
O Rei Está Vindo!
O Rei Está Vindo!
Venha o Teu Reino—Parte 4
Apocalipse 19.11–16
Introdução
No dia 21 de agosto de 2009, o líder do Irã, o Aiatolá Khamenei, convocou os muçulmanos a intensificar os preparativos para a vinda do messias islâmico conhecido como Mahdi ou Décimo Segundo Imã. Essa é a versão islâmica do messias, o qual virá para trazer paz ao mundo.
Acho interessante que muitos estudiosos islâmicos acreditam que a vinda do seu messias ou regente mundial, o qual está escondido no momento mas será revelado no Oriente Médio, governará o mundo por sete anos, um período que será seguido de uma ressurreição global. Nós, crentes, também cremos na vinda de um líder mundial que oferecerá paz no Oriente Médio e praticamente tentará reger o mundo por sete anos. Também já aprendemos que ninguém deveria segui-lo, pois ele será o último enganador do mundo.
Estes são dias interessantes para os crentes. Tudo o que precisamos fazer é acessar a internet ou ver os noticiários para descobrir que existe uma febre crescente e um fervor pelos eventos apocalípticos.
Quer sejam as predições de desastres vindouros do famoso Nostradamus, ou o calendário maia predizendo o fim do mundo, ou o oráculo chinês que profetiza eventos cataclísmicos mundiais—a febre somente aumenta.
De fato, esse é um momento em que as pessoas aguardam e esperam ansiosamente pela vinda de alguém que fará a diferença num âmbito global. A humanidade tem esperança no contexto mundial.
Existe um sentimento comum de responsabilidade global. Essa é a realidade, desde crianças de segunda série que são ensinadas que devem salvar o planeta, até líderes preocupados com a emissão de CO2 na atmosfera, bem como personalidades religiosas que tentam diminuir as diferenças doutrinárias para que todos convivam bem.
O mundo e o seu futuro parece ser a preocupação de todos. Que época maravilhosa para ser crente e que tempo crítico que carece das respostas que nós temos.
É bom termos uma revelação objetiva e inspirada exatamente sobre o que acontecerá na Terra nos tempos apocalípticos. Sabemos quem será afetado, como escapar e, mais importante, que o Rei soberano está no controle de tudo.
As verdades preditas do retorno de Cristo acontecem de ser a maior esperança da história de redenção. Desde a queda de Adão até a segunda vinda do Segundo Adão quando Cristo instaurar Seu reino, esse cumprimento marcante é o momento mais esperado de todos:
- O verdadeiro Rei receberá um cetro de governo (Gênesis 49);
- Deus estabelecerá o trono do maior Filho de Davi (2 Samuel 7);
- O Filho regerá a Terra com um cetro de ferro (Salmo 2);
- As nações serão julgadas (Joel 3);
- O retorno do Rei derrotará Seus inimigos (Zacarias 12);
- Jerusalém se tornará o grande centro do reino do Messias (Zacarias 12);
- Os anjos reunirão os descrentes para julgamento (Mateus 25);
- Jesus Cristo descerá visível e fisicamente em santa majestade para julgar e governar o mundo (Apocalipse 19).
Não é surpresa alguma que a segunda vinda de Cristo é considerada como o clímax da história de redenção.
Apesar de os crentes saberem mais sobre a primeira vinda de Cristo, a segunda vinda se encontra, na verdade, muito mais no foco das Escrituras.
A Bíblia nunca guardou silêncio sobre o assunto. Na verdade, a segunda vinda de Cristo para reinar na Terra é a ênfase de pelo menos 17 livros do Antigo Testamento; Jesus Cristo se referiu à Sua segunda vinda mais de 21 vezes, e 7 de 10 capítulos do Novo Testamento mencionam a segunda vinda de Cristo.
Para cada verso bíblico que fala sobre a primeira vinda de Cristo, existem oito falando sobre a segunda vinda.
