Resolvendo O Quebra-Cabeça de Rubik

Resolvendo O Quebra-Cabeça de Rubik

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Resolvendo O Quebra-Cabeça de Rubik

O Criador Divino: Encontrando Seu Lugar no Corpo de Cristo—Parte 3

Romanos 12.3–8

Introdução

Por causa de nossos estudos sobre encontrar seu lugar no corpo de Cristo—encontrar seu lugar no quebra-cabeça—passei um tempo pesquisando mais a fundo a arte do quebra-cabeça: seu uso e popularidade não somente em um país, mas no mundo inteiro. Como resultado, expandi minha definição de “quebra-cabeça.”

Descobri que existem quebra-cabeças com partes móveis; em formato de animal e barcos; redondos, quadrados e outros que formam uma réplica de algum monumento conhecido. Existe até um que brilha no escuro.

No decorrer da minha pesquisa, me deparei com a história mais famosa de todos os tempos sobre quebra-cabeças. É um quebra-cabeça com partes móveis com milhões de movimentos possíveis. Esse quebra-cabeça em particular recebeu o nome em homenagem ao seu inventor, Erno Rubik. O cubo Rubik tornou-se tão popular no mundo inteiro que, na verdade, um oitavo da população mundial adquiriu um cubo desses.

Cada lado do cubo, que cabe em uma mão, possui sua própria cor, ele é dividido em três camadas e cada camada possui nove cubos. Cada fileira ou camada pode ser girada na horizontal e na vertical. O desafio é girar as várias camadas misturando as cores e depois recolocá-lo na posição original com cada cor em seu respectivo lado.

Lembro-me de eu mesmo tentar solucionar esse quebra-cabeça nos meus anos de ensino médio… e não consegui. Outras cinco milhões de pessoas tentam também.

Você sabia que existem clubes ao redor do mundo dedicados a resolver os desafios desse cubo? Existem sites na internet, salas de bate-papo e campeonatos. Encontrei páginas e páginas na internet com diagramas, instruções, atalhos, dicas, análises, e manobras e giros especiais para resolver certos problemas, incluindo até discussões em fórmulas matemáticas para solucionar o desafio do cubo.

Já que eu passei arrastando em matemática, você já pode imaginar que não entre para clube nenhum.

O que achei interessante foi descobrir que Erno Rubik nunca planejou inventar o brinquedo de quebra-cabeça mais vendido em toda a história. O que intrigou o professor de Artes e Design foi a estrutura artística do cubo. Ele queria criar algo com muitos blocos que poderiam girar independentemente sem que se desmontasse.

Então, em 1974, Rubik esculpiu à mão pequenos blocos de madeira e os montou, marcando cada um de uma cor diferente. Quando ele mexeu os cubos e as cores de misturaram, ele demorou um mês para recolocá-lo na posição inicial.

O recorde mundial na montagem do cubo foi estabelecido em 1982 quando um estudante vietnamita resolveu o quebra-cabeça em apenas 22.9 segundos. Esse recorde ainda permanece, apesar de haver uma competição internacional do cubo todos os anos na cidade natal de Erno Rubik.

Até hoje, ninguém conseguiu solucionar o cubo com menos de cinquenta e dois movimentos, apesar de análise de computador indicar que o problema pode ser resolvido com apenas vinte e dois movimentos. Contudo, os especialistas no cubo concordam que apenas um ser onisciente conseguiria realizar essa façanha. A pessoa teria que saber todos os possíveis milhões de movimentos de uma só vez, de maneira que não desperdiçasse nenhum movimento.

Hoje, mais de cinco milhões de cubos foram vendidos ao redor do mundo. Acabamos de passar a marca de quarenta anos do que ficou conhecido como o melhor quebra-cabeça do mundo.

Quanto a isso, todavia, eu discordo. O melhor quebra-cabeça do mundo existe não somente há quarenta anos, mas há cerca de dois mil anos: o corpo de Cristo, a igreja do Senhor vivo. Existem milhões de peças nesse “quebra-cabeça,” e todas se encaixam perfeitamente em um Corpo.

Eu concordo com uma coisa: os especialistas no cubo Rubi concluíram que seria necessário um ser onisciente para solucionar o quebra-cabeça com apenas vinte e dois movimentos. É preciso um ser conhecedor de tudo que saiba todos os cenários e opções possíveis, alguém que saiba onde cada peça individual se encontra em um dado momento após os movimentos adequados.

