
Mais do que Pele e Ossos
Mais do que Pele e Ossos
Tornando-se Inconformado—Parte 1
Romanos 12.1a
Introdução
Um tempo atrás, li a notícia de um homem que estava recebendo bastante atenção por causa de seu sacrifício singular. Na verdade, seu ato altruísta se tornou algo notável e ele estava sendo chamado pela mídia local de “um herói.”
O motivo por que Rob Smitty estava recebendo tanta atenção, louvor e atenção foi que ele se dispôs a doar um de seus rins a uma pessoa totalmente estranha. Segundo a reportagem, Rob disse que sua motivação foi que essa atitude deixaria seus filhos orgulhosos dele.
O problema foi que sua filha de dez anos de idade não ficou com tanto orgulho dele assim. Ela disse que seu pai nunca visitava, nem ela nem sua mãe, a ex-esposa de Rob. Além disso, ele nunca ligava, nem sequer no aniversário dela. Sua filha afirmou, “Não considero meu pai como um herói.”
Toda a fama de Rob logo se transformou em infâmia quando surgiram documentos comprovando que Rob não pagava pensão à sua ex-esposa há quase um ano.
Você consegue imaginar isso? Doar seu rim a uma pessoa totalmente estranha enquanto negar suprir as necessidades de sua própria filha?
De fato, sua atitude é em nada heroica. Na realidade, isso é um exemplo clássico da história humana. Gostamos de definir onde agiremos corretamente, onde nos passaremos por pessoas boas, quais serão as aparências e quando iremos fazer isso, enquanto, ao mesmo tempo, negamos a dura verdade a respeito de nós mesmos. Causar boas impressões é algo que pode ser feito à distância, mas a realidade é provada com a intimidade.
Ao nos prepararmos para mergulhar nas verdades de Romanos 12, preciso alertá-lo que esse texto removerá totalmente a capacidade de causar boas impressões—a nós mesmos, a outras pessoas e, acima de tudo, a Deus. Agora, Paulo vai em busca de um Cristianismo autêntico.
Nos primeiros onze capítulo de Romanos, todos nós podemos dizer, “É, creio nisso tudo. Gosto demais de conversar sobre justificação pela fé, condenação, pecado original, eternidade no céu e no inferno, perdão pela graça, a ira de Deus, eleição e evangelismo! Concordo plenamente!”
Todavia, Paulo não irá mais conversar muito sobre o que nós cremos; sua conversa agora é sobre como nos comportamos. Paulo sai da educação doutrinária e parte para a aplicação doutrinária; do princípio para a prática.
No capítulo 12, o apóstolo define o Cristianismo autêntico. Esse é um capítulo que nos prova, não a uma distância segura, mas por meio da intimidade. Esse é um daqueles capítulos que observa o nosso caráter não com um telescópio, mas com um microscópio. Esse capítulo não é recomendado para o comum “crente domingueiro.”
Cristianismo Autêntico
Ao olharmos o verso 1 de Romanos 12, acho interessante que o único vocabulário que Paulo pode usar a fim de captar a essência do Cristianismo vem com a linguagem de sacrifício e transformação. Ele começa com seu fervor característico.
Gostaria de destacar a priori a conjunção que Paulo emprega: pois.
Em outras palavras, com base em tudo o que Paulo revelou anteriormente em sua carta aos Romanos, não somente no capítulo 11, mas desde o início quando Paulo se definiu como um escravo de Jesus Cristo.
Paulo diz, “Baseado em tudo o que você aprendeu sobre Deus, é assim que você deve viver.” Ele escreve: Rogo-vos, pois, irmãos.
A palavra rogo-vos pode ser traduzida como, “imploro, suplico.”
Note que Paulo não diz, “Veja bem, à luz de tudo o que você aprendeu, acho que seria muito bom se você tentasse viver para Cristo… seria interessante se você tentasse o máximo possível.”
Não. Ele diz, “Suplico, irmãos…”
…que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo…
Duas observações sobre a súplica de Paulo
Antes de avançarmos em nosso estudo, deixe-me fazer duas observações sobre essa súplica fervorosa de Paulo.