Agora, o crente tem mais familiaridade com a primeira vinda porque ela é história; existe certa confusão quanto à segunda vinda. A perspectiva dos profetas do Antigo Testamento leva o estudante da Bíblia a interpretar ambas as vindas de Cristo ou como um evento ou como dois eventos próximos um ao outro em cronologia. A confusão desses dois eventos proféticos levou muitos judeus, por exemplo, a rejeitar Jesus Cristo. As profecias do Antigo Testamento falaram de um Messias que sofreria, mas que também reinaria. Muitos pensaram que o Messias sofredor se tornaria o Salvador Conquistador logo após a primeira vinda, e não perceberam que Ele sofreria na primeira vinda e conquistaria na segunda.
Chegamos a esse momento da história registrado em Apocalipse. João fornece uma descrição em sete partes desse evento climático quando Jesus Cristo volta ao planeta Terra.
A Segunda Vinda de Cristo
Vamos observar os detalhes em Apocalipse 19 começando no verso 11:
Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro...
- Apresentação.
Vemos, de imediato nesse verso, que existe uma apresentação. Esse cavaleiro vindouro recebe quatro nomes diferentes em Apocalipse 19 e os primeiros nomes do Rei soberano são Fiel e Verdadeiro.
Por que usar esses títulos? Por que não outros nomes que já usados nas Escrituras? Eles incluem:
- O Senhor Jesus (Atos 7.59);
- Jesus Cristo (Marcos 1.1);
- Cristo, o Filho de Deus (João 11.27);
- O Cordeiro de Deus (João 1.29);
- O Rei da Glória (Salmo 24.10);
- O Alfa e o Ômega (Apocalipse 1.8);
- O Leão de Judá (Apocalipse 5.5);
- A Esperança da Glória (Colossenses 1.27);
- O Pão da Vida (João 6.35);
- O Deus Eterno (Isaías 40.28);
- O Verbo da Vida (1 João 1.1);
- O Sumo Sacerdote (Hebreus 6.20);
- O Bom Pastor (João 10.11);
- O Deus Poderoso (Isaías 9.6);
- O Salvador do mundo (1 João 4.14).
Por que um desses títulos não é usado? Talvez porque a validade desses nomes só é possível se Cristo cumprir Sua Palavra e se Sua Palavra for verdadeira.
- Que tipo de Senhor Ele seria se não dissesse a verdade?
- Que tipo de Deus Ele seria se não cumprisse Suas promessas?
- Que tipo de Príncipe seria se não derrotasse Seus inimigos?
- Que tipo de Sumo Sacerdote Ele seria se não pudesse santificar para sempre Seu povo escolhido?
- Que tipo de Rei seria se não voltasse para reivindicar Seu trono?
João escreve que Ele é Fiel e Verdadeiro.
Donald Grey Barnhouse, um pregador que escreveu prolificamente, ilustrou esse ponto em seu comentário em Apocalipse contando a história de uma mulher em seu leito de morte. Essa mulher conversou com seus familiares e amigos sobre sua certeza de salvação. Numa ocasião, um jovem ministro que não era convertido foi visita-la. Ele jamais tinha visto uma pessoa com tanta certeza quanto ao futuro com o Senhor, e pensou que deveria adverti-la quanto a tal dogmatismo. Ela lhe respondeu bem: “Se eu acordasse na eternidade e percebesse que estava perdida, o Senhor teria mais a perder do que eu.” O ministro perguntou: “Como assim?” Ela replicou: “Enquanto eu perderia minha alma, Ele perderia a boa reputação de Seu nome.”
Isso é verdade. Se Deus for infiel e falso com uma pessoa em um momento sequer, Ele terá perdido tudo.
Já que a Bíblia fala mais de Suas promessas em relação à segunda vinda de Cristo, é de se esperar que João registraria sua visão escrevendo: “Eu vi o céu se abrindo e o Senhor soberano descendo... assim como Ele prometeu... Ele cumpriu Sua palavra.”
Ele é Fiel e Verdadeiro.
- Veículo.
O verso 11 mostra não somente a apresentação de Cristo, mas também Seu veículo.
João escreve:
...e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro...
Na época de João, o cavalo branco simbolizava um general ou imperador vitorioso. O Senado romano concedeu a Júlio César a permissão de conduzir uma carruagem puxada por cavalos brancos por meio de Roma para celebrar sua vitória no norte da África.
