Um Mundo Novinho em Folha

Um Mundo Novinho em Folha

Series: Apocalipse
Ref: Revelation 1–22

Um Mundo Novinho em Folha

Céu na Terra—Parte 1

Apocalipse 21.1

Introdução

Em nossos estudos anteriores, falamos sobre:

  • A Soberania de Cristo em Sua Igreja (caps. 1–5);
  • A Severidade de Cristo em Seu Castigo (caps. 6–15);
  • A Supremacia de Cristo em Sua Segunda Vinda (caps. 16–20).

Hoje, começaremos a última divisão principal de nosso esboço no livro de Apocalipse: “A Satisfação de Cristo em Sua Nova Criação” (caps. 21–22).

Deixe-me dizer logo no início que, ao terminarmos essa parte, teremos mais perguntas a respeito do céu do que quando iniciamos. Espero que isso estimule seu desejo de estudar o assunto mais a fundo.

Mas tome cuidado. Livros populares sobre o céu geralmente pegam passagens que descrevem o reino milenar e as atribuem ao céu. Os profetas do Antigo Testamento passaram mais tempo descrevendo o reino milenar do que o céu. A maioria das informações que temos sobre o céu vem do apóstolo João, mais especificamente dos dois últimos capítulos de Apocalipse.

Apesar de não respondermos todas as nossas perguntas, teremos uma perspectiva diferente do céu quando tivermos terminado.

Experimentamos algo semelhante quando estudamos o reino—Jesus Cristo reinando sobre a terra e era vindoura de Seu Reino. Para muitos de nós, foi algo novo saber que não somente viveremos e morreremos na terra e depois iremos para céu, mas que haverá esse período maravilhoso de 1000 anos no qual reinaremos com Cristo sobre a terra.

Apesar de não sabemos todos os detalhes, quando estudamos aquilo que Deus, de fato, fornece para nós, nosso coração e imaginação são despertados com verdades sobre as quais provavelmente jamais pensamos antes.

De fato, muitas pessoas me disseram que pensavam mais sobre o céu sem considerar o fato de que haverá um reino milenar sobre a terra e como ele será.

Vou fazer uma afirmação logo no início que poderá surpreender você. A princípio, você pensará que estarei ensinando uma doutrina estranha. Mas, ela bíblica; aqui está: “O nosso futuro na casa do Pai—a cidade gloriosa de ouro, o céu—será, na verdade, na Terra.”

O céu será na Terra.

Um Novo Céu e Uma Nova Terra

O crente em geral pensa que o céu será algum lugar lá em cima onde viveremos felizes cantando o tempo inteiro.

A maioria dos crentes não considera as implicações do significado de que haverá um novo céu e uma nova terra conforme lemos em Apocalipse; de que a Nova Jerusalém descerá do céu e se estabelecerá na nova Terra. Deus criará um novo céu e uma nova terra!

Veja o que diz Apocalipse 21.1–4:

Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

Mas onde isso acontece? Na terra! Para onde vai a Nova Jerusalém? Para a terra!

É impossível falar do céu eterno sem falar da terra eterna. Eles não são a mesma coisa, mas estarão conectados para sempre nesse lugar.

Ainda mais surpreendente do que isso: não experimentaremos a glória de nosso Criador na cidade celestial apenas—na cidade de ouro do trono de Deus—mas experimentaremos a glória de Sua criação na nova terra e no novo universo por toda eternidade.

Com expectativa pelo que vamos aprender juntos, abra sua Bíblia em Apocalipse 21.1:

Vi...

Vamos fazer uma pausa rapidamente.

O verbo vi é usado no decorrer de Apocalipse para indicar progressão cronológica. Em outras palavras, ele indica um evento que ocorre após o outro. Encontramos essa palavra em:

  • 5.1;
  • 6.1;
  • 7.2;
  • 8.2;
  • 10.1;
  • No início dos capítulos 13, 15 e 18;
  • 19.11;
  • 20.1, 11;
  • 21.1

Menciono isso para destacar que não existem centenas de milhares de anos entre esses eventos. Esses são acontecimentos consecutivos que ocorrem um após outro.

O que João vê em seguida? Veja Apocalipse 21.1:

Vi novo céu e nova terra...

Ele diz, com efeito: “Vi um novo universo.”

Em outras palavras, não se passam milhões ou bilhões de anos para que João finalmente consiga ver o novo universo completado.

Apocalipse 21 e Gênesis 1 são semelhantes nesse sentido. Não há argumentação ou defesa alguma concernente à habilidade, poder e obra criativa de Deus. A criação é apenas anunciada.

No princípio criou Deus os céus e a terra (Gênesis 1.1).

Vi novo céu e nova terra... (Apocalipse 21.1).

Deus não precisou de bilhões de anos para que as coisas evoluíssem na terra a ponto de poderem sustentar a vida da primeira vez, e Ele também não precisará de milhões de anos para criar um novo céu e uma nova terra da segunda vez.

Se você tem problemas com Gênesis 1.1, então terá problemas com Apocalipse 21.1. Mas, se você crê que Deus criou o primeiro universo do nada, então pode certamente crer que Deus é capaz de tomar os elementos do universo anterior e criar a partir deles um novo céu e uma nova terra.

Agora, podemos nos perguntar por que Deus não continua com o primeiro universo. O que aconteceu à primeira terra, esta na qual vivemos agora?

Descobrimos a resposta para essa pergunta em 2 Pedro 3: este universo será destruído por fogo. Veja 2 Pedro 3.3:

tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões

A propósito, a palavra traduzida como escarnecedores se refere a alguém que zomba, se diverte com e às custas de outra pessoa. Ela é usada para descrever uma criança brincando com um brinquedo.

Ou seja, os descrentes zombam dos crentes sobre o julgamento vindouro de Deus; eles brincam com pessoas que creem essas coisas. Crentes são convidados para ser entrevistados na televisão onde descrentes se divertem com eles, ao mesmo tempo em que tratam o crente como alguém digno de tanta seriedade quanto uma criança que brinca com seu brinquedo.

O mundo dirá: “Espera aí, você não acredita nessas coisas de um Deus Criador que nos julgará, acredita? Você não pode estar falando sério! Olhe ao redor—todas as coisas continuam do jeito que sempre foram.”

Essa acontece de ser a teoria científica do uniformitarismo. Essa é a teoria do naturalista que afirma que as mesmas leis da natureza têm permanecido em operação desde o princípio dos tempos, sem sofrer qualquer mudança e seguindo um padrão uniforme, jamais tendo sido interrompidas, quer natural ou sobrenaturalmente.

Em outras palavras, faz milhões de anos que Deus não tem estado por perto e não é agora que Ele irá aparecer.

Contudo, Pedro destaca um fato interessante da história: o dilúvio. Veja 2 Pedro 3.5–6:

Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água.

Deus interrompeu, sim, os sistemas da lei natural e derramou, sim, a água reservada debaixo, ao redor e sobre o planeta. Na verdade, Ele afogou a humanidade inteira em julgamento. Os únicos que escaparam foram aqueles que se salvaram na arca (Gênesis 7).

Agora, por meio do apóstolo Pedro, Deus adverte a humanidade com o seguinte alerta: “Assim como eu interrompi as leis naturais do planeta que Eu criei para que ocorresse um dilúvio mundial, assim também acontecerá um outro julgamento no futuro.”

O verso 7 revela qual será esse julgamento:

Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.

Pule para o verso 10b:

…os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.

Da mesma maneira como Deus permitiu que aquele pavilhão de água acima caísse e que as reservas de águas subterrâneas explodissem pela crosta terrestre afogando todos os habitantes da Terra, Deus embutiu no planeta Terra o fogo que simplesmente deixará explodir.

Pense no seguinte: a terra na qual vivemos tem aproximadamente 40.000 km de circunferência e 13.000 km de diâmetro. A Terra é formada como uma bola oca, tendo uma crosta exterior com um líquido no centro que ferve em seu coração. As temperaturas estimadas ultrapassam 5000 °C, que é aproximadamente a mesma temperatura da superfície do sol.

Em alguns lugares da crosta da Terra, elementos superaquecidos estão próximos da superfície e a pressão se torna tão alta que um pedaço da costa de repente explode. Isso geralmente ocorre numa montanha cujas raízes chegam até esse caldeirão de fogo; chamamos isso de vulcão. De repente, milhares de toneladas de rocha derretida explodem pelo céu, lançando chamas a centenas de metros de altura no ar, emitindo uma fumaça de lava brilhante e efervescente, bem como enviando cinzas pelo céu num raio de quilômetros.

No dia 18 maio 1980, O Monte Santa Helena entrou em erupção, destruindo grande parte da região ao seu redor. Essa erupção vulcânica, que durou nove horas, emitiu até 13.000 toneladas de gases e rocha quente por segundo.

Alguns anos atrás, um vulcão na Islândia entrou em erupção por vários dias, lançando cinzas a uma altura de quase 8 km. Se você se lembra, a fumaça fez com que aeroportos fechassem pela Europa, impedindo que milhares de turistas e governantes mundiais viajassem, ficando presos em aeroportos. Até mesmo os militares de várias partes do mundo tiveram que alterar o curso de seus voos devido a essa erupção vulcânica. O temor era que partículas microscópicas invisíveis entupissem as turbinas das aeronaves. Os cancelamentos de voos foram em tão alto número que esse acontecimento se tornou a maior interrupção aérea desde 11 setembro 2001 com o ataque das Torres Gêmeas nos Estados Unidos.

Uma erupção vulcânica somente já foi suficiente para interromper os negócios dos governos mundiais.

A propósito, o mesmo artigo que relatou os resultados da erupção do Monte Santa Helena trouxe outra notícia, anunciando que astrônomos estão reconsiderando a possibilidade de extraterrestres conseguirem entrar em contato conosco.

Que ironia! A humanidade ignora os sinais de alerta de uma criação que está constantemente bramindo, mas, ao mesmo tempo, pensa seriamente em entrar em contato com alienígenas.

Meu amigo, cada fonte de água quente é um alerta, cada gêiser que esguicha fumaça é um sermão e cada vulcão é um lembrete de que dentro desta terra há um mar de fogo. Eles nos informam que Deus sabia exatamente o que estava dizendo quando prometeu a Noé que o mundo seria inundado, e que Ele sabe muito bem o que está falando quando promete que o planeta Terra um dia desaparecerá com uma explosão de fogo.

A terra é uma bomba relógio. A humanidade ignora alertas de um planeta por meio de terremotos, maremotos e erupção vulcânicas.

O ser humano caminha pela crosta de um planeta, trabalhando, construindo casas, fazendo seus negócios, viajando de férias e fazendo planos, enquanto vive em um planeta que ferve projetado por Deus para onde explodir e sumir em fogo.

Paulo escreveu em Romanos 8.19:

A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus.

A criação geme para ser redimida (Romanos 8.22). Pedro diz que um dia ela será queimada.

Existe um debate entre os estudiosos bíblicos sobre se Deus destruirá a terra completamente ou se queimará apenas a superfície. Esses versos apoiam ambas as perspectivas.

  Todavia, o texto de 2 Pedro 3 resolve a questão para mim. Ele usa uma linguagem clara que indica que, apesar de Deus poder reutilizar a matéria e os elementos deste planeta destruído, Ele o destruirá por completo e criará um novo céu e uma nova terra.

Conforme um autor escreveu, baseado no princípio a conservação de massa e energia, nada do universo anterior é perdido; Deus tomará a matéria que terá sido reduzida a vapor por meio do fogo e uma vez mais exercerá Seu poder de criação, dando origem ao novo céu e nova terra como que a partir das cinzas do universo antigo.

João escreve em Apocalipse 21.1:

...o primeiro céu e a primeira terra passaram...

Pedro explica como isso acontecerá em 2 Pedro 3.

Alguns afirmam que isso seria admitir fracasso; seria uma infelicidade para Deus perder essa terra e ter que criar uma nova. Contudo, o nosso Criador, que evidentemente acontece de estar animado com Seu plano de uma nova criação para nós, diz o seguinte por meio do profeta Isaías:

Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo. E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor (Isaías 65.17–19).

Quando João escreve em Apocalipse 21.1 que ele viu novo céu e uma nova terra, ele se refere ao universo geral e a terra em particular.

Essa será uma nova terra. A palavra que João usa se refere a um novo tipo de céu e a um novo tipo de terra. Haverá alguma espécie de continuidade com a criação anterior, mas será uma criação singular.

Deus fará com a Terra o mesmo que fará com os nossos corpos glorificados: Ele recriará o nosso corpo reconstituído dos caixões, mas haverá continuidade com nosso passado. Nós seremos nós, mas perfeitos. Basta olhar para Jesus Cristo e veremos o modelo de nosso corpo glorificado. Ele até comeu peixe assado em um de Seus jantares!

Por outro lado, Jesus conseguiu passar por portas fechadas, desaparecer e reaparecer quando quis, e subir através dos céus.

Como ele, seremos reconhecidos. Não haverá limitações físicas, não estaremos mais restritos pelas leis da gravidade que causam dor nas costas e fazem o nosso corpo diminuir.

Assim como nosso corpo glorificado, a Terra também será reconhecível, mas diferente. Ela será aperfeiçoada e única de diversas maneiras.

Esse será um presente de Deus para nós e teremos a eternidade inteira para explorar, desfrutar, cultivar, viajar e descobrir essa terra. Este é o lugar real—uma terra recriada de beleza magnífica.

Existem várias palavras gregas traduzidas como “terra” ou “mundo.” Uma delas é cosmos, que se refere ao sistema mundial—ao mundo político dos negócios. Na Bíblia, essa palavra é frequentemente usada para falar do mundo que exclui Deus.

João a usou em 1 João 2.17:

Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.

Outra palavra traduzida como “terra” ou “mundo” é aionios, que se refere a era, época, dispensação ou período de tempo. O Senhor usou essa palavra quando disse aos discípulos em Mateus 28.20:

...E eis que estou convosco, todos os dias, até à consumação dos séculos.

Outra palavra traduzida como “terra” ou “mundo” é ge. Essa é a terra física na qual vivemos—as pedras, areia e montanhas. A palavra “geografia” ou “geologia” toma emprestado essa ideia grega.

Essa é a palavra de Deus inspirada pelo Espírito escrita por intermédio do apóstolo João, o qual escreve que haverá um novo planeta físico com pedras, novas árvores, novos rios, novas montanhas e tudo novo.

Caso você não tenha percebido, esse é um lugar real com um endereço físico. Jesus não prometeu aos seus discípulos em João 14 que prepararia uma utopia ou estado de mente. Ele prometeu que prepararia um lugar para que, onde eu estou, estejais vós também (João 14.2–3).

Geralmente pensamos no céu ou na cidade celestial como algo lá em cima—a Cidade de Deus. Contudo, em Apocalipse 21 descobrimos que Cristo também prepara para nós uma nova terra. Na verdade, segundo o que João vê, a cidade celestial descerá e repousará sobre a nova terra cercada de um novo universo.

O céu descerá para a terra.

Deus manifestará Sua glória a partir de Sua cidade eterna localizada no planeta eterno então recriado, o qual Ele mesmo terá redimido. A natureza não gemerá mais pela redenção—ela terá sido redimida e funcionará em perfeição, beleza e glória para que o povo redimido de Deus desfrute dela.

O céu inclui a terra.

Essa é a primeira de nossas surpresas ao estudarmos a revelação de João.

A típica ideia do céu é a de que será um culto bastante prolongado e a única coisa que faremos será ficar de pé ao redor do trono de Deus, cantando um o hino após outro. E a verdade é que o crente em geral se sente culpado por não ser espiritual o suficiente para ansiar por esse momento. O crente geralmente fica se perguntando o que fará naqueles milhões de anos.

Um homem colocou em formato de desenho o entendimento comum que as pessoas têm do céu, mas que não querem admitir: ele desenhou um homem com asas como um anjo e uma auréola. Ele está assentado sobre uma nuvem com uma expressão de entediado por não ter nada para fazer na eternidade, além de tocar sua harpa, algo que já está cansado de fazer. Debaixo do desenho estão as palavras: “Queria ter trazido uma revista.”

A verdade é que esse é um novo mundo que nem sequer conseguimos imaginar. João tentará criar imagens usando palavras que desafiarão a nossa imaginação.

O Deus Triúno estará lá e não conseguimos imaginar nossa comunhão com ele. Milhões de outros crentes também estarão lá, apesar de não sabermos como será a nossa comunhão com eles. Será que teremos comunhão com todos, apenas alguns ou revezaremos, fazendo amizades com os redimidos no decorrer da eternidade?

Muitas informações nos foram dadas a respeito do céu e estou ansioso para estuda-las, mas nem tudo é revelado. Creio que nem tudo nos é revelado sobre o céu por causa da limitação de nossa mente, especialmente em relação ao tempo e ao espaço.

O que sabemos de fato sobre o novo céu e a nova terra é o seguinte:

  • Esse é o local do qual somos cidadãos; esse é o nosso lar (Filipenses 3.20);
  • Esse é o lugar no qual nossos nomes foram gravados (Apocalipse 20.12);
  • Esse é o lugar no qual se encontra nosso tesouro (Mateus 19.21);
  • Esse é o lugar onde serviremos Cristo, realizando tarefas que não conseguimos imaginar por toda eternidade (Hebreus 12.28).

Agora, talvez você tenha percebido um atributo singular do novo céu e da nova terra em Apocalipse 21.1. João escreve no final do verso 1:

...e o mar já não existe.

Não existe mar. Essa palavra equivale à nossa ideia de oceano.

Por que? Não sei, mas deixe-me fazer algumas sugestões.

O planeta no qual habitamos agora é coberto por oceanos—70% da superfície do planeta são cobertos de água salgada. A profundidade média do oceano é pouco mais de 3 km. A terra é agora banhada por aquilo que podemos chamar de uma gigantesca solução antisséptica de Deus, composta de 96% de água, 3,5% de sal e de 0,5% de uma combinação de cloro, magnésio e cálcio. Deus projetou os oceanos de nosso mundo para purificar, limpar e preservar, capacitado também para sustentar a vida.

Um autor escreveu o seguinte:

Muitos dos poluentes e lixo que produzimos são varridos do solo para as correntes de rios e riachos; outros são deliberadamente despejados em rios. Os rios conduzem esses materiais para o oceano, o qual absorve, purifica e desintegra os poluentes.  O sol aquece o oceano, fazendo com que apenas vapor de água limpa e pura suba para o céu, formando as nuvens que precipitam chuva fresca sobre a terra—um ciclo contínuo de purificação e renovação. Mas no novo céu e na nova terra não haverá mais poluição, decomposição ou necessidade de purificação.

Adicione a isso o fato de os oceanos serem usados por Deus para dividir as nações, dificultando guerras e invasões.

Donald Grey Barnhouse também destacou o fato de o oceano ser a metáfora de Deus nas Escrituras para nações malignas gentias que não fazem parte da aliança com Deus.

Na nova terra, não haverá oceano; Deus remove as barreiras dos continentes ao transformar a topografia da terra e remover aquilo que representava divisão e rebelião.

Mas, lembre-se, como disse Warren Wiersbe: “Ausência de oceano não significa ausência de água... ou de grandes corpos de água.”

O trono de Deus está sobre um mar de vidro (Apocalipse 4.6); do trono de Deus flui um rio (Apocalipse 22.1) que descerá da cidade de ouro sobre a terra. Não há motivo para crer que não haverá lagos ou lagoas imensos na nova criação.

Conforme um autor propôs, lagos enormes poderão funcionar como oceanos de água doce cheios de vida recriada—seres marinhos recriados e adaptados para viver e se desenvolver em água doce.

Entretanto, o símbolo do mal e da separação se foi, bem como o sistema de purificação dos oceanos salgados de nosso mundo, uma vez que não serão mais necessários na nova terra de Deus.

Esse é um universo novo e único!

Geralmente, falamos do céu como a nossa bendita esperança (Tito 2.13); ansiamos pela nossa bendita esperança—vida eterna com Jesus Cristo. Focamos na palavra esperança e ignoramos a palavra bendita, que pode ser traduzida como “feliz, jubilosa e gloriosa.”

O novo céu e nova terra são o nosso futuro glorioso e a realidade desse local eterno nos causa grande júbilo e alegria! Não fazemos ideia de como este lugar será maravilhoso, no qual habitaremos e explorarem por toda eternidade—o nosso mundo novinho em folha!

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 18/04/2010

© Copyright 2010 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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