
Povos, Cantai!
Povos, Cantai!
Venha o Teu Reino—Parte 7
Apocalipse 20.4–6
Introdução: O Reino Milenar
Se você esteve conosco em nosso estudo anterior, sabe que começamos a responder algumas perguntas relacionadas a Apocalipse 20 sobre o Reino milenar vindouro.
Cremos num Reino futuro físico e literal e num Rei pelo mesmo motivo que cremos na primeira vinda de um Rei físico e literal—a Bíblia nos diz. Não há como ser mais simples do que isto: a Bíblia ensina.
Se cremos nas 109 profecias bíblicas relacionadas à primeira vinda do Senhor—e todos os detalhes que observamos mostraram que Ele cumpriu as profecias física e literalmente—então, temos todo motivo para crer que as 220 profecias restantes a respeito da Sua segunda vinda se cumprirão de forma literal e física também. O Rei e Seu Reino virão ao planeta Terra.
A primeira pergunta que respondemos foi: “Quem é o Rei exatamente?” Com base em várias profecias bíblicas e seus cumprimentos perfeitos nos Evangelhos, determinamos que esse Rei é o Deus-Homem, Jesus Cristo, o Messias.
A segunda pergunta que respondemos foi: “Quanto tempo durará o Reino?” A resposta nos é fornecida claramente em Apocalipse 20. Deus quer que saibamos que o Reino durará mil anos, e Ele repete a duração do Reino seis vezes: versos 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
Portanto, a Bíblia ensina claramente que existe um Reino vindouro, o qual os teólogos chamam de “milênio.” O termo “milênio” é derivado de duas palavras latinas: “mille” e “annum,” as quais juntas significam “mil anos.”
Quatro perspectivas sobre o Milênio
Existem quatro perspectivas diferentes sobre o milênio. Falarei um pouco sobre cada uma delas.
- Preterismo
Essa é a crença de que as profecias do Antigo Testamento se cumpriram na queda de Jerusalém no ano 70 A.D. Existem vários problemas com o preterismo, e um deles é o simples fato de que Apocalipse foi escrito cerca de vinte anos após a queda de Jerusalém. O apóstolo João não escreve história, mas profecia de coisas que ainda se cumpririam, conforme lemos em Apocalipse 1.1.
Além disso, se os julgamentos de Deus foram derramados quando Jerusalém foi destruída no ano 70 A.D., quando a marca da besta passou a ser uma exigência? Onde estão os registros de perturbações cósmicas, incluindo pedras de granizo de 30 kg atingindo a Terra? Imaginamos que isso constaria nos livros de história. E quando o rio Eufrates secou? E por que Israel ficou disperso pelos dois mil anos seguintes?
Essa perspectiva deve ser rejeitada, pois exige uma abordagem espiritual das Escrituras e fere o bom-senso.
- Pós-milenismo
Essa é mais uma perspectiva metafórica do milênio. O pós-milenismo é a crença de que o Reino será estabelecido gradualmente por meio do evangelismo do mundo à medida em que o mundo se torna mais civilizado e “cristianizado.”
Conforme essa perspectiva, a raça humana ficará cada vez melhor e, através do Cristianismo, o mundo finalmente chegará a uma condição de paz e prosperidade.
Podemos chamar o pós-milenismo de o “Clube dos Otimistas”—a crença de que as coisas “ficarão cada vez melhores.”
Essa é, a propósito, a teologia do sistema mundial. O mundo pensa que a humanidade possui o poder de melhorar as coisas, tornar as pessoas mais civilizadas e as instituições mais amorosas e compassivas.
Esse pensamento se desenvolveu no século dezesseis, mas caiu em popularidade após as duas guerras mundiais, com a decadência moral e a criminalidade.
O mundo não está melhorando, mas piorando. Paulo escreveu exatamente isso em 2 Timóteo 3.13:
...os homens perversos e impostores irão de mal a pior...
