Quem Manda Não É o Consumidor

Quem Manda Não É o Consumidor

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Quem Manda Não É o Consumidor

Como Sair da Terra e Chegar ao Céu—Parte 5

Romanos 10.11–13

Introdução

Lembro-me de um comercial antigo de uma comida que dizia, “Faça do jeito que quiser!” Havia até uma música, só não me lembro de qual comida era. Você sabe como músicas marcam nossa memória. “Faça do jeito que você quiser!” é uma frase que ressoa bem com nosso espírito humano, não é mesmo?

A notícia principal de um jornal americano recente trazia a frase, “Você quer as coisas do seu jeito.” O artigo dizia, “Os Estados Unidos estão se tornando uma nação de consumidores exigentes, onde mais de 70% dos pedidos em restaurantes dão a opção de modificar os pratos conforme preferências pessoais.”

Pensei, “Opa, sou culpado disso.” Quando vou a um restaurante italiano em nossa cidade, não gosto do macarrão que eles servem com frango grelhado. Além disso, gosto do molho Alfredo ao invés de molho vermelho; e quero molho extra para comer com meu pão.

Esse artigo continuou e citou Ron Shaich, o presidente de um restaurante. Ele disse, “Vivemos em um mundo com o pensamento crescente de, ‘Me dê várias opções para que eu escolha exatamente o que desejo comer’.”

Ron Shaich crê que dar aos clientes a opção de modificar os pratos conforme preferências pessoas é a melhor estratégia para o mundo atual. Seguindo esse plano, ele transformou sua empresa e uma corporação de um bilhão de dólares.

O artigo deu exemplos de como as empresas têm caminhado nessa direção. Uma delas, que vendia apenas um tipo de sanduíche no ano de 1964, hoje fornece trinta tipos diferentes de sanduíches. Uma empresa que fabrica suco de laranja tinha, uma década atrás, apenas dois tipos de suco, e hoje oferece vinte e quatro tipos de sucos. Uma empresa internacional de café, o Starbucks, serve café com pelo menos cinco tipos diferentes de leite e, na verdade, possui—veja bem—19 mil maneiras de servir café.

O que mais me chamou a atenção nesse artigo foi uma revelação sobre a natureza humana. Ele diz, “O que os grandes restaurantes desejam saber é, o que as pessoas irão querer amanhã? Uma coisa é certa: consumidores querem ter escolhas.”

Agora, isso não seria tão problemático, caso conseguíssemos manter essa filosofia dentro de mercados e restaurantes. Quem manda é o consumidor—o que o consumidor deseja, o consumidor consegue. Contudo, não conseguimos restringir essa filosofia.  Ela já é a canção predileta de todos. Nós a entoamos em todo lugar, desde restaurantes a universidades, onde os padrões mudam para que todos passem nos testes, apesar de suas respostas serem diferentes. Essa é a canção comum no mundo da filosofia e da política, onde aprendemos que nossa ética também pode mudar conforme nossas preferências.

Nós estamos dispostos a redefinir nossas definições, a todo custo, para que o consumidor receba o que tanto deseja.

Infelizmente, essa tem sido a atitude dentro da igreja também. Esse problema não se limita a comida física, mas se estende a comida espiritual—doutrinas bíblicas. Muitas igrejas, hoje, escolhem no que desejam crer e votam os assuntos que irão ensinar. Ou seja, “Não se preocupe com o que a Bíblia diz; ela não importa mais tanto assim.”

O consumidor tem liberdade para retirar o que deseja, deixar de lado o que não gosta, discordar com a maioria, crer em alguma coisas e zombar do resto—“Isso não tem problema… Deus não se importará!”

Essa disposição ficou evidente em uma entrevista feita com um cantor pouco tempo atrás. Perguntaram-lhe, “O que você acha que Deus exige de nós?” Ele respondeu com as seguintes palavras, “A única coisa que Deus exige de nós é que aproveitemos a vida.” Como isso é conveniente! Deus requer apenas que desfrutemos da vida!

E por que não?! Quem manda é o consumidor!

Você já imaginou criar seus filhos dessa maneira? Quando eles se arrumam para sair na sexta-feira à noite, você diz, “Não quero saber o que você fará na rua; apenas se divirta, por favor!” Ou, “Não me importa o que seu professor ensina na escola, apenas se divirta por lá!”

