
Quando Pouco É Muito
Quando Pouco É Muito
Uma Encomenda Especial—Parte 9
Apocalipse 3.7–13
Introdução
Até agora, lemos as correspondências de cinco igrejas ditadas por Jesus Cristo e enviadas por meio de um carteiro. A partir dessas cartas, temos aprendido as seguintes verdades:
- Éfeso—é possível ser ortodoxo, mas desprovido de amor;
- Esmirna—sofrimento pode significar que estamos no centro da vontade de Deus;
- Pérgamo—tolerar falsos ensinos pode ser o primeiro passo para a desobediência a Cristo;
- Tiatira—tolerar a imoralidade pode conduzir à imoralidade;
- Sardes—é possível ter um passado incrível, mas um futuro ineficaz.
Com exceção de uma carta—à igreja de Esmirna—todas elas foram enviadas a igrejas que estavam com sérios problemas com o Supremo Pastor.
- Éfeso estava fria e sem amor;
- Pérgamo não estava mais guardando a doutrina verdadeira;
- Tiatira estava cheia de divisões e sendo tentada por uma liderança imoral;
- Sardes estava cochilando no volante, confiando em seu passado e sem fervor algum pelo futuro.
Pensamos até que Deus escreveu cartas não somente a essas igrejas da Ásia Menor, mas às nossas igrejas também! Esses problemas existiram nas igrejas do século primeiro, mas são a realidade nas igrejas do século vinte e um também.
Tenho que contar para você algo que achei fascinante.
Um tempo atrás, passei dois dias em um hotel resort durante uma conferência nacional de rádio religiosa. Eu havia marcado várias reuniões com donos de estações de rádios quando compartilhara com eles nossa visão de pregar a Palavra de Deus ao redor do mundo.
Cada dono de rádio com o qual conversei me disse a mesma coisa: eles estavam interessados no Sabedoria para o Coração, o nosso programa de rádio, porque os tempos mudaram. Nos últimos vinte e cinco anos, especialistas disseram à indústria do rádio que a melhor maneira de se conseguir ouvintes é se livrando de programas de pregação da Bíblia e introduzindo programas de entrevistas e muita música. E foi exatamente isso o que praticamente todas as rádios fizeram.
Fiquei admirado ao descobrir que, agora, quase todos os donos de rádios perceberam nas últimas décadas que lealdade e apoio às emissoras são devidos, primariamente, a programas—e os programas mais populares são os de pastores pregando a Bíblia.
Recentemente, três anos atrás, pessoas disseram que o nosso programa Sabedoria para o Coração jamais decolaria. De repente, pertencemos a um grupo cobiçado de programas de rádio. Na verdade, nesta semana, três novas estações nos colocaram no ar—e de graça! Isso é bom porque não temos dinheiro.
No ano passado, o pastor de uma megaigreja americana admitiu, de forma escrita, que sua estratégia e filosofia de ministério dos últimos vinte e cinco anos, que é direcionada primariamente para as pessoas e desvaloriza distintivos doutrinários e exposição bíblica, não produziu discípulos comprometidos com Cristo.
A tragédia em meio a tudo isso é o que basicamente uma geração de pessoas deixou de ganhar ao ligar seus rádios enquanto dirigia para o trabalho ou faculdade. Isso para não mencionar a perda para milhares de pastores que seguiram essa filosofia de ministério e agora ouviram—isso pode até edificar uma igreja enorme, mas não uma igreja forte!
Os perigos, enganos e tentações da igreja do século primeiro ainda estão vivos. Essas igrejas estão lidando com problemas de:
- Analfabetismo doutrinário e bíblico;
- Corações frios e espírito sem amor;
- Liderança imoral e vidas pecaminosas justificadas pelo pretexto da graça;
- Apatia evangelística e despreocupação com a saúde atual da igreja, muito menos com a condição futura da igreja.
Deus está escrevendo a nossa carta—cada igreja em cada geração é desmascarada e desafiada por essas cartas.
A essa altura, talvez você esteja se perguntando se existe alguma carta nessa caixa de correspondências inspiradas escrita a uma igreja que tinha um futuro—que poderia servir de modelo bíblico. Será que havia uma igreja que tinha os olhos focados no objetivo correto, pelo motivo correto, que buscava ensinar as coisas corretas, edificando um ministério correto, defendendo o padrão correto e sendo aprovada por Deus?