- Primeiro, Cristianismo autêntico é motivado pela gratidão, não pela culpa.
Paulo escreve: Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus.
Ele diz, “Ouçam bem, meus irmãos, à luz de tudo o que Deus nos deu; à luz da graça de Deus por nós; por causa de tudo o que Deus nos concedeu, façam a única coisa que devem: entreguem suas vidas a Ele.”
A única resposta adequada aos presentes que Deus nos tem dado é dar o presente de nossas vidas de volta a Deus. Na verdade, essa é não somente a motivação para a vida cristã, mas também o segredo da vitória cristã.
Deus nos tem concedido tudo o que necessitamos em relação à vida e à piedade; não precisamos de nada mais.
No decorre de toda a carta aos Romanos, na verdade, Paulo revelou as misericórdias de Deus. Elas incluem:
- a paz de Deus (1.7);
- o poder do Evangelho (1.16);
- a bondade e a longanimidade de Deus conosco (2.4);
- uma posição justa diante de Deus (3.21–22);
- o perdão por todos os pecados—do passado, do presente e do futuro (4.7–8);
- a esperança da glória (5.2);
- o amor de Deus derramado em nossos corações (5.5);
- o Espírito Santo (5.5);
- a justificação pelo sangue de Cristo (5.9);
- a salvação da ira de Deus (5.9);
- a reconciliação com Deus (5.10);
- o presente da vida eterna (6.23);
- a liberdade de produzir fruto para Deus (7.4);
- membresia da família de Deus (8.14);
- segurança em nossa salvação (8.38–39);
- a misericórdia de Deus (9.23);
- as boas-novas do Evangelho (10.17);
- e muito mais.
Deus nos deu tudo.
É por isso que Paulo não começa o capítulo entrando no assunto do comportamento cristão, dizendo, “Ah, precisamos receber mais uma coisa de Deus.”
Cristianismo autêntico não é receber de Deus, mas devolver a Deus.
Não me entenda errado. Deixe-me dizer isso de outra forma:
Ser salvo ocorre quando recebemos tudo de Deus.
Ser um sacrifício ocorre quando entregamos tudo a Deus.
A salvação é o presente de Deus a nós.
O sacrifício é o nosso presente a Deus.
Aí jaz o segredo da vida cristã vitoriosa. O segredo de um viver cristão vitorioso não jaz em Deus fazer, dizer ou dar algo mais para nós—Ele já fez, disse e nos deu tudo o que precisávamos.
Agora chegou a nossa vez de lhe retribuir. E Paulo deixa bastante claro que damos algo de volta a Deus motivados pelas coisas que já recebemos, e não por coisas que queremos receber.
Ser um sacrifício não é conseguir mais de Deus, mas entregar tudo o que temos a Deus.
A pergunta é, “Qual é a sua motivação em sua caminhada cristã?”
Sua motivação é um senso de obrigação? Será que você encara a vida cristã como um suborno, ou seja, damos a Deus para conseguir coisas de volta? É culpa, medo?
O alicerce da vida cristã, segundo as primeiras palavras de Paulo, não é obrigação, barganha, culpa ou medo, mas gratidão. Ele afirma:
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo…
Permita-me fazer outra observação sobre a súplica fervorosa de Paulo.
- Segundo, Cristianismo autêntico não é uma submissão parcial, mas total.
Paulo escreve: que apresenteis o vosso corpo.
Ou seja, “Apresentem seu ser por completo.”
Uma versão traduz, “que se ofereçam.” Outra ainda traduz, “que deem suas vidas a Deus.”
Paulo tem em mente muito mais do que apenas pele e osso. Ele pensa no fato de que vivemos em nosso corpo e nosso corpo representa tudo o que temos a oferecer. Dentro do corpo estão a nossa mente, nosso intelecto, nossas emoções, nossos planos, nossa vontade, nossos sonhos, nossos pensamentos, nossos desejos, nossas esperanças, nossas frustrações, nossas decepções, nossos anseios, tudo.
