Deixando Uma Mala em Israel

Deixando Uma Mala em Israel

by Stephen Davey Ref: Romans 1–16

Deixando Uma Mala em Israel

Como Sair da Terra e Chegar ao Céu—Parte 1

Romanos 10.1

Introdução

É com alegria que peço que você abra sua Bíblia no livro de Romanos.

Alguns dias atrás, recebi um e-mail de um ouvinte de rádio que acompanha nossos programas da Alemanha. Ele escreveu, “Querido pastor, fico muito feliz em conhecer pessoas que possuem um relacionamento pessoal com Cristo e são chamadas para proclamar as Boas-Novas.”

Ele continuou, “Aqui na Alemanha, temos um ditado, ‘Deixei minha mala em Berlim.’”

Ele explicou, “O ditado significa que você deixou para trás algum laço com aquela cidade ou com pessoas de lá, apesar de você ter se mudado daquela cidade.”

O e-mail continuou explicando que, apesar de esse ouvinte haver se mudado de sua cidade natal, ele ainda tinha uma mala lá—significando que seu coração ainda estava, de alguma forma, lá com sua família, amigos e raízes.

Gosto dessa expressão. A maioria, se não todos, se identifica com essa expressão.

Você tem malas desse tipo, não tem? Elas foram deixadas em lugares especiais onde você morou ou trabalhou no passado; elas estão espalhadas pelo país em locais onde você ainda possui laços emocionais. Talvez seja um sítio onde você cresceu, a primeira escola onde você trabalhou como professor, aquele primeiro apartamento em que você e sua esposa recém-casados moraram, ou a igreja onde você ouviu o Evangelho pela primeira vez.

Um casal visitou nossa igreja semana passada e nos informou que estava chegando de outro estado. Eles falaram como amavam sua antiga igreja com brilho nos olhos e como eram envolvidos. Daí, a mulher derramou algumas lágrimas quando percebeu, novamente, que havia se mudado.

Eu toquei seu braço e disse, “Não tem problemas chorar assim. Eu e minha esposa também deixamos para trás uma igreja como essa. A maioria das pessoas tinha em torno dos 60 anos e a frequência sempre a mesma aos domingos. Servi lá enquanto estudei no seminário; eles me ordenaram ao ministério e pregava lá uma vez por mês; eles nos adotaram e nos amaram. Jamais nos esqueceremos daquela congregação. Não tem problema chorar.”

Você está aqui hoje, mas deixou malas em outros lugares.

Amanhã de manhã, eu e minha esposa levaremos nossos dois filhos para uma faculdade em outro estado no Norte, levando caixas e caixas de coisas e roupas. Pense em laços emocionais, família! Deixaremos muito naquele lugar!

“Deixei uma mala em Berlim.” Que grande expressão.

No decorre de todo o seu ministério, ao vermos suas viagens ao redor do Mediterrâneo e ao ler suas cartas transbordando de emoção e saudade, fica óbvio que o apóstolo Paulo havia deixado uma mala em Israel. Apesar de ele ter viajado ao redor do mundo e ser martirizado em Roma, seu coração nunca se desligou de sua herança, de suas raízes, de seu povo.

Qualidades do Caráter de Paulo

Paulo tinha deixado uma mala em Israel! É impossível ser mais claro do que Romanos 10.1:

Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos.

Hoje, gostaria de apenas abrir essa mala de Paulo e tirar três características que o capacitaram a ser um representante de Cristo.

Sinceramente, as primeiras vezes que li esse parágrafo, ignorei esse verso ao me apressar para ler o verso 2. Mas vamos parar aqui e abrir essa mala juntos. No processo, descobriremos por que Paulo era tão eficiente, tão agradável e amável e, ao mesmo tempo, tão furioso com seu povo judeu a quem amava profundamente.

  • A primeira qualidade de caráter que descobrimos é um fervor interno. Essa qualidade explica a resiliência de Paulo.

Paulo escreve no verso 1, a boa vontade do meu coração.

Um pouco mais adiante no mesmo verso, ele declara que o desejo de seu coração é que o povo judeu venha à fé em Cristo.

