
O Que Você Tem Em seu Guarda-Roupas?
O Que Você Tem Em seu Guarda-Roupas?
Vivendo como se Estivéssemos de Partida—Parte 3
Romanos 13.14
Introdução
Hoje chegamos ao fim de nossa série chamada “Vivendo Como Se Estivéssemos de Partida.”
No estudo anterior, falei que tenho cum vaso cheio de bolinhas de gude. Cada uma delas representa um mês que ainda tenho restante em minha vida. Eu deveria ter mais de trezentas bolinhas para cada mês de vida caso eu viva até os setenta e cinco anos de idade. Contudo, como disse, estavam faltando quase oitenta. A única coisa que pensei foi que alguém estava querendo me ver morto!
Quero apenas dizer para você que um homem de nossa igreja enviou para o meu escritório nessa um pote com bolinhas de gude. Em cima, na tampa, ele escreveu, “Deus me incomodou e aqui estão seus meses de volta!”
Muito obrigado. Já coloquei aqueles meses de volta no meu vaso que fica na janela de meu escritório. Desde esse acontecido, coloquei câmeras de segurança para que não perca bolinhas mais rápido do que devo!
Nesses últimos dias, o pastor de jovens de nessa igreja me deu a letra de uma música evangélica que, apesar de ter um título diferente, transmite a mesma mensagem de nossa série em Romanos 13— “Vivendo Como Se Estivéssemos de Partida.” Esse compositor cristão intitulou sua música de, “Vivo Como se Eu Estivesse de Partida.” O coro diz:
Vivo como se estivesse de partida,
Como seu estivesse vendo o céu;
Quero viver como se estivesse de partida,
Quero ser Tua testemunha.
Nas sombras do meu passado,
Em meio ao que o amanhã trouxer;
Quero viver como se estivesse de partida,
Como se estivesse hoje de partida.
Recebi outros poemas como esse e todos eles expressam bem o ensino de Romanos 13.
Essa é a perspectiva de Paulo na vida e é essa perspectiva que nos encoraja a buscar pureza na vida.
Vamos retornar a Romanos 13 para finalizar nossa série. Acompanhe a leitura dos versos 11 a 14:
E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.
Poderíamos esboçar esse parágrafo com três exortações para o crente:
- Acorde!
- Tome banho!
- Vista-se!
O crente é desafiado a acordar—não seja complacente em sua vida porque, a qualquer dia, o Senhor retornará!
À luz disso, tome banho; ou seja, limpe, lave suas atitudes. Crente, viva uma vida pura!
E a única maneira de fazer isso é vestindo-se para a batalha!
Então:
- Acorde!
- Tome banho!
- Vista-se!
Quero concentrar hoje na última exortação.
Princípio de um Estilo de Vida
Mais uma vez com a imagem de despojar-se e revestir-se, Paulo escreve no verso 14 de Romanos 13: revesti-vos do Senhor Jesus Cristo.
O verbo está no imperativo, significando que podemos colocar um grande ponto de exclamação no final da sentença.
E veja a diferença em nossas vidas como resultado. Olha o que diz o verso 13: orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes
Agora, contudo, nós, como crente, estamos vestidos com Jesus Cristo.
O verso 13 descreve quem éramos; o verso 14 descreve quem somos.
O que Paulo quer dizer com revesti-vos do Senhor Jesus Cristo?
Os crentes romanos teriam entendido imediatamente que a metáfora de se revestir de Cristo se compara ao ato de se revestir com uma túnica.
Os rabinos na época ensinavam e haviam sido ensinados usando essa metáfora. Eles usavam a ilustração de colocar uma roupa como um símbolo do comportamento moral e espiritual. Segundo eles, os verdadeiros adoradores deveriam revestir-se com o manto da glória do Shekinah—a glória de Deus.
Em outras palavras, o verdadeiro adorador de Deus deveria viver uma vida que refletiria o Deus que eles adoravam.
