
Fora do Tribunal!
Fora do Tribunal!
O Inferno é Real?—Parte 1
Apocalipse 20.11–13
Introdução
Em nosso estudo anterior, fiz uma revisão do reino milenar. Meu desejo foi esclarecer algumas coisas e responder a algumas perguntas que haviam surgido. Deixe-me dizer o seguinte: às vezes, especialmente quando o assunto é escatologia—os acontecimentos futuros—é difícil anunciar a verdade de forma clara.
Estamos prestes a iniciar outro assunto que tem levantado no decorrer dos séculos mais perguntas e objeções do que talvez qualquer outro tópico bíblico.
Em um periódico que assino, o autor de um artigo escreveu sobre como discutiu com uma pessoa sobre o texto de João 14.6 e sobre a verdade de que o céu é apenas para aqueles que colocam sua fé em Jesus Cristo. Essa pessoa tinha escrito: “Adorar outro que não é Jesus Cristo é uma doutrina falsa, e os que fazem isso passarão a eternidade no inferno. Eu sei que essa não é uma perspectiva popular, mas é a verdade bíblica.”
O autor do artigo escreveu sua resposta a isso, dizendo: “Respeito muito a convicção de sua fé, mas isso é falta de compaixão... Não acredito que Gandi esteja queimando no inferno.”
O autor do artigo continua explicando que Deus deixa pessoas virtuosas entrarem no céu, mesmo que tenham negado Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Ele usou o exemplo de um monge budista que negou a salvação através de Cristo, mas que ainda é considerado por Deus como um “crente anônimo.”
Esta expressão, “crente anônimo,” foi cunhada por um erudito jesuíta. Ela não está na Bíblia.
O escritor explicou que “crentes anônimos” são pessoas que, apesar de rejeitar em Cristo por toda vida, entrarão no céu por serem pessoas boas. Evidentemente, elas são crentes, apenas não sabiam disso.
Em seguida, ele repreendeu a pessoa que tinha sugerido a verdade das palavras de Cristo em João 14.6, onde eu disse:
...Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim.
O autor do artigo escreveu à pessoa a seguinte réplica no periódico:
A sua responsabilidade não é dizer às pessoas que elas estão condenadas. Deus não colocou você a cargo de distribuir bilhetes de salvação. Deus colocou você na terra para testemunhar sua fé ao abrir seu coração e fechar sua boca.
Que tipo de pessoa vê a casa de seu vizinho pegando fogo e diz: “Deus prefere que eu feche minha boca. Mas, é o seguinte: vou até lá cortar a grama do seu jardim—isso irá revelar a minha fé.”?
A questão fundamental por trás do conselho do autor é a crença de que um inferno literal não existe; caso exista, apenas as pessoas realmente terríveis irão parar lá. O inferno é um lugar para o diabo, os demônios e pessoas más como Hitler, Stálin e Átila o Huno.
O problema com essa perspectiva é que Jesus Cristo disse que o inferno é um lugar não somente para pessoas más, mas para pessoas religiosas, moralistas e injustas (Romanos 2). De fato, Jesus Cristo deixou bastante claro que ninguém pode entrar no céu sem que tenha nascido de novo, ou seja, regenerado espiritualmente pelo poder do Espírito de Deus através da salvação (João 3).
Acho interessante que, em sua resposta, o autor desse artigo ignorou as palavras de Jesus Cristo em João 14.6. Meu amigo, não podemos simplesmente ignorar as palavras de Cristo. Ele disse anteriormente em João 10.9:
Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.
Isso significa que Jesus ou foi um mentiroso, um lunático ou era de fato o Senhor.
C. S. Lewis chamou isso de o maior “trilema”—Jesus Cristo ou era:
- Um mentiroso—Ele inventou tudo isso;
- Um lunático—ou seja, Ele tinha o complexo do Messias e foi enganado pelo Seu próprio senso de grandeza;
- Verdadeiramente o Filho de Deus e o Senhor do universo.
Por que as pessoas de nossa cultura, assim como o autor desse artigo, adotam alguns aspectos da verdade, mas negam o significado real das reivindicações de Cristo?
Elas fazem isso por causa de um problema complicado que surge das palavras dos profetas, de Jesus Cristo e dos apóstolos por todas as escrituras em relação a um julgamento. O problema se chama inferno. Esse é o ensino bíblico de que o mundo inteiro é culpável diante de Deus (Romanos 3.19).
Culpa—exatamente aquilo que o mundo resiste, rejeita, zombar, distorce, nega e redefine.
A palavra grega traduzida como culpável é hypodikos, é um termo judicial que significa “prestar contas.” Ela era empregada para falar de alguém passível de julgamento e castigo.
O problema não é que Jesus Cristo e os apóstolos não tenham falado de forma clara; o problema é que eles falaram de forma clara demais, mas a humanidade não quer ouvi-los.