A boa vontade, ou eudokia no grego, que pode significar, “fervor, prazer, satisfação.” Ou seja, Paulo diz, “Nada no mundo me traria mais satisfação do que meus compatriotas judeus convertendo-se a Jesus Cristo.”

Isso é algo absolutamente interessante quando se considera o que Paulo havia recebido das mãos dos judeus. Ele havia sido apedrejado, golpeado, abandonado, humilhado, ridicularizado, odiado, caçado, desprezado, escarnecido, e muito mais!

A essa altura, Paulo deveria estar carregando uma mágoa enorme, orando, “Senhor, o que quer que aconteça a Israel, é culpa deles. Eles precisam pagar pelo que fizeram!”

Contudo, duas coisas estão faltando ao abrirmos a mala de Paulo: ressentimento e desejo de vingança. Com certeza, isso deve estar lá em algum canto.

Paulo era um homem que havia sido grandemente honrado no passado. Sua família era rica o suficiente para enviá-lo a Jerusalém para aprender a Lei aos pés de Gamaliel. Ele cresceu para se tornar o perseguidor especial do Supremo Tribunal de Israel, encarregado de proteger o Judaísmo do Cristianismo.

Agora, entretanto, Paulo perdeu seus contatos e não possui fortuna alguma. Na verdade, ele é tão pobre que precisa financiar suas viagens com fabricação de tendas. Tudo o que ele possui e é está investido em seu grande prazer, a saber, ver descrentes se rendendo às palavras de Cristo e adorando-O como o Deus vivo e verdadeiro.

Você conhece alguém que é movido por um fervor interno?

Lembro-me de assistir ao Tour de France, provavelmente a corrida de bicicleta mais famosa do mundo. Existe algo dentro de um dos competidores, Lance Armstrong, que o motivo a pedalar mais rápido do que todos os outros competidores mundiais. O motivo por que não estamos no Tour de France não é que não temos uma boa bicicleta, mas porque não temos aquele fervor e paixão internos.

Você conhece alguém com esse tipo de motivação? É a motivação que leva o ser humano a arriscar tudo o que é e possui para abrir um negócio, que move uma mulher a se colocar nas garras da morte para dar à luz um bebê—e depois querer outro. Ela já esqueceu?

Existe algo no interior que produz esse tipo de perseverança. O apóstolo Paulo tinha esse fervor interno que produzia uma espécie singular de resiliência.

Ouça sobre este incidente registrado em Atos 14.19–22 que ocorreu depois de Paulo pregar em Listra:

Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio e, instigando as multidões e apedrejando a Paulo, arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto. Rodeando-o, porém, os discípulos, levantou-se e entrou na cidade.

(ou seja, eles apedrejaram Paulo até que imaginaram que ele havia morrido e depois o arrastaram para fora da cidade. Mas Paulo é milagrosamente curado, levanta-se e vai para onde? De volta para Listra! A única coisa que eu teria a dizer é o seguinte, “É, amigo, está óbvio que o Senhor nos quer em outra cidade!” A narrativa continua)

No dia seguinte, partiu, com Barnabé, para Derbe. E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.

Quem melhor para encorajar os crentes a perseverarem na fé do que alguém que persevera na fé?

O fervor interno de Paulo explica sua resiliência.

  • Vamos descobrir a segunda característica que tornava Paulo um embaixador tão eficiente para o Senhor: um pedido vertical evidente em sua confiança.

Paulo tinha não somente um fervor interno que explicava sua resiliência, mas também um pedido vertical que ficava evidente em sua confiança.

Veja Romanos 10.1: Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles.

O antecedente de deles está no capítulo 9, verso 31. Veja Romanos 9.31–32:

e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei. Por quê? Porque não decorreu da fé, e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço,

Em outras palavras, Israel tropeçou em Cristo, a Pedra Angular. Isso nos leva a questionar por que Paulo oraria por eles.

Por que oramos a Deus a favor de descrentes se existe eleição incondicional?

Depois de tudo o que aprendemos em Romanos 9 sobre a eleição soberana de Deus e a infidelidade de Israel, por que orar por eles? Se cremos que Deus é soberano, e cremos nisso, então por que orar por descrentes?

