Uma Nação Rejeitada?

Uma Nação Rejeitada?

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Uma Nação Rejeitada?

O Futuro de Israel—Parte 1

Romanos 11.1–6

Introdução

Frederico o Grande foi rei da Prússia, um território que corresponde atualmente à Alemanha e à Polônia. Ele reinou de 1740 a 1786. Frederico foi profundamente influenciado por Voltaire, o filósofo ateu francês. Como resultado, ele se tornou cético em relação ao Cristianismo e à confiança na Bíblia. Certa vez, Frederico disse ao seu capelão, “Se a sua Bíblia é mesmo a verdade, deve ser fácil determinar e provar isso. Se ela veio, de fato, de Deus, você deve ser capaz de mostrar esse fato de forma simples sem argumentos complicados. Prove para mim a inspiração da Bíblia em apenas uma palavra.”

Uma palavra apenas para provar a credibilidade da Bíblia? Se o perguntassem isso, qual palavra você escolheria para provar a credibilidade das Escrituras e, consequentemente, a credibilidade de Deus? Amor, pecado, graça, culpa, consciência?

Após alguns minutos, o capelão pensou em uma palavra que o mundo inteiro veria como prova incontestável a favor da credibilidade de Deus e Sua Palavra.

“Vossa Majestade,” replicou, “posso dar a você a prova que solicitou em apenas uma palavra.”

Admirado, o rei perguntou, “Qual é a palavra mágica que carrega tal peso de prova?

O capelão respondeu, “Israel.”

Frederico o Grande reagiu apenas com silêncio.

Reflita nisso por um instante. Israel—prova da credibilidade das Escrituras e do Autor das Escrituras? Que resposta brilhante!

Pense nisto: qual nação tem durado quatro mil anos? Sabemos quando a nação começou, por que e por quem. Temos registros escritos detalhados de sua história antiga e moderna. Seu idioma permanece o mesmo, bem como sua religião, suas tradições, sua terra e sua linhagem sanguínea. Essa nação ainda segue os documentos originais que delinearam sua fé—a Torá, a lei do Antigo Testamento. Com certeza, para que uma nação continuasse existindo no decorrer de tantos séculos, ela deve ter sido protegida e orientada pela Palavra, não é?

É isso o que faz da sobrevivência de Israel algo ainda mais miraculoso e coberto por Deus. Nenhuma nação é tão roubada, exilada, assassinada e odiada como essa. Em:

  • 722 a.C., eles foram dizimados pelos assírios;
  • 586 a.C., a capital Jerusalém foi destruída pelos babilônios;
  • 538–432 a.C., grupos de exilados retornaram como pássaros migratórios para reconstruir Jerusalém;
  • 70 d.C., a nação foi destruída, Jerusalém foi arrasada e a população fugiu;
  • nos 1800 anos seguintes, os judeus foram espalhados por toda a Europa e Ásia; Jerusalém e a terra desse povo foram cenários de centenas de anos de guerra; a terra foi governada por vários povos diferentes—por soberanos turcos, muçulmanos e ocidentais;
  • 1940, o Holocausto assassinou milhões desses judeus espalhados que moravam no Leste Europeu e na Rússia;
  • 1948, o Sionismo, um movimento que defende a reintegração do povo de Israel à sua terra, restabeleceu Israel como uma nação;
  • 1967, eles retomaram o controle de Jerusalém, exceto do Monte do Templo.

E todos os dias ouvimos e lemos nos jornais sobre a pequena nação de Israel.

Até mesmo antes dos acontecimentos modernos, contudo, o rei da Prússia teve que concordar: Israel era uma prova milagrosa da credibilidade de Deus em cumprir Sua Palavra.

Onde estão os assírios? Onde estão os perezeus, os heteus, os amalequitas, os jebuseus e todos os demais?

Nenhuma outra nação sobreviveu a quatro mil anos de guerras, destruição, exílios, genocídios e perseguições, além de várias destruições e reconstruções da sua capital Jerusalém.

Por que Israel sobreviveu a tudo isso? Porque Deus determinou. Isso prova a credibilidade das Escrituras e a credibilidade de Deus!

Por meio do profeta Jeremias, Deus afirmou:

Assim diz o SENHOR: Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR.

Em outras palavras, até que o universo seja mapeado e o centro da terra explorado, Israel não deixará de existir como nação.

Toda vez em que lemos um jornal ou ligamos a televisão, vemos notícias diárias sobre Israel. Isso não significa que tudo o que essa nação faz seja certo. Na verdade, eu creio, Israel está, no presente, colocada de lado sob disciplina de Deus no decorrer da história da igreja, como veremos em nossos próximos estudos.