O apóstolo Paulo diz nesse verso de Romanos existe um dia vindouro no qual o mundo inteiro dos descrentes será colocado em julgamento diante de Deus, passível de julgamento e punição.
O próximo cenário que se desenrola na revelação do apóstolo João é exatamente esse julgamento. Chegou o momento de a humanidade prestar contas diante de Deus. Existem tantos elementos envolvidos nesse julgamento que precisaremos de dois estudos para cobrir todos eles.
No decorrer de nossas meditações, tentarei responder algumas objeções e perguntas que surgem quanto ao inferno. Elas incluem:
- E o que dizer daqueles que nunca ouviram o Evangelho?
- Como Deus pode enviar para o inferno alguém que nunca possuiu uma Bíblia?
- E o que dizer das pessoas de vários países que nunca tiveram o missionário?
- O inferno realmente dura toda eternidade para as pessoas ou somente para o diabo?
Responderei essas perguntas em nosso próximo estudo.
Hoje, quero introduzir a doutrina mais rejeitada em relação aos eventos futuros. Essa é, de fato, a doutrina bíblica do Cristianismo mais ofensiva e repulsiva aos olhos do mundo.
Essa é a doutrina de um julgamento final quando bilhões de descrentes serão convocados a comparecer ao tribunal pelo próprio Jesus Cristo!
R. G. Lee, um pastor antigo, chamou esse dia de “o dia do pagamento.” Ele intitulou sua pregação de, “Um Dia Será o Dia do Pagamento.”
Conforme o cenário de Apocalipse 20.11, o dia do pagamento chegou. João nos informa que o tribunal divino está prestes a anunciar um mandado e dar início ao grande julgamento.
O Grande Julgamento
- Um Cenário Inesquecível
A primeira coisa que gostaria de destacar é esse cenário inesquecível. Veja Apocalipse 20.11:
Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Vemos uma descrição desse tribunal.
- João diz que existe um grande trono.
Esse trono é grande no sentido de algo incrível, tenebroso—é um trono grande porque a santa majestade de Deus o cerca.
Esse é o único julgamento realizado por Alguém com jurisdição universal.
- João nos informa em seguida que esse trono é não somente grande, mas também branco.
A palavra branco simboliza a pureza absoluta de seu trono.
Nesse tribunal, não há sequer uma faísca de injustiça, nenhum suborno, nenhuma molécula de parcialidade.
Davi escreveu no Salmo 97.2:
…justiça e juízo são a base do seu trono.
Em outras palavras, o veredito de Deus que anuncia um castigo eterno no inferno, na verdade, reto e justo.
A humanidade está prestes a receber aquilo que ela realmente merece.
Isso é algo bastante ofensivo. Uma coisa é a Bíblia dizer que alguém será lançado no inferno porque não foi bom o suficiente para ir para o céu, ou porque não obedeceu a algumas regras, nem fez todas as suas orações, nem frequentou uma igreja. É uma coisa dizer que a pessoa não vai para o céu porque não merece.
É outra coisa totalmente diferente dizer que uma pessoa vai para inferno porque ela merece o inferno. É algo profundamente ofensivo para toda geração pensar que o inferno é algo merecido.
Mais adiante, o apóstolo João nos dirá por que.
Mas, aqui no verso 11, João nos diz que esse cenário inesquecível inclui um grande trono branco, e não ignore o fato de que ele chama de trono.
Essa não é uma escrivaninha para diálogo, nem uma poltrona para um conselheiro. Não; trata-se de um trono no qual se senta um Rei que pronuncia o veredito.
- Em seguida, João faz referência no verso 11 a aquele que nele se assenta.
Como base em outros versos das escrituras, sabemos que Deus o Filho se assenta à direita da mão de Deus o Pai, um local de autoridade. Apocalipse 22.1, 3 fala do trono de Deus e do Cordeiro.
Paulo escreveu aos Colossenses:
Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus (Colossenses 3.1).
O autor de Hebreus escreveu no capítulo 10 verso 12:
Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus,
Essa é uma referência ao trono que agora é compartilhado entre Deus o Filho e Deus o Pai. O apóstolo Pedro também escreveu:
o qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes (1 Pedro 3.22).
O Pai e o Filho compartilham o trono com igual divindade, juntamente com Espírito Santo—Deus em três pessoas, mas Triúno. Todavia, cada um possui funções singulares conforme Sua própria sabedoria eterna.
Uma das funções peculiares de Deus o Filho—Jesus Cristo—é o julgamento dos pecadores.
Jesus afirmou em João 5.22:
E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento,
Jesus Cristo, portanto, é o Juiz. A propósito, esse julgamento não pode acontecer se o Juiz estiver morto. O Juiz está vivo—Ele ressuscitou e subiu aos céus.
