Pegando O Ônibus Certo

Pegando O Ônibus Certo

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Pegando O Ônibus Certo

O Fator Graça—Parte 1

Romanos 12.9

Introdução

Algumas semanas atrás, alguém me enviou as histórias dos vencedores do Prêmio Darwin no ano passado. Essas premiações são chamadas de “Darwin” porque, ironicamente, elas são concedidas a seres humanos menos evoluídos geralmente por seus anos bastante tolos. No ano passado, houve vários ganhadores. Deixe-me compartilhar com você algumas de suas histórias.

Um adolescente foi parar no hospital para se recuperar de ferimentos graves na cabeça causados por um trem em movimento. Quando lhe perguntaram como aquilo tinha acontecido, o jovem contou à polícia que estava tentando descobrir quão próximo conseguiria colocar sua cabeça de um trem em movimento sem ser atingido. Ele foi um vencedor.

Um jornal local contou a história de um homem que entrou em um restaurante Burger King logo cedo pela manhã, mostrou uma arma e exigiu o dinheiro do caixa. O atendente disse que não podia abrir o caixa sem que alguém fizesse um pedido de comida. Ele disse ao assaltante, “Você vai ter que fazer um pedido antes.”

Então o homem deu uma olhada no cardápio e disse, “Vou com essas cebolas fritas.”

O atendente replicou, “Desculpe-me, mas as cebolas fritas não fazem parte do cardápio do café da manhã, apenas do almoço.”

O bandido, já frustrado a essa altura, simplesmente virou-se e foi embora. Ele foi outro vencedor.

Quando uma mulher saía de uma loja de conveniência em Nova Iorque, Estados Unidos, um homem pegou sua bolsa e saiu correndo. Ela imediatamente ligou para a polícia e deu uma descrição física detalhada do homem que levara sua bolsa. Dentro de alguns minutos, a polícia prendeu o homem. Eles o colocaram dentro da viatura e dirigiram por alguns quarteirões até a loja onde a mulher estava aguardando. Ao chegarem, os policiais tiraram o bandido do carro e o mandaram ficar parada a fim de que a identificação fosse feita. Ele logo disse, “Sim, senhor, policial, essa é a mulher.” Ele também é um dos vencedores.

Mais uma. É difícil de acreditar nessas coisas!

Um motorista de ônibus que transportava vinte pacientes de um hospício de uma cidade a outra fez uma parada no caminho para comprar uma bebida. Isso era ilegal e violava o código dos funcionários. Enquanto estava lá dentro por apenas alguns minutos, todos os vinte pacientes escaparam. Quando percebeu que o ônibus estava vazio, e não querendo admitir o que fizera, ele foi a uma parada de ônibus próxima dali e ofereceu às pessoas entrada livre no ônibus. Daí, ele entregou esses passageiros ao hospício, mas, primeiro, cochichou no ouvido da equipe médica dizendo que aqueles pacientes em particular acreditavam que estavam bem de saúde e levavam uma vida normal. Finalmente, o engano foi descoberto—depois de três dias!

Não sei quem deveria receber o prêmio nesse caso—a equipe médica, que não conseguiu desvendar o engano antes, ou as pessoas que demoraram três dias para provar que não deveriam estar ali.

Três dias! Que coisa maluca, hein?! Como você explicaria se tivesse entre os passageiros?

“É o seguinte, eu não deveria estar aqui. Eu estava no ponto de ônibus quando me ofereceram uma passagem de ônibus de graça. É verdade, eu trabalho na Coca-Cola ali no Bairro Industrial; sou um aluno na universidade federal; moro ali perto do centro.”

O que você poderia dizer que provaria sua sanidade? Talvez levasse, mesmo, três dias—ou talvez a equipe médica tivesse o direito de suspeitar de algo.

Suponha que você tivesse que provar a alguém que você é crente. Quanto tempo isso levaria? Três horas, três dias, três semanas? O que você diria para provar isso?

“Estou na igreja, não estou?”

Ou talvez, “Sei que a Bíblia começa com Gênesis e termina com o livro de Romanos.”

Nada disso funcionaria.

Talvez você dissesse, “Veja bem, amigo, sou crente porque Cristo me salvou, quer você acredite nisso ou não!”

Isso seria mais eficiente.