Mas até que o universo seja mapeado e o centro da terra explorado, Israel subsistirá como nação!

Será que Deus Rejeitou Israel?

Todavia, algo aconteceu agora e Israel foi longe demais! Com certeza, agora Deus varrerá Israel da face da terra.

Os israelitas não mataram somente os profetas—eles exigiram a morte do Profeta! Eles não somente rejeitaram os mensageiros, eles rejeitaram o Messias!

Com certeza, Deus já está por aqui com esse povo e não quer mais saber dessa nação irreconciliável.

É nessa direção que Paulo parece ir em Romanos 10.21:

Quanto a Israel, porém, diz: Todo o dia estendi as mãos a um povo rebelde e contradizente.

A pergunta na cabeça de todo mundo é, “Já que Israel rejeitou o Messias, será que Deus rejeitou Israel?”

Essa é a pergunta que abre o nosso estudo em Romanos 11. Perceba que Paulo prevê essa pergunta e ele claramente a menciona em Romanos 11.1:

Pergunto, pois: terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo? De modo nenhum!…

Será que Deus rejeitou essa nação? Será que a nação e suas bênçãos e alianças simplesmente passam por uma reforma espiritual e são aplicadas à igreja de forma espiritual? Não haverá um trono literal em Jerusalém? Não haverá uma restauração literal da nação de Israel na sua terra?

Todas essas coisas fazem parte da aliança das promessas a Israel; todas elas acontecerão literalmente porque Deus disse.

Um escritor destacou:

Contrário ao que alguns crentes sinceros sustentam, Deus não pode ter terminado com a nação de Israel—pelo motivo óbvio que todas as Suas promessas à nação ainda não foram cumpridas. Se Deus tivesse terminado seu tratamento com Sua nação escolhida, Sua Palavra seria falsa e Ele perderia Sua credibilidade. Entre os que insistem fortemente que Deus terminou com a nação de Israel são aqueles cuja teologia é frequentemente chamada de aliancista, o que é irônico, uma vez que não podem escapar a implicação inevitável de que Deus não é fiel para honrar completamente Suas alianças.

Ou seja, essa teologia é chamada de Teologia da Aliança ou Aliancismo e a ironia se encontra na sua interpretação de que Deus escolheu não honrar Suas alianças literalmente!

Ouça o que Deus disse a Davi sobre Sua aliança da promessa a Israel:

Não violarei a minha aliança, nem modificarei o que os meus lábios proferiram. Uma vez jurei por minha santidade (e serei eu falso a Davi?): A sua posteridade durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim. Ele será estabelecido para sempre como a lua e fiel como a testemunha no espaço.

A Teologia da Aliança ensina que Israel é absorvida pela igreja, que a circuncisão é vista de forma espiritualizada no batismo e que as festas da Antiga Aliança são espiritualizadas na Ceia do Senhor.

Será que existem semelhanças? Sim. Essas alianças são substituídas? Não.

Romanos 11 deve sempre nos advertir contra a perspectiva dos que ensinam que Deus “terminou com a nação de Israel—que ela não possui futuro algum como nação eleita…”

Nada está mais distante da verdade. Na realidade, Paulo até se exalta com esse pensamento. Veja Romanos 11.1: terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo?

O antecedente seu povo está no parágrafo anterior: a nação de Israel. O verbo rejeitado é o termo grego, apotheo, que significa, “descartar, lançar fora.” Paulo pergunta, Deus não descartou Israel, descartou?

Ele mesmo responde a essa pergunta, dizendo, De modo nenhum!

Deus nos livre! Isso é impossível!

Talvez você esteja pensando, “E daí? O que isso tem a ver comigo?”

Se você perguntou isso, obviamente você não é judeu.

A significância disso é a seguinte: se Deus não cumpre Sua Palavra literalmente para com Sua nação, como você sabe que ele cumprirá Sua palavra para com você? Por acaso não somos Seu povo escolhido também? Se Deus já está por aqui com Israel e diz, “Chega! Essa é a última vez que vocês pecarão contra Mim! Acabei de mudar tudo o que jurei fazer em Minhas alianças—nada de terra, nada de reino e nada de trono!” como podemos crer que Ele não se cansará de nós também?

Isso é o que dizemos aos nossos filhos quando nos irritamos—“Chega! Nada de sobremesa, nada de mesada, nada de telefone, nada de videogame, nada de dormir na casa de amiguinhas…”

Se Deus volta atrás em apenas uma de Suas alianças com Israel, todos nós estamos em sérios problemas—de formas que nem sequer conseguimos enumerar.