Durante celebrações desse tipo, Roma decorava a cidade o máximo possível com pano branco e flores brancas. Juvenal, um poeta romano que viveu nos dias do apóstolo João, se referiu a esses tempos quando Roma se transformava numa “cidade em branco.”
Os cidadãos saíam de suas lojas e casas e seguiam o imperador para celebrar seu triunfo.
Apesar de o cavalo branco simbolizar um imperador vitorioso, creio que Cristo montará literalmente um cavalo branco pelos céus e descerá no Monte das Oliveiras.
- Vindicação.
A terceira descrição desse evento climático é Sua vindicação. A última parte do verso 11 diz:
...e julga e peleja com justiça.
Essa é a Batalha do Armagedom, a qual veremos mais detalhadamente em nosso próximo estudo.
Jesus Cristo não traz apenas um coral; Ele vem com um exército também. Os exércitos mencionados mais adiante nesse parágrafo não são hostes celestiais, apesar de os anjos O cercarem quando Ele vier. Esse é o cumprimento da profecia de que Cristo e Sua igreja virão em glória para julgar o mundo.
O livro de Judas repete a profecia feita milhares de anos antes por Enoque:
...Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, para exercer juízo contra todos... (Judas 14–15a).
Imagine, apenas sete gerações depois de Adão, Enoque já profetizou, não sobre a primeira, mas sobre a segunda vinda de Cristo.
Zacarias profetizou que YAHWEH desceria sobre o Monte das Oliveiras ao derrotar as nações incrédulas:
...então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos, com ele (Zacarias 14.5).
A propósito, esse é um excelente verso para mostrar para seu amigo testemunha de Jeová—Zacarias profetiza que Deus desce no Monte das Oliveiras, algo que Jesus Cristo—a plenitude da divindade em corpo, Deus em carne—realiza quando volta para estabelecer Seu reino.
Paulo escreveu sobre esse mesmo evento quando disse aos coríntios que a igreja julgaria o mundo com Cristo (1 Coríntios 6.2–3).
O apóstolo também escreveu sobre o dia glorioso da manifestação de Cristo como o Senhor soberano e regente em Colossenses 3.4:
Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.
Jesus Cristo e Seus amados serão vindicados para sempre.
- Visão.
João fornece mais uma descrição dessa cena ao mencionar a visão perfeita de Cristo. Veja o que ele escreve sobre Jesus no verso 12:
Os seus olhos são chama de fogo...
Sua visão santa que penetra o coração da humanidade faz parte de Seu julgamento santo. Nada passará despercebido.
Esses olhos que um dia revelaram brandura e alegria ao segurar crianças em Seus braços; esses olhos antes cheios de compaixão quando se deparou com os aflitos; esses olhos que manifestaram tristeza por causa do discípulo que O negou próximo à fogueira; esses olhos que perdoaram esse mesmo discípulo e os demais que O abandonaram; esses olhos que choraram sobre Jerusalém; esses olhos que derramaram lágrimas junto ao túmulo de Seu migo... agora brilham com fogo de santo julgamento.
O mundo pode tentar dizer: “Como você pode nos julgar? Você não me viu fazendo isso... você não estava lá.” A verdade, porém, implícita nesse verso é a seguinte: Ele vem com uma visão onisciente; Ele é uma testemunha ocular como um Soberano onipresente; Ele possui toda informação necessária para pronunciar um veredito justo.
- Domínio.
A próxima palavra que resume a descrição que João fornece da segunda vinda de Cristo é “domínio.” Veja o verso 12:
...na sua cabeça, há muitos diademas...
Um diadema era a coroa da realeza. Ester recebeu um diadema quando se tornou a rainha da Pérsia (Ester 2.17). Ele não passava de uma faixa bem ornamentada com cerca de 5 centímetros de largura. Ela era decorada com joias e insígnias.
Escavações arqueológicas fornecem imagens e pinturas de reis antigos usando diademas. Dentre eles, está o rei da Assíria com um diadema bem elaborado preso a uma tira vermelha bordada em ouro pendurada em seu pescoço.