Segundo o apóstolo Tiago, a declaração de que possuímos fé salvífica não é tão crucial para o mundo quanto a demonstração da fé salvífica. Podemos nos reunir em nossa igreja todos os dias da semana, afirmar que somos regenerados, sair por aí vestindo uma camiseta com versos bíblicos, mas nada disso seria evidência real para um mundo que necessita desesperadamente de uma demonstração autêntica. O que eles precisam é de um crente que diz, “Eu pertenço a Deus e veja—eu busco ser parecido com Deus.”

Chamamos isso de “piedade.” Mas o que é piedade?

Tentar definir “piedade” é bem parecido com tentar definir “sanidade”—cada um tem uma definição diferente. É por isso que é algo crítico entendermos Romanos 12. No livro de Romanos, o apóstolo Paulo parte da declaração do Cristianismo, capítulos 1 a 11, e vai para a demonstração do Cristianismo, capítulos 12 até o final do livro.

Romanos 12.9 revela a demonstração autêntica do caráter de Deus. Essa é a maneira de você saber que pegou o ônibus certo e que está indo na direção certa.

Nos últimos versos desse capítulo, Paulo, com declarações rápidas, uma afirmação após outra, define a vida piedade autêntica. É impossível não enxergar isso! Na verdade, o problema que teremos com esse parágrafo final não será que não o entenderemos, mas que nos recusaremos praticá-lo.

O Que É Piedade?

Em Romanos 12.9, Paulo apresenta três declarações rápidas que dão início aos seus pensamentos inspirados sobre a piedade.

  • A primeira declaração de Paulo revela a característica principal da piedade.

Paulo escreve nessa primeira frase: O amor seja sem hipocrisia.

Não é surpresa alguma o fato de Paulo começar com o amor. Aos coríntios ele escreveu:

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará (1 Coríntios 13.1–3).

Paulo continua e descreve as atitudes do amor e finaliza seu pensamento dizendo no verso 13:

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.

Qual deles é o maior? O amor!

Por que o amor é o maior? Porque a fé não durará para sempre—um dia ela deixará de existir. A esperança também, um dia, será deixada de lado. Contudo, o amor dura eternamente.

Então, na lista de atitudes de Paulo que revelam a vida piedosa autêntica, faz sentido que essa qualidade superior, maior de todas e eterna seja a primeira a aparecer em Romanos 12.

Note em Romanos 12.9 que Paulo descreve o amor como sem hipocrisia. A palavra hipocrisia vem do termo grego “hypocrites,” que é uma referência aos atores gregos.

Os teatros nos dias de Paulo não tinham cenários, trajes e iluminação elaborados. Não havia um pano de fundo servindo de cenário. Ao invés disso, os atores carregavam máscaras para que a plateia logo percebesse se o personagem era trágico, cômico ou melancólico. O ator andava pelo palco carregando uma máscara.

Paulo está dizendo, na verdade, “Não coloquem a máscara do amor e faltem com amor em suas atitudes. Não seja um ator que veste a máscara do amor enquanto agem de outra maneira.”

Em outras palavras, não seja um crente que, como D. L. Moody disse, “tem uma fala cremosa, mas uma vida de leite desnatado.”

Remova a máscara do amor—de verdade.

A palavra grega para amor é “agape,” um termo desprezado pelos escritores dos dias de Paulo por ser algo sem graça. Eles empregavam “eros,” para o amor sexual, ou “philia,” a afeição fraternal, ou “storge,” para o amor paternal, mas não “agape,” o qual era considerado como algo frio e insensível.

A verdade é que, de fato, era. Como aprendemos anteriormente, “agape” era o termo usado para um compromisso intelectual.; era uma decisão da vontade para entregar sua vida para suprir os interesses do objeto de seu “agape.”

Um rapaz diz a uma moça que a ama e a deseja como esposa, e não somente por uma noite, o que é “eros”—isso é “agape” ou amor pelo resto da vida.

Quando eu faço cerimônias de casamento, geralmente me refiro a esse tipo de amor ao dizer ao casal que está bem vestido à minha frente que eles estão naquele altar não porque se apaixonaram. Eles me dão um olhar estranho e eu continuou dizendo, “Na verdade, essa festa inteira não tem nada a ver com vocês se apaixonando.”