Meu amigo, Deus não pode cumprir apenas algumas de Suas promessas; Deus não pode ser confiável apenas em parte.

Minha caminhonete é confiável apenas em parte. Ela acabou de passar a marca de 300 mil quilômetros! Duas semanas atrás, surgiu um novo desafio—toda vez em que parava num sinal, o medidor de temperatura subia. Dei umas batidas no vidro do painel—essa é a minha ideia de conserto; é a única coisa que eu sei fazer. Esperei duas semanas para ver se a doença se curaria sozinha—não se curou. Daí levei para a oficina de um amigo e ele consertou o problema.

Não espero promessa alguma de minha caminhonete. Todo dia é um risco confiar nela.

A verdade é que a maioria das coisas em nossas vidas não é totalmente confiável. Desde computadores a máquinas de lavar roupa, empregos e relacionamentos, estamos cercados por coisas e promessas não confiáveis.

Mas Deus não é assim, correto? Se Ele é confiável em parte, estamos com problemas, não é verdade?

Se Deus muda de ideia em relação à terra de Israel, talvez Ele mudará de ideia em relação ao nosso céu também!

E aí, será que essa é uma pergunta de grande significância ou não?

Gosto da resposta de Paulo, De modo nenhum!

Em outras palavras, “Isso é impossível de acontecer!”

Duas evidências de que a nação de Israel não foi rejeitada

Agora, Paulo vai ainda mais adiante e nos fornece duas evidências de que a nação de Israel não foi rejeitada.

  • A primeira evidência é vista no testemunho pessoal de Paulo.

Ele diz, “Deus não rejeitou Israel—veja, Ele me escolheu!”

Note os veros 1 e 2:

…Porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu…

Ou seja, se Deus decidiu se livrar dos israelitas depois que eles rejeitaram o Messias, por que Ele escolheria um israelita como eu para ser Seu apóstolo?

Acho interessante que Paulo aponta para si mesmo como a primeira evidência. Note as três verdades que ele afirma a respeito de si mesmo:

  • Primeiro, Paulo diz, “Eu sou um israelita também!”

É interessante que ele não diz, “Sou um judeu,” ou, “Sou um hebreu.” Deixe-me explicar o significado desses nomes aqui para que você aprecie melhor as palavras de Paulo. Existem três nomes utilizados para esse povo:

  • Hebreu—possivelmente um nome derivado de Héber em Gênesis 10.21;
  • Judeu—um nome derivado de Judá, a tribo mais proeminente das doze;
  • Israelita—um nome retirado do patriarca Jacó, o qual recebeu de Deus o nome de Israel. Esse é o nome do povo relacionado às alianças, indicando seu relacionamento singular com Deus.

A propósito, veja que Paulo não diz, “Deus me escolheu e não sou mais um israelita!”

Esse é o termo que Paulo emprega aqui, como que dizendo, “Vejam bem, Deus não rejeitou Sua aliança com Israel—olhem para mim, Deus não me rejeitou e eu sou um israelita.”

  • Note mais adiante no verso que Paulo continua e diz, “Eu sou um descendente de Abraão.”

Abraão era o pai da nação e o homem com o qual Deus fez Sua aliança.

  • Ainda no verso, Paulo escreve, “Sou da tribo de Benjamim.”

Paulo era um descendente direto de Benjamim, filho de Jacó—o único filho nascido na terra da promessa.

É como se Paulo estivesse lembrando seus leitores, “Vejam bem, não existe uma pessoa mais ligada à aliança do que eu:

  • Nasci dentro de uma família na aliança—um israelita;
  • Sou parente do fundado da aliança—um filho de Abraão;
  • Meus ancestrais nasceram na terra da aliança da promessa—um membro da tribo de Benjamim.

Este é o testemunho pessoal de Paulo, “É impossível ser mais judeu do que eu, mais hebreu do que eu e mais israelita do que eu! Mas Deus não me rejeitou—Ele me salvou! E eu fui salvo pela graça.”

  • Agora, Paulo apresenta outra evidência de que Deus não rejeitou a nação de Israel. Existe não somente a evidência do testemunho pessoal, mas, segundo, existe a evidência de um teste passado.

Paulo escreve na segunda parte do verso 2:

…Ou não sabeis o que a Escritura refere a respeito de Elias, como insta perante Deus contra Israel, dizendo:

Veja que Paulo usa a palavra contra. Elias ora contra Israel, cansado da desobediência e idolatria do povo, cansado de Acabe, o infiel rei de Israel, e casando de Jezabel, sua esposa perversa.