Outro dia recebi uma tirinha fazendo uma sátira exatamente a esse pensamento. A tirinha trazia um homem de meia-idade, olhando para uma câmera e anunciando, “Acabei de editar o Novo Testamento para que ele reflita nossos direitos [e escolha de] a estilos de vida. Removi do Novo Testamento todas as passagens que se referem a atividades pecaminosas. Daí, tomei a liberdade de retirar todas as seções ofensivas que representam a moralidade arcaica da Bíblia. No fim, restou apenas um verso que não nos ofende: “Jesus chorou.”

Entretanto, essa atitude de soberania e autossuficiência do consumidor não é nova. Em 1875, um homem chamado William Henley escreveu um tributo à autoconfiança, autonomia e orgulho humanos intitulado, Invictus:

Na noite que me cobre,

escura como um poço de polo a polo,

Agradeço aos deuses

por minha alma indomável.

Não importa quão estreito seja a porta,

Quão repleto de julgamentos esteja o livro,

Eu sou o dono do meu destino,

Eu sou o capitão da minha alma.

Essa é simplesmente outra forma de dizer o que nossa natureza adora proclamar: “Quem manda sou eu, o consumidor.”

Volte ainda mais; na verdade, volte até o Jardim do Éden. O primeiro homem e a primeira mulher foram infectados com o consumismo. Adão e Eva decidiram que queriam algo que não estava no cardápio.

“Faça as coisas do seu jeito” não começou recentemente com restaurantes. Adão e Eva já cantavam essa música no Éden. Eles comeriam aquilo que desejassem e creriam naquilo que desejassem crer.

Daí, Deus os visitou, e Adão e Eva descobriram a verdade absoluta de que quem manda não é o consumidor—quem manda é Deus.

Em Romanos 10, Paulo está dizendo ao mundo de consumidores que eles não irão ao céu do seu jeito! Contudo, o que parece ser má notícia se tornaria boa notícia. Deixe-me mostrá-lo como.

O Convite do Evangelho

Em Romanos 10, Paulo apresenta, primeiramente, o convite do Evangelho. Ele escreve no verso 11:

Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido.

Note que Paulo não diz, “Todo aquele que crê em si mesmo não será confundido.” Ele também não diz, “Todo aquele que crê em algum mestre espiritual… na igreja… na última moda… desde que você creia em alguma coisa, Deus entenderá.” Não! Paulo afirma claramente, “Todo aquele que nele crê.” Quem é nele? Volte ao verso 9:

Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.

Nele—Jesus!

Esse é o convite do Evangelho!

Paulo finaliza esse convite com uma afirmação no verso 13:

Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

O que significa invocar?

Mas o que significa invocar? Deixe-me compartilhar com você quatro significados.

  • Primeiro, significa reconhecê-lO.

Em Gênesis 4.26, lemos que chegou uma época em que daí se começou a invocar o nome do SENHOR.

Em outras palavras, os homens voltaram a reconhecer e adorar o Senhor.

  • Segundo, invocar significa louvá-lO.

Davi escreveu no Salmo 86.4–5:

Pois tu, Senhor, és bom e compassivo; abundante em benignidade para com todos os que te invocam. Escuta, SENHOR, a minha oração e atende à voz das minhas súplicas.

  • Terceiro, invocar significa identificar-se com Ele.

Paulo escreveu em 1 Coríntios 1.2:

à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:

Em outras palavras, invocar o nome do Senhor se tornou uma forma de se identificar os crentes verdadeiros.

  • Quarto, invocar significa depender dEle para salvação.

Davi escreveu no Salmo 116.4: Então, invoquei o nome do SENHOR: ó SENHOR, livra-me a alma.

Então, invocar o nome do Senhor significa:

  • depender dEle para salvação;
  • identificar-se com Ele na salvação;
  • louvá-lO pela salvação;
  • adorá-lO.

Perceba que Paulo define repetidamente o objeto de nossa dependência, identificação, louvor e adoração no:

  • verso 11—Todo aquele que nele crê.
  • verso 13—Todo aquele que invocar o nome do Senhor.

Paulo emprega o nome de Deus usado em referência às alianças—Senhor. Pelo menos na versão que eu uso, esse nome está sempre em letras maiúsculas. Esse é o nome de Deus usado em relação às Suas alianças—YAHWEH. Em nosso estudo anterior, falamos um pouco sobre isso, mas gostaria de destacar, novamente, que Paulo não diz que precisamos invocar qualquer Deus, mas invocar o Senhor que é YAHWEH.