O homem não é basicamente bom e faz algumas coisas más de vez em quando; o homem é basicamente pecaminoso e faz algumas coisas boas de vez em quando.
Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (Jeremias 17.9).
Portanto, as duas perspectivas sobre o milênio são preterismo e pós-milenismo.
- Amilenismo
Outra perspectiva e chama-se amilenismo, que é a crença de que igreja herdou as promessas do Reino. Cristo simplesmente Reina em nossos corações e não haverá nenhum Reino literal e físico na terra.
Os que creem dessa maneira precisam interpretar profecia de forma figurada e espiritual ao invés de literal.
- Pré-milenismo
A última perspectiva sobre o milênio, que eu acredito que a Bíblia ensina, é o pré-milenismo.
Haverá um Reino literal e físico de mil anos e Cristo voltará à Terra para estabelecê-lo.
O Reino Milenar: Mais Revelações
Vamos, agora, fazer algumas perguntas sobre o Reino milenar.
- Quem serão os súditos desse Reino vindouro?
Daniel 7.27 promete que os santos do Antigo Testamento Reinarão no Reino milenar. Os crentes do Novo Testamento também recebem a promessa de que Reinarão com Cristo.
Portanto, haverá crentes no Antigo e do Novo Testamento, e João adiciona uma terceira categoria de pessoas. O que acontecerá com aquelas pessoas que morreram durante Tribulação?
Veja Apocalipse 20.4:
Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e Reinaram com Cristo durante mil anos.
Em outras palavras, Jesus Cristo cumpre a Sua promessa àqueles que resistiram ao plano do Anticristo, recusaram adorá-lo e escolheram adorar Cristo. Esses mártires da Tribulação serão judeus e gentios que aceitaram o Evangelho de Cristo durante a Tribulação.
A propósito, a frase viveram no verso 4 não se refere a alguma ressurreição espiritual, ou ao novo nascimento através da salvação.
O verbo grego é ezeson. Já que ele é sempre usado no contexto de alguém que morreu fisicamente, ele sempre se refere a uma ressurreição física e corpórea.
Finalmente, existem os mortais vivos que sobrevivem à Tribulação—milhões—enquanto a maioria da população mundial é morta em ataques demoníacos e perturbações cataclísmicas sobre a população da Terra.
Duas categorias de pessoas durante o Reino milenar
Haverá duas categorias de pessoas vivendo na terra durante o Reino milenar. Haverá aqueles com corpos glorificados e aqueles com corpos terrenos. Usando a linguagem de Paulo, os que Reinam com Cristo são chamados de “imortais;” os “mortais” se refere aos demais membros da raça humana que povoam a Terra.
- Imortais
Segundo algumas passagens bíblicas, os santos imortais que Reinarão com Cristo de Jerusalém por toda terra incluem três categorias:
- Primeiro, os imortais incluem crentes do Antigo Testamento que ressuscitaram e receberam corpos glorificados.
Lemos isso nas profecias de Daniel capítulos 7 e 12.
Esse grupo inclui judeus e gentios que seguem a Deus pela fé em seu plano de expiação.
Por exemplo, Rute será incluída, apesar de ser uma gentia. Ela escolheu seguir o Deus de Noemi e foi para Belém, onde conheceu Boaz e foi redimida por ele.
Rute será incluída nesse grupo de imortais juntamente com sua sogra—uma ex-prostituta gentia chamada Raabe natural de Jericó que abandonou seus falsos deuses e seguiu o Deus vivo e verdadeiro após as muralhas da cidade sucumbirem milagrosamente. Raabe também escolheu seguir o Deus de Abraão.
- Segundo, santos imortais com corpos glorificados incluirão crentes do Novo Testamento que foram arrebatados e ressuscitados no final da era da igreja.
Conforme Paulo escreveu, esses crentes terão sido revestidos de imortalidade (1 Coríntios 15.53).
