
Antes de Se Abrirem As Cortinas
Antes de Se Abrirem As Cortinas
Venha o Teu Reino—Parte 1
Textos Selecionados
Introdução
Enquanto eu me preparava para este estudo, pensei que seria melhor preparar o palco para o próximo evento profético após a Tribulação. Esse será o acontecimento mais glorioso já visto na Terra—a vinda do Senhor Jesus Cristo para reinar conosco, Sua noiva, na Nova Jerusalém. A fim de preparar o palco para o que se segue, vou fazer algo que nunca fiz antes: revisar o que temos visto.
Se você já foi ver a apresentação de alguma peça, quer num teatro ou numa escola, então você sabe como são as coisas antes de as cortinas se abrirem. Você ouve a movimentação, talvez até alguém tropeçando. Se existe uma brecha entre as cortinas e o palco, pode-se ver as pessoas andando do outro lado, algumas empurrando móveis e outras peças do cenário.
Apesar de não conseguirmos ver as pessoas, sabemos que o coordenador está no controle de todas as peças, direcionando os artistas e toda a equipe conforme devido. Daí, as cortinas se abrem e a plateia se depara com uma cena após outra enquanto o drama se desenrola.
É nesse ponto que nos encontramos agora. Somos a plateia, vendo e ouvindo o palco se montando.
As cortinas ainda estão fechadas; não podemos ver os detalhes, mas enxergamos uma movimentação. Não conseguimos interpretar os sons que ouvimos, mas sabemos que o Diretor está no controle—todas as peças e todos os atores estão sob a direção soberana de Deus. O palco está sendo preparado.
Deixe-me dizer o seguinte: se você ainda não entregou sua vida a Cristo Jesus, faça isso agora—pode ser que as cortinas se levantarão muito em breve. Receba o Senhor Soberano agora. Você não precisa esperar por um domingo para ir até à frente na igreja; não precisa se tornar membro de uma igreja, nem ser batizado ou dar dinheiro. Essas podem ser ótimas evidências de que você genuinamente pertence a Jesus Cristo, mas elas vêm após a salvação.
Agora, quando vamos a alguma peça, geralmente recebemos uma programação que nos informa qual cena acontecerá em seguida. Às vezes, a programação inclui uma sinopse rápida de cada cena.
O corpo de Cristo também recebeu um tipo de programação—ela se chama livro de Apocalipse. Nele, lemos sinopses rápidas de cada cena que ocorrerá, bem como uma lista das cenas que ainda serão apresentadas.
Ao estudarmos a programação que nos foi entregue, os primeiros capítulos apresentam um período chamado de a era da igreja. Quando as cortinas se abrem, a próxima cena—o arrebatamento da igreja—ocorre logo antes da Tribulação. Após a Tribulação, a próxima cena é a vinda do reino de Cristo na Terra. Vamos revisar essas cenas com mais calma.
Eu dividi o livro de Apocalipse em quatro seções principais e as mencionei no primeiro estudo do livro. A primeira seção inclui os capítulos 1–5 e é intitulada: A Soberania de Cristo em Sua Igreja.
A igreja aparece nos primeiros cinco capítulos. Nos primeiros três, a igreja se encontra na terra; nos capítulos 4 e 5, ela adora a Deus no céu após ter sido arrebatada da Terra.
Não é surpresa alguma, então, que a igreja não aparece novamente, até que chegamos ao capítulo 19. Por que? Porque do capítulo 6 ao 18, o período da Tribulação transparece na Terra. Durante esse tempo, a igreja recebeu a promessa de ser retirada da manifestação da ira de Deus sobre a Terra.
Então, os capítulos 1–5 revelam a soberania de Cristo em Seu relacionamento com Sua noiva, a igreja.
A segunda divisão de nossa programação inclui os capítulos 6–18 e eu a intitulei de: A Severidade de Cristo em Seu Castigo.
Esse é o período da Tribulação no qual Deus derrama Sua ira sobre a humanidade e o planeta Terra.
A fim de montar o palco para o próximo evento no calendário de Deus, vamos observar o que é exatamente esse período. Esse será um período de sete anos de sofrimento humano sem igual que incluirá ousadia demoníaca, perturbações cósmicas, avivamento judaico, pregação do Evangelho e crises globais que o mundo jamais testemunhou antes.