Salvação não é uma crença em qualquer deus que você escolher, mas em YAHWEH, ou Kyrios no grego. Lemos, várias e várias vezes no Novo Testamento, a frase “Senhor e Salvador, Jesus Cristo.”

Senhor e Salvador—pense nesses dois títulos da seguinte forma:

  • Senhor—uma referência a quem Ele é, o Deus YAHWEH;
  • Salvador—uma referência ao que Ele realizou, “Eu vim buscar e salvar o que estava perdido.”

Todo aquele que invocar o nome do Senhor, então, crê em quem Ele é e no que Ele fez.

Perguntaram à atriz de Hollywood Hilary Swank, ganhadora do Oscar de melhor atriz em 1999, “Onde está Jesus em todo o seu sucesso?”

Ela respondeu, um tanto envergonhada, “Não é como se fôssemos católicos, crentes, episcopais ou praticamos o Judaísmo ou até mesmo o Budismo. Apenas acreditamos em um poder superior.” Ela continuou e adicionou logo em seguida, “E isso não significa um Deus-Homem, ou alguém em uma cruz.”

Achei interessante que, em uma sentença, ela negou as duas coisas que são necessárias para a salvação. Ela negou quem Jesus era—o Deus-Homem—e ela negou o que Jesus fez—morreu em uma cruz para pagar a penalidade de nosso pecado.

Invocar o nome do Senhor significa reconhecer quem Ele é e o que Ele fez.

Pouco tempo atrás, o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, o professor de direito na Universidade DePaul nos Estados Unidos, disse, “Todas as religiões levam a Deus usando caminhos diferentes. O julgamento não é baseado na escolha que fazemos, mas em como seguimos o caminho que escolhemos. Religiões e culturas diferentes são iguais aos olhos de Deus e devem ser consideradas iguais aos olhos dos homens.”

Se ele fosse seguir essa lógica em sua área de estudo e aplicá-la às decisões feitas no tribunal, ele teria um caos na sociedade. Se ele seguisse sua lógica nos campos da ciência, física, geometria, retórica, teria reprovado e jamais se formado na faculdade.

A verdade é que ele jamais sugeriria que seguíssemos essa lógica na ciência, lei e estruturas sociais. Mas, no mundo espiritual, tudo, de repente, é diferente. De alguma maneira, Deus é tão simples e distraído que Ele não se importa como nos chegamos a Ele—na verdade, nem sequer precisamos crer nEle.

Lembre-se, quem manda é o consumidor! Quer o assunto seja seu deus ou sua xícara de café, qualquer coisa que você escolher está certa.

Paulo, entretanto, deixa claro nos versos 11 e 13 que precisamos, inegavelmente, invocar o nome do Senhor e, então, seremos salvos.

Esse é o convite do Evangelho!

A Imparcialidade do Evangelho

Em seguida, Paulo declara a imparcialidade do Evangelho. Veja o verso 12:

Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos.

Agora, é um tanto difícil para nós imaginar quão revoltante era essa verdade que Paulo apresenta novamente aqui.

Pense da seguinte maneira: da mesma forma que as pessoas de sua cidade se revoltam com a verdade de que existe apenas um caminho para salvação, os judeus também se revoltaram ao descobrir que a salvação era estendida a mais de uma raça—aos judeus e gentios.

Da mesma maneira que você se irrita com pessoas que dizem, “Quer dizer que as pessoas que não creem em Cristo irão para o inferno?”, ainda era mais irritante para um judeu, que diria, “Quer dizer que você acredita que um gentio pode ir para o céu?”

Essa é a verdade radical e perturbadora do Evangelho.

Essa mensagem que Paulo pregava era politicamente incorreta para o povo judeu, mas não era nova! Na verdade, suas palavras em Romanos 10.11–13 são citações dos profetas Isaías e Joel.

Os judeus deveriam ter sido bênção para as nações do mundo. Por meio deles vieram a lei, os profetas, as alianças, as promessas e o Messias. Eles deveriam ter sido os evangelistas do Antigo Testamento. Paulo já deu esse lembrete em Romanos 9. Contudo, a nação reservou para si a verdade e desenvolveu um estilo de vida que era tudo, menos amoroso, misericordioso e evangelístico.