A resposta é, “Sim!”
Abra sua Bíblia em Apocalipse 3.7. Esta é uma carta que foi escrita a uma igreja que tem servido de exemplo de ministério por 1900 anos. Nós a chamamos de “a igreja da oportunidade”—a igreja das portas abertas. Apocalipse 3.7 diz:
Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá:
Introdução de Cristo à Igreja de Filadélfia
Agora, assim como nas demais cartas, o Senhor assina Seu nome no início ao invés de no fim. Pela primeira vez, Ele escolhe uma descrição que não se encontra na visão de João do capítulo 1. Talvez seja porque essa igreja receberá um louvor especial, até mesmo na introdução.
- Cristo diz na introdução, “Eu sou o santo.”
Assim como essa igreja estava vivendo um testemunho santo, Cristo se apresenta como santo—“hagios,” uma palavra que significa “separado para Deus.”
Essa era uma igreja santa, separada exclusivamente para Deus, de forma alguma pertencendo ao mundo.
- Cristo também assina a carta dizendo, “Eu sou o verdadeiro.”
A palavra grega alethinos se refere a algo verdadeiro no sentido de autêntico e genuíno, oposto ao que é falso. Jesus Cristo é Aquele que é real, genuíno, autêntico.
Meu amigo, se você seguir outra coisa ou pessoa para sua saúde espiritual que não seja Jesus Cristo, você acabará em uma rua sem saída. Todas as demais coisas ou pessoas são imitações baratas do verdadeiro Salvador.
- Cristo também se apresenta no verso 7 como Aquele “que tem a chave de Davi.”
Essa frase vem de 2 Reis 18, onde o servo fiel de Ezequias, Eliaquim, recebe a chave do palácio de Ezequias e do seu tesouro. Eliaquim teve livre acesso a tudo o que pertencia ao rei Ezequias. Da mesma maneira, Cristo é o fiel Filho de Deus, possui livre acesso à sala do trono do Pai e tem à Sua disposição o tesouro, o qual oferece aos que crêem nEle.
Em seu cumprimento, Cristo controla a entrada da casa de Davi, pois é direito do Messias controlar e reinar no reino messiânico.
- Finalmente, Cristo diz a essa igreja pequena e fiel em Apocalipse 3.7–8:
...que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar...
O que Cristo quer dizer com tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar?
Alguns pensam que essa é uma referência ao próprio Cristo. Ele é a porta que a abre o reino e os crentes de Filadélfia entrarão no reino.
Talvez essa seja uma alusão a João 10.7, 9, onde Jesus diz, Eu sou a porta.
Nos dias de Cristo, cercados de ovelhas não tinham portas—havia apenas uma abertura no cercado pela qual as ovelhas passavam. À noite, quando os animais estavam todos ajuntados dentro do cercado, o próprio pastor deitava-se à entrada. O pastor era a porta.
Esse é claramente o significado em João 10.9, onde Jesus diz,
Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.
Esse é um belo retrato da salvação, mas não creio que Cristo esteja se referindo à salvação ou à entrada no reino aqui em Apocalipse 3. Na verdade, em nosso texto, as portas já se encontram abertas.
Além disso, cada uma das igrejas é desafiada concernente ao seu ministério atual e encorajada a mudar, fazer, começar ou confessar alguma coisa.
A igreja em Filadélfia recebe a promessa de maior eficácia em seu serviço a Cristo por causa de sua presente consagração.
Creio que essa seja uma porta de oportunidade para um serviço maior para a glória de Deus.
No decorrer de seu ministério, Paulo falou sobre a porta aberta do ministério. Ele escreveu em 1 Coríntios 16.9,
porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários.
Admiro muito a atitude de Paulo. Ele diz, “É o seguinte, abriu-se uma grande porta de oportunidade para Cristo!”
Como ele sabe disso?
“Existem muitos adversários e desafios ao longo do caminho, mas isso é prova para mim de que existe uma grande oportunidade para a glória de Deus!”
Paulo entendeu o princípio espiritual de que não existe oportunidade sem adversidade.