Os quatro cavaleiros do Apocalipse trovejam, liberando as pragas da ira de Deus e sofrimento humano através de um ato de julgamento após outro. Haverá perturbações no cosmos—a lua se tornará vermelha como sangue e o sol esturricará a Terra com calor intenso.
Desastres naturais virão um após outro, atingindo a Terra repetidas vezes quando os anjos soarem suas trombetas. Os julgamentos finais de Deus são liberados na forma de taças de ira sendo derramadas.
Nessa época, ninguém mais adorará a Mãe-Terra. A Mãe Natureza não será mais querida, nem algo politicamente correto; ao contrário, ela será um monstro de grande tormento.
Por que? Porque a criação, que a essa altura já terá atingindo a posição de divindade, se virará contra a humanidade sob a ordem do Deus Criador. A natureza se transformará no agente da mão punidora de Deus.
O pregador Matthew Henry, de um século atrás, escreveu que o mundo incrédulo pensa que tudo pertence a eles. Ele disse: “Eles pensam que a terra é deles, o ar é deles, o mar é deles, os rios são deles, o mundo e eles somente têm o direito de julgar.”
O mundo descobrirá que esteve errado o tempo inteiro. Esta terra é do Criador; o ar é dEle, os mares são dEle, os rios são dEle, o mundo é dEle e Ele somente tem o direito de julgar.
Deus usará os ídolos da humanidade para julgar a humanidade.
A natureza criará motins quando desastres naturais, doenças, crimes e fome atingirem níveis tão devastadores que, no final da Tribulação, não haverá caixões suficientes e os cadáveres ficarão ao ar livre. De fato, Apocalipse nos informa que, no final da Tribulação, metade da população mundial terá morrido.
Durante esse período de sete anos, especialmente na última metade da Tribulação quando o Anticristo se declarar deus, a atividade demoníaca também será alarmante quando Satanás e o Anticristo regerem o mundo conforme bem desejarem.
O propósito da Tribulação
Por que tudo isso acontece, qual é o propósito da Tribulação?
Primeiramente e acima de tudo, ela é para Israel. Um crítico do livro de Apocalipse escreveu: “O livro de Apocalipse é judaico demais!” E é verdade. Todas as profecias do reajuntamento e avivamento de Israel se cumprirão quando a nação for não somente reunida, mas convertida.
Os profetas Isaías, Amós, Zacarias, Daniel e outros falaram com convicção da conversão nacional de Israel, como um grupo étnico, e do retorno à terra de seus antepassados. Entenda que, uma das evidências de que Deus cumprirá Suas promessas com Israel é não somente que Israel ainda existe hoje, mas possui uma consciência, herança e visão nacionais. Desde o tempo de seu pai Abraão, milhares de anos depois, o povo hebreu tem subsistido.
Nos últimos jogos das Olimpíadas, não vimos os atletas heteus representando sua nação na cerimônia de abertura. Também não vimos competidores ninivitas, girgaseus, jebuseus ou amonitas. Não vimos nenhum atleta filisteu competindo no saldo em distância. Por que? Porque eles perderam sua identidade nacional e foram absorvidos nos demais povos do mundo. Os israelitas, contudo, ainda existem.
A Tribulação será o período em que o grupo étnico de Israel—essa nação eleita—experimentará uma conversão nacional e o cumprimento da aliança de Deus quando herdarem a terra, a promessa e o trono para sempre (Romanos 11).
Deixe-me dizer isso mais uma vez: a Tribulação não é um período para a igreja sofrer a ira de Deus. A igreja jamais sofrerá a ira de Deus, nem na Tribulação, nem em outro período qualquer.
Algumas pessoas já me disseram: “Olha, eu acho que o único motivo por que você crê no arrebatamento é que deseja escapar da Tribulação.”
E você só descobriu isso agora?! A pergunta que me vem à mente é: “Por que você pensa que a igreja precisa passar pelo sofrimento da Tribulação?”
A resposta é, geralmente: “Porque a igreja precisa ser purificada.”
Primeiramente, isso é péssima teologia—tanto no âmbito prático como no bíblico.
É uma teologia terrível no âmbito prático porque, quando alguém diz: “A igreja precisa ser purificada antes de desfrutar das bênçãos do reino,” quero perguntar de qual igreja eles estão falando. Não sei se estão falando:
- da igreja no Sudão onde milhares de crentes têm sido martirizados;
- das igrejas no Irã e na Arábia Saudita onde seguir a Cristo é sinônimo de morte;
- da igreja na China onde o governo continua prendendo e torturando os crentes.