No século primeiro, um judeu compromissado que voltava a Israel de alguma terra distante parava antes de entrar na terra, tirava suas sandálias e sacudia seus pés, além de tirar a poeira de sua roupa também. Por quê? Para que não levasse poeira impura para sua terra. Além disso, os judeus desenvolveram o hábito de se isolarem dos gentios. Eles não entravam na casa de gentios, não comiam nem bebiam com eles, nem sequer tocavam a mão de um gentio. No caso dos que tinham sangue mestiço—judeu e gentio, conhecidos como samaritanos—o judeu nem sequer falava com eles. É por esse motivo que a mulher ao poço ficou tão chocada quando Jesus veio a ela e disse, “Você pode me dar um pouco de água?” Ele não somente falou com ela, mas estava disposto a beber água no copo dela. A primeira reação da samaritana foi, “Como tu, um judeu, falas comigo, uma samaritana?” Nos dias de Paulo, o judeu orava toda manhã dizendo várias coisas, inclusive, “Obrigado, Deus, porque não sou um gentio.”

O judeu pode dizer, “Como assim, Paulo, não existe distinção alguma entre judeu e gentio? Nós somos o povo de Deus; somos a raça escolhida de Deus; somos santos e separados para Deus.”

Jonas foi um exemplo clássico dessa atitude, apesar de muitos séculos antes. Deus disse a Jonas, “Vai a Nínive e adverte aquele povo contra o julgamento vindouro.”

“Nínive?!”

Nínive era uma cidade de aproximadamente um milhão de pessoas. Eles eram assírios e tinham a terrível fama de serem imorais e idólatras. Seus soldados eram conhecidos por sua brutalidade.

O profeta Naum descreveu Nínive em Naum 3.1–4, dizendo:

Ai da cidade sanguinária, toda cheia de mentiras e de roubo e que não solta a sua presa! Eis o estalo de açoites e o estrondo das rodas; o galope de cavalos e carros que vão saltando; os cavaleiros que esporeiam, a espada flamejante, o relampejar da lança e multidão de traspassados, massa de cadáveres, mortos sem fim; tropeça gente sobre os mortos. Tudo isso por causa da grande prostituição da bela e encantadora meretriz, da mestra de feitiçarias, que vendia os povos com a sua prostituição e as gentes, com as suas feitiçarias.

Jonas disse, “Não,” a Nínive e partiu de navio em direção a uma cidade que ficava a mais de três mil quilômetros de distância. “Ah, Deus vai ter que usar outra pessoa.”

Contudo, Deus enviou uma tempestade para parar o navio e enviou um táxi subaquático para trazer Jonas de volta. Após três dias e três noites na barriga do peixe, Jonas se arrependeu.

Não ignore isto! Jonas tinha um coração tão duro que demorou três dias para se arrepender. A maioria de nós levaria três minutos dentro da barriga do peixe para perceber que ainda estávamos vivos e orar, “Senhor, irei para qualquer lugar… até mesmo para Nínive.”

Jonas precisou de três dias para se arrepender. Daí, ele orou, como lemos em Jonas 2.9:

Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei. Ao SENHOR pertence a salvação!

Deus agiu através da mensagem e advertência de Jonas e redimiu a cidade inteira de gentios.

Qual foi a reação de Jonas? Ira! Ou seja, “O Senhor salvou um bando de gentios e eles não mereciam Sua salvação.”

O problema era simples: Jonas não cria na imparcialidade do Evangelho.

Séculos depois, os judeus dos dias de Paulo eram ainda mais teimosos. Paulo chacoalha seu mundo com essa declaração de que nenhum grupo é mais importante do que outro para Deus—quer judeus ou gentios.

Li sobre um grupo de turistas que visitavam uma vila fascinante na Europa. Eles passaram por um homem velho sentado à beira do caminho próximo à cerca. De forma condescendente, um turista lhe perguntou, “Diz aí, houve algum grande homem que nasceu nessa vila?”

O velho respondeu, “Não, somente bebês.”

Meu amigo, não existem grandes pessoas nascidas no reino de Deus… apenas pecadores—judeus e gentios.

Essa é a imparcialidade do Evangelho!

Vários anos atrás, li sobre o General americano Lee que entrou em uma igreja logo após a Guerra Civil pela abolição da escravatura nos Estados Unidos no final do século dezenove. O general entrou e se sentou próximo a um ex-escravo. Ambos cantaram e se ajoelharam juntos em oração durante o culto. Depois, o general foi criticado e lhe perguntaram, “Como você se ajoelharia e oraria ao lado de um homem como esse?”