Quando ele chega a Trôade para pregar o Evangelho, ele escreve em 2 Coríntios 2.12, uma porta se me abriu no Senhor.
Paulo pediu para os colossenses orarem por ele para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo (Colossenses 4.3).
Quando Paulo voltou à igreja de Antioquia em Atos 14.27, ele relatou como [Deus] abrira aos gentios a porta da fé.
Essa é uma boa terminologia para adotarmos. Precisamos orar para que Deus abra portas para nós como indivíduos e como igreja, a fim de termos meios mais eficazes para proclamar o Evangelho e alcançar pessoas para Jesus Cristo.
Queremos ser uma assembleia que espera por essa porta e entra por ela. Não vamos dar cabeçadas em portas fechadas, nem discutir com Deus sobre portas fechadas enquanto ignoramos portas abertas.
Por que geralmente nos acampamos diante de portas fechadas? Pedimos para pessoas orarem para que Deus mude de ideia.
Mas onde a porta da oportunidade está escancarada? Nossa oração deve ser, “Senhor, ajude-nos a correr para entrar por essa porta.”
Como conseguir enxergar uma porta se abrindo? Veja Apocalipse 3.8:
...tens pouca força...
Gosto muito disso. Cristo não disse, “Você precisa ter tudo organizado.”
Não, “Você não tem dynamis,” ou “poder.” Cristo diz, “Apesar de você não ter muito poder espiritual, ainda tem um pouco e esse pouco que tem, você dedicou a Mim e usa o máximo possível.”
Cristo também diz em Apocalipse 3.8 e mais adiante no verso 10,
...guardaste a minha palavra... guardaste a palavra da minha perseverança...
Ou, “guardaste a palavra da minha paciência,” que se refere, talvez, à obra de Cristo que pacientemente suportou a cruz.
Esses crentes não negaram o Evangelho.
O tempo verbal sugere que esses irmãos suportaram algum momento de provação no passado no qual receberam o conselho de virar as costas para Cristo, mas eles não negaram o nome ou o Evangelho de Cristo.
Então, “Agora, existe uma porta aberta—corra e entre por ela!”
Um dos motivos por que creio que essa porta se refere a um ministério maior e mais eficaz é que essa metáfora teria sido entendida sem dificuldades.
Da mesma maneira como os crentes de Sardes souberam o que Cristo estava falando quando mandou a igreja ser vigilante—à luz do fato de que a cidade havia sido tomada duas vezes por causa da falta de vigilância dos soldados que dormiam—essa igreja de Filadélfia ficava localizada em uma cidade que era chamada de “a cidade da porta aberta.”
Filadélfia era o corredor para o Oriente. Ela havia sido construída para ser uma cidade missionária com o fim de propagar a cultura e língua gregas no Oriente—na região atual da Turquia.
O imperador havia estabelecido que, a partir de Filadélfia, a cultura e a língua gregas seriam disseminadas nas províncias orientais. Filadélfia serviria de ponto de lançamento para espalhar a filosofia grega pela Europa, algo que os gregos conseguiram.
Jesus Cristo quer que essa igreja reconheça o potencial maior do que nunca ao entender que está posicionada em um local muito estratégico, o qual Deus considera como uma porta aberta para o ministério. Ele diz,
...eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta...
Independente de onde esteja localizada sua igreja em sua cidade, Deus abre portas para o ministério. Você e sua igreja precisam identificar quais portas Deus tem aberto e agir em obediência na proclamação do Evangelho onde Deus os tem colocado. Sua igreja se encontra no local que Deus deseja, e Ele fez isso com propósitos específicos.
A questão é se você obedecerá a Deus e passará por essa porta buscando não somente ganhar aqueles em sua região para Cristo, mas ajuda-los a crescer em Cristo, encorajá-los e lhes mostrar como viver para Cristo.
Cinco Promessas de Cristo à Igreja de Filadélfia
Perceba, agora, que existem pelo menos cinco promessas embutidas no louvor de Cristo a essa igreja.
- Primeiro, Cristo faz a promessa de um reino futuro.
Veja Apocalipse 3.9:
Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei.