Da mesma maneira, isso é verdade a respeito do melhor e mais conhecido quebra-cabeça de todos—a igreja: é necessário que o Ser onisciente que sabe onde cada membro do quebra-cabeça se encontra em um dado momento. É necessário alguém que sabe todos os milhões de movimentos possíveis de cada um de nós de maneira a contribuirmos com o Corpo sem que haja desperdício.

O inventor desse quebra-cabeça não foi um húngaro, mas um judeu da Galiléia—Deus encarnado. Até hoje, segundo Sua promessa, Ele está edificando Sua igreja, juntando todas as peças do quebra-cabeça e, conforme Ele disse, “as portas do inferno” jamais conseguirão destruí-la (Mateus 16.18).

Em nosso estudo anterior, falamos que a igreja universal é composta por todos os crentes desde o dia do Pentecostes, que foi o nascimento da igreja, até o dia de hoje. Nós não conseguimos enxergar essa igreja, já que também inclui crentes dos últimos vinte séculos.

Daí, existe a igreja local—a igreja em Jerusalém, a igreja em Antioquia e as igrejas espalhadas além dessas e ao redor de todo mundo. Isso inclui a sua igreja, em seu bairro, em sua cidade.

Contudo, a igreja não é o prédio. A igreja são as partes móveis com milhões de opções e possibilidades. O Novo Testamento nos diz que:

  • existem posições de autoridade que devemos seguir (1 Timóteo 3);
  • existe ordem e decência (1 Coríntios 14);
  • existe doutrina a se ensinar e defender (Tito 1);
  • existem dons a serem exercidos (Romanos 12);
  • existe uma missão a cumprir (1 Coríntios 15);
  • existem relacionamentos a se desenvolver (Efésios 4);
  • existem perigos e falos ensinos a se evitar (Atos 20);
  • existem fundos a se investir na obra de Deus (2 Coríntios 8);
  • existem ordenanças a se observar (Mateus 28; 1 Coríntios 11);
  • existem oportunidades únicas a se aproveitar em cada congregação em particular (Apocalipse 2–3).

E isso é somente o começo do que fazemos na igreja.

Então, a pergunta para o crente não é, “Será que preciso da igreja?” mas, “Como conseguirei viver sem a igreja?”

Já que a igreja é o principal instrumento de Deus tanto para desenvolver o crente e alcançar o mundo, a pergunta deve ser, “Certo, onde assino meu nome? Onde encontro meu lugar nesse maravilhoso quebra-cabeça?”

Devemos também nos perguntar, “Como me encaixo nesse quebra-cabeça—nesta assembleia local que foi projetada pelo Criador do quebra-cabeça, o Senhor Jesus Cristo?”

Resolvendo O Problema do Lugar do Crente no “Quebra-Cabeça” da Igreja

O apóstolo Paulo responde a pergunta de nosso lugar no quebra-cabeça em Romanos 12. E ele faz isso bem mais rápido do que eu vou fazer! Na verdade, hoje apenas continuaremos organizando a mesa onde vai o quebra-cabeça.

  • Paulo já nos encorajou a abordar o assunto com uma atitude de humildade.

Ele escreveu no verso 3 para o crente: não pense de si mesmo além do que convém.

Será impossível montar o quebra-cabeça da igreja de Cristo e encontrar seu lugar sem esse princípio básico da humildade.

  • Depois, Paulo nos informa que devemos manter o princípio da unidade.

Ele repete nos versos 4 e 5 a expressão, um só corpo.

É como se ele dissesse, “Apesar de sermos compostos por várias peças, somos um quebra-cabeça apenas; nossas peças se encaixam.”

  • Terceiro, descobrimos o princípio da diversidade.

Paulo diz no verso 4:

Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função,

E ele adiciona no início do verso 6: tendo, porém, diferentes dons.

Em outras palavras, uma igreja unida não é uma igreja uniforme. Unidade é diferente de uniformidade, apesar de muitos grupos evangélicos se dividem segundo tradições e preferência não doutrinárias.

  • Quarto, Paulo nos fornece o princípio da responsabilidade.

Ele diz no verso 5: somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros.

Pertencemos uns aos outros. Temos a responsabilidade de prestar contas aos irmãos. Todo crente é um parente de sangue—o sangue de Cristo nos purificou e nos deu acesso a essa família de Deus.

Pergunto novamente, “Existe lugar em sua vida para o resto de nós? Existe tempo para nós? Além do domingo de manhã, será que a igreja faz parte de sua lista?”

  • Se a sua resposta para o princípio da responsabilidade é “sim,” e eu creio que Paulo imaginou que seria, ele parte para o último princípio que é o próximo passo lógico: o princípio da disponibilidade.