A igreja de hoje também é composta de judeus e gentios. De fato, a primeira igreja criada pelo Espírito de Deus foi primariamente judia, e tudo começou na cidade de Jerusalém!
Assim como os profetas do Antigo Testamento, os 12 apóstolos da igreja do Novo Testamento também foram judeus. Na verdade, o grande embaixador aos gentios foi um rabino judeu chamado Paulo.
Paulo relembrou os crentes de Corinto, uma igreja composta de convertidos judeus e gentios, que a igreja um dia julgaria o mundo (1 Coríntios 6.2).
- O terceiro grupo de imortais é o dos santos martirizados e ressuscitados da Tribulação.
João menciona esse grupo especificamente em Apocalipse 20.4. Ambos judeus e gentios estão incluídos aqui.
Então, esses são os imortais—os crentes que Reinam glorificados com seu Messias no Reino vindouro de Cristo.
- Mortais
Do outro lado, está a segunda categoria dos súditos deste Reino. Esses são os mortais que ainda estão em seus corpos naturais, ainda não glorificados com o qual nasceram.
Essas pessoas não morreram. Elas serão a população do mundo sobre a qual os imortais reinarão.
Após o término da Tribulação, os crentes que sobreviveram poderão entrar no Reino de Cristo.
Mateus 25 nos informa que, quando o Filho do Homem voltar à Terra em Sua glória, Ele julgará os que estiverem vivos. Os que não tiverem crido no Evangelho serão lançados no tormento eterno (Mateus 25.46). Entretanto, os que tiverem crido no Evangelho do Deus vivo e verdadeiro anunciado no período da Tribulação, ouvirão a notícia maravilhosa de que terão herdado o Reino de Deus (Mateus 25.34).
A propósito, se a igreja não é arrebatada no início da Tribulação, mas passa por ela e se encontra com Cristo quando Ele retorna à Terra e depois volta imediatamente com Ele, conforme dizem os pós-tribulacionistas, existe um problema.
O Reino será povoado com pessoas mortais que creram no Evangelho durante a Tribulação e, conforme Mateus 25 e a descrição profética da população mundial, elas entrarão fisicamente na era do Reino sem terem morrido. Elas ainda terão corpos físicos, serão curadas de todas as doenças (Isaías 33.24) e viverão por muito tempo. Contudo, elas ainda morrerão e precisarão receber corpos purificados eternos (Isaías 65.20).
Os profetas revelam que, no decorrer do Reino milenar, esses mortais se casarão, terão filhos, crescerão e desfrutarão dos benefícios do Reino. Seus filhos terão filhos, até que a terra seja povoada com milhões de pessoas novamente.
Esses filhos terão que aceitar o Evangelho de Cristo ao crescerem; Deus não tem netos na fé. Eles serão pecadores carecendo de salvação. O fato de seus pais serem crentes e terem entrado no Reino não significa que as gerações seguintes serão crentes. Os filhos também precisam crer, caso desejem fazer parte do plano de Deus que segue—o novo céu e a nova terra.
Contudo, Deus em sua graça facilitará o entendimento do Evangelho no decorrer no milênio com o sistema de adoração do templo milenar.
Até agora, respondemos a várias perguntas.
- Quem é o Rei? Cristo.
- Quanto tempo durará o Reino? 1000 anos.
- Será que a Bíblia é clara quanto à duração do Reino? Sim.
- Quais são as duas categorias de súditos no Reino? Mortais e imortais.
- Quais os grupos de imortais que Reinarão com Cristo?
- Crentes do Antigo Testamento;
- Crentes do Novo Testamento;
- Mártires da Tribulação.
- Quem faz parte da categoria de mortais que entrarão no Reino? Crentes da Tribulação que povoarão a terra.
Vamos, agora, fazer outra pergunta.
- Qual é a localização do trono de Cristo? Em outras palavras, onde ficará a capital do Reino de Cristo?
A resposta curta é Jerusalém—a Cidade de Deus. Ela também chamada de o monte de Deus.
