
A Rebelião Final
A Rebelião Final
Venha o Teu Reino—Parte 8
Apocalipse 20.7–10
Introdução
Alguns anos atrás, uma reunião foi realizada em Taiwan para promover a paz global. Representantes de vários países, líderes e centenas de milhares de pessoas participaram de conferências que aconteceram simultaneamente em lugares diferentes.
Essa iniciativa de paz chamada “Festival da Paz Global,” que realiza cerimônias todos os anos em dezenas de países, prega a mensagem de que a paz global é possível, se nos comprometermos com a família, atos de serviço e diálogo com outras fés. “Diálogo com outras fés” é maneira politicamente correta de dizer que uma religião não deve tentar evangelizar outra—devemos deixar os outros quietos.
Foi exatamente isso que o apóstolo Paulo não fez quando visitou Atenas e viu os monumentos dedicados a todos os deuses, incluindo um monumento “AO DEUS DESCONHECIDO” (Atos 17.23). Paulo imediatamente ganhou a atenção de um público e apresentou a cidade de Atenas à identidade do Deus desconhecido. Em seguida, ele os advertiu quanto ao julgamento vindouro desse Deus através de Jesus Cristo. Paulo não quis dialogar com outras fés.
Eu fiz uma pesquisa e descobri que o Festival da Paz Global tem o seguinte lema: “Uma Família Sob Um Deus.”
Parece ser algo bom, não é verdade? Contudo, um dos líderes desse movimento disse claramente que Deus pode ser interpretado de qualquer maneira que a pessoa quiser. A coisa importante, eu acho, é que cada um tenha um deus.
Quando pesquisei o movimento um pouco mais a fundo, descobri que o Festival da Paz Global tem como alicerce a Igreja da Unificação do reverendo Sun Yung Moon, cujo filho agora é o líder.
“Uma família sob um Deus” é interpretado da seguinte forma: “Uma família sob qualquer Deus, menos o Deus da Bíblia.”
É nesse ponto que o Cristianismo passa ser um problema. A crença fundamental do Cristianismo que Cristo somente é o Deus vivo e verdadeiro que ressurgiu e voltará.
A paz global finalmente chegará com o Príncipe da Paz.
O crescimento de movimentos pela paz cativa a imaginação das pessoas, não é verdade? Existe algo no coração do ser humano que anseia por uma paz mundial, uma era dourada.
Dessa vez, a paz chegará! Ela finalmente virá após o retorno de Jesus Cristo ao planeta terra com Seus amados para reinar da cidade de ouro por 1000 anos.
O apóstolo João já nos revelou isso em Apocalipse 20. O verso 6 resume a glória dessa era dourada:
Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.
Agora, por que Deus introduz um reino de 1000 anos? Por que Ele não vai direto da Tribulação para o novo céu e a nova terra? Por que Ele retarda o céu por mais 1000 anos? Por que se preocupar com o reino milenar?
Razões para O Reino Milenar
Permita-me fornecer cinco razões para o reino milenar.
- Primeiro, o reino milenar acontecerá para que Deus cumpra Suas promessas literais feitas a Israel de restauração à sua terra como uma nação redimida (Gênesis 15; Jeremias 30.5–8). Será nesse período de 1000 anos que o deserto florescerá como uma rosa (Isaías 35.1) e a nação de Israel reconstituída ocupará a terra sem perturbação.
- Segundo, o reino milenar serve para Cristo cumprir Suas promessas feitas a Israel e à Igreja. O apóstolo Paulo revelou à igreja de Corinto que os crentes julgarão o mundo (1 Coríntios 6.2). Em Apocalipse 3.21, Cristo prometeu à igreja que ela reinará com ele em seu trono glorioso.
- Terceiro, o reino milenar cumpre as promessas de Deus o Pai a Deus o Filho (Salmo 2). O Pai estabeleceu que Seu Filho reine e já prometeu que lhe dará as nações como herança. Satanás tentou Cristo ao lhe oferecer os reinos do mundo, evitando a cruz e sofrimento (Mateus 4.8–9). Cristo, contudo, sabia que a oferta de Satanás era vazia. Os reinos do mundo serão a Sua herança conforme os planos de Deus e isso vindicará a glória de Cristo.