A essa altura, eles já estão se perguntando por que me pediram para realizar a cerimônia. Daí, eu logo digo, “Vocês planejaram essa cerimônia e este momento porque vocês escolheram se amar.”

Isso é “agape.” “Agape” é o amor concebido na mente; não há hipocrisia, encenação—ele é para a vida inteira.

Na igreja é da mesma forma—esse amor é verdadeiro. Não há engano, fingimento ou encenação! Você não é motivado pela emoção, animação ou fantasia. Você escolheu amar e entrou para a família cristã cm seus olhos abertos!

Paulo diz, “Amem uns aos outros dessa maneira.”

Essa é a maior demonstração de piedade.

Jesus Cristo disse a mesma coisa aos Seus discípulos em João 13.35:

Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.

Você sabe o que Ele acabou de fazer? Ele acabou de nos dizer que o mundo agora possui a capacidade de determinar se somos piedosos ou não.

Jesus disse, “Nisto os homens saberão que vocês me seguem.” Isso é o equivalente a dizer, “Nisto os homens saberão que vocês seguem o caráter de Deus,” que é a busca pela piedade.

Todos saberão se você é o item verdadeiro ou não pela forma como você decide amar o outro, cuidar dos interesses do outro e servir o outro.

Será que funcionou?

Minucius Feliz, o advogado romano que viveu na geração desta igreja em Roma, escreveu, “Eles amam uns aos outros mesmo sem se conhecerem.”

Feliz disse, “Se vocês conseguem imaginar isso—eles não sabem coisa alguma sobre o outro, mas, assim que descobrem que pertencem a Cristo, eles instantaneamente se comprometem com o outro.”

Julian o Apóstata, um imperador romano do século quarto que odiava Cristo, zombou dos crentes dizendo, “Seu mestre implantou neles a crença de que são todos parentes.”

A principal característica da piedade é o amor para com o outro.

  • Agora, Paulo nos apresenta o preço da piedade.

É uma moeda de dois lados: um lado é positivo e o outro é negativo.

Veja primeiro o lado negativo no verso 9 de Romanos 12: Detestai o mal.

Em todo o Novo Testamento, o verbo detestar aparece somente aqui. Esse é um termo forte.

Moffat o traduz da seguinte forma, “Considere o mal como um horror.” Williams enfatiza o tempo presente desse particípio ao traduzi-lo, “Vocês devem sempre fugir do que é errado em horror.”

Mas espere um minuto! Por que o apóstolo Paulo teria que mandar o crente odiar ou detestar o mal?

Porque a verdade é a seguinte: tornar-se crente não significa que automaticamente odiaremos o pecado. Na verdade, uma das armadilhas para o crente hoje é que estamos cercados por tanto mal e pecado que acabamos nos acostumando com eles.

Em seu comentário em Romanos, Martinho Lutero disse a verdade que “somos [mesmo como crentes] inclinados ao que é mau.” Por isso Paulo escreveu isso.

De fato, às vezes o crente aprova o mal. Os crentes têm a tendência de manusear o mal, não o detestar. Como crentes, nós agendamos tempo para o mal, paqueramos com ele e vemos o quão perto podemos chegar de suas chamas. Não queremos ofender ou criticar o mal; conversamos com ele. Garantimos ao mal que não iremos julgar e que não somos tão diferentes assim.

Às vezes compramos um ingresso para ver o mal ou pagamos uma mensalidade para assistir ao mal. Aplaudimos quando o mal conquista a garota, ou quando o mal seduz o homem ou quando mal escapa de seus crimes. Às vezes damos ao mal nosso cartão e pedimos que nos ligue. Às vezes ansiamos pelo mal. Às vezes cobiçamos o mal e temos fantasias com o mal e decidimos nos encontrar com o mal em algum lugar, alguma hora. Às vezes passamos pelas portas do mal e nos alistamos para ele. Às vezes nos sentamos com o mal e rimos de suas histórias.

Escondemos o mal e manuseamos o mal e, nossas vidas secretas, planejamos o mal em nossas mentes e brincamos com o mal em nossos corações.

É isso o que significa pegar o ônibus errado. Deixe-me alertá-lo, crente, que você não está viajando no ônibus certo e não está na estrada para a presença de Deus, mas para a condenação de Deus.