O problema é que essas pessoas interpretam a profecia da perspectiva ocidental. O sangue dos mártires escorre agora no mundo mais do que nunca antes.
A organização Voz dos Mártires, que registra testemunhos de pessoas que morrem por causa da fé, contou a história de um pastor colombiano chamado Benestey Escobar. Esse pastor foi confrontado por guerrilheiros marxistas que invadiram sua igreja durante um culto e jogaram no chão o corpo de um crente que haviam matado recentemente. Eles disseram ao pastor que, ao menos que ele saísse do vilarejo, seu fim seria como o daquele crente. Ele se recusou sair. Duas semanas depois, eles voltaram durante um culto, andaram até ele e atiraram em sua perna, advertindo-o que parasse de pregar naquela comunidade. Ele se recusou, dizendo que obedeceria a Deus e continuaria em seu ministério. Eles cumpriram sua palavra e, duas semanas depois, voltaram, o arrastaram do púlpito para fora da igreja na rua onde, na frente de sua esposa, filhos e congregação, o mataram a tiros.
Alguns anos atrás, crentes norte-coreanos foram conduzidos a um lugar onde seus filhos seriam todos enforcados, a não ser que seus pais renunciassem a fé. Os pais recusaram abandonar a fé em Jesus Cristo e, enquanto seus filhos eram enforcados, todos começaram a entoar um hino juntos em lágrimas.
Então, quando ouço crentes bem-intencionados dizendo: “A igreja precisa passar pela Tribulação porque precisa sofrer,” eu penso: “Que vergonha!”
Acorde! Essa é uma terrível teologia prática simplesmente porque a igreja tem sofrido, conforme as Escrituras profetizaram, desde seu nascimento 2 mil anos atrás.
Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos (2 Timóteo 3.12).
Isso também é uma teologia bíblica terrível, à luz do ensino sobre a posição do crente em Cristo. O crente não precisa ser mais purificado a fim de entrar na presença de Deus; o crente foi purificado em Cristo (2 Coríntios 5.21).
Nós, como crentes, não conquistamos nossa justiça em Cristo; nós recebemos a justiça de Deus através de Jesus Cristo. Paulo escreveu em Filipenses 3.9:
e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;
Não estamos ganhando a justiça; nós já temos a justiça!
Além disso, a igreja não merece a graça de Deus—essa teologia está errada. Não existe uma lista de coisas a se fazer para se merecer a graça de Deus. Nós recebemos a graça de Deus por meio do mérito de Jesus Cristo.
Graça é definida como um favor imerecido de Deus. Ou seja, se a merecermos, ela deixa de ser graça. Paulo escreveu aos efésios:
no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós... (Efésios 1.7–8a).
Vimos uma cena se desenrolar antes em Apocalipse 4 e 5 na qual nós, a igreja arrebatada, cantou ao nosso Redentor gracioso.
A igreja é representada por vinte e quatro anciãos vestindo mantos brancos, como Cristo prometeu à igreja, e carregando coroas em suas mãos, como Cristo prometeu à igreja, e sentados em tronos, como Cristo prometeu à igreja. Isso é reforçado por Paulo, que escreveu em 1 Coríntios 6.2a:
...não sabeis que os santos hão de julgar o mundo?...
Em outras palavras, a igreja no céu durante a Tribulação voltará com Cristo após o término da Tribulação. Quando Cristo for estabelecer Seu reino, nós, co-regentes com Ele, reinaremos em Seu reino glorioso na Terra por mil anos—e depois no novo céu e nova terra.
Apesar de não sabermos quando o arrebatamento acontecerá, sabemos que, depois que acontecer, a Tribulação começará com um acordo de paz maravilhoso que promove a paz no Oriente Médio. Mateus 24 e Apocalipse 6 fornecem comentários revelando que o período da Tribulação começa com a paz entre as nações em torno de Israel.
O pacificador é em breve revelado como o Anticristo. Ele consegue estabelecer um tratado de paz que tranquiliza o Oriente Médio por três anos e meio.
Em seguida, na metade da Tribulação, o inimigo lança um ataque sanguinário primeiramente contra o povo judeu na tentativa de realizar mais um holocausto. Esse é um dos motivos por que os judeus fogem do Anticristo que busca finalmente exterminá-los, conforme lemos em Apocalipse 12.17.