Essa verdade da ressurreição de Cristo transformou homens covardes em heróis. O apóstolo Pedro, que poucos meses antes tinha amaldiçoado e até fez juramento para negar qualquer ligação com o Salvador, agora prega ousada e abertamente. Em Atos 10.42–43, depois que Jesus ressuscitou dos mortos, Pedro disse:
e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos. Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados.
Que grande ironia! Deus o Filho foi designado por Deus o Pai à posição do juiz. O mesmo que antes foi o Salvador que perdoaava pecadores se assentará no trono um dia como Juiz para condenar os pecadores.
Você notou a primeira parte do verso 42? Leia novamente:
e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos.
Jesus estava ciente de que Seus seguidores não deveriam dizer coisas desse tipo, que Ele viria julgar o mundo? Jesus, por acaso, sabia que nós, os crentes, deveríamos abrir nossos corações e fechar nossas bocas? Será que Pedro sabia disso?
A verdade é que não é Jesus quem manda os crentes fechar a boca e não advertir outros com respeito ao julgamento final e vindouro; é Satanás e seus seguidores que dizem: “Fiquem com a mensagem para si mesmos!”
Nós atrapalhamos a atual situação religiosa.
Os líderes religiosos arrastaram Pedro e os demais discípulos para o tribunal judaico e ordenaram-lhes que não mais pregassem a mensagem de que deveriam prestar contas Jesus Cristo (Atos 5.28). Contudo, Pedro e os demais disseram:
...Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens (Atos 5.29).
Em outras palavras, “Não deixaremos de proclamar essa mensagem.”
O apóstolo Paulo também disse:
...Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus (2 Coríntios 5.20).
Por que? Bom, um dos motivos é que existe um dia de pagamento no futuro com um tribunal tão tenebroso e o veredito tão terrível que jamais desejaríamos que alguém comparecesse a esse grande trono branco.
- O cenário ainda se torna mais tenebroso com as próximas palavras de João no verso 11.
Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Alguns acreditam que Deus não destrói os céus e a terra, mas simplesmente os renova à forma que Ele deseja que sejam após o término dos julgamentos.
Entretanto, a visão de João nesse verso, juntamente com outras inúmeras passagens do Antigo e do Novo Testamentos, incluindo as palavras de Pedro em 2 Pedro 3.13, deixam pouca dúvida de que universo será violentamente consumido por fogo. Pedro escreve:
Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas… Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça (2 Pedro 3.10, 13).
Pedro afirma que os elementos se desfarão abrasados. A palavra grega para elementos é stoicheion, que se refere às partículas atômicas que constituem a estrutura básica de tudo o que existe. O verbo se desfarão significa “ser solto.” Em outras palavras, o universo se desintegrará e explodirá como se fosse uma enorme bomba nuclear.
Isaías escreveu:
Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra embaixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra envelhecerá como um vestido, e os seus moradores morrerão como mosquitos, mas a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será anulada (Isaías 51.6).
O calor dessa explosão universal sobre a qual Pedro escreve dispersará toda a sua matéria, fazendo com que ela fuja da presença de Deus, conforme João escreveu verso 11.
Dessa forma, Deus cumpre Sua promessa e destrói a terra e o universo inteiro com fogo. Por outro lado, Ele reconstitui tudo milagrosamente, assim como fez com os nossos corpos glorificados, criando um novo universo e uma nova terra.
Imagine esse tribunal suspenso no espaço. O julgamento não acontece no céu ou na terra; nenhum planeta ou galáxia é visto. Nada é visto além de Deus, os redimidos de todas as eras sentados ali próximos, os anjos celestiais piedosos e a raça humana descrente inteira que existiu na face da terra.
O profeta Daniel também teve uma visão desse cenário escreveu:
Continuei olhando, até que foram postos uns tronos...
A propósito, o uso do plural tronos indica que os redimidos de Cristo farão parte desse julgamento final. Talvez eles não darão uma sentença, mas terão um papel ativo em observar e confirmar com unidade solene a glória da justiça de Deus e o Seu justo veredito. Continue lendo o que Daniel disse:
e o Ancião de Dias se assentou; sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros (Daniel 7.9–10).
Não conseguimos nem sequer começar a imaginar essa cena primeiramente testemunhada pelo apóstolo João quando recebeu um passeio pelo futuro e final do planeta Terra.
Esse é um cenário terrível, especialmente para toda a humanidade que observa essa explosão com fogo. Isso, praticamente, destrói tudo aquilo que existe para se ver; tudo agora foi mudado.
Esse é um cenário inesquecível.
Vamos observar mais um aspecto desse grande julgamento.
- Uma Intimação Inevitável.
Veja Apocalipse 20.12a:
Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono...
Note o verso 13a:
Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia...