- Quarto, o reino milenar literal fornecerá uma resposta às orações dos santos de todas as eras que buscam uma cidade edificada não por mãos humanas e um reino governado pelo Deus soberano. Desde os dias de Abraão até hoje, os crentes oram: “Venha o Teu reino.” Ele virá—literal e fisicamente.
- Por fim, o reino milenar existirá para provar, além de qualquer sombra de dúvida, que a humanidade é profundamente pecaminosa e indesculpável. Sem a graça de Deus, o homem escolhe ouvir a serpente e comer do fruto proibido; a humanidade se encontra, naturalmente, em rebelião contra o governo de Deus.
Em nosso estudo anterior, Satanás foi encarcerado e o Salvador coroado—a era dourada começou com os santos voltando com Cristo para estabelecer seu Reino. Isso inclui você, como crente, a igreja, os santos do Antigo Testamento e os santos martirizados da tribulação que constituirão os co-regentes glorificados e imortais a reinar com Cristo.
Aqueles que sobreviverem à tribulação—e haverá milhões—e que crerem no Evangelho de Cristo entrarão no reino como súditos. A nação de Israel estará incluída dentre aqueles que creem quando seu Messias retornar no céu, experimentando uma conversão nacional (Zacarias 12.10).
Apenas os redimidos—seguidores de Cristo—poderão entrar. Mateus 25 nos informa que os que não crerem em Cristo aguardarão seu julgamento final. Veremos isso em nosso próximo estudo.
Para revisar:
- Nenhuma pessoa não salva entrará no reino milenar;
- Todos os que sobreviverem e crerem em Cristo—que Ele é o caminho, e a verdade, e a vida (João 14.6)—entrarão no reino.
Apesar de convertidos, os crentes da tribulação ainda terão a sua natureza pecaminosa. Eles estão redimidos e seguros em Cristo—não podem perder sua posição como súditos no Reino, assim como você não pode perder sua posição como membro do corpo de Cristo. Entretanto, eles ainda terão sua natureza pecaminosa como seres mortais e passarão essa natureza aos seus filhos, assim como ela foi passada desde a queda de Adão.
Cada geração seguinte precisará ouvir e responder ao Evangelho da salvação através de Cristo, o Senhor que reina.
Que tempo maravilhoso esse será para evangelismo! O templo milenar realizará sacrifícios anuais como memoriais do Cordeiro de Deus, e a ceia será celebrada, já que Cristo prometeu à igreja que ele beberia o cálice memorial conosco no Reino (Mateus 26.29).
Imagine os recursos visuais do Evangelho. Os sacrifícios serão realizados anualmente em Jerusalém para retratar o sacrifício de Cristo pelo nosso pecado; o cálice e o pão ilustrarão o memorial da igreja do Novo Testamento. A propósito, não apresentaremos pessoas a um Deus invisível, mas ao Salvador visível reinando. Veremos Seu trono no topo da cidade de ouro.
Concordo com alguns comentaristas que dizem que esses sacrifícios anuais serão oportunidades para as nações irem ver Jesus Cristo—seu Redentor gracioso—pessoal e fisicamente.
Esse será um tempo maravilhoso de se viver como seres imortais glorificados reinando com Cristo, ou até mesmo como súditos nesse reino que será incrível.
Aspectos do Reino Milenar
Vamos observar alguns aspectos do reino milenar.
- Primeiro, haverá um sistema de governo perfeito no milênio.
Não haverá suborno, corrupção, ganância, desonestidade, imoralidade e egoísmo entre os oficiais do governo.
Além disso, não haverá eleições. Imagine isso! Os santos glorificados ocuparão posições de autoridade pelo mundo como co-regentes de Cristo, o qual reina sobre a Terra (Apocalipse 5.10).