Davi escreveu:
Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo monte, belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte Sião, para os lados do Norte, a cidade do grande Rei (Salmo 48.1–2).
Davi se refere ao monte de Deus, à beleza da cidade elevada e à alegria universal. Volte até os dias de Abraão e você verá que ele estava em busca de uma cidade construída sobrenaturalmente, da qual Deus é o arquiteto e edificador (Hebreus 11.10).
Então, existe algo diferente na cidade de Jerusalém. Ela será elevada, majestosa, projetada e desenhada por Deus, e edificada conforme a criatividade e o poder de Deus.
Isso nos conduz a outra pergunta.
- Como será Jerusalém, a capital do Reino?
A obra clássica de John Walvoord sobre o Reino milenar se refere a profecias que nos ajudam a entender as mudanças topográficas que acontecerão literalmente e transformarão a superfície da Terra.
Zacarias 14.10 registra:
Toda a terra se tornará como a planície de Geba a Rimom, ao sul de Jerusalém; esta será exaltada e habitada no seu lugar, desde a Porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à Porta da Esquina e desde a Torre de Hananel até aos lagares do Rei.
Em outras palavras, esse é o interior da cidade de Jerusalém. Em seguida, Zacarias diz no verso 11:
Habitarão nela, e já não haverá maldição, e Jerusalém habitará segura.
Em outras palavras, a cidade será habitada em seu local da antiguidade e finalmente haverá paz em Jerusalém.
Por vários séculos, o pedido de oração da nação judaica tem sido: “Orai pela paz de Jerusalém.” A paz finalmente e verdadeiramente chegará no Reino milenar quando Cristo Reinar sobre o planeta Terra.
Não existe paz ou segurança em nosso mundo. Mas, quando Príncipe da Paz chegar, haverá paz.
O profeta Isaías nos informa o seguinte:
Porque o SENHOR tem piedade de Sião; terá piedade de todos os lugares assolados dela, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão, como o jardim do SENHOR; regozijo e alegria se acharão nela, ações de graças e som de música (Isaías 51.3).
Agora, todas as mudanças topográficas ao redor do globo acontecem especificamente para criar um monte alto ou um planalto sobre o qual a cidade de Jerusalém se sentará de forma intimidante.
Na visão de Ezequiel, Deus leva o profeta à terra de Israel e me pôs sobre um monte muito alto; sobre este havia um como edifício de cidade, para o lado sul (Ezequiel 40.2).
Existe muita discussão entre os teólogos quanto a cidade de Jerusalém e se nós, os imortais, poderemos viajar de um lugar a outro conforme nossas responsabilidades no planeta Terra.
Alguns estudiosos acreditam que essa cidade edificada por Deus no Reino milenar—a Nova Jerusalém—ficará erguida em um planalto. Assim, nós, os imortais, habitaremos nessa cidade e viajaremos para o planeta servindo a Cristo.
Independente da perspectiva que adotamos, o cenário é maravilhoso.
Cada imortal terá dois lares—uma residência na cidade de Deus e outra no local que Deus determinar que ele servirá em seu Reinado com Cristo. Todos terão um lugar para morar na cidade de Deus. Jesus a chamou de “a casa de Meu Pai” em João 14.
John Walvoord sugeriu, certa vez, que essa cidade será construída no formato de uma pirâmide com trono de Deus no topo e o rio da vida descendo do trono para os demais níveis da cidade.
É interessante que, desde o início do Antigo Testamento, os antigos receberam a verdade do Reino vindouro de Deus e dessa cidade majestosa. Quando um homem se rebelou, descobrimos que eles satisfizeram seus desejos com uma estrutura no formato de pirâmide que simbolizava sua união com os céus—as estrelas e os planetas.
Quando Ninrode se rebelou contra Deus, ele edificou uma cidade e uma torre—uma pirâmide—cujo topo simbolizava os céus (Gênesis 11). Esse foi, na verdade, o início do zodíaco, conforme vimos no passado. Até mesmo historiadores pagãos do zodíaco se referem à Babel e seu famoso zigurate, ou torre no formato de pirâmide.