Eu coloco no altar como sacrifício a Deus minhas esperanças, meus anseios, minhas decepções, minha vontade, minhas emoções, meu intelecto, meus planos… tudo eu ofereço a Deus!
A propósito, esse texto sugere que podemos nos recusar fazer isso.
Você pode pensar, “Certo, mas Deus pode nos mandar, forçar fazer isso!”
Ah, mas um temo recorrente nas Escrituras é que a conduta cristã é nossa responsabilidade diante de Deus.
No Antigo Testamento, o crente escolhia trazer um sacrifício a Deus; no Novo Testamento, o crente escolhe ser um sacrifício a Deus.
Não sei você, mas eu acho que seria muito mais fácil fazer um sacrifício do que ser um sacrifício.
Gosto muito da história de um fazendeiro que entrou no seu celeiro e pediu que cada animal contribuísse com alguma coisa para o café da manhã. A galinha cacarejou e disse como aquela era uma ótima ideia; rapidamente ela pôs dois ovos quentinhos. A vaca também gostou da ideia e disse que daria o leite. Daí as duas olharam para o porco relutante e perguntaram, “E aí, você não vai dar nada para contribuir com o café do nosso querido fazendeiro?”
O porco respondeu, “É, para vocês é fácil… precisam apenas dar uma contribuição; no meu caso, o compromisso é total!”
Nós não temos problemas com contribuições temporárias que podem ser substituídas, mas nossa atitude é bastante diferente quando a contribuição é:
- apresentar a Deus algo que Ele talvez não devolverá;
- render a Ele algo que Deus talvez não nos deixará assumir mais o controle;
- oferecer a Ele algo que Deus pode nunca mais substituir por outra coisa.
Francis Havergal, que escreveu algo que ela chamou de hino de consagração, se deparou certa vez com uma encruzilhada em sua vida. Já havia décadas que ela era crente, mas sabia que havia lugares em seu coração e sua vida que não queria entregar a Deus. Ela escreveu que, um dia, como se tivesse sido um choque elétrico em sua mente, percebeu que tinha que sacrificar cada canto de sua vida ao seu Senhor. Ela escreveu, “Percebi que é necessária rendição total antes que exista satisfação.”
Até hoje temos cantado seu Hino de Consagração, cerca de cento e cinquenta anos. A letra é Romanos 12.1 em forma poética.
A ti seja consagrada
Minha vida, ó meu Senhor;
Meus momentos e meus dias
Sejam só em teu louvor.
Sempre minhas mãos se movam
Com presteza e com amor,
E meus pés velozes corram
Ao serviço do Senhor.
Minha voz pra sempre toma,
Para o teu louvor cantar;
Toma os lábios meus, fazendo-os
A mensagem proclamar.
Minha prata e ouro toma;
Nada quero te esconder;
Minha inteligência guia
Só e só por teu saber.
A vontade minha toma,
Sujeitando-a a ti, Senhor,
Do meu coração fazendo
O teu trono, ó Salvador.
Meu amor e meu desejo
Sejam só teu nome honrar;
Faze que meu corpo inteiro
Eu te possa consagrar.
Três formas que Paulo descreve o sacrifício
Agora, você precisa saber que Paulo não sugere que demos a Deus simplesmente um sacrifício. Ele descreve esse sacrifício de três maneiras.
- Primeiro, esse sacrifício é vivo (prioridade de vida).
Aí está o problema. Sacrifícios em altares geralmente não estavam mais respirando. Era assim que os judeus e gentios dos dias de Paulo teriam entendido o conceito de sacrifício.
Todavia, Paulo afirma que Deus não quer um sacrifício sem vida; Ele deseja um sacrifício vivo: que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo.
Conforme Howard Hendricks disse, “O problema em ser um sacrifício vivo é que queremos constantemente escapar do altar.”
Um sacrifício vivo se refere à natureza perpétua de nossa oferta a Deus. Essa é uma oferta diária, não restrita apenas aos Sábados.
Esse tipo de sacrifício se estende além de nossa salvação. Ele vai além do domingo!