- Segundo, haverá um meio-ambiente puro no milênio.
O Rei transformará todas as coisas de volta num sistema semelhante ao do Jardim do Éden. Poluição será um problema do passado; recursos naturais voltarão à pureza da criação inicial; chuva será abundante (Isaías 30.23); a terra refletirá a glória de Deus (Isaías 35.1–2).
Todos os animais se tornarão herbívoros novamente, assim como foram antes no jardim do Éden. O profeta Isaías escreveu as seguintes palavras:
O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi (Isaías 11.6–7).
A maldição do pecado, porém, será removida apenas parcialmente porque ainda haverá morte; os animais ainda morrerão.
Haverá sacrifícios de animais no templo e esses sacrifícios serão comidos pelos sacerdotes. Isso significa que ainda desfrutaremos de carne—e você poderá comer os seus legumes.
Os animais, contudo, não serão mais uma ameaça. Ao contrário, eles servirão para nosso deleite, lazer e como uma demonstração da glória criativa de Deus.
No domingo passado, um menino veio até mim e me perguntou se nossos animais de estimação irão para o céu. Eu disse que Isaías deixa claro que haverá animais para brincarmos e desfrutarmos, e pode ser que teremos vários animais incríveis. Todavia, eu disse que não há indicação bíblica alguma de que os nossos animais de estimação estarão no céu, não importa quantas vezes tenham sido abençoados em alguma igreja.
Recentemente, li um artigo que dizia que os animais de crentes irão para céu. Isso é uma teologia terrível. Na verdade, prefiro não ver no céu alguns dos meus animais de estimação. Eles estragariam o céu para mim, caso ficassem me seguindo.
Se os bichos de estimação de crentes vão para céu, então para onde vão os bichos de estimação dos descrentes? Má teologia piora as coisas, não melhora.
O que sabemos ao certo é que os animais não serão mais predadores. Eles serão domados a ponto de podermos brincar até com os mais selvagens, desde o dinossauro ao leopardo e à naja.
No reino milenar, haverá um governo perfeito e um meio-ambiente puro.
- Terceiro, haverá vida mais longa do milênio.
Os mortais que nascerem e viverem no milênio terão vidas tão longas que um homem de cem anos será considerado um jovem (Isaías 65.20).
Mais uma vez, o milênio refletirá muitas das condições da criação inicial. O tempo de vida voltará àquele de Adão, que viveu 930 anos, de Cainã, que viveu 910 anos, e de Lameque, que viveu 777 anos (Gênesis 5).
Tudo isso indica que haverá um retorno ao clima e às condições de vida amenos que vieram logo após o Éden.
- Quarto, haverá melhorias de saúde notáveis no milênio.
Os profetas revelam que os súditos mortais do milênio jamais adoecerão, e os que tiverem entrado no Reino com doenças ou deficiências serão curados (Isaías 33.24).
Isaías escreveu sobre o reino glorioso:
Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; pois águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo (Isaías 35.5–6).
No milênio, haverá um governo perfeito, um meio-ambiente puro, uma vida prolongada e melhorias notáveis na saúde dos mortais.
- Quinto, no milênio haverá recursos abundantes.
O Reino será um tempo de abundância e prosperidade sem iguais. Tudo o que os pregadores da prosperidade interpretam de forma errada e aplicam para a nossa era está relacionado à era do reino milenar (Joel 2; Amós 9).
As interpretações erradas desses pregadores causam tristeza e confusão em muitas pessoas que foram levadas a crer que não possuem fé suficiente. O reino será a era de saúde, abundância, paz, domínio e justiça:
Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar (Habacuque 2.14).
- Sexto, haverá governantes com bons princípios no milênio.
Nós, confirmados em imortalidade, não vivendo mais com a nossa natureza pecaminosa que terá sido removida por completo, governaremos e reinaremos em perfeita justiça, equilíbrio, sabedoria e princípio piedoso.