Quando o rei Ptolomeu VI, o Faraó, derrotou a Antioquia 160 anos antes do nascimento de Cristo, ele usou dois diademas na cabeça—um representando sua soberania sobre o Egito e outro sua soberania sobre a Ásia. Muito provavelmente, havia alguma insígnia nos diademas identificando os dois reinos.
Então, quando João nos diz que Cristo usa muitos diademas, ele quer dizer que Cristo conquistou todos os demais reis e reinos. Ainda existe mais evidência nesse verso para o domínio total de cristo. O verso 13 diz:
Está vestido com um manto tinto de sangue...
Alguns dizem que esse sangue simboliza o Seu próprio. Não creio assim porque o cenário é de julgamento, não de redenção.
A linguagem de Isaías remove as dúvidas quando escreve sobre o Senhor se vingando de Seus inimigos:
Por que está vermelho o traje... como as daquele que pisa uvas no lagar?
Deus responde:
O lagar, eu o pisei sozinho... na minha ira; no meu furor, as esmaguei, e o seu sangue me salpicou as vestes e me manchou o traje todo. Porque o dia da vingança me estava no coração, e o ano dos meus redimidos é chegado (Isaías 63.2–4).
Em outras palavras, essa cena retrata o terrível Dia de Julgamento na Batalha do Armagedom na qual Cristo é visto como vitorioso e com o sangue de Seus inimigos espirrado sobre Seus mantos.
Para as pessoas em geral, esse tipo de conversa sobre Deus assusta; elas não entendem que Paulo afirma que o mundo incrédulo é inimigo de Deus. Eles foram enganados pelo deus deste século e pensam que não têm problema algum com Deus. Não há nada de errado entre eles e Deus—Ele não machucaria nem uma mosca.
A verdade das Escrituras é que Ele reserva Sua ira até o dia em que a despejará como um tsunami implacável.
Já aprendemos que o sangue fluirá após a batalha até a altura dos freios dos cavalos. Porque os descrentes recusaram o sangue de Cristo em seus corações, o sangue deles manchará o manto de Cristo. O mundo ficará profundamente aterrado diante da vingança contínua e impiedosa de Deus.
Paulo alertou os atenienses precisamente sobre isso em Atos 17.31 quando disse que todos precisam se arrepender:
porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.
Esse dia chegou.
No mesmo verso, Paulo continua e diz que será especificamente o Deus-Homem Jesus Cristo que executará o julgamento por parte do Deus Triúno.
Agora, quando João continua a descrever esse cenário maravilhoso, como se houvesse alguma dúvida sobre a identidade desse soberano, João se refere a Ele com outro nome usado anos antes, veja o verso 13:
...e o seu nome se chama o Verbo de Deus;
Esse é o Verbo. João introduziu seu Evangelho em João 1.1 dizendo:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Agora, o Verbo vem reinar, cumprindo as profecias de que YAHWEH descerá no Monte das Oliveiras.
Esse que virá para derrotar Seus inimigos e reinar no planeta Terra é o mesmo “Logos” que foi gerado em nosso meio, cuja glória vimos (João 1.14), e quantos O receberam se tornaram filhos de Deus (João 1.12).
- Temos a palavra escrita de Deus, João 5.39;
- Temos a palavra falada de Deus, João 3.34;
- Temos a palavra viva de Deus—João 1.1 e Apocalipse 19.13;
- Nossa Bíblia é a Palavra de Deus;
- Nosso Evangelho é a mensagem da palavra falada de Deus;
- Nosso Salvador é a Palavra viva de Deus.
A Palavra escrita, cujo Autor é a Palavra Viva, nos capacita a anunciar a Palavra falada ao mundo que um dia prestará contas diante de Deus quando Cristo voltar para reinar na Terra. Ele é YAHWEH em carne, a Palavra Viva—a expressão exata do Deus Triúno (Colossenses 1.15).
Ainda existe outra palavra nesse verso.
- Alegria.
Para o mundo, isso será diferente—será terror, morte e horror diante da realidade de que recusaram a Palavra Viva de Deus. Mas, para o crente que volta nessa cena com Cristo, uma palavra que me vem à mente é “alegria.” Veja o verso 14:
e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro.