Muitos acreditam que essa é uma referência aos inimigos da igreja que um dia serão subjugados e humilhados, e a igreja reinará suprema com Cristo.
- Segundo, existe a promessa de um resgate iminente.
Veja Apocalipse 3.10–11:
Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora...
A hora da provação é chamada de tribulação. Em breve descobriremos os detalhes desse período de sete anos de julgamento divino intenso que afetará todos os que estiverem no planeta.
Na verdade, essa frase no final do verso 10 traduzida como os que habitam sobre a terra é uma expressão que aparece várias vezes no livro de Apocalipse. Toda vez em que ocorre, ela se refere a descrentes: 6.10; 8.13; 11.10; 13.8, 12, 14; e 17.2, 8.
Esse é um tempo de julgamento e provação terríveis, não para crentes, mas para os que habitam sobre a terra. Esses são os que escolheram a terra ao invés do céu, e sofrerão grande tribulação vinda de Deus. A tribulação vindoura incluirá matanças, atrocidades, terror, pânico e julgamento tão detalhado que chocará nossos sentidos nos próximos capítulos de Apocalipse.
A igreja desaparecerá do registro dos eventos sobre a terra revelados em Apocalipse a partir do capítulo 6 até o capítulo 19, quando retorna com Cristo para batalhar o inimigo e estabelecer o reino milenar.
Perceba cuidadosamente, em Apocalipse 3.10, que Jesus Cristo não diz à igreja, “Te guardarei pela hora da provação,” ou, “Te guardarei a despeito da hora da provação,” ou, “Te guardarei em meio a hora da provação,” mas, “Te guardarei da hora da provação”—desse período de grande tribulação e julgamento sobre a terra.
Existem aqueles que afirmam que essa é uma referência ao Grande Trono Branco de julgamento de todos os descrentes no futuro e que a igreja passará, sim, pela tribulação. O problema com essa visão é que o julgamento do Grande Trono Branco não acontecerá na terra (Apocalipse 20.11).
Esse tempo de provação mundial ocorre na terra e será universal. Essa promessa, portanto, não é somente à igreja de Filadélfia, mas à igreja como um todo, “Eu te guardarei.”
Note, mais uma vez em Apocalipse 3.10, que Cristo diz, Te guardarei da hora da provação.
Te guardarei é a construção grega, tereo ek. A preposição ek significa, “de, para fora de.”
Se o Senhor tivesse desejado transmitir a ideia de que a igreja seria preservada em meio à tribulação, a preposição en, para “em,” teria sido usada; ou a preposição dia, caso o sentido fosse “Te guardarei pela hora da tribulação.”
Além disso, se Cristo tivesse prometido que guardaria a igreja durante a hora da provação, essa promessa não faria sentido, já que a igreja toda teria morrido antes da chegada da tribulação que ainda é futura. A promessa não faria sentido.
Outro problema com a interpretação de que Cristo guardará a igreja pela tribulação, ou mesmo pela segunda metade da tribulação, é que muitos virão à fé em Cristo durante o terrível período de massacre; eles não passarão pela tribulação em segurança, mas dezenas de milhares serão martirizados.
Alguns afirmam que a promessa da proteção é apenas uma proteção da ira de Deus durante a tribulação. Contudo, a promessa de que Deus não mataria crentes, mas permitiria que Satanás e o Anticristo os matassem serviria de pouquíssimo conforto à igreja.
Jesus diz a esses crentes em Apocalipse 3.11:
Venho sem demora...
Essa frase sugere iminência. Sua vinda pode ser a qualquer momento. Essa vinda repentina de Cristo para levar Sua igreja é chamada de “arrebatamento.”
As outras cartas de Cristo falam de disciplina e repreensão às igrejas, ou sobre levar o candeeiro do testemunho dessas igrejas. No caso da igreja de Filadélfia, a vinda de Cristo é para levar a igreja!
Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses 4.17,
depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares...
A igreja será arrebatada.
No arrebatamento que precede a tribulação, nós, os crentes, deixaremos a terra para nos encontrar com Cristo nos ares. Na ocasião da segunda vinda após a tribulação, viremos com Cristo no ar para a terra.