Isso não é um mero antissemitismo. É, na realidade, a tentativa de Satanás de impedir o cumprimento das profecias da restauração da nação de Israel à sua terra. Caso consiga, Satanás anulará também as profecias de Cristo reinando em Jerusalém sobre o trono de Davi.
Conforme estudamos, Israel foge e Deus providencia sobrenaturalmente um lugar para se protegerem. Muitos estudiosos da Bíblia sugerem a cidade de Petra como o esconderijo dos judeus, e por bom motivo.
A maioria das construções dessa cidade antiga foi esculpida em morros de pedra mil anos antes de Cristo.
Por volta do ano 551 A.D., um terremoto levou as pessoas a abandonarem a área, temendo por suas vidas no caso de as montanhas caírem.
Algumas das construções em Petra foram esculpidas em beleza nas montanhas. Escavações revelaram estradas, lojas e casas esculpidas nas pedras. Essa cidade foi redescoberta em 1812 e tem sido um local de fascinação desde então.
Um dos motivos por que Petra seria um lugar excelente para se esconder durante a Tribulação é que ela é facilmente defendida. O acesso à maioria das construções é limitado, possível apenas a pé ou montado sobre um animal.
Soldados inimigos teriam, de fato, dificuldades em infiltrar essa área com um exército numeroso; eles teriam que marchar um atrás do outro. Já que Petra é praticamente cercada por desfiladeiros, seria muito fácil defende-la.
Também sabemos que o Anticristo planeja não somente exterminar os judeus, mas exaltar sua própria divindade enquanto forma um único governo e uma única economia mundial.
O conceito de um governo, uma economia e uma religião mundiais não é novidade para nós hoje. No decorrer da história, humanidade tem lutado pelo domínio do mundo.
Alexandre o Grande sonhou com isso e esperou o dia em que regeria o mundo a partir da Babilônia. Napoleão também tentou e até desenhou planos para reconstruir a Babilônia. Nenhuma das tentativas de formar um sistema mundial unificado teve sucesso.
No nosso mundo de hoje, muitas nações clamam por um governo e uma economia mundiais, e muitas religiões deixam de lado algumas de suas convicções para, de alguma forma, unir todas as fés.
Diante disso, ficamos nos perguntando se as pisadas que vemos e ouvimos atrás das cortinas e as peças sendo arrastadas, não apontam para o momento em que as cortinas da história humana serão erguidas, a igreja será arrebatada e a Tribulação começará.
Alguns anos atrás, os principais países do mundo se reuniram numa reunião do G8. Nessa reunião, o presidente da Rússia sugeriu que o mundo criasse uma moeda para substituir o dólar e o euro, bem como todas as demais moedas nacionais. Ele até tirou de seu bolso uma moeda que havia sido emitida na Bélgica e mostrou aos demais membros do G8. Em uma das faces da moeda, estão as palavras: “Unidade na Diversidade.” O presidente da Rússia disse o seguinte: o fato de as moedas estarem sendo emitidas “significa que estão quase prontas. Acho que esse é um bom sinal de que entendemos o quão interdependentes somos.” Conforme o que eu li, a Rússia e a China têm um interesse especial nessa moeda global.
Outra coisa interessante que aconteceu nessa mesma reunião do G8 envolveu o Papa. O Vaticano fez uma declaração de que os líderes mundiais deveriam instituir uma autoridade para supervisionar as economias do mundo. Ele ainda encorajou os membros do G8 a trabalharem juntos para formar um corpo político global. Esse mesmo Papa também pediu por unidade entre as principais religiões do mundo incluindo o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo.
Pouco mais de uma década atrás, um professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, disse com bastante precisão: “Vivemos em meio a uma transformação que reorganizará a política e economia do século [vinte e um]. O principal dever político de cada nação será enfrentar as forças de uma economia global.”
Isso não é surpresa alguma para a Escritura profética.
Estudamos detalhadamente o surgimento de uma coalizão de dez nações encabeçada pelo Anticristo que fundará um governo e uma economia mundiais e, na segunda metade da Tribulação, uma religião mundial.
Da mesma forma como Ninrode tentou, em Gênesis 11, desafiar Deus ao juntar os povos numa região entre o rio Tigre e o Eufrates para construir a Torre de Babel, o último Ninrode—o Anticristo—convocará todos para desafiar Deus em uníssono e, por fim, marchar contra Sua cidade, Seu povo e Seu reino vindouro. Assim como a Babilônia antiga de Ninrode foi a primeira cidade do homem a afrontar Deus, a Babilônia do Anticristo será a última cidade do homem a desafiar Deus. Ali, às margens do mesmo rio no Iraque, a capital da Babilônia será reedificada como a capital do império mundial do Anticristo. A Babilônia surgirá novamente como a grande cidade do poder e rebelião humana contra Deus.