Você por que Paulo escreveu isso para crentes? Por que, como o grande pregador do passado, Charles Spurgeon, confessamos nossa propensão ao mal como ele mesmo fez, “Existem momentos em que minha imaginação me leva aos esgotos da terra. Às vezes acontece exatamente naquele momento quando me sinto totalmente devotado a Deus e fervoroso em minha oração, e a pior epidemia se espalha.”

Meu amigo, às vezes o crente pode subir no ônibus errado. Quando isso acontecer, você terá que explicar por que aquele não é seu lugar, onde quer que esteja.

Parte da busca pela piedade se encontra em pensar diferente a respeito do pecado; isso faz parte do processo de se tornar mais parecido com Deus. Quando somos piedosos, desenvolvermos um horror, desgosto e ódio pelo pecado.

Leslie Flynn conta a história de uma mãe que estava descascando alguns legumes para a salada quando sua filha, de volta da faculdade, mencionou que iria ao cinema mais tarde para ver um filme de moral questionável. Sem dizer coisa alguma, a mãe pegou uma mãe cheia de lixo, colocou-o na salada e continuou misturando normalmente. A menina chocada disse, “Mãe, você colocou lixo na salada.”

A mãe replicou, “Eu sei, mas pensei que, já que você coloca lixo em sua mente, não teria problemas em colocar um pouco em seu estômago.”

Que tipo de mal temos permitido quando deveria ser detestado?

Recentemente, li um artigo sobre um aerosol contendo tricloroetano, um elemento usado em latas de produtos de limpeza. Esse elemento era tóxico se usado de forma inadequada.

No início da década de 1980, alunos de segundo grau e universitários descobriram que poderiam ficar embriagados se aplicassem o produto em um saco plástico e cheirassem o gás. Pelo menos um estudante morreu. Daí, a empresa colocou a advertência na embalagem, “Se inalado, este produto pode causar morte ou sérios danos.”

Mesmo assim, processos continuaram aparecendo. Finalmente, os executivos da empresa se reuniram com seus advogados para elaborarem uma advertência que fizesse alguma diferença. Eles sugeriram aumentar o tamanho da etiqueta de advertência, mas isso seria inútil, pois poderia levar os jovens a pensar que havia mais elemento tóxico no produto. Um advogado criou a solução quando perguntou, “O que as pessoas mais temem além de morte e danos físicos?”

Outro respondeu, “A aparência é a coisa mais importante.”

Então eles inventaram outra advertência, a qual dizia que inalar o produto desfigurava o rosto. É verdade—nada desfigura o rosto como a morte. A nova advertência dizia, “Inalar este produto pode causar desfiguramento facial.”

O abuso do produto cessou completamente. Os jovens não temiam a morte, nem se preocupavam com ferimentos, mas ficaram aterrorizados com a ideia de terem o rosto desfigurado.

O que mais o aterroriza no pecado? São as consequências terríveis do pecado, a perda dolorosa, a doença, o vício, a humilhação, a morte?

Perceba bem que Paulo não diz que a pessoa que busca a piedade ou a vida transformada detesta as consequências do pecado. Paulo diz que esse crente detesta o pecado. Podemos odiar as consequências do pecado, mas o processo de se tornar piedoso é evidenciado ao desenvolvermos um ódio pelo próprio pecado, não importa quais sejam suas consequências.

A principal característica da piedade é o amor; o preço da piedade é o ódio ao pecado. O crente em geral, contudo, não está disposto a pagar esse preço. Isso significa recusar subir no ônibus que passará nas imediações do pecado. Como um pai da igreja disse, “Sim, clamamos a Deus por livramento das ondas tempestuosas da tentação, mas também remamos para distante das pedras.”

Vamos, agora, virar a moeda e observar o aspecto positivo do preço que devemos pagar se desejamos ser piedosos. Negativamente, temos que detestar o mal. Positivamente, Paulo escreve no final do verso 9 de Romanos 12: apegando-vos ao bem.

Você pode perguntar, “O que constitui o bem?”

O bem é tudo isso que você vê neste parágrafo de Romanos. Na verdade, é exatamente aquilo que você descobre ao ter sua mente transformada pela Palavra de Deus. Então você é capaz de fazer o que o verso 2 desse capítulo nos diz ser bom. O que é bom é aceitável a Deus, e o que é aceitável a Deus é puro, e o que é aceitável e puro a Deus é bom.

Apegar-se ao bem; busque isso e você estará buscando o caráter de Cristo.

Apegar-se é o verbo grego “kollomenoi,” que significa, “colar, cimentar junto; juntar firmemente.”

A Bíblia nos mostra não somente o que não devemos praticar—o mal; ela também nos diz o que devemos praticar—o bem.

Esse é o mesmo termo usado para descrever a ordem que Filipe recebeu de se aproximar da carruagem do etíope e se juntar a ele (Atos 8.29). Em outras palavras, ele tinha que subir na carruagem; ele e a carruagem tinham que ir na mesma direção ao mesmo tempo.

Esse também é o mesmo verbo usado no Antigo Testamento grego para descrever o que um homem faz quando se casa com sua esposa. Ele deixará seu pai e sua mãe e se unirá—a mesma palavra—à sua esposa (Gênesis 2.24).

O homem se torna um com sua esposa; o relacionamento com sua esposa passa a ser sua maior prioridade; seu pai ou mãe não tem mais precedência ou prioridade. Tudo e todas as demais pessoas ficam em segundo plano diante da união matrimonial. O marido e a esposa estão cimentados ou colados juntos.

Essa é a imagem do crente e do bem. O crente deve se unir ao bem, cimentar-se com o bem, desejar o bem acima de tudo e todos. Qualquer coisa que não seja boa não deve grudar nas mãos e no coração do crente.

EM outras palavras, Paulo diz que o crente que deseja ser piedoso evitará o mal e se agarrará ao bem.

Aplicação

Permita-me concluir com dois princípios de aplicação.

  • A principal característica da piedade não é opcional, mas essencial

Sem amor, é impossível demonstrar piedade ao mundo.

  • O preço da piedade não é parcial, mas total.

A língua original na carta de Paulo aos Romanos sugere a totalidade do assunto. Tudo o que é mal—evite; tudo o que é bom—agarre.

A busca pela piedade envolve tudo o que você é, tudo o que você tem e tudo o que você faz. Nós cantamos, mas será que entendemos suas implicações?

Tudo entregarei,

Sim, por Ti Jesus bendito, tudo entregarei.

Enquanto visitava o Haiti na década de 1990, Dale Hayes ouviu um pastor ilustrar para sua congregação a necessidade de uma busca total pela semelhança a Cristo abrindo mão de tudo. Ele conhecia um homem que queria vender sua casa por dois mil dólares. Outro homem queria muito a casa, mas não tinha todo o dinheiro para comprá-la. Após muita conversa sobre o preço, o dono concordou em vender sua casa por metade do que estava pedindo, com uma condição—ele permaneceria sendo o dono de um prego visível que estava atravessando a parede logo acima da porta da frente. O homem concordou.

Após vários anos, o dono original quis a casa de volta, mas o outro homem se recusou vendê-la. Eles haviam concordado no preço e agora ele era o dono da casa, exceto daquele prego sobre a porta da entrada. Então, o primeiro dono saiu e achou uma carcaça de cachorro e a pendurou naquele prego que lhe pertencia, logo na porta de entrada. Não demorou muito para que a casa se tornasse inabitável e a família foi forçada a vender a casa ao dono do prego.

O pastor haitiano continuou e ilustrou dizendo que nossa entrega a Cristo precisa ser total. Não podemos ousar deixar um prego para o inimigo controlar; precisar submeter nossa casa inteira a Cristo.

Esta é a mensagem de Romanos 12.9:

  • Ame totalmente—não retendo nada;
  • Deteste o mal—não a maioria, mas limpe a casa e se livre dele por completo. Não deixe nem sequer um prego para o inimigo manipular. Você não faz ideia do que ele é capaz de fazer com um prego preso em seu coração!
  • Apegue-se ao bem—não a uma moda passageira; esse não é o compromisso de uma noite apenas. Isso é um casamento, um casamento no qual, como Deus é sua testemunha, você se une ao que é bom.

Faça isso e você estará em um ônibus que anda em uma estrada marcada pela sua própria demonstração de piedade.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 14/08/2005

© Copyright 2005 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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