Vemos esse princípio na última parte do verso 6 como uma implicação vinda do contexto e da direção que Paulo toma em sua exortação:

Já que temos dons diferentes segundo a graça de Deus que nos foi dada, cada um de nós deve exercê-los…

Ou seja, supondo que haja um desejo de servir, agora existe a necessidade de se descobrir onde servir.

Paulo fornece uma lista um tanto curta de possibilidades. Ela não é exaustiva, mas longa o suficiente para a levar a igreja de Roma, e toda igreja desde então, a pensar e orar sobre o assunto. Paulo menciona:

  • verso 6, profecia;
  • verso 7, ministério e ensino;
  • verso 8, exortação, contribuição, liderança e misericórdia.

Você pode imaginar que existem milhares de maneiras de se exercer esses dons. É como se Paulo concluísse e disse a cada um de nós, “Faça alguma coisa!”

Não apenas leia esses versos e os passe adiante; eles foram escritos para serem praticados.

Essa é a foto na caixa do quebra-cabeça; é assim que a igreja deve ser e aqui estão as peças.

O fervor de Paulo nesses versos sobre o papel do crente individual é ecoado em outras passagens escritas por outros apóstolos.

Pedro disse em 1 Pedro 4.10:

Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

O próprio Paulo exortou fortemente o jovem Timóteo: Não te faças negligente para com o dom que há em ti (1 Timóteo 4.14).

Não seja negligente, não o ignore, não o guarde—use-o!

Antes da morte de Niccolo Paganini, esse violinista e compositor famoso colocou em seu testamento que seu violino deveria ser doado para a cidade italiana de Genoa. Contudo, havia uma condição: ele jamais seria tocado novamente. Ele tinha que ser preservado, não tocado.

Paulo escreveu aos Efésios que nós, crentes, somos criaturas de Deus para as boas obras—fomos compostos para o serviço (Efésios 2.10). Fomos designados para seremos tocados!

Meu amigo, Jesus Cristo não chamou nenhum de nós para uma vida de preservação, mas de participação. Na verdade, Jesus Cristo assustou certa vez alguns possíveis discípulos ao dizer em Mateus 16.25:

Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.

Não somos preservadores, mas bacias de água, prontas à porta para o primeiro par de pé sujo que entrar.

Então, antes de Paulo ser mais específico a respeito do ministério na igreja, ele leva um tempo nos informando:

  • como enxergar um ao outro;
  • o que buscar enquanto servimos o outro;
  • por que devemos servir o outro.

E Paulo pergunta:

  • estamos dispostos a servir o outro?

Isso está em ordem perfeita. Disponibilidade precede a oportunidade.

O motivo por que muitos crentes sentem que Deus não lhes dá oportunidade é que Deus já sabe que estão indisponíveis. Eles penduraram na maçaneta de seus corações, “Não incomode.”

O Princípio da Disponibilidade

Vamos explorar um pouco mais o princípio da disponibilidade.

Se você deseja obedecer ao desafio de Paulo em Romanos 12.6 de exercer seus dons como devido, você precisará estar disposto a fazer quatro cosias e terá que recusar outras quatro coisas.

Desafios em relação a seu dom espiritual

Permita-me mencionar alguns desafios relacionados ao seu dom espiritual.

  • Se você for exercer seu dom espiritual, então, primeiro, você precisa descobrir qual é seu dom!

Como podemos descobrir nosso dom espiritual? Forneço duas palavras fundamentais para isso.

  • A primeira palavra é envolvimento.
  • Existe o envolvimento com Deus na oração. Esse passo nunca termina. Você descobre seu dom no corpo através da oração e você exerce seu dom através de oração, estabelecido na oração e capacitado pela oração. Corrie ten Boom fez uma pergunta bem perceptiva certa vez, “A oração é seu volante ou seu estepe?” Ore!
  • Existe envolvimento com a Palavra em busca de entendimento. Se você permanece distante da Palavra de Deus, você jamais se sentirá próximo da família de Deus. Se deseja encontrar seu lugar dentro da família de Deus, você tem que investir tempo na Palavra de Deus.
  • Existe envolvimento com as outras pessoas em busca de conselho. Outras pessoas confirmam e encorajam sua escolha no serviço.

Envolva-se nas oportunidades que surgem e, então, ore com os fatos diante de seus olhos, busque as Escrituras para entendimento e direção e converse com outras pessoas sobre seu desejo, luta e busca.

  • A segunda palavra fundamental é prática.

Achei interessante que um estudioso famoso no assunto de dons espirituais chegou à seguinte conclusão: depois de vinte e cinco anos dando todo tipo de instrução sobre como se descobrir e exercer seus dons espirituais, o melhor conselho que pode dar a um crente que caminha com Cristo e deseja ser usado pelo Senhor é uma palavra—prática.