- Segundo, é um sacrifício santo.
Paulo adiciona: que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo.
Assim como o crente do Antigo Testamento trazia uma oferta a Deus sem mancha, Paulo usa a analogia para encorajar o crente a viver uma vida pura.
A palavra para santo é empregada no Antigo Testamento para se referir ao Lugar Santo e ao Santo dos Santos. No Novo Testamento, o crente é informado de a notícia um tanto impressionante de que ele é o Santo dos Santos.
Paulo escreveu em 2 Coríntios 6.16:
Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Pedro se refere a nós em 1 Pedro 2.9 como sacerdócio real.
Anteriormente, em Romanos 6.13, Paulo já afirmou:
nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.
A propósito, a palavra grega para santo também é aplicada ao próprio crente como um título—os santos. Isso não é algo que conseguimos por meio da votação de um concílio, mas algo realizado pela graça de Deus. Também não é um título que o crente recebe após a morte. “Santo” é um título de um crente ainda vivo.
Paulo escreveu:
- aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos… (Colossenses 1.2);
- Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos, (Filipenses 1.1);
- …aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos… (1 Coríntios 1.2).
Nós já somos santos; ou seja, já fomos separados por Deus como Seu povo redimido. Em Romanos 12.1, Paulo apenas roga que agora vivamos como santos. Ou seja, nós somos santos—agora, vamos agir como santos!
Você ou age como santo, ou não age como santo; não existe meio-termo—quer seja em um campo de futebol, na sala de reuniões, na loja, no restaurante, no namoro, com um cliente, com os vizinhos, na faculdade, no dormitório.
Nosso dever é agir como santos. A única maneira é apresentando nossos corpos a Cristo. Estes são Seus pés, Suas mãos, Seus ouvidos, Seus olhos!
- Terceiro, quando realizamos esse sacrifício a Deus, Paulo ainda escreve em Romanos 12.1 que ele deve ser aceitável ou agradável a Deus.
…que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus…
Deus aceita com prazer o sacrifício de nossos dias.
Será que Deus fica satisfeito? Bom, o que você colocou no altar? Seu presente é excelente?
Quando eu pedi minha namorada em casamento alguns anos atrás, tinha deixado a aliança escondida atrás de um abajur na sala onde tinha planejava fazer o pedido, oferecendo-a tudo o que eu poderia imaginar e tudo o que podia pensar. Quando ela abriu a caixinha, você acha que eu tinha colocado ali dentro um daqueles anéis de plástico que vêm junto com chiclete? Qualquer anelzinho dá certo, não é?
De jeito nenhum! Eu precise de muita ajuda! Comprei a aliança mais excelente que pude—e fiquei reclamando que o diamante era pequeno demais. Eu estava, na verdade, me apresentando a ela.
Quando ela aceitou minha proposta, após uns minutos de convencimento da minha parte, nos preparamos para o casamento.
O dia chegou e lá veio ela pelo corredor da igreja vestindo… bom, você sabe, qualquer roupa branca que achou no guarda-roupas e que não estava amassada. Um vestido qualquer, não é?
De jeito nenhum! Era um vestido bem feito, cheio de detalhes, de rainha que ela escolhera para comunicar a mensagem de que seu coração estava sendo apresentado para mim.
Agora, aliança que eu lhe dei a agradou e o vestido que ela usou certamente me agradou—e esse era, de fato, o nosso objetivo.
Paulo escreve, “Vejam be, irmãos, apresentem este tipo de sacrifício a Deus—o sacrifício do viver diário, de uma vida santa. Deus se agradará e esse é o maior objetivo.”
A pergunta que um sacrifício vivo faz não é, “Estou satisfeito?” mas, “Deus está satisfeito?”
Duas observações finais em Romanos 12.1a
Permita-se fazer mais duas observações da primeira parte desse texto maravilhoso de Romanos 12.1a.
- Jesus Cristo convida o crente a sacrificar tudo sem negociar os termos de rendição.