Deus é soberano

  • Primeiro, o único Deus para o qual vale a pena orar é um Deus soberano.

Orar a outro tipo de deus é inútil porque ele não pode fazer nada.

Veja bem, o único Deus que pode responder orações é um Deus soberano! Sabemos, por intuição, que se, Deus é Deus, Ele é soberano.

Até mesmo o teólogo liberal, quando se põe de joelhos, ora clamando que Deus cure seu filho de uma doença. Por quê? Porque ele sabe que só vale a pena orar a um Deus que é soberano sobre doenças e até sobre a própria morte. Até mesmo descrentes pedem proteção a Deus de alguma catástrofe natural. Por quê? Porque eles sabem que o Deus verdadeiro é soberano sobre a natureza.

Então, oramos a Deus a favor das almas de descrentes porque sabemos que Deus é soberano sobre os negócios da humanidade.

Deus é quem salva

  • Segundo, oramos por descrentes não somente porque reconhecemos que Deus é soberano, mas porque sabemos que é Deus quem salva.

Para aqueles que compartilham sua fé com descrentes, isso é confortador. Deus é quem realiza a obra. Conforme lemos em 1 Coríntios 3.6: Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus.

Em João 6.44, Jesus disse:

Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.

É Deus quem faz a escolha; é Deus quem abre os olhos do pecador cego, conforme 2 Coríntios 4.4: o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos.

Você precisa se preparar? Sim. Mas não espere até que tenha todas as respostas. Você não precisa ter medo que irá esquecer algo importante ou se confundir em suas respostas.

Paulo não ora por respostas perfeitas; ele ora a Deus, o qual é perfeito. E ele ora que Deus salve seus irmãos na carne.

A palavra traduzida como súplica em Romanos 10.1 é o termo grego forte, deesis, que significa em muitos casos, “rogar.”

Em Lucas 5.12, a mesma palavra é usada quando um leproso vê Jesus e cai com rosto em terra, rogando-lhe: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E o Senhor disse no verso 13: Quero, fica limpo!

Mais adiante, em Lucas 9.38, o pai de um menino muito doente vem a Jesus e diz: Mestre, suplico-te que vejas meu filho, porque é o único.

Essa palavra transmite um senso de desespero.

Paulo suplica a Deus a favor do descrente. Por quê? Porque ele sabe que somente Deus é soberano e somente Deus pode salvar.

Então, por que orar?

Deus escolheu nos usar em Seu plano de salvação

  • Terceiro, oramos por descrentes porque nosso Senhor soberano que salva escolheu nos usar em Seu plano de salvação.

Essa é a mensagem de Romanos 10. Veja os versos 13 e 14:

Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?

Deus determinou o fim, mas também determinou os meios. E nós somos os meios para a salvação do descrente.

Em lugar algum nas Escrituras é-nos dito que é nossa responsabilidade descobrir quem Deus escolheu. Contudo, Deus nos deu a responsabilidade de pregar, ensinar, testemunhar, orar, exortar e instar o descrente. Devemos proclamar o Evangelho da salvação a todos enquanto suplicamos, rogamos e oramos que Deus os salve.

Quando Deus nos salva, ficamos extremamente felizes que Ele somente salva e Ele somente é soberano, e que Ele escolheu usar nossa oração e nosso testemunho para cumprir Seu propósito redentor.

Cerca de uma semana atrás, parei com meu carro em frente a uma casa. Fui visitar uma família e sabia que homem era descrente. Ele era um rapaz inteligente, simpático e que buscava entender bem as coisas. Desliguei meu carro, orei e entrei. Qual foi minha oração?

“Senhor, conceda-me a capacidade de articular o Evangelho de tal maneira de forma a convencê-lo completamente com minha argumentação?”

“Senhor, ajude-me a ganhar dele na discussão.

“Estou pronto, Senhor. Um, dois, três e já!”

Não. Minha oração foi:

“Senhor, se esse é um pecador que Tu estás chamando, que Tu abras seus olhos nesta noite, e permita-lhe ouvir, e conceda-me o privilégio de ser usado por Ti para apresentar o Evangelho e vê-lo sendo transportado da morte para a vida.”