O que você acha que gostaria de fazer? O que você tem prazer em fazer? Onde Deus tem abençoado seus esforços?

Isso não significa que tudo será um mar de rosas. Falaremos sobre isso dentro de instantes.

Contudo, isso se encaixa bem com o que descobrimos em Romanos 12.2. Siga a Deus—permaneça em Sua Palavra, busque a pureza, busque lhe agradar—então, faça o que você gosta de fazer!

Se você não sabe por onde começar em sua igreja, ligue para seu pastor; converse com os líderes da igreja que sabem de oportunidades de serviço no ministério da igreja local.

Nossa igreja, por exemplo, possui cento e onze ministério ativamente envolvidos no serviço a Cristo, não somente na igreja, mas na cidade. Isso exige cerca de 2058 voluntários que hoje servem a Cristo! Isso significa que existem 2058 peças de quebra-cabeça que encontraram seu lugar.

Descubra seu lugar por meio do envolvimento e da prática.

  • O segundo desafio que surge da exortação de Paulo para exercer o dom como devido é que você precisa não somente descobrir qual é o seu dom, mas precisa desenvolvê-lo também!

Temo que muitos crentes pensam que descobrir seu dom espiritual inclui apenas as coisas que vêm com facilidade, sem esforço, disciplina, prática, estudo, pesquisa ou desenvolvimento. Isso está longe da verdade.

A verdade é que um dom não é exatamente uma habilidade pronta para se usar, mas uma capacidade para o serviço que precisa ser desenvolvida.

Exigirá tempo e esforço para contribuir com aquela peça em particular do quebra-cabeça.

Descubra seu dom; desenvolva seu dom.

  • O terceiro desafio é desfruta de seu dom!

Deus criou você especificamente para contribuir dessa maneira.

Poucas coisas apenas com as quais você entra em contato durarão a eternidade—mas pessoas durarão! Seu dom é o canal principal pelo qual você conecta pessoas à graça de Deus.

Lembre-se do que Pedro disse:

Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (1 Pedro 4.10).

É assim que suas experiências de vida—boas ou ruins— seu fervor, personalidade, educação e interesses espirituais cooperam e, por meio de seu lugar no Corpo, você serve o Corpo e glorifica a Deus.

O apóstolo João ensinou, evangelizou e discipulou crentes fielmente por vários anos. Ele escreveu em 3 João 4:

Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade.

Ele não disse, “Não tenho maior alegria do que esta, a de saber que sou um dos apóstolos,” ou, “Não tenho maior alegria do que esta, a de saber que escrevi cinco livros do Novo Testamento.”

Você não se senta ali e começa a se admirar, mas admira Deus e O agradece pelo que Seu plano divino o permitiu realizar nas vidas de outros—vidas que você ensina, alcança, encoraja, confronta, evangeliza, restaura, discipula, intercede e contribui.

Descubra seu dom; desenvolva seu dom; desfrute de seu dom.

  • O quarto desafio é, não se desespere por causa dele!

Pessoas serão motivos de suas maiores alegrias, bem como de suas maiores tristezas.

Você as servirá mesmo assim? Você vai se cansar de fazer o bem, como Paulo diz em 2 Tessalonicenses 3.13?

Todo servo de Cristo dedicado conhece o deserto do serviço. Quando aquela pessoa que você tentou ajudar retorna imediatamente para aquele estilo de vida destrutivo e pecaminoso, você pensa, “Qual foi a utilidade de todo aquele esforço? As pessoas não mudam; elas não se importam. Isso é difícil, uma vida de solidão e, muitas vezes, simplesmente enfadonho.”

Pergunte-se:

  • Você ficará contente com a promessa de Cristo? teu Pai, que vê em secreto, te recompensará (Mateus 6.4).
  • Você se agarrará à promessa de que o vosso trabalho não é vão? (1 Coríntios 15.58).
  • Você está disposto a servir a Cristo sem se importar com quem levará o crédito?
  • Você está disposto a fracassar em alguma tentativa de serviço sem desistir completamente?
  • Você está disposto a continuar praticando, orando, buscando, estudando e se adaptando à mudança e crescimento?

Gosto da história do menino de cinco anos de idade que estava no quintal de casa brincando de beisebol, todo arrumado com boné, calça, tênis e com as meias até os joelhos. Ele tinha um taco e uma bola de plástico. Podemos até imaginá-lo treinando no quintal de casa. Sua mãe podia ouvi-lo, “Sou o melhor rebatedor do mundo!”