- Finalmente, o Rei Salvador estará presente de forma perceptível no milênio.
Esse último aspecto do milênio creio ser o de maior importância—deixei o melhor por último.
Nós O serviremos, não como agora—um Senhor invisível que não conseguimos entender perfeitamente. Haverá uma comunicação, dedicação e a apreciação pessoais. Imagine dizer: “Obrigado, Senhor!” e ouvir Sua aprovação em seguida! Haverá devoção e adoração face-a-face.
Essa é, de fato, a era dourada. Esse é o festival da paz mundial que desfrutaremos por mil anos no planeta.
Com certeza, o mundo acreditará e seguirá Cristo nessas condições favoráveis—e sem dúvidas bilhões irão.
O Final do Reino Milenar
O reino milenar prometido chegará a seu fim com um evento significante em Apocalipse 20.7–8a:
Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações...
Espere um pouco! Satanás não escapa de sua prisão—ele é solto. Mas por que Deus soltaria Satanás? Ele deveria trancá-lo e jogar a chave fora, não é verdade?
Deus deseja mostrar que o pecador não mudou desde o jardim até o reino. A humanidade está sempre pronta para se rebelar, precisando apenas de uma desculpa, de um líder.
Se dentro de pouco tempo o coração e a mente das pessoas já se corrompem e elas abandonam a verdade, imagine o que pode acontecer nos não redimidos no decorrer de 1000 anos. Os profetas sugerem que haverá problemas, dizendo que os rebeldes enfrentarão um julgamento rápido. Isso significa que haverá uma rebelião crescente nos pecadores não arrependidos (Salmo 2.9–10).
O profeta Zacarias afirma que as nações que recusarem ir para Jerusalém para a adoração anual de Cristo não receberão chuva sobre sua terra (Zacarias 14.16–18).
Na verdade, Zacarias até sugere que o Egito recusará adorar a Cristo como uma nação com passar do tempo (Zacarias 14.19).
Simplesmente, a humanidade amará mais seu pecado do que o Salvador vivo e glorioso.
Imagine, nessa sociedade perfeita com condições perfeitas de vida, prosperidade na saúde e abundância de recursos, milhões de pessoas estarão prontas para seguir o diabo ao invés de Cristo.
O que vemos é Jardim do Éden-Parte 2. A natureza humana não mudou desde o jardim.
E Satanás também não mudou nem um pouco. Assim que as portas da prisão se abrem, ele sai para insultar a face de Cristo. Ele já sabe que está derrotado, mas ele não se importa.
O mais importante para Satanás é que ele pode enganar milhões de pessoas que o aguardam e estão prontas. Mais do que nunca antes, ele odeia Cristo. Acima de qualquer outra coisa, ele ama levar a raça humana criada a erguer seu punho contra o Deus Criador, assim como ele fez no princípio dos tempos.
Robert Mounce colocou isso da seguinte forma:
1000 anos de confinamento não alteram os planos de Satanás—nem 1000 anos [nas condições do milênio] alteram a tendência básica do homem de se rebelar contra seu Criador; nada muda com o passar do tempo.
Vinte e cinco gerações nascerão no Reino como mortais.
Filhos de pais crentes nesta era da igreja podem interiormente rejeitar Cristo e endurecer seus corações para o Evangelho; da mesma maneira, filhos durante o reino endurecerão seu coração para a glória de Cristo.
Em outras palavras: “É, vimos o palácio de ouro... É, viajamos para Jerusalém 700 anos atrás... ouvimos os imortais dizendo que viverão para sempre... ouvimos que o Rei morreu por nossos pecados 3000 anos atrás... E daí? Que direito Ele tem de governar sobre mim?”
A Serpente diz: “Você está certo em pensar assim... Por que Jesus Cristo tem o direito de decidir quem viverá naquela casa de ouro?”
Satanás não perdeu sua astúcia no decorrer dos anos. Ele sabe exatamente o que deve dizer e fazer para provocar uma rebelião final porque os homens ainda são homens e pecado ainda é pecado; ele sabe como uni-los em um último motim.