A coisa engraçada sobre sacrifícios é a seguinte: eles automaticamente abrem mão do direito de negociar os altares. Não determinamos onde devem estar, se são confortáveis ou não, ou quais os termos de rendição.
Apresentar-se a Deus significa que sua vida não está mais em suas mãos. Uma oferta excelente não vem presa a condições.
Isso é mais parecido com Jacó, o manipulador que seguiu a Deus com muitas condições. Em Gênesis 28, enquanto fugia de seu irmão gêmeo Esaú, do qual ele havia usurpado a herança de família, Jacó orou a Deus e disse, “Senhor, se Tu estiveres comigo nessa jornada, me trouxeres de volta em segurança e me deres comida para comer e roupas para vestir, então Tu serás o meu Deus.”
Daí, ele adicionou, “Vou pegar essas pedras e aqui, neste mesmo lugar, vou erigir um altar e dedicá-lo como casa de Deus.”
Em outras palavras, “Estas pedras, Senhor, serão um monumento de Tua fidelidade.”
Jacó era generoso, não é?
Ele diz, “Senhor, vou dedicar esta pedra e este chão como Teu templo; este será Teu lugar especial.”
Tenho certeza que Deus estava pensando, “Nossa—fico com a pedra! Sou sortudo de ter Jacó como amigo ou não?”
A qualidade do presente revela o valor que o doador dá ao recipiente.
Deixe-me colocar isso da seguinte forma: a qualidade de seu sacrifício vivo a Deus revela o que você acha de Deus.
Será que um vestido qualquer dá? Uma aliança qualquer?
- Jesus Cristo não pergunta ao crente, “Quem morrerá por Mim?” Ele pergunta, “Quem viverá por mim?”
Você pode morrer como um mártir em algum ato heroico de fé. Muitos heróis da fé fizeram exatamente isso.
Muito provavelmente, Deus não irá chamar a maioria de nós para morrer esse tipo de morte, mas ele nos chama para esse tipo de vida!
Sinceramente, existem muitos crentes hoje que podem até ter a disposição de morrer e ganhar a coroa de mártir, dispostos e ansiosos para morrer por Jesus Cristo. Todavia, quantos estão igualmente ansiosos para viver para Cristo?
Viver para Cristo pode ser algo terrenos, simples e rotineiro. Gosto do pequeno poema:
Viver lá em cima com santos que amamos,
Isso será só graça e glória.
Mas viver aqui embaixo com os santos que conhecemos,
Bom, isso já é outra história.
Meu amigo, Deus não o chama para morrer a morte de um mártir e ir para o céu; Deus o chama para viver a vida de um mártir nesta terra.
Conclusão
Paulo não o convida a viver uma vida de libertação, mas uma vida de dedicação—sabendo que a libertação um dia virá. Até lá, dizemos ao nosso Senhor, “Por causa das Tuas misericórdias comigo, como posso fazer outra coisa além de Te entregar todo o meu ser? Que eu viva diariamente para Ti, santo e separado, não para a minha glória e para a minha satisfação, mas para a Tua somente.”
Sacrifícios vivos têm feito essa oração no decorrer das gerações. Você vai orar dessa forma na sua geração também?
Ore como John Wesley, um dos líderes do Grande Avivamento, o qual frequentemente arriscou sua vida pela causa de Cristo. Ele escreveu no final do século dezenove uma oração de total consagração ao seu Senhor:
Não sou mais de mim mesmo, mas Teu.
Coloque-me no que tu desejares, com quem quiseres;
Coloque-me no trabalho, coloque-me nos sofrimentos;
Que eu seja útil a Ti ou que seja deixado de lado por Ti,
Exaltado para Ti e humilhado para Ti.
Que eu tenha em abundância; que eu tenha necessidades;
Que eu tenha tudo, que eu tenha nada;
Eu livre e sinceramente tendo todas as coisas ao Teu prazer e uso.
E agora, Ó Deus bendito e glorioso,
Pai, Filho e Espírito Santo,
Eu és meu e eu sou Teu.
Amém.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 27/02/2005
© Copyright 2005 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
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