Deus o Criador, cujo trono está no topo da cidade eterna, foi substituído com torres humanas falsificadas com imagens de estrelas e constelações. Esse é o comprimento de Romanos 1, o qual fala que a humanidade nega o governo do Criador e O substitui com a criação—símbolos de planetas e estrelas, sol e lua.
Se viajarmos ao redor do mundo, veremos pirâmides construídas por civilizações antigas para sua adoração pagã. Essas mesmas civilizações têm suas próprias versões de um grande dilúvio e de sacrifícios de animais para apaziguar os deuses.
Isso meramente prova que a lei de Deus foi não somente gravada no coração humano, mas que o Evangelho pregado a Adão, Abraão, Moisés, Noé e muitos outros está embutido nas culturas de nosso mundo que escolheram, no decorrer das gerações, inventar sua própria adoração que exalta a natureza e as estrelas, o sol, e a lua. Com essas pirâmides antigas, eles imitam a Cidade de Deus sobre a qual ouviram de seus antepassados. Até mesmo Abraão esperava pela Cidade de Deus.
Sinceramente, não conseguimos sequer imaginar a habitação dos imortais.
Quando o Rei descer, veremos essa cidade descendo também, bem como a topografia de Jerusalém mudando e se erguendo para revelar a glória de Deus e o trono de Seu Filho (Isaías 2 e Salmo 48).
Isaías profetiza que a terra inteira voltará às condições como as do Jardim do Éden:
Porventura, dentro em pouco não se converterá o Líbano em pomar, e o pomar não será tido por bosque? (Isaías 29.17).
A beleza será inacreditável.
Vamos fazer mais uma pergunta.
- Como será o sistema de adoração para nós imortais, bem como para os mortais?
Já que seremos imortais, nossa comunhão com Cristo será face a face. João escreve em Apocalipse 20.6, que seremos sacerdotes, algo que se refere à comunhão física e pessoal com Cristo.
No caso dos mortais no Reino, haverá um novo sistema de adoração revelado na profecia de Ezequiel.
Esse profeta nos informa que o templo do Reino milenar também ficará sobre um planalto, uma região de 95 km² que inclui moradia para sacerdotes, campos para plantações, a cidade e o templo milenar no meio dela. O templo será o elemento central na adoração de Deus no decorrer do Reino milenar.
As medidas do templo em Apocalipse 21.16 estão, provavelmente, em medida cúbica. Isso indica que a cidade de ouro se eleva a 17 km no céu.
O profeta Isaías menciona que, na cidade de Jerusalém, haverá um elemento singular. À noite, haverá uma nuvem sobre a cidade com aparência de fogo. Em outras palavras, nessa cidade, tanto no Reino como no decorrer do novo céu e da nova terra, a cortina da glória e da luz jamais serão removidas (Isaías 4.5–6).
Ezequiel também nos conta que a adoração no templo envolverá sacrifícios de animais e outros aspectos da era da igreja. Sacrifícios de animais serão instituídos como memoriais da morte sacrificial de nosso grande Rei. Isso será feito para ensinar e lembrar novamente por 1000 anos a completa história de redenção a Israel e às nações da terra.
Um autor disse:
Como esses sacrifícios serão necessários! Quando estivermos habitando no brilho da glória do Messias, teremos diante de nossos olhos um memorial da cruz, um registro tangível do Jesus humilhado, uma demonstração visível de sua obra que carregou o nosso pecado, por meio da qual fomos perdoados, salvos e amados—devemos todas as nossas bênçãos... à Sua graça.
No Reino milenar, ensino e exposição das escrituras serão necessários aos mortais. Locais de ensino bíblico surgirão ao redor de todo mundo enquanto os mortais do Reino tentam alcançar seu mundo com o Evangelho de Cristo.