Ele responde, “O chão aos pés da cruz é plano.”

Essa é a mensagem do Evangelho. Essa é a proclamação da graça!

Não importa quem você seja, não importa o que tenha feito, o chão aos pés da cruz é plano. Você pode dizer, “Certo, mas e o meu passado? Você não faz ideia das coisas que eu fiz!”

Meu amigo, todos nós temos um passado, mas, com Jesus Cristo, você tem um futuro!

Existe mais uma coisa que Paulo deseja enfatizar sobre o Evangelho. Não somente o convite e a imparcialidade do Evangelho, mas existe um terceiro ponto.

A Herança do Evangelho

Paulo também declara a herança do Evangelho. Ele escreve no verso 12:

…uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.

Qualquer dia desses, faça uma busca da palavra “riquezas” em sua Bíblia de estudo. Você não acreditará como essa palavra possui implicações para o crente.

Paulo escreveu em Efésios referindo-se a riqueza várias vezes. Veja Efésios 1.7–8:

no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência,

Em Efésios 2.4–7, lemos:

Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.

Visitei a Inglaterra e a Escócia, e tive o privilégio de ver tronos reais. Vi onde reis e rainhas se sentaram por séculos, tanto diante do parlamento como para adoração. Seus tronos eram feitos de madeira—ornamentados, mas de madeira. Eles não eram banhados a ouro, nem sequer pintados de dourado. Seus tronos não podem ser comparados aos tronos que ocuparemos na grandeza e magnificência do palácio celestial de Cristo. E isso sem mencionar os presentes abundantes de nosso Deus gracioso.

Deus nos tem prometido infinitas bênçãos celestiais, uma herança nos céus com Ele. Ele prometeu remover todas as nossas doenças e dores, e restaurar nossa juventude por toda eternidade. Ele eliminará nossas memórias ruins e tristezas, e jamais pecaremos novamente. Nós, os crentes, esperamos ansiosamente por esse dia.

Mas, veja bem, essas coisas nos são dadas por Deus não porque fazemos parte de uma igreja, mas porque fazemos parte da família de Deus.

Você acreditou na palavra de Paulo e, em algum momento em sua vida, invocou o nome do Senhor para salvação e foi salvo! Nos próximos anos, você herdará a imortalidade no céu; nova mente, novo coração, nova memória; finalmente, perfeição sem pecado; uma nova terra para explorar e desfrutar; uma residência pessoal com o rio da vida passando por ela, com ouro abundante usado para o pavimento da cidade santa; nunca, jamais, teremos um pensamento pecaminoso e triste novamente!

Não conseguimos imaginar as riquezas internas e externas de Deus através de Cristo Jesus. Não podemos nem mesmo imaginar nossa herança no céu.

Contudo, aqueles que desejam mandar agora, ser seu próprio rei e recusam o Rei dos reis, podem dizer com Henley, que escreveu com coragem vã e fé enganada:

Na noite que me cobre,

escura como um poço de polo a polo,

Agradeço aos deuses

por minha alma indomável.

Não importa quão estreito seja a porta,

Quão repleto de julgamentos esteja o livro,

Eu sou o dono do meu destino,

Eu sou o capitão da minha alma.

Ou você pode despir-se de seus mantos reais de fabricação própria; deixar de lado sua autoconfiança, seu orgulho e dizer com Dorothea Day, uma crente que escreveu um tributo chamado Meu Capitão em resposta ao tributo de Henley Invictus:

Na luz que me deslumbra,

Brilhante é o sol de polo a polo,

Agradeço a Deus que eu conheço,

Porque Cristo conquistou minha alma,

Não importa quão estreita seja a porta,

Ele removeu do livro os meus julgamentos,

Cristo é o dono do meu destino,

Cristo é o capitão da minha alma.

Quem manda não é o consumidor; quem manda é Jesus Cristo somente, o Rei dos reis.

Ele já é o seu Rei? Quem manda em sua vida? Se Cristo ainda não é o seu Rei, convido-o a seguir o convite de Paulo em Romanos 10.11–13 e baixar sua cabeça, invocar o nome do Senhor, o único Senhor vivo e verdadeiro, e você será salvo.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 19/09/2004

© Copyright 2004 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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