Ninrode foi derrotado porque Deus confundiu a linguagem da humanidade (Gênesis 11). Nos séculos subsequentes, a Babilônia foi uma cidade insignificante.
Contudo, ela foi depois reerguida com esplendor sem igual sob o governo de um rei chamado Nabucodonosor. Esse rei construiu o império babilônio mais glorioso do que todas as cidades que já haviam sido construídas antes.
Os jardins suspensos de Nabucodonosor passaram a ser considerados como uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Os portões e muros da Babilônia eram esplendorosos. O portão mais famoso era o de Ishtar, cujo nome era em honra a Ishtar, a deusa babilônia considerada ser a rainha do universo. O Portão de Ishtar era feito de azulejos azuis e pintado com dragões e touros dourados. Ele foi feito sob Nabucodonosor e também era considerado uma das sete maravilhas do mundo.
Boa parte do portão, e algumas inscrições de Nabucodonosor, foram escavadas e preservadas, e estão expostas no Museu de Berlim.
Deixe-me ler para você a tradução de algumas palavras de Nabucodonosor sobre si mesmo:
Nabucodonosor, Rei da Babilônia, o príncipe fiel instituído por Marduque [seu deus principal]... aprendeu a abraçar a sabedoria, que compreendeu os deuses e reverencia sua majestade, o incansável governante... preocupa-se constantemente com o bem-estar da Babilônia... o sábio, o humilde [gosto dessa parte]... o Rei da Babilônia.
Próximo do fim da inscrição, ele ditou as seguintes palavras:
Coloquei touros selvagens e dragões ferozes nas entradas e os adornei com esplendor luxuoso para que as pessoas olhem para eles e se maravilhem.
Ao passar por esses portões, o mundo, de fato, iria se maravilhar diante da glória da Babilônia e da grandeza da cidade do homem. Foi essa mesma Babilônia que destruiu Jerusalém e levou os israelitas em cativeiro.
Um israelita em particular passaria por esses portões e provavelmente se admirou diante de tudo o que viu. Esse jovem exilado ascenderia ao poder, à posição de segundo em autoridade em todo o Império Babilônio. Foi esse rapaz chamado Daniel que profetizaria que essa cidade do homem um dia seria derrotada pela cidade de Deus.
João adiciona os detalhes que temos estudado até aqui no livro de Apocalipse, dizendo que a Babilônia será reconstruída para uma glória ainda maior. Mais uma vez, ela tentará destruir a cidade de Deus, Jerusalém, quando Cristo descer no final da Tribulação.
Dessa vez, contudo, a batalha épica de Apocalipse 18, chamada de a Batalha do Armagedom, Jesus Cristo, com Sua noiva, derrota os exércitos do Anticristo quando Ele desce dos céus.
Desde os dias de Nabucodonosor, a Babilônia se deteriorou em poeira.
Saddam Hussein tentou reedificar um pouco de sua glória, alegando parentesco com seu predecessor, o antigo Nabucodonosor. Ele até conseguiu fazer uma versão menor do Portão de Ishtar, mas esse ficou muito aquém da glória do original.
Ele também reconstruiu o palácio de Nabucodonosor e os muros ao redor, os quais fornecem um retrato do esplendor dessa antiga cidade.
O homem que conseguirá reedificar a Babilônia será o Anticristo capacitado pelo próprio Satanás. A cidade do homem marchará contra Jerusalém, a cidade de Deus, e será derrotada com uma palavra por ocasião do retorno do Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Nesse momento, a terceira seção principal de Apocalipse começa. Estamos prontos, agora, para a próxima cena do plano de redenção de Deus.
Já estudamos “A Soberania de Cristo em Sua Igreja”—capítulos 1–5—e “A Severidade de Cristo em Seu Castigo”—capítulos 6–18.
Agora, estudaremos a terceira seção de Apocalipse 19–20, intitulada: A Supremacia de Cristo em Sua Vinda.
Por fim, a última seção incluirá os capítulos 21–22 e se chama: A Satisfação de Cristo em Sua Nova Criação.
Estou convencido que o palco está sendo montado por trás das cortinas; podemