Adicionando Mais Uma Cor

Adicionando Mais Uma Cor

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Adicionando Mais Uma Cor

Áreas Cinzas na Vida Cristã—Parte 4

Romanos 14.13–15

Introdução

Segundo um estudo que li, o daltonismo afeta aproximadamente 1 de 12 pessoas. Esse é um dado que você deve levar em consideração, especialmente se trabalha desenvolvendo websites, propagandas, roupas e mapas. Em particular, os mapas são algo difícil para pessoas daltônicas.

Tudo indica que esse mal não gosta dos homens. Enquanto 1 de 200 mulheres é daltônica, 1 de cada 10 homens sofre com o problema. Talvez isso explica a forma como nos vestimos!

Na verdade, essa deficiência exclui muitas pessoas de vocações desejadas. É fácil entender o significado disso para alguém com dificuldades de distinguir cores nos campos dos cosméticos, fotografia, têxtil, eletrônicos, decoração e até conserto de telefone.

Em minha pesquisa, descobri que certas coisas podem melhorar a sensibilidade da pessoa às cores, tais como dieta, abstinência de certas comidas e substâncias.

Um dos líderes de nossa igreja possui essa deficiência. Se eu o vir domingo pela manhã e disser que ele ficou bem naquele terno e gravata, ele diria, “Não faço a mínima ideia... mas acredito na sua palavra.”

O mundo não demonstra muita simpatia para com os que sofrem com essa doença; e olha que nosso mundo é um mundo de cores.

O país que mais sofre com o problema é os Estados Unidos. As cores mais comumente confundidas são vermelho e verde—as quais acontecem de ser o que? Exatamente, as cores nos semáforos.

O primeiro homem a estudar cientificamente esse mal foi John Dalton, um químico inglês do século 19, o qual sofria com a doença.

Dalton também era um Quaker devoto, algo que o ajudou imensamente, uma vez que a maioria das roupas que ele vestia para ir à igreja era de tons suaves. Em certa ocasião, um brincalhão se divertiu ao trocar secretamente uma das meias escuras do Quaker. Essa meia escura subia até o joelho e combinava com seus sapatos pretos. Sem saber, o daltônico apareceu à noite para a reunião de oração usando uma meia preta e outra vermelha claro. Você acredita nisso?

Fico apenas imaginando o Quaker John Dalton indo à igreja com suas meias levantadas até os joelhos—e uma delas vermelha! Sem querer, John acabou gerando agitação aquela noite na igreja.

Mas essa não seria a última vez em que a igreja se agitaria por causa se sua incapacidade de distinguir cores.

Uma igreja saudável é uma igreja daltônica. A noiva de Cristo é um mundo de cores e os santos parecem não perceber. Todas as nações estão presentes—negros, marrons, amarelos, creme, bronzeados e brancos.

Por um lado, um crente maduro e saudável não olha a cor.

Por outro lado, um crente maduro e saudável enxerga mais de duas cores—preto e branco. Ele aprende a identificar um terceiro tom que forma grande parte do mundo ao seu redor. Ele é sensível a essa cor e consegue enxergá-la. A terceira cor é a cinza.

Tenho a impressão de que, de forma bastante prática, no decorrer de Romanos 14, Paulo exorta a igreja a adicionar um terceiro tom—o cinza. Ele está ensinando a igreja por que ele é importante e como conviver com ele.

Até agora, estudamos os 12 primeiros versos de Romanos 14. Paulo já afirmou claramente que alguns elementos do passado da nação judaica não constituem motivo de separação. Tempos e épocas, festivais e dias de sábado são uma questão de preferência pessoal. Ele nos lembrou de que, um dia, todos estaremos diante do Senhor do Sábado e prestaremos contas—vendo nossas vidas com Seus olhos—e recebendo recompensas por tudo que fizemos para Sua glória.

Agora, Paulo foca ainda mais na questão de assuntos cinzas. Ele apresentará o que creio ser “Nove Princípios para Uma Vida Equilibrada” ou “Nove Princípios para Lidar com Questões Cinzas.”

O Princípio da Proteção

O primeiro princípio para uma vida equilibrada é o princípio da proteção. Paulo escreve em Romanos 14.13: Não nos julguemos mais uns aos outros.

O que isso sugere? Sugere obviamente que os membros da igreja de Roma estavam julgando um ao outro.

Paulo diz, “Vamos decidir, todos juntos, a parar com esse julgamento mútuo.”