Agora, entenda bem que o rente já está revestido de Cristo. Isso ocorreu no momento da salvação—o crente foi revestido com a justiça de Cristo.
Paulo escreveu aos crentes em Gálatas 3.27 sobre essa verdade: porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.
O profeta Isaías utilizou a mesma ideia quando escreveu no capítulo 61, verso 10:
Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com as suas jóias.
Todo crente foi coberto ou revestido com Cristo; chamamos isso de justificação. Uma vez, e para todo sempre, o crente é vestido na justiça de Cristo.
Mas ainda existe outro aspecto nessa ilustração. Revestir-se de Cristo significa que o crente se santifica a cada dia.
Fomos justificados—estamos sendo santificados.
Esse é o foco de Paulo em Romanos 13.14. Escolher revestir-se de Cristo significa escolher não se revestir com as obras das trevas, mas com as obras da luz.
Paulo escreveu em Efésios 5.8: Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz
Você está revestido com o manto de Cristo; agora, escolha vestir Cristo na maneira como você vive. Isso significa que você não veste os mantos das trevas.
Domingo pela manhã, quando vou escolher minha roupa para o culto, eu me coloco de pé diante do guarda-roupas e escolho um blazer para vestir. Eu tomo minha decisão e escolho um. Você sabe o que eu também decidi? Decidi que não iria vestir nenhum dos outros blazers.
Além disso, porque visto aquele blazer por toda manhã, ele vai comigo para onde eu for; ele participa de tudo que eu participo. E ele ficará comigo o dia todo. Escolhi que nenhum outro blazer me acompanharia naquele diz, exceto aquele.
Obviamente não vestirei outro blazer por cima desse que escolhi. Não voltarei ao guarda-roupas para dizer, “Umm, vou vestir este aqui também.”
Ao vestirmos o Salvador, escolhemos não vestir o pecado. Não podemos vestir tanto o Salvador como o pecado ao mesmo tempo.
Mas ainda tem mais: ao vestir o Salvador, mostramos nosso desejo de ser como o Salvador. Essa é outra maneira de dizer que queremos crescer e nos parecer, falar, andar e agir como Cristo!
Você sabe o que as crianças amam fazer? Vestir roupas de outras pessoas e fingir que são essas pessoas.
Nunca vou me esquecer de uma vez em que meu filho tinha cinco anos de idade. Ele vestiu o maiô da minha filha e começou a pular na cama elástica infantil que tínhamos no quintal de casa. Minha esposa gritou, “Amor, não sei o que fazer.”
“O que foi?”
“Ah, um dos meninos está lá fora pulando na cama elástica vestido o maiô da irmã! O que faço? Ele está lá pulando como se fosse o Tarzan. O que faço?”
Eu disse, “Pega a câmera. Não podemos perder a oportunidade de chantageá-lo no futuro com isso!”
Ela disse, “Você está falando sério?”
“É claro,” eu disse.
Esse meu filho, que agora está na faculdade, ainda ri conosco quando nos lembramos desse acontecido.
Temos também uma foto de alguns dos filhos usando sapatos de salto da mamãe—não o mesmo filho, caso esteja se perguntando. Tardes chuvosas eram sinônimos de “hora de se vestir.”
Você já viu seu filho usando um calçado seu e andando como você anda—fingindo ser você?
Da mesma maneira, vestimos a roupa de Cristo—porque queremos crescer e ser como Ele.
Então, a pergunta para você é a seguinte: “O que você tem em seu guarda-roupas?”
Essa pergunta é muito mais importante do que perguntar, “O que está em sua carteira?”
O que você tem em seu guarda-roupas? Crente, o que você veste—as obras das trevas ou o Senhor da luz?
Perceba que Paulo emprega a expressão completa do nome de nosso Salvador em Romanos 13.14. Ele diz: revesti-vos do Senhor Jesus Cristo.
Paulo diz:
- do Senhor—porque declaramos Sua divindade, que Ele é soberano, que Ele é o governante, que Ele é o mestre!
