedoria que discerne o bem do mal, que anseia pelo que é celestial e abomina o que é mundano.
- Prepare-se.
As provas continuam vindo e já estão à nossa frente! Essa é uma guerra—nada mais.
Existem duas concepções erradas que devemos evitar nessa batalha.
- A primeira concepção errada é a de que andar com Deus diminui a tentação ao pecado.
Se isso fosse verdade, então o nosso Senhor jamais teria sido tentado. Ele foi conduzido pelo Espírito de Deus e estava andando em perfeita harmonia com o Pai quando foi tentado no deserto pelo diabo.
- A segunda concepção errada é a de que quanto mais tempo andamos com Deus, menor será a probabilidade de sermos tentados a pecar.
Se isso fosse verdade, então qual a vantagem de tentar Jesus Cristo após Ele ter vivido uma vida sem pecado por trinta anos em comunhão perfeita com o Pai? Após trinta anos de crescimento e desenvolvimento em total submissão ao Seu Pai, Ele ainda foi tentado.
A propósito, quando Lucas registrou a tentação de Cristo, ele a concluiu dizendo o seguinte naquele parágrafo: apartou-se dele o diabo, até momento oportuno.
Imaginamos que o texto diria, “...apartou-se dele o diabo para sempre.” Não havia benefício algum em tentar Jesus.
Todavia, o texto diz que o diabo deixou Jesus até momento oportuno. Entenda que Jesus Cristo andava em pureza e perfeição piedosa, e Satanás O seguia, esperando por uma possibilidade oportuna para tentá-lO.
Se Satanás pensou que poderia derrubar o Filho de Deus, qual o tipo de confiança você pensa que ele tem de que pode nos derrubar?
- Busque.
Corra atrás das coisas certas; fuja das coisas erradas.
- Louve.
Paulo escreveu em Romanos 16.20a: E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás.
Satanás foi esmagado na cruz, está sendo esmagado por cada vitória sobre a tentação e será esmagado no julgamento final quando for condenado ao inferno por toda eternidade.
É como se Paulo dissesse, “Louve a Deus pela derrota de Satanás no passado, no presente e, especialmente, louve a Deus por Sua supremacia final sobre Satanás.”
Enquanto isso, batalhamos; enquanto buscamos pureza e nutrimos a ingenuidade, podemos também louvar a Deus por Sua força diária aos santos. Paulo escreveu no final de Romanos 16.20: A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco.
Talvez sabendo que muitos crentes romanos iriam fracassar, assim como nós fracassamos hoje, Paulo conclui nos lembrando da graça de Deus. Uma graça maravilhosa, implacável, imensurável e fiel.
Louve a Deus por Sua graça maravilhosa. Não abuse dela—viva uma vida que demonstra gratidão por ela.
Vamos colocar diante do Senhor nossa necessidade de perdão, de Seu poder e graça para as tentações das quais precisaremos fugir até mesmo hoje. Enquanto corremos, vamos louvá-lO porque, um dia, finalmente e definitivamente, Satanás será esmagado sob nossos pés em vitória final e eterna.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 22/10/2006
© Copyright 2006 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
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