Em outras palavras, “Vamos fazer uma resolução, um trato com o próximo de que adicionaremos mais uma cor ao nosso convívio—a cor cinza.”

Existe um jogo de palavras muito interessante nesse texto que nós, leitores do português, perdemos. Paulo emprega o mesmo verbo grego krino em apenas uma frase.

O verbo possui vários significados. Um deles é, “julgar, avaliar.” Na primeira parte da frase, Paulo escreve, Não nos julguemos mais uns aos outros. Isso carrega a ideia de crítica, censura, a qual já foi tratada nos versos anteriores.

Na segunda parte da frase, Paulo emprega o mesmo verbo, mas com uma conotação diferente. O mesmo verbo é então traduzido da seguinte forma: pelo contrário, tomai o propósito.

Ele poderia ser traduzido como, “ser cuidadoso em julgar isso.”

Paulo diz o seguinte com seu jogo de palavras, “Não seja crítico, mas use julgamento são.”

Existe grande diferença na forma como esse verbo é usado. De fato, existe vasta diferença entre criticar alguém e usar um julgamento são.

Esse jogo de palavras de Paulo exige que jamais critiquemos o irmão em questões cinzas, ou seja, nas áreas sobre as quais as Escrituras são silenciosas e não apresentam uma conclusão definitiva. Ao invés disso, devemos usar nosso melhor discernimento ao ajudar uns aos outros.

Não devemos seguir o exemplo de uma pessoa crítica a qual Jesus se referiu. Ele desafiou Seus discípulos a não ser como o homem que diz ao seu irmão:

Deixa, irmão, que eu tire o argueiro do teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão (Lucas 6.42).

Imagine um homem entrando com uma viga saindo de seu olho! O termo que o Senhor usa se refere a uma viga de madeira usada nas construções de Seus dias.

Então esse homem chega à igreja com uma viga saindo de seu olho. De alguma maneira, ele passa pelos diáconos sem ser percebido. Ele desce pelo corredor e, toda vez que vira a cabeça, derruba alguém. Ele está alienado a isso; insciente da forma como bloqueia sua visão, mas convencido de que pode enxergar uma pequena farpa de ofensa na vida de outra pessoa.

Ele é um exímio identificador de farpas. Esse sim é um bom ministério! Ele pensa que esse é seu dom espiritual.

A verdade é, como Jesus sugeriu nesse texto, as pessoas não têm farpas em seus olhos. Temos pontos-cegos. Portanto, vamos trabalhar juntos ao vivermos para a glória de Deus e, então, poderemos ajudar outros a fazer o mesmo.

Paulo diz, “Esse é um voto pessoal—vamos ajudar um ao outro!”

“Mas como, Paulo?”

Ele escreve na última parte de Romanos 14.13: pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão.

Paulo diz, “Não coloque nenhuma dessas duas coisas na caminhada de seu irmão na fé e no crescimento no Senhor: nem tropeço, nem escândalo.”

Existem duas palavras diferentes denotando suas ações diferentes:

  • A primeira ação é um obstáculo inocente, que é a ideia por trás do substantivo tropeço.
  • A segunda ação causa dano intencional, que é a ideia por trás do substantivo escândalo.

Paulo escreve, “De qualquer forma, fique atento para que você não atrapalhe inocentemente a fé do seu irmão mais fraco, e, obviamente, não cause danos intencionais aos passos fracos, incertos e imaturos do irmão mais fraco no Senhor à medida em que ele cresce, saindo de sua infância e se tornando um adulto.”

Esse é o princípio categórico da proteção.

Isso se assemelha a andarmos prevenidos com um guarda-chuvas. Se você mora em uma região de clima instável como eu, você sempre carrega um. Daí, de repente, a chuva começa e vira um temporal. Enquanto caminha na calçada, você vê um irmão mais novo que não se preveniu—na verdade, ele nem sequer sabe como usar um guarda-chuvas—e está debaixo da chuva.

Esse irmão mais novo não está acostumado ainda com a saraivada de centenas de questões, opiniões e decisões diferentes em sua nova caminhada com Cristo. Ele fica cada vez mais miserável ao se encharcar mais e mais!

Vá e ofereça abrigo a ele. Não:

  • Dificulte as coisas para ele;
  • Jogue mais água nele;
  • Ria dele porque não sabe usar um guarda-chuvas;
  • Se exiba com seu casaco de chuva;
  • Aponte seu dedo para ele diga, “Você está terrível aí debaixo dessa chuva!”

Proteja-o!

Paulo escreve mais adiante que, se você age assim, não anda segundo o amor fraternal (Romanos 14.15a).

Vamos voltar e dar uma olhada mais detalhada nas duas ações com as quais fracassamos em proteger o irmão mais fraco.

Em Romanos 14.13, circule a primeira palavra tropeço. Essa não é uma ação realizada necessariamente de propósito; ela não é intencional e é algo não planejado. Isso se refere a algo que você faz e um irmão mais fraco o vê fazendo, de maneira que se torna um tropeço.

Esse é o termo grego proskomma, que carrega a ideia de tropeço e queda. A tradução tropeço transmite bem o significado dessa palavra.

Você alguma vez já entrou em um quarto com a luz apagada e topou com seu dedo em alguma coisa? Talvez foi algo que sua filha deixou no chão. Não existe nada como pisar no carro conversível rosa da Barbie—ele pode causar sérios danos!

Circule, agora, em Romanos 14.13, a palavra traduzida como escândalo. Aqui a questão é mais séria.

Na Grécia, essa palavra era usada para o disparar de uma armadilha. Se você colocou um pedaço de queijo na ratoeira e o rato foi pego, o gatilho que disparou a armadilha era chamado de skandalon.

Paulo diz, “Não faça algo que poderá disparar o gatilho e prender um crente distraído, causando-lhe confusão e grande dano espiritual.”

Proteja-o de armadilhas colocadas por outros crentes. Nosso trabalho é remover os destroços da trilha de nosso irmão crente.

Não devemos adicionar mais problemas para sua caminhada—a qual, às vezes, é na escuridão da incerteza, quando não está familiarizado com as trilhas da graça e da liberdade—muito menos tentar derrubá-lo!

Um missionário explicou como um ato de liberdade cristã em seu país pode prender numa cilada crentes novos e gerar confusão doutrinária.

No lugar onde ele mora, as pessoas são muito influenciadas pela crença do Catolicismo Romano no nascimento virginal de Cristo—que é, sem dúvida, uma doutrina bíblica—mas algo mais é lançado nesse meio. Basicamente todas as pessoas colocam um presépio na época do Natal, mas seguem uma tradição que não passa de idolatria. Novos convertidos em Cristo, salvos por Cristo somente independente de suas obras, precisam logo cedo em sua fé tomar uma decisão em sua caminhada a respeito dessa questão.

Pouco antes do Natal nesse país, as pessoas levam peças de seu presépio para serem abençoadas pelo sacerdote. Elas ficam em filas por várias horas e até pagam a igreja por essa bênção especial. O sacerdote faz o sinal da cruz sobre os bonecos e asperge água santa sobre eles.

Somente após as peças terem sido abençoadas pelo sacerdote é que as pessoas exibem seus presépios, quer em casa ou sem seus negócios. O boneco de Jesus Cristo não é colocado na cena até a meia-noite de Natal, onde acredita-se que Ele “renasce.” As pessoas crêem que podem rezar para os bonecos, os quais, após a bênção, passam a ter poder místico para lhes conceder bênçãos em retorno.

O missionário continuou e explicou o problema. Um novo convertido deseja se livrar de toda a superstição e misticismo e receber a verdade da Escritura somente para sua fé e vida. Mas, como acontece às vezes, se ele vai ao lar de um crente mais velho que sabe que tudo aquilo não passa de uma mera cena e que não importa, mas tem uma em casa, isso gera confusão no crente mais novo. O crente imaturo associa o presépio com a superstição. Imediatamente, ele cai em angústia mental e até verbal, “Como você pode ter algo associado com a falsa religião? Você também reza para esses bonecos? Como você pode ter isso dentro da igreja?”

Era esse o problema em Roma.

Um novo convertido é convidado por um crente velho para jantar bife com arroz e feijão. Daí, ele pergunta, “Que bife suculento. Onde você o comprou?”

“Comprei hoje de manhã das mãos do sacerdote do templo.”

“Você está comendo sarne comprada no tempo, sacrificada aos ídolos? Como você pode se associar dessa maneira com a falsa religião? Você ora para os ídolos também?”

Você poderia dizer, “Mas espere aí... certamente temos liberdade para comer aquele bife... ou colocar aquele presépio na sala de nossa casa!”

Esse missionário disse, “Nossa liberdade precisa ser avaliada à luz de nosso irmão mais novo em Cristo.”

Esse é o princípio da proteção.

Paulo adiciona um testemunho pessoal a esse princípio. Veja Romanos 14.14:

Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura.

Você pode ler esse verso e ser tentado a dizer, “Esse negócio de áreas cinzas é maravilhoso! Posso fazer qualquer coisa, desde que não acho estar errada!”

Isso não é verdade.

A palavra impura é koinos, ou “comum.” Essa é a palavra usada para designar o idioma grego na época em que o Novo Testamento foi escrito—o grego koine, ou, língua grega “comum.”

A comunidade judaica usava essa palavra para se referir às coisas que achavam ser secular—ou comuns, terrenas, repulsivas e até não espirituais. Então, quando Paulo diz que ele pessoalmente acha que nenhuma coisa é comum ou repulsiva, ele não se refere à lei moral de Deus, mas à lei cerimonial—as leis de dieta e rituais, as regulamentações sabáticas e épocas. Em outras palavras, quando o assunto é algo que a Bíblia não fornece ordens ou proibições, Paulo diz que tal coisa não é nem pura nem impura, aceitável ou inaceitável—ao menos que sua consciência acredita que seja algo inaceitável ou impura.

E isso me conduz de volta ao que disse antes, “Essa área cinza é excelente! Qualquer coisa é válida desde que eu não penso estar errada!”

Não. Paulo diz que, apesar de ele saber que não há nada de errado com o que ele come ou faz, a questão não é o que ele pensa; o que importa é o que seu irmão pensa.

O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios com o mesmo teor: todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam (1 Coríntios 10.23b).

Em outras palavras, “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam a mim mesmo ou ao corpo de Cristo.”

Portanto, apesar de eu ter o direito de fazer qualquer coisa desde que minha consciência permaneça pura, devo estar disposto a limitar meus direitos, a limitar minha liberdade pela causa da consciência de outro crente.

Você pode dizer, “Mas isso não é justo! Eu conheço a verdade e não há nada de errado com o que estou fazendo. Estou certo!”

Meu amigo, Paulo está tentando nos dizer que, quando o assunto é essas questões cinzas, existe algo mais importante do que estar certo!

Veja o que ele diz em Romanos 14.15: Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece.

Você diz, “E daí?! Ele vai superar!” Paulo diz:

…já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu.

É como se Paulo dissesse, “Veja o sacrifício que Cristo fez para perdoar seu irmão. Você não sacrificará nada para proteger seu irmão?”

Esse é um fardo mais pesado, não é? É muito mais fácil obedecer a alguma regra da lei do que seguir a lei do amor.

Prefiro voltar a ver as coisas preto e branco. Esse terceiro tom—cinza—tem o rótulo da graça e é mais desafiador do que eu imaginava!

É por isso que Martinho Lutero, o reformador alemão, escreveu um tratado intitulado, “Sobre a Liberdade do Homem Cristão.” E ele começou escrevendo, “Um homem cristão é o mestre mais livre de todos, sujeito a ninguém. Um homem cristão é servo de todos, sujeito a todos.”

Mas qual o nível de nossa sujeição? Volte ao início de Romanos 14.15, onde Paulo diz que entristecemos nosso irmão.

Esse entristecimento pode vir por comentários depreciativos sobre [sua imaturidade]; ou ao se agir em superioridade com ele; ou ao fazer graça dele e de sua perspectiva.

Um autor escreveu:

Um crente fraco pode se entristecer ao ver outro crente dizer ou fazer algo que ele considera pecaminoso. A tristeza fica [ainda] mais profunda se o crente ofensor é alguém que o [crente fraco] admirava e respeitava. Um crente fraco também pode ser entristecido quando, por palavra ou exemplo, ele é conduzido por um crente mais antigo a agir contra sua consciência. Um crente cujo uso descuidado de sua liberdade fere outros crentes não está mais andando segundo o amor.

A propósito, a palavra entristece não é uma questão de ficar um pouco ofendido ou ficar com sentimentos feridos por causa de alguma coisa. O termo indica uma tristeza profunda.

Essa é a mesma palavra usada para falar sobre entristecer o Espírito Santo com um pecado intencional (Efésios 4.30); também é usada para descrever as emoções de Pedro depois que o Senhor perguntou três vezes se ele O amava—Pedro se entristeceu (João 21.17).