O termo grego traduzido como além é Hades, que é o mesmo lugar que o hebraico Sheol. Esse é o local onde ficam as almas dos descrentes enquanto aguardam ser intimados para comparecer diante do grande trono branco.
A palavra hades é usada 10 vezes no Novo Testamento, sempre em referência ao lugar de castigo.
João também nos informa que a morte e o mar dão os seus mortos.
Em outras palavras, João nos diz que, assim como os corpos de todos os crentes foram ressuscitados no passado e transformados em um corpo imortal e glorificado, os corpos dos descrentes são agora ressuscitados. Suas almas são libertadas do Hades—um local de tormento temporário—e são reunidas a seus corpos ressuscitados reconstituídos.
Isso significa que o descrente possui um corpo adequado imortal, apropriado para o inferno eterno, um local chamado Lago de Fogo.
Os descrentes estão diante do trono do julgamento; nenhum descrente escapa desse julgamento. Não importa onde seu corpo tenha sido sepultado; não importa o quanto tenha se desintegrado e se misturado com pó; quer tenha sido enterrado em uma cova, afogado ou cremado e suas cinzas espalhadas sobre o mar—todos são intimados para este momento de retribuição. Ninguém conseguirá permanecer em sua cova, cobrir-se com terra e se esconder de Deus.
Aqueles que morreram em um acidente ou em paz durante seu sono; aqueles que foram queimados em alguma pira ou embalsamados em algum túmulo egípcio; aqueles que foram depositados para descansar em caixões revestidos de linho, ou em caixas primitivas, ou apenas envolvidos com estopa em covas rasas; aqueles que foram sepultados em túmulos de mármore cercados por tesouro—todos ressuscitarão e comparecerão diante do Juiz. Deus conhece toda molécula de pó humano e cada filamento de DNA; Ele os convoca dos desertos, túmulos, florestas, mares, cavernas, guetos e palácios.
João escreve nesse verso que os grandes e os pequenos estão juntos diante do grande trono branco. Em outras palavras, as pessoas mais influentes e importantes do mundo ficam no mesmo pé de igualdade com os bêbados e vagabundos. Pessoas bem conectadas não poderão exercer sua influência; os poderosos na política e os ricos ficarão ao lado de pessoas iletradas e de mendigos diante desse trono.
Esse é o dia de julgamento! Não há lugar onde se esconder e para onde fugir.
Você pode dizer: “Você está querendo apenas me assustar!”
Está funcionando? Prefiro assustar você com a verdade do que mimá-lo com promessas vazias.
Não haverá crente anônimo algum na eternidade. Todo budista e todo batista que brincar com sua religião e pensar ser bom o suficiente para viver com Deus para sempre acordará para um final terrível.
Contudo, o crente que foi regenerado pela fé em Cristo somente—o crente genuíno que conforme graça de Deus e recebeu o presente da salvação de Deus—não comparecerá diante desse grande trono branco, mas se sentará ao seu lado.
O enganador disse, milhares de anos atrás aos nossos pais, a mesma mensagem que proclama hoje através do sistema mundial e das religiões: “Eva, siga o seu próprio caminho—você não morrerá. Não se preocupe com seu futuro! Não há o que temer.”
Eva comeu e Adão comeu—eles ficaram com medo, fugiram e se esconderam.
Nessa cena do julgamento final, não há para onde correr e se esconder. Já terá sido tarde demais.
Com essas poucas frases, começa o julgamento do Grande tTrono Branco de Deus. O Juiz se assenta em Seu trono. Os condenados são intimados para seu julgamento e defesa. A evidência será apresentada. O veredito será lido e a sentença entregue.
Você estará nesse meio?
Os livros serão abertos como evidências—o livro da consciência, o livro dos segredos, o livro das palavras, o livro das ações e o livro da vida. A evidência sufocará qualquer possibilidade de defesa.
Não exija um julgamento justo porque um dia você o receberá.
Meu amigo, você tem apenas uma esperança: resolva isso fora do tribunal.
Reconheça que você é culpado e aceite a justiça do veredito de Deus contra você: você é um pecador e está condenado com justiça a morrer e passar a eternidade em tormento eterno.
Depois que tiver feito isso, corra para aquele lugar onde seu Salvador morreu por você e clame o Seu sofrimento, Sua morte e Sua vida como seu pagamento e seu substituto—Ele suportou aquilo que você merecia.
Você pode ouvir os ensinos tolos sobre religião vistos em jornais e revistas, ou pode seguir o Apocalipse de João—você ou se encontrará diante do trono branco um dia, ou se sentará ao redor dele.
Você não vai querer comparecer diante desse tribunal. Portanto, resolva sua situação fora do tribunal com Aquele que pagou sua penalidade e Ele, então, o libertará.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 21/02/2010
© Copyright 2010 Stephen Davey
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