Em Apocalipse 20.8, João escreve que Satanás reúne as nações que há nos quatro cantos da terra. Ou seja, daqueles quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste.
No verso 8, João menciona Gogue e Magogue, os quais também se envolvem. Eles representam a Rússia e as nações do norte que já marcharam contra Israel no início da Tribulação, conforme vimos em Apocalipse 6.
Pelo fato de esses nomes aparecerem aqui novamente, alguns acreditam que essa batalha em Apocalipse 20 é a mesma batalha narrada em Ezequiel 38 e 39. Todavia, quando analisamos mais cuidadosamente, algo que fizemos quando estudamos Apocalipse 6, descobrimos que a batalha de Ezequiel não é a mesma de Apocalipse 20.
A batalha de Ezequiel corresponde à de Apocalipse 6, a qual ocorre nos dias iniciais da tribulação. Este conflito de Apocalipse 20 acontece no final do reino milenar.
Gogue e Magogue em Ezequiel 38 e 39 se unem a outras nações em torno do Oriente Médio. Em Apocalipse 20, as nações provêm dos quatro cantos da terra.
Conforme Ezequiel, após a batalha na tribulação, os mortos serão sepultados. No caso de Apocalipse 20, como veremos em um momento, os exércitos são instantaneamente cremados quando fogo cair do céu.
Gogue e Magogue certamente estão incluídos nesta batalha, mas seus nomes são símbolos dos inimigos de Israel e de Deus.
Deus, simplesmente, concede aos não redimidos do planeta terra um último fôlego, uma última tentativa para provar eternamente que a natureza caída da humanidade não é parcial, mas total.
Contudo, isso não é exatamente uma batalha—isso se assemelha mais a uma execução divina.
Veja o que João registra no verso 9:
Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu.
Nem sequer um tiro é dado; nenhuma espada é retirada da bainha. De repente, o céu pega fogo.
Os exércitos, cujo número se assemelha ao da areia do mar, cercaram Jerusalém e, de repente, um anel de fogo protege os arredores da cidade, radiando em todas as direções até que todos os exércitos são envolvidos em chamas e destruídos.
O julgamento final está muito próximo.
O Que a Rebelião Final Comprova
O que essa rebelião final comprova? Permita-me mencionar pelo menos três verdades.
- Um Governante perfeito não garante um coração perfeito.
- Um ambiente puro não apaga a corrupção interior.
- Resolver problemas sociais não resolve o problema do pecado.
O maior problema da humanidade nunca foi no exterior, mas no interior. O coração da humanidade tem problema, e esse maior problema é sua corrupção e sua natureza caída.
O pecador precisa ser redimido. Podemos alimentá-lo, educá-lo, prestar-lhe ajuda médica, protegê-lo, curá-lo, vesti-lo e lhe dar um emprego, mas ele ainda possui um coração que precisa ser redimido; ele ainda terá que ser enterrado e enfrentar julgamento (Hebreus 9.27).
O maior problema do homem não são seus pais; o problema do homem não é devido a problemas na infância ou se seu crescimento foi retardado. Seu problema maior não é a escola para qual foi, um bairro no qual cresceu ou o trabalho que tem. O maior problema do homem nunca esteve do lado de fora—seu maior problema está do lado de dentro.
O reino milenar terá condições perfeitas. Haverá uma lei e um equilíbrio perfeitos, um perfeito juiz sentado no trono. Contudo, essa rebelião final provará que, apesar de o homem parecer se conformar aos padrões de Deus, seu coração é infiel e está sempre pronto para se rebelar contra a autoridade que o detém.
Você alguma vez já esteve dirigindo numa estrada e, de repente, se deparou com vários carros aglomerados? Você não sabe o que está acontecendo. Um pouco mais adiante, você vê um carro da Polícia Rodoviária Federal e um policial com um radar móvel. Assim que os motoristas veem o policial, todos reduzem a velocidade.