- Jesus—porque declaramos que Ele é totalmente humano; que Ele é o Deus-Homem que montou pessoalmente Sua tenda em nosso meio!
- Cristo—porque declaramos que Ele é o único verdadeiro Salvador; que Ele é o Messias!
Revista-se do Senhor Jesus Cristo! E vista-o para todo lugar onde você for.
Esse é o princípio de um estilo de vida.
Proibição de um Estilo de Vida
Na próxima frase de Romanos 13.14, Paulo revela ao crente um estilo de vida proibido. Ele escreve: e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.
O princípio do estilo de vida pergunta, “O que está em seu guarda-roupas?”
A proibição de um estilo de vida pergunta, “O que está em sua lata de lixo?”
Em outras palavras, “O que você veste e o que você joga fora?”
Paulo diz, e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.
Palavras-chave na proibição de um estilo de vida
Existem algumas palavras-chave nessa proibição. Vamos observá-las.
- Primeiro, a palavra disponhais é o termo grego phronoia, que significa:
- perceber adiantado;
- notar de forma premeditada;
- cuidar;
- ponderar.
“Dispor para a carne no tocante às suas concupiscências” significa “fazer provisões para o pecado.”
Paulo pinta um retrato de nós que preferimos não ver. Ele sugere que cada crente possui o potencial de planejar o maligno. Essas são palavras bastante realistas, honestas e revelam algo terrível a nosso respeito.
O famoso pintor, John Sargent, reclamou certa vez, “Toda vez que pinto um retrato perco um amigo.”
A verdade é—nenhum de nós gosta de um retrato honesto de nós mesmos.
Paulo pinta um retrato verdadeiro. Sabemos como planejar o pecado, o que significa que nenhum de nós jamais cai em pecado por acidente. Planejamos pecar; pecamos de propósito. Portanto:
- Não ligue em um canal de filme e depois se pergunte por quê;
- não planeja encontrar alguém que não deve e depois se pergunte por quê;
- não ignore conselho piedoso e depois se pergunte por quê.
O pregador devoto Puritano Thomas Manton escreveu, “Toda corrupção possui uma voz,” significando que todo tipo de pecado encontra uma forma de entrar em nossas mentes e corações.
Então, não deixe a porta de seu coração aberta. Se deixá-la, você estará fazendo provisões para o pecado.
Entretanto, aqui está a boa notícia:
- você jamais ficará preso em um lugar para o qual nunca vai;
- você jamais será pego em um lugar que nunca visita.
Esse é o motivo por que Salomão advertiu seu filho em Provérbios 2.13, 15, 20:
dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos das trevas… seguem veredas tortuosas e se desviam nos seus caminhos… Assim, andarás pelo caminho dos homens de bem e guardarás as veredas dos justos.
- A segunda palavra-chave em Romanos 13.14 é traduzida como concupiscências.
Esse é o termo epithymia, o qual é usado no Novo Testamento em referência tanto a coisas boas como a coisas ruins. Ele é empregado para falar de bons desejos, tais como:
- os profetas do Antigo Testamento desejando ver e ouvir o Messias (Mateus 13.17);
- uma pessoa faminta em busca de comida (Lucas 15.16);
- um homem que aspira a posição de presbítero na igreja (1 Timóteo 3.1);
- os anjos anelando entender a salvação (1 Pedro 1.12).
Contudo, com maior frequência a palavra se refere a desejos malignos, tais como:
- homens desejando mulheres (Mateus 5.28);
- pessoas consumidas por materialismo desejando mais coisas (Marcos 4.19).
Além disso, a palavra concupiscência é usada negativamente em relação a:
- paixões do corpo (Romanos 6.12);
- inclinações da carne (Efésios 2.3);
- concupiscência do coração (Romanos 1.24);
- concupiscência dos olhos (1 João 2.16);
- paixões mundanas (Tito 2.12);
- imundas paixões (2 Pedro 2.10).
Esse é apenas o início da lista.
Essa é uma palavra que nos mostra um retrato do que somos capazes de fazer e de nos tornar.
Não é surpresa alguma, portanto, que Paulo escreve em Gálatas 5.16:
…andai no Espírito [pela capacitação do Espírito] e jamais satisfareis as concupiscências da carne.
Em Romanos 13, Paulo adverte os crentes romanos, e nós, que a única maneira que não praticaremos as obras das trevas será ao revestirem-se conscientemente:
- da luz (v. 12);
- do Senhor (v. 14).
Perguntas-chave na proibição de um estilo de vida
Deixe-me falar da forma mais prática possível e fazer algumas perguntas pessoais. No decorre de sua rotina semanal:
- Ao que você assiste?
- O que você lê?
- O que você ouve?
- Em quais sites na internet você entra?
Não podemos tratar da concupiscência da carne em nossa geração sem falar sobre a mídia, a internet e materiais impressos.
Permita-me ser mais seleto em relação a essas perguntas. Não vou tratar de todas, mas espero tocar nos assuntos mais urgentes.
- Primeiro, ao que você assiste?
Em 2004, Geoff Botkin, durante um festival independente de filme, afirmou que os princípios bíblicos do que é bom, verdadeiro e belo têm sido atacados desde os anos 1920 quando a indústria do filme começou a crescer. Ele comentou que nós, os crentes e especialmente os que são pais, precisamos acordar para a realidade de que até mesmos os programas mais simples na televisão ensinam lições; até os piores filmes ensinam, pela própria natureza da percepção visual, uma série de valores.
Em apenas duas gerações, conforme Geoff aponta, saímos de filmes clássicos para filmes sensuais. Como? Parte da resposta, meu amigo, é o fato de nosso mundo não estar numa posição neutra—as doutrinas dos demônios, como Paulo as chamou, têm uma agenda. O príncipe da potestade do ar não está cochilando; o deus deste sistema mundial possui estratégias bem definidas.
Por qual outro motivo seríamos exortados a vestir a armadura da luz e nos revestir de Jesus Cristo?
Segundo o que acabamos de aprender com o apóstolo Paulo, esperamos que as trevas tentarão seduzir os filhos da luz.
Um homem chamado Benjamin Stein, que atuou como escrivão de antigos presidentes americanos, entrou no mundo de Hollywood e atuou em aproximadamente quarenta filmes. Nos anos de 1970, ele começou como um informante analisando os temas do cinema e tem feito isso por muitos anos. Ao avaliar milhares de roteiros, ele saiu com pelo menos onze características que dominam os programas de televisão e o cinema. Ele inclui as seguintes:
- relações sexuais vêm antes do casamento;
- filhos são mais sábios do que seus pais;
- homens de sucesso nos negócios são maus;
- o clero é desinformado e ineficaz;
- trabalhadores sociais são pessoas nobres;
- homossexualismo é genético;
- militares são perversos psicóticos;
- o pai é uma pessoa tola;
- criminosos são resultado de pobreza e racismo;
- profanidade faz parte da realidade;
- mulheres que rejeitam a posição de mãe são heroínas.
Meu amigo, esse é o currículo predominante em um mundo que é dominado pelas concupiscências da carne.
Você não pode passar tempo se deixando ser instruído por filmes antibíblicos que mexem com suas emoções e formam sua perspectiva e depois ficar se perguntando por que as verdades das Escrituras são antiquadas—e por que alguns crentes, incluindo seu pastor, é rigoroso.
Talvez você já caiu em uma das onze coisas que acabei de mencionar. Na verdade:
- Talvez você se pergunta por que duas pessoas que se amam não podem ser íntimas—é claro que isso é algo belo.
- Talvez você se pergunta se alguns criminosos não deveriam escapar com seus crimes—é claro que eles estão numa posição desvantajosa na sociedade.
- Talvez você pensa que os filhos devem estabelecer suas próprias regras—é claro que eles têm muito a ensinar a seus pais.
- Talvez você se pergunta por que pornografia é uma grande coisa—é claro que Deus criou nossos corpos e deve tê-los criado para serem vistos.
Pessoalmente, eu já ouvi cada um desses argumentos de pessoas que se dizem crentes, mas que já haviam sido obviamente influenciadas pela agenda do sistema mundial.
Ao que você assiste?
- Segundo, o que você lê?
Você lê livros de teor mundano—contra a verdade e a bondade?
É interessante para mim o fato de que, ao descrever as obras das trevas, Paulo insiste no assunto da imoralidade.
Um livro publicado alguns anos atrás revela a desintegração da verdade em relação à fidelidade matrimonial. O livro se chama, Caso: Como Lidar Com Cada Aspecto de Seu Relacionamento Extraconjugal Com Paixão, Discrição e Dignidade.
Soube desse livro enquanto lia um comentário de um pastor sobre a imoralidade na cultura. Esse pastor citou uma revisão da editora, que dizia, “[esta é uma] discussão bem pensada e detalhada de cada aspecto ao se considerar, preparar-se, começar e conduzir um [relacionamento] extraconjugal com sucesso e emocionalmente satisfatório.”
Apesar de eu estar lendo uma citação de um pastor que disse que havia lido aquilo no livro, ainda achei difícil de acreditar. Então fui ao site amazon.com par eu mesmo ver aquilo e lá estava.
Eu cliquei e abri o índice com os nomes dos capítulos. Alguns títulos incluíam:
- Preparando-se para Conhecer Aquele Alguém Especial;
- Princípios para Namoro Extraconjugal;
- Situações que Servem como Justificativas Apropriadas para Se Ter Um Caso.
Desci o cursor para ler os comentários de leitores que derramavam louvores ao livro. Um deles escreveu, “Esse livro salvou minha vida. Ele me ajudou a encontrar e manter meu amigo para me ajudar até que meus filhos cresçam.”
Outro disse, “Queria ter tido acesso a essa informação um tempo atrás. Poderia ter evitado uma quantidade considerável de dor emocional ao não escolher o tipo ‘errado’ de pessoa.”
Outro, obviamente um adúltero com bastante experiência, escreveu, “[este livro está] repleto de bom senso. Ele ajudará grandemente os que desejam afeição de fora do casamento. Se um caso é algo que a pessoa não pode evitar, então este é o guia a se ter.”
Foi impossível não pensar no que o nosso guia, a Bíblia, diz—adúlteros não arrependidos jamais entrarão no reino dos céus.
O que está no seu guarda-roupas? Essa é outra maneira de perguntar, “Ao que você assiste? O que você lê?”
- Terceiro, em quais sites da internet você entra?
Em quais sites você navega? Qualquer meio pode se tornar um instrumento poderoso na proclamação do Evangelho, mas também para a propagação de conteúdo anti-Evangelho. Esses meios podem espalhar:
- a verdade sobre Cristo;
- e a mentira do anti-Cristo.
Talvez a ferramenta mais poderosa e com maior alcance seja a internet. Sem dúvida, ela pode ser usada na propagação do Evangelho.
Nós somos parceiros da rádio BBN, a qual usa a internet para espalhar o Evangelho em muitos idiomas, inclusive mandarim por toda a China. As pessoas acessam a BBN online e ouvem pregações. Somente da China, o site é acessado mais de um milhão de vezes. A BBN recebe dezenas de e-mails todas as semanas de crentes chineses que ouviram o Evangelho de Cristo e creram. Que grande uso da internet!
A BBN ainda treinou vários membros de sua equipe para bate-papo online a fim de interagir com ouvintes. Numa ocasião, um desses membros entrou em uma sala de bate-papo para ateus e escreveu, “Sei que Deus está vivo. Acabei de conversar com ele.” Você já imagina que a conversa pegou fogo.
Todavia, com todo o potencial na internet para a propagação do Evangelho, ela também é um mensageiro tremendo das trevas.
Um tempo atrás, uma pesquisa foi feita para se descobrir quantos adultos visitam sites para adultos somente. O resultado foi o seguinte: em uma semana comum, cerca de onze milhões de pessoas visitaram esses tipos de site. Lembre-se também que essas são onze milhões de pessoas que admitiram fazer isso.
A evidência aponta para números muito maiores, simplesmente com base na quantidade de websites pornográficos, um número que cresce exponencialmente. Li em um periódico os seguintes números:
- em 1998, havia 71 mil sites pornográficos;
- três anos depois, havia 311 mil;
- três anos depois, havia mais de 1,3 milhão.
Isso não inclui sites com outros conteúdos como jogos, falsas religiões, ocultismo e dezenas de outras armadilhas.
Creio não estar exagerando ao dizer que a internet pode ser a armadilha mais perigosa para o crente de nossos dias.
Conclusão
A verdade é que a tentação sempre vem vestida de promessa. É por isso que ela apela à nossa concupiscência.
Uma propaganda de cerveja nunca mostra alguém vomitando em uma festa; sites pornográficos não mostram imagens de doenças incuráveis e seus sintomas.
O pecado é promovido como algo belo e satisfatório; como algo que é nosso direito e que merecemos. Então, não hesite—vai fundo!
O problema é que, quando você finalmente o tem em suas mãos, descobre que está preso em suas mãos; quando você finalmente encurrala o pecado, descobre que ele foi que encurralou você no canto.
Li outro dia uma notícia que foi impossível não achar engraçada. Existem cerca de oito milhões de gatos na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos. Agora, já que a cidade é basicamente toda pavimentada, quando seu bicho de estimação morre, você não pode cavar um buraco em seu quintal e enterrá-lo. Na verdade, as autoridades da cidade decidiram que, por uma taxa de cinquenta dólares, a prefeitura se livra de seu gato morto por você.
Uma senhora, contudo, foi esperta. Ela colocou um anúncio no jornal que dizia, “Quando seu bichinho morrer, irei até sua casa e lidarei com sua carcaça para você por apenas vinte e cinco dólares!”
Essa mulher ia para uma loja de usados e comprava uma mala velha por alguns dólares. Daí, quando alguém ligava em busca de seus serviços, ela ia e colocava a carcaça do animal dentro da mala. Na noite do mesmo dia, ela pegava o metrô, colocava a mala no chão e agia como se não estivesse cuidando da mala. Daí, quando o metrô parava e um ladrão pegava sua mala, ela gritava, “Ladrão… ladrão…”
Que surpresa para aquele ladrão! Ele pensava que estava roubando algo bom, mas estava com um gato morto!
Nós, crentes, agimos como esse ladrão—podemos estar agarrando algo que cremos que nos trará alegria, mas, quando abrimos o pacote, o conteúdo não passa de decomposição e morte.
O pecado nunca cumpre com suas promessas. A concupiscência não recompensa.
Paulo diz, “Corra das obras das trevas e não deixe seu endereço.”
Abrace a armadura da luz e revista-se de Cristo. Não há muito tempo restante; então não espere por outro momento.
Outro dia recebi um e-mail de um irmão da igreja que reagiu de forma interessante à ilustração das bolinhas de gude. Ele disse, “Segui seu exemplo das bolinhas de gude e do vaso, mas modifiquei um pouco. Coloquei o vaso na minha escrivaninha em casa com apenas uma bolinha dentro. Quando olho para essa bolinha solitária, ela me lembra de que hoje pode ser meu último dia, mês, semana, ano, hora minuto, segundo e suspiro nesta terra.”
Isso é “viver como se estivesse de partida”—que é a vida verdadeira!
Considere este último pensamento. Paulo escreveu aos rentes coríntios e disse, “Um dia, em breve, vocês vestirão a roupa da imortalidade. Não se esqueçam de que, um dia, seus corpos mortais serão revestidos de imortalidade” (1 Coríntios 15.53).
Vamos viver à luz desta verdade maravilhosa de que estamos de partida, indo em direção à presença de nosso maravilhoso Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 22/01/2006
© Copyright 2006 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
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