Os mortais que tiverem nascido dentro do Reino precisarão ser salvos. O plano de salvação será o mesmo do Antigo e do Novo Testamentos.
- O crente do Antigo Testamento olhava para a cruz futura e para o seu Salvador substituto;
- O crente do Novo Testamento olha para a cruz do passado;
- O crente do milênio também olhará para a cruz do passado.
O fato de que o justo viverá pela fé não será alterado.
Imaginamos que todos no mundo creriam. Entretanto, conforme veremos em nosso próximo estudo, no final do Reino milenar, Satanás será solto e veremos milhões de descrentes o seguindo e marchando contra Jerusalém.
Vamos fazer mais uma pergunta.
- O que faremos durante o Reino?
Antes mesmo do estabelecimento do novo céu e da nova terra, já estaremos desfrutando dos benefícios da imortalidade. Por exemplo, se eu estiver ensinando em alguma igreja no Reino, não precisarei mais dos meus óculos.
Teremos nossos novos corpos—aperfeiçoados em santidade. Isso significa que não mais viveremos com a natureza pecaminosa; este corpo de morte terá sido removido de nós para todo sempre.
Não sabemos ao certo como será a nossa regência com Cristo. Não sabemos se envolverá:
- Liderança Educacional enquanto imortais iluminam o entendimento os milhões de mortais;
- Uma posição de governo;
- Um cargo na agricultura para administrar apropriadamente os recursos da Terra ontem;
- Responsabilidades fiscais e monetárias sobre as nações do mundo conforme suas economias se desenvolvem;
- Liderança na adoração a Deus;
- Autoridade jurídica a fim de se executar justiça O Conselho sabe na terra;
- Posições em academias musicais para a criação e composição de obras a serem tocadas na presença de Cristo Rei e na celebração dos seus atributos.
Todas essas não são somente possibilidades, mas apenas o começo de milhões de opções, creio eu. Nós, que habitaremos no Reino de nosso Senhor, teremos posição real de liderança, autoridade, dignidade, serviço com frutos, alegria, sabedoria, equilíbrio ainda mais alegria por podermos servi-lO e estarmos com Ele durante 1000 anos de Reinado.
Que alegria absoluta, inacreditável, duradoura e profunda isso será. O profeta Isaías, repetidamente, se referiu ao Reino com esta palavra: alegria. Alegria transbordará de tudo no Reino. Isaías 51.3 diz:
Porque o SENHOR tem piedade de Sião; terá piedade de todos os lugares assolados dela, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão, como o jardim do SENHOR; regozijo e alegria se acharão nela, ações de graças e som de música.
Isaac Watts tentou captar a alegria do Reino conforme descrita frequentemente pelo profeta Isaías. Infelizmente, o hino que ele compôs sobre a alegria do Reino acabou sendo restrito à estação do Natal. Creio que seu desejo foi que igreja usasse este hino em referência à segunda vinda de Cristo, não à primeira. Parte do problema é que a nossa versão em português enfatiza o nascimento de Cristo ao invés de o Reino de Cristo. Ouça a letra do hino de Isaac Watts:
Povos cantai, nasceu Jesus!
O Rei que vai reinar.
Que a terra e céus lhe dê louvor
E cante essa canção.
Sim, cante essa canção.
Não mais pecados nem temor
No mundo existirão.
Pois ele virá fazer
Fluir a plena paz,
Fluir a plena paz sem fim.
Seu Reino é de retidão.
Nações provai, então.
As glórias mil de suas mãos
E do Seu terno amor,
E do Seu terno amor cantai.
Jesus nasceu, O Rei chegou!
Que hino maravilhoso sobre o Reino vindouro! Verdadeiramente, povos cantai porque o Rei finalmente chegou.
Isaías disse que o mundo inteiro cantará. Cantaremos das glórias, da justiça e das maravilhas de Seu terno amor.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 24/01/2010
© Copyright 2010 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
Add a Comment