Ele jogou a bola para cima, arremessou o taco e errou a bola completamente. Ele disse alto, “Primeira tentativa.”

Ele pegou a bola e disse mais alto, “Sou o melhor rebatedor do mundo!”

Pela segunda vez, ele jogou a bola para cima, arremessou o taco e, de novo, errou a bola. E disse, “Segunda tentativa.”

Ele fez, então, uma pausa para avaliar o taco. Meninos aprendem logo de cedo a culpar o equipamento. Ele pegou a bola e disse com toda determinação, “Eu sou o melhor rebatedor do mundo.”

Daí, jogou a bola mais alto do que antes, posicionou-se, arremessou o taco com toda sua força e… errou. “Terceira tentativa,” disse ele; e depois adicionou, “Eu sou o melhor arremessador do mundo!”

Ah, como seria bom se nos adaptássemos com essa facilidade. Podemos sonhar em ser excelentes para Deus, mas às vezes Deus não quer que brilhemos para Ele e nos coloca em uma posição distante dos holofotes e das câmeras. Talvez catando as bolas, limpando os tacos, lavando os uniformes, comprando o material, limpando a grama, arrumando as redes. Contudo, todas essas coisas são necessárias para que haja um jogo.

E isso me conduz a mais um desafio.

  • O quinto desafio que ouvimos nas entrelinhas do verso 6 de Romanos 12, cada um exerça seu dom como devido. Ou seja, “Não fique aí parado… ou sentado… faça alguma coisa; exerça seu dom!”

Você pode dizer, “Bom, não vou fazer nada até descobrir qual é o meu dom.”

Conforme um autor disse, “Nem mesmo Deus manobra um carro parado.”

Passe a primeira marcha; olhe ao seu redor; marque uma reunião; faça uma ou duas ligações; abra seus olhos. Existem muitas coisas que podem ser feitas na família de crentes. Não precisamos ficar parados esperando sentir que temos um dom.

Quando você anda pelo corredor da igreja e vê lixo no chão, não se pergunte, “Será que tenho o dom de serviço?” Cate o lixo!

Se você vê uma criança andando sozinha chorando, obviamente perdida e separada de sua família, não se pergunte, “Será que tenho o dom da misericórdia?” Apenas ajude!

Se você vai deixar seus filhos na sala de Escola Dominical e vê dois professores de mãos cheias com vinte crianças porque os dois voluntários estão doente e faltaram, não faça uma reunião de oração pedindo que Deus ajude os dois coitados; arregace as mangas e ajude naquele grupo de futuros líderes!

Talvez esse seja o ato que muda tudo. Talvez esse ato de disponibilidade leva à descoberta.

Você não faz ideia do que aprenderá com aquelas crianças. Pelo que ouvi, elas repetem tudo o que seus pais dizem perfeitamente na Escola Dominical. Às vezes elas inventam algumas coisas também!

Quando minha filha mais velha, que hoje tem dezoito anos, estava na sala de quatro anos na Escola Dominical, a professora perguntou às crianças se elas tinham pedidos de oração. Quando chegou a vez dela, ela disse, “Ore pelo meu pai. Ele tem um problema com bebida.”

Não faço ideia de onde ela tirou isso—até hoje é um mistério. A professora disse, “Como é?”

Ela respondeu, “É, o problema que meu pai tem com bebida. Precisamos muito orar por ele.”

Acho que esse foi o evento mais interessante na carreira daquela professora!

Conclusão

Este é o princípio da disponibilidade:

  • Descubra seu dom!
  • Desenvolva seu dom!
  • Desfrute de seu dom!
  • Não se desespere por causa de seu dom!
  • Exerça seu dom!

Qual é o resultado?

Enquanto lia os artigos sobre o cubo Rubik, achei interessante a principal fascinação de Rubik que acabou levando à invenção do cubo. Seu desejo era ver um objeto com peças móveis que se movimentassem separadamente, mas que, ao mesmo tempo, não se desmontassem.

Movimento individual sem desconexão. Peças móveis sem divisão. Que imagem perfeita do corpo de Cristo—da universal e da local.

Peças móveis—corações unidos. Ações independentes com milhares de possibilidades, mas com um fervor singular de glorificar o Senhor do universo ao edificar:

  • um farol;
  • um centro de aprendizado;
  • um local de treinamento de discípulos;
  • um local de descanso para os cansados;
  • uma fonte de água para os sedentos;
  • e muitos mais.

Então, em momentos especiais como os domingos, quando todas as peças móveis se juntam, adoramos juntos o Único Salvador vivo e verdadeiro, o nosso Senhor Jesus Cristo!

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 08/05/2005

© Copyright 2005 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

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