Nós temos uma porta aberta para o ministério e sabemos que, a qualquer momento, seremos arrebatados por Cristo com o início do período da tribulação sobre a terra; a igreja desaparecerá das páginas de Apocalipse até seu retorno com Cristo no momento da segunda vinda.
Essas são as promessas de um futuro reino e de um resgate iminente.
- Terceiro, existe a promessa de um reconhecimento significante.
Jesus diz em Apocalipse 3.11:
...Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
Não se trata aqui de salvação, mas da coroa dos galardões.
Veja o verso 12:
Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus...
Essa é a promessa do reconhecimento.
Em Filadélfia, assim como em todas as cidades gregas, quando um cidadão leal à cidade morria, uma coluna era entalhada e colocada no templo do deus que ele adorava como memorial de sua lealdade.
Cristo diz, “Você será uma coluna no Meu lugar santo; você terá um lugar de reconhecimento especial de seu serviço fiel ao seu Deus vivo e verdadeiro.”
- Quarto, existe a promessa de um descanso permanente.
Veja ainda Apocalipse 3.12:
...e daí jamais sairá...
Os cidadãos dessa cidade, vivendo próximo de um vulcão, sofriam terremotos frequentes. Pouco tempo antes da redação dessa carta, havia acontecido um terremoto na região e as pessoas tinham se espalhado. Elas viviam em tendas nos campos abertos por causa do medo de casas as matarem esmagadas por causa dos terremotos.
Essa é uma promessa de segurança e descanso—você não terá mais que temer nada.
Existe não somente a promessa de um reino vindouro, de um resgate iminente, de um reconhecimento gracioso e de um descanso maravilhoso, mas existe uma quinta promessa.
- Finalmente, existe a promessa de uma recompensa final.
Haverá três nomes, cada um deles se referindo à nossa identidade com Deus e com a cidade celestial por meio da fé em Cristo. Veja Apocalipse 3.12:
...gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome.
Quando um novo imperador assumia o trono, ele emitia moedas com sua imagem e seus títulos, e o povo as utilizava como dinheiro. Nós, crentes, teremos estampada em nós a imagem e identidade de nosso Senhor e Salvador vivo—o único Deus vivo e verdadeiro.
Temos o direito à cidade de Deus—à Nova Jerusalém, sobre a qual estudaremos mais adiante. Nessa cidade maravilhosa, talvez até suspensa permanentemente sobre a nova terra, serviremos nosso Deus e Cristo para todo o sempre.
Conclusão
Permita-me retirar algumas verdades desse texto rapidamente.
- Primeiro, não fique surpreso com o potencial de uma igreja.
Semelhantemente, não iguale o plano de Deus com a grandeza de alguma igreja.
Essa igreja de Filadélfia tinha pouco poder, mas enorme potencial para Cristo.
- Segundo, jamais subestime o poder de um testemunho.
Não subestime o poder de seu testemunho, compromisso com o nome de Cristo e o fato de que não negou Seu nome.
Lembro-me de um líder cristão que cantava com bastante frequência um corinho toda vez que pregava para alunos em faculdades. O corinho diz:
Pouco é muito quando Deus está presente!
Trabalhe não por riqueza ou fama.
Existe uma coroa—e você pode recebe-la,
Se você apenas servir no nome de Cristo.
É aí que o pouco se torna muito—quando você entrega seu pouco a Deus, Ele pode transformá-lo em muito.
A pergunta permanece para você e para mim. Qual tipo de igreja desejamos ser:
- Uma igreja desobediente?
- Uma igreja dividida?
- Uma igreja despreparada?
- Uma igreja pecaminosa?
- Uma igreja medíocre?
- Uma igreja fria?
- Uma igreja sonolenta?
E o que dizer dessa? Por que não ser a igreja de Filadélfia?
Minha oração é que você e sua igreja, pela graça de Deus, corram em direção às oportunidades com fé e coragem, e sirvam com alegria enquanto aguardam o chamado da trombeta de nosso Salvador vindouro.
Termino com as palavras de um antigo pregador, “É hora de nossa igreja acordar e cantar, pregar e orar, e nunca desistir, esmorecer, recuar ou se calar, até que a igreja esteja cheia ou sejamos arrebatados.”
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 16/03/2008
© Copyright 2008 Stephen Davey
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