Ouça a oração de Elias citada por Paulo no verso 3:

Senhor, mataram os teus profetas, arrasaram os teus altares, e só eu fiquei, e procuram tirar-me a vida.

Você consegue ouvir a dor na voz de Elias? Consegue ouvir a frustração e cansaço que penetraram até seus ossos?

Elias se encontra no meio do nada, sozinho no deserto—deprimido, derrotado e amedrontado.

Sim, ele acabou de voltar do Monte Carmelo, onde o fogo de Deus desceu do céu e consumiu seu sacrifício.

Sim, os falsos profetas de Baal foram humilhados e depois executados.

Sim, o povo gritou até ficar rouco, “O Senhor é Deus, o Senhor é Deus.”

Sim, a chuva caiu depois de três anos de seca em resposta à oração de Elias.

Entretanto, ao invés de um reavivamento nacional, a rebelião continua.

Jezabel não reage, dizendo, “Elias, eu sabia que você estava certo. Desculpe-me e arrependo-me da minha idolatria. Veja só, quero que você comece um estudo bíblico aqui no palácio.”

Ao contrário. Ela publica uma busca por sua cabeça e promete que o profeta estará morto até a próxima noite! Com isso, Elias foge para salvar sua vida.

Paulo conduz seus leitores de volta a esse momento quando Elias ora novamente e diz, com efeito, “Senhor, não sei Você, mas eu estou cansado de Israel. Estou por aqui com sua idolatria e incredulidade. Só fiquei eu que crê em Sua Palavra. É melhor o Senhor começar do zero e formar uma outra nação.”

Note o verso 4:

Que lhe disse, porém, a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal.

“Oops! Eu pensei que era o único!”

“Não, você é um dos sete mil homens que se recusaram adorar Baal.” E isso para não mencionar mulheres e crianças.

“Você não faz ideia, Elias, dos que guardei pela Minha graça—esse remanescente de crentes constitui o verdadeiro Israel.”

Declaração de resumo das evidências: pela graça de Deus, Israel não foi rejeitada

Agora, Paulo amarra toda a evidência com uma declaração de resumo. Veja os versos 5 e 6:

Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.

Aqui está o mesmo tema novamente—graça! Como Paulo amava essa verdade. Ele escreveu em:

  • Romanos 1.5: por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios;
  • Romanos 3.23–24: pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça;
  • Romanos 5.1–2: Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça;
  • Romanos 5.20: mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.

E muito mais.

Tudo isso é pela graça de Deus.

  • Israel foi escolhido e preservado pela graça;
  • Elias foi encorajado e comissionado novamente pela graça;
  • O crente ainda é salvo, não pelas obras, mas pela graça de Deus.

Aplicação

Antes de terminarmos nosso estudo nesse texto, quero retirar vários lembretes para guardarmos em nossos corações.

  • Primeiro, jamais subestime o poder de seu testemunho pessoal!

Acho fascinante que Paulo poderia ter dito várias coisas para provar que Deus não havia abandonado a nação, mas ele usou seu testemunho pessoal como evidência da graça de Deus.

Quando compartilha sia fé com as pessoas ao seu redor, você jamais saberá todas as respostas—mas você conhece A Resposta.

Na verdade, você precisa lembrar de algumas coisas enquanto compartilha sua fé:

  • As pessoas que você evangeliza sabem mais sobre a religião delas do que você saberá em toda sua vida.

Se você for esperar até que seja um especialista nas religiões mundiais, você jamais irá interagir com alguém na pregação do Evangelho.

  • As pessoas com as quais conversa sabem menos sobre Deus do que você imagina.

Isso é verdade especialmente em nossos dias. Quando conversa com alguém sobre Deus, você não faz ideia de qual entendimento essa pessoa tem de Deus. Talvez você terá que começar a partir das verdades mais básicas.

  • As pessoas com as quais você conversa lutam mais com seu pecado do que desejarão admitir.

Um tempo atrás, eu estava no shopping esperando por meus filhos. Um homem estava em pé próximo a mim e percebi de onde era. Perguntei de que parte da Índia ele era e comecei um diálogo. Perguntei qual era sua religião e logo ficou bem claro que ele era fervoroso e bem estudado em suas crenças. Eu jamais poderia responder tudo porque simplesmente não conhecia sua religião o suficiente; estava apenas desesperado em busca de uma para esse filósofo ponderar, uma pergunta que atravessaria sua teimosia sorridente que afirmava que a ideia de que existe apenas um caminho para Deus é loucura. Contudo, nada me vinha à mente. Finalmente, perguntei-lhe sem saber qual seria a resposta exatamente, “Você tem a paz de saber que seus pecados foram perdoados?”

Seu semblante mudou radicalmente. De repente, ele ficou transparente, baixou sua cabeça e disse, “Não.”

Então, eu disse, “Eu tenho paz que meus pecados foram perdoados… e deixe-me contá-lo como.”

Não pense que compartilhar seu testemunho com alguém é sinal de ignorância. Se o brilhante apóstolo Paulo fez isso várias vezes em suas cartas, você também pode.

O que seus amigos, colegas de trabalho, familiares e vizinhos descrentes mais precisam, provavelmente acima de qualquer outra coisa, é de não somente uma demonstração de sua fé por meio de uma vida santa, mas de uma declaração de sua fé por meio de seu testemunho pessoa. Comece com isso!

Jamais subestime o poder de seu testemunho pessoal!

  • Jamais subestime o ensino de seu teste no passado.

Como Elias, nós determinamos se Deus está ou não fazendo algo baseado no que vemos ao invés de no que Deus disse. Temos a tendência de deixar nossa experiência ofuscar a promessa de Deus.

O problema de Elias começou quando ele se concentrou em Jezabel ao invés de em YAHWEH.

Você se encontra em meio a um teste, uma provação neste momento? Você se lembra da última? O que você aprendeu? Talvez a última provação teve como objetivo ajudá-lo a vencer a provação presente. Não se esqueça do ensino dado por Deus.

Escreva as lições de provações passadas e mantenha-as à vista. Assim como Davi que guardou a armadura de Golias, volte e dê uma olhada nelas de vez em quando e lembre-se da graça de Deus em sua vida.

  • Isso me conduz ao último lembrete: jamais subestime o poder da graça de Deus!

Se Israel não estava fora do alcance de Deus, você também não está; nem você, nem ninguém!

Será que Israel merecia a graça de Deus? Não.

Será que Paulo, o perseguidor dos crentes, merecia a graça? Não.

Será que eu e você merecemos a luz da graça de Deus? Não.

Nenhum de nós merece a graça de Deus. Caso merecêssemos, como Paulo escreveu no verso 6, a graça já não seria mais graça! Graça é favor imerecido—e somente os que não merecem a recebem!

Certa mãe sabia que seu filho teria um futuro complicado se seguisse as pegadas de seu pai no paganismo. Ela era frágil, mas era uma crente. Ela dependia da graça de Deus e sabia que seu filho precisava dela também. Então, ela passou um tempo ensinando seu filho versos da Bíblia, os quais ele decorou, bem como hinos que ela o ensinou. Sua oração era que Deus salvaria seu filho.

Ela morreu quando seu filho tinha apenas sete anos de idade. Ele foi enviado a uma escola com dormitório, da qual ele fugiu. Depois, mentiu sobre sua idade para poder entrar na Marinha. Ele fugiu para o mais longe possível do Deus de sua mãe, da Bíblia de sua mãe e dos hinos de sua mãe. Por fim, abandonou a Marinha e se afundou em uma vida de pecado.

Na noite de 9 de outubro de 1748, John foi despertado por uma tempestade que de repente começou a assolar a tripulação despreparada. Toda a noite e o dia seguinte inteiro, ele estava convencido de que morreria no meio do mar. Daí, ele se lembrou de sua mãe e de suas lágrimas em oração, dos hinos que ela lhe ensinara e dos versos sobre a morte e a ressurreição de Cristo. Ali mesmo, ele clamou por salvação.

Tempos depois, John se preparou para o ministério e se tornou conhecido por toda sua terra, a Grã-Bretanha. Ele adicionou seus próprios hinos à coletânea. O mais famoso de todos diz:

A terra logo se dissolverá como a neve,

O sol deixará de brilhar;

Mas Deus que me chamou

Eternamente meu será.

Em outras palavras, Deus cumprirá Sua Palavra! Tanto para Israel como para você!

Não importam o que as circunstâncias parecem dizer; não importa quão negra e tempestuosa seja a noite, Deus cumprirá Sua Palavra; Deus jamais retirará de sua mão a aliança da graça!

O hino que recitei agora se tornou talvez um dos hinos mais famosos do mundo. Posteriormente, ele foi incorporado como uma das estrofes do hino Graça Maravilhosa.

John Newton, assim como o apóstolo Paulo, considerava ser esse seu testemunho pessoal. Eu e você também deveríamos.

Ó graça maravilhosa! Que doce som

Que salvou um depravado como eu!

Eu estava perdido, mas agora fui achado;

Eu era cego, mas agora vejo.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 31/10/2004

© Copyright 2004 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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