Após algumas horas, nossa reunião tinha terminado. Ele, de fato, suplicou pela graça de Deus pela fé em Cristo somente.”

Quando eu saí com meu carro por volta da meia-noite, eu não estava exclamando, “Muito bem, consegui!”

Não. Eu orei, “Ah, Deus, obrigado por poder vê-lO agindo nesta noite. Obrigado por me deixar ver o milagre da redenção.”

Esse deve ser nosso maior fervor; assim como Paulo, essa deve ser nossa súplica. Finalmente, vamos descobrir mais uma característica de Paulo.

  • A última característica que tiraremos da mala de Paulo é seu propósito externo definido em seus relacionamentos.

Tudo em Paulo revolvia, no fim, em torno da obra de redenção. Ele escreveu em Romanos 10.1:

Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos.

Será que os judeus não precisavam de paz no mundo? Sim.

Os judeus não lutavam para sobreviver? Sim.

Não havia injustiça no mundo? Sim.

E o que dizer dessas coisas?

Jesus Cristo fornece a seguinte perspectiva em Mateus 16.26:

Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?

Em outras palavras, qual é a vantagem de se ter paz mundial se você irá para o inferno quando morrer? Qual é a vantagem da educação, prosperidade e justiça na terra se você morrerá e passará a eternidade experimentando a justiça de Deus no inferno?

A igreja hoje parece ter esquecido essa perspectiva. Nossa missão é redenção; nosso propósito não se limita a esta terra!

Apesar de podemos realizar muitas coisas para desacelerar a deterioração de nosso mundo, a coisa mais importante que podemos fazer é resgatar pessoas do deus deste século; é proclamar o Evangelho de Cristo a todos. Esse propósito deve definir nosso relacionamento com o mundo ao nosso redor.

Princípios para Imitar As Qualidades de Caráter de Paulo

Você pode estar pensando, “Bom, gostaria de ser mais parecido com Paulo, mas não sei o que dizer no trabalho ou na universidade. Sou um crente e quero que meus colegas conheçam a Cristo também, mas por onde devo começar?”

Deixe-me compartilhar cinco princípios que você deve lembrar ao imitar o apóstolo Paulo em seu fervor, sua oração e seu propósito.

  • Primeiro e acima de tudo, esteja disposto a obedecer ao chamado para ser um representante de Cristo.

Quer seja em seu escritório, na faculdade, você é o representante de Cristo!

Você é dono de alguma loja ou negócio? Aqui vai uma ideia bem simples: toque músicas sobre Cristo.

Você pode dizer, “Mas alguém pode não gostar.”

Tudo bem. Se eles gostam de sua loja o suficiente, irão superar a música.

Eu estava em uma lanchonete outro dia sentado lendo meu jornal. Havia uma música tocando nos alto-falantes e finalmente percebi que era uma música evangélica. Existe naquela lanchonete um gerente corajoso que diz, “Eu escolho as músicas e devo aproveitar essa oportunidade para promover Cristo!”

  • Segundo, esteja disposto a comunicar apenas aquilo que você sabe.

Quando você trabalha com uma pessoa que sabe que você é crente, ela pode fazer uma pergunta que você não sabe responder. Não tem problema. Lembre-se: se Deus estiver trabalhando, aquela pergunta difícil pode estar apenas mascarando a culpa e convicção daquela pessoa.

Descobri que, frequentemente, quando a pessoa se sente encurralada e percebe que está presa, ela irá desviar a conversa para outro rumo ou fazer uma pergunta muito difícil de se responder.

Diga que você não sabe a resposta. Não há nada de errado com isso. Na verdade, eles podem ver em você algo que não querem admitir: que eles mesmos não têm todas as respostas.

Depois, você, ao voltar para casa, vai buscar a resposta. Estude, leia, pegue sua concordância, dicionário bíblico e enciclopédia—compre esses livros se ainda não os tiver; estude! Se ainda estiver confuso, ligue para a igreja.

Comunique apenas aquilo que você sabe.