Essa é a mesma vestidura mencionada antes no capítulo 19 sobre a noiva de Cristo. A palavra no plural traduzida como exércitos indica grupos distintos—muitos acreditam que incluirão os santos do Antigo Testamento, os mártires da Tribulação e anjos.
Contudo, a roupa na qual João foca é a roupa da noiva—“linho fino, resplandecente e puro.”
Essa é uma mensagem de triunfo para a igreja acima de todos os demais santos de todas as eras.
Nos dias de João, a igreja sofria escárnios, perseguição e exílio, como no caso do próprio João enquanto escreve Apocalipse.
Esse é o cumprimento da promessa que Cristo deu à igreja quando disse:
...edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Para o crente, a cronologia se completa: um arrebatamento—uma ressurreição, reunião e retorno—e o reino de Cristo. Para a igreja, seus dias de conflito, rejeição e perseguição terminaram.
Não ignore o fato de que os crentes, assim como Cristo, voltam em cavalos brancos.
Será que essa linguagem é figurada? Sem dúvidas, João escreve figuradamente no verso 15 quando diz que a Palavra de Deus sai da boca de Cristo como uma espada.
Contudo, João menciona duas vezes esse veículo providenciado por Deus—o transporte do Rei conquistador.
O que torna essa cena ainda mais notável é que, nos dias de João, o exército não montava cavalos brancos—isso era reservado para o imperador; eles andavam atrás dele.
Ah, mas esse Imperador providenciou para Seus amados o mesmo veículo que Ele usa. A única diferença é que o manto da igreja não está manchado de sangue. Por que? Porque Cristo é quem luta; é Sua Palavra somente que derrota os exércitos inimigos na Batalha do Armagedom; Ele luta e a batalha termina num instante—e nós festejamos.
Imagine o que João vê e ouve—milhões e milhões de cavalos brancos cavalgando pelos céus na direção de Jerusalém. O Rei está vindo com Seus santos.
Deixe-me fornecer a última palavra descritiva.
- Exaltação.
Veja o verso 16; João descreve o nosso General:
Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.
O Senhor não está mostrando Sua coxa. O que João vê é o manto do Senhor que se enrola na coxa dEle e o Seu título, bordado no manto, aparece na Sua coxa.
A coxa, todavia, era onde o guerreiro normalmente prendia sua espada.
A única arma que o Senhor carrega é a Sua palavra e, enrolado em torno de sua perna, está simplesmente outro nome.
Esse é o nome acima de todo nome. O único outro lugar onde esse título aparece é em Apocalipse 17 e está invertido.
Esses dois títulos são atribuídos a Deus em outros lugares nas Escrituras, mas aqui são dados a Jesus Cristo. Essa é outra declaração de Sua soberania e divindade.
Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Os Césares gostavam de ser chamados de rei e senhor.
Essa inscrição no manto de Cristo significa que não há rei maior do que Jesus, nenhum Senhor mais supremo do que Ele. Todos os outros são subordinados a Ele; tudo está no estrado de Seus pés.
Que visão incrível que João tem aqui; quanta glória e majestade!
Você parou para pensar que o Senhor continua derramando graça sobre graça sobre nós? Nós estamos nessa cena—insignificantes. Temos o privilégio de cavalgar em vitória assim como o nosso grande Deus. Se fôssemos Deus, montaríamos um cavalo branco e todos os demais montariam um jumento, ou andariam.
Nós somos santos falhos, covardes, limitados, incrédulos, egoístas e impacientes, mas tudo isso é passado. Como membros da noiva triunfante, cavalgaremos adiante assim como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Estamos sempre com Ele!
Que grande alegria, majestade, glória, animação, segurança, satisfação e oportunidades nos aguardam quando Cristo, em Sua glória, conduzir os santos para reinar com Ele.
Foi isso o que Paulo escreveu a Tito. Nós aguardamos o momento maravilhoso quando a glória do nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus, será revelada (Tito 2.12–13).
Não é surpresa que o reformador Martinho Lutero tenha dito: “Existem apenas dois dias em meu calendário: ‘hoje’ e ‘aquele dia.’”
Hoje e aquele dia!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 20/09/2009
© Copyright 2009 Stephen Davey
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