Além disso, o verbo que Paulo emprega em Romanos 14.15 para perecer se refere a ruína total.

Portanto, o texto trata do bem-estar espiritual do irmão.

Isso não significa que, por causa de você, esse irmão morrerá eternamente. Entretanto, significa, sim, que, por sua causa, ele fica espiritualmente devastado; sua fé é abalada.

Talvez, neste ponto, você esteja dizendo, “Espere um pouco. Deixe-me perguntar o seguinte:”

  • Isso significa que a fé fraca do meu irmão determina meu estilo de vida?
  • Você está dizendo que preciso me submeter às perspectivas do meu irmão mais fraco?
  • Devo, então, deixar de desfrutar do meu conhecimento da graça por causa de sua ignorância?

Essas são perguntas excelentes! Elas revelam algumas das dificuldades que todos nós temos com esses assuntos.

Deixe-me respondê-las com uma advertência para ambos os lados—tanto para o fraco, ou imaturo no Senhor, como para o forte, o crente maduro em Cristo.

  • Primeiro, uma advertência para o fraco ou imaturo no Senhor.

Se você se pegar dizendo a outros crentes coisas como:

  • “Você não deve fazer isso porque me ofende.”
  • “Você não deve ir lá porque não acho certo.”
  • “Não aja dessa maneira, pois me entristece—e lembre-se, Paulo manda você parar de fazer aquilo que ofende outro crente.”

Meu amigo, você está dando esmola a si mesmo; você está simplesmente admitindo em voz alta que crescimento é algo necessário em sua vida.

Aceite o desafio—mergulhe na Palavra, teste suas perspectivas com as Escrituras, trabalhe com as questões da graça.

Não é fácil, mas aprenda a colorir com aquele terceiro tom; adicione esse lápis cinza à sua caixa de lápis de cor junto os lápis preto e branco porque muitas coisas na vida podem ser apenas coloridas com cinza.

  • Segundo, uma advertência ao crente forte e maturo no Senhor.

Se você possui o hábito de dizer coisas como:

  • “Como crente, eu tenho o direito de fazer isso.”
  • “Discuto com qualquer um sobre minha liberdade nessa área; desafio qualquer um a me dizer que estou além dos limites.”
  • “Qualquer um que pensa que estou errado por agir assim é, simplesmente, um crente fraco—eles precisam crescer.”

Você, também, está dando esmola em sua própria mão; você não está andando em amor; não está considerando o princípio da proteção.

Recentemente, li que, quando Harry Truman se tornou presidente dos Estados Unidos, ele se preocupou que perderia sua sensibilidade com os cidadãos comuns. Então ele saía para caminhar com bastante frequência. Obviamente, aqueles eram dias mais tranquilos quando o presidente americano podia sair para caminhar na rua.

Numa noite, Truman decidiu caminhar pela ponte sobre o rio Potomac em Washington, capital dos Estados Unidos. Enquanto caminhava, ele ficou intrigado com o mecanismo que levantava e baixava a ponte. Ele andou pela passarela metálica na parte lateral da ponte até passando próximo às engrenagens da ponte e, de repente, chegou no operador que estava jantando sua marmita. O operador não ficou nada surpreso ao olhar e ver o presidente atrás dele. Ele simplesmente engoliu sua comida, limpou a boca, sorriu e disse, “Sabe de uma coisa, senhor presidente, estava pensando em você agora mesmo.”

Aquela foi uma saudação que Truman nunca esqueceu e estimou acima de todas as outras que recebera.

Creio que o apóstolo Paulo está dizendo algo bastante parecido aqui. Qualquer coisa que você fizer, se outro crente se aproximar, você poderá dizer, “Sabe de uma coisa, estava pensando em você. As coisas que estou fazendo, desfrutando, dizendo, experimentando... estou pensando em você.”

Viver a vida cristã é bem parecido com andar sobre uma corda bamba. Ao caminhar sobre a corda, você segura o bastão de equilíbrio em suas mãos. Em uma ponta desse bastão está sua liberdade cristã; na outra ponta está seu cuidado e preocupação com seu irmão.

Em uma ponta está a liberdade... na outra está o amor.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 26/02/2006

© Copyright 2006 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

 

Add a Comment


Our financial partners make it possible for us to produce these lessons. Your support makes a difference.
CLICK HERE to give today.

Never miss a lesson. You can receive this broadcast in your email inbox each weekday.
SIGN UP and select your options.