  • Terceiro, esteja disposto a abandonar um debate que poderia facilmente ganhar.

Seu objetivo não é vencer um debate e estragar aquele relacionamento.

Você pode se recordar das muitas discussões que Jesus Cristo teve com escribas e fariseus que queriam argumentar apenas para encurralá-lo. Ele geralmente se livrava de ser encurralado ao dar uma excelente resposta; depois, deixava o assunto quieto. Ele poderia vencer todos os debates!

No dia em que Jesus foi julgado pelo Sinédrio, Pilatos e Herodes, Ele poderia tê-los destruído com bons argumentos. Contudo, Ele não fez isso porque Seu propósito era a redenção. Ele os deixou destruí-lo em uma cruz.

  • Quarto, esteja disposto a elogiar antes de criticar.

Em nosso mundo pluralista, as pessoas acreditam em coisas bastante estranhas.

É como a vez em que Paulo falou em Atenas, uma cidade com muitas estátuas de deuses e deusas nas ruas e edifícios. Quando Paulo subiu ao monte para se dirigir aos líderes, filósofos e cidadãos, ele não começou dizendo, “Vocês são um bando de idólatras!”

Paulo começou dizendo, conforme lemos em Atos 17.22: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos.

Daí, tendo ganhado o respeito deles, Paulo lhes apresentou o Evangelho.

Alguns dias atrás, eu e minha filha de dez anos fomos a uma sorveteria em uma parte da cidade que não conhecíamos bem. A mulher que nos atendeu era paquistanesa; muito bondosa e atenciosa. Eu me apresentei e apresentei minha filha, explicando à mulher o significado do nome da minha filha. Espero que essa seja a primeira de muitas conversas. Quando saímos, eu perguntei à minha filha, “Você viu no balcão uma miniatura dourada de elefante coberto com pedras preciosas dentro de uma caixinha de vidro?”

Ela disse, “sim.”

Daí, eu expliquei, “Aquele elefante—que tinha visto muitas vezes na Índia—é um ídolo ao deus elefante que aquela mulher adora.”

Em nossa próxima visita, a estratégia não será, “O que é isto?! Quer dizer que seu deus é um elefante? E ele tem uma tromba?”

Sinceramente, ela poderia me dizer, “Quer dizer que o seu Deus é um Espírito invisível, que teve um Filho na terra que foi martirizado em uma cruz?”

Se eu for seguir o exemplo de Paulo, perguntarei em minha próxima visita, “Sabe, acho que você é bastante corajosa em falar aos seus clientes sobre o seu deus. Me diga aí, qual é o nome dele?”

Na próxima visita, “Você acha que ele sabe quem você é?”

E na próxima, “Você acredita que ele realmente se importa com você?”

Depois, “Você se importa se eu falar para você sobre o meu Deus?”

E isso me conduz ao quinto princípio.

  • Quinto, esteja disposto a partilhar a verdade, um pouco de cada vez.

Você não precisa estacionar seu caminhão de doutrinas e descarregá-lo completamente na primeira visita. Só porque você é fervoroso não significa que precisa entrar em pânico.

Se Deus estiver chamando aquele pecador através de seu testemunho, Ele já ordenou que o universo separe espaço e tempo para ele ouvir o Evangelho.

Três chaves para abrir o coração do descrente

Deixe-me adicionar a verdade fundamental de Romanos 10.1 em relação a alcançar o perdido eficazmente. Darei a você três chaves para abrir o coração do descrente:

  • Ore fervorosamente por pessoas perdidas.
  • Ore fervorosamente por pessoas perdidas.
  • Ore fervorosamente por pessoas perdidas.

Já que estou falando nisso, vou dar mais duas chaves:

  • Ore fervorosamente por pessoas perdidas.
  • Ore fervorosamente por pessoas perdidas.

Conforme Paulo diz em Romanos 10.1:

Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos.

Que fervor! Que oração! Que propósito!

Não é surpresa alguma que a igreja ainda lê e estuda as palavras que este homem tinha a dizer dois mil anos depois de ele ter deixado sua mala em Israel.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 15/08/2004

© Copyright 2004 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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