A presença do policial produziu conformidade à lei, mas não lealdade aos padrões da lei; e sem dúvidas, nenhum amor para com o policial.
Existe conformidade, mas, com o passar do tempo, o Rei passa a ser visto como alguém distante, lá em Jerusalém: “Talvez Ele não consiga enxergar a essa distância. Ele está muito longe.”
Portanto, essa rebelião final revelará que, sem a graça salvífica de Deus, a humanidade não será impactada pela paz, alegria, justiça e glória do reino milenar. Assim que veem uma oportunidade; assim que são enganados a pensar que podem retirar do trono aquele governante, os pecadores marcham contra Ele.
Eles serão derrotados por Deus nessa rebelião final.
A destruição de Satanás completada.
Antes de finalizarmos nosso estudo, veja o verso 10:
O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.
O verbo eblethe, traduzido como foi lançado, não possui um agente, isto é, alguém que realiza a ação verbal. O agente que lançará o diabo no lago de fogo eterno não é identificado.
Quem é esse agente? Não sabemos. A única coisa que sabemos é que é alguém capacitado por Deus, e isso já é suficiente para derrotar Satanás e lança-lo no inferno.
Quem recebe esse privilégio maravilhoso de julgamento? Posso apenas conjecturar, já que a Bíblia não nos informa. Você pode pensar que nada disso importa, mas acho que é algo digno de consideração.
Penso que não é um anjo porque um representante das hostes angelicais já teve o privilégio de lançar Satanás no abismo, conforme vemos no capítulo 20. Naquele abismo, Satanás foi confinado por 1000 anos. E que privilégio maravilhoso esse foi para um dos que resistiu à tentação de Satanás de se rebelar contra Deus No início da criação! Esse anjo teve a honra isso me julgar o querubim mais poderoso e aprisiona-lo. Então, um anjo já teve sua participação.
Também não pensou que será Cristo. Sua palavra somente já tem poder de lançar Satanás no inferno, mas Deus escolhe alguém para executar sua palavra de julgamento.
Se esse agente não é um representante do Deus triúno nem das hostes angelicais, que grupo resta?
A raça humana.
Mas qual ser humano representaria a raça humana destruindo Satanás de uma vez por todas?
Adão! Que outra pessoa melhor do que Adão para representar a raça humana ao realizar essa tarefa, além do primeiro ser humano criado e o representante da humanidade caída, derrotada e condenada à morte?
Adão e Eva foram os primeiros ao ouvir as palavras de afronta da serpente.
Imagine viver por 1000 anos perdoado, mas sabendo que foi você que abriu a porta para o pecado, tristeza morte entrarem na raça humana. Imagine viver 1000 anos com o seu nome associado ao pecado—o pecado de Adão, a natureza de Adão, a queda de Adão.
Tudo isso fez parte do plano de Deus para a glória de sua graça e para seu plano de redenção.
No final dessa rebelião, não há melhor candidato para destruir o poder de Satanás sobre a humanidade do que o ser humano cujo pecado deu início a tudo isso.
Espero que seja Adão. Gostaria muito de ver Adão—o representante de todos nós que passamos nossas vidas debaixo da maldição e em batalha—o nosso pai que fracassou, lançando Satanás para sempre no lago de fogo. Que momento triunfante isso será para todos nós.
Não sabemos se será Adão, mas que sabemos que Satanás será derrotado—essa é a destruição eterna de Satanás e a última vez que será visto pelos redimidos.
Meu amigo, quando Satanás chegar para você e começar a lembrá-lo de seu presente e de seu passado, lembre-o de seu futuro.
Você, um pecador, um descendente de Adão e Eva, pecou e se rebelou. Mas, através de Cristo, seu Rei gracioso, soberano e substituto, você foi perdoado e redimido.
Portanto, quando Satanás vier lembra-lo de seu passado de pecado e das suas lutas no presente, lembre do futuro que ele terá!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 07/02/2010
© Copyright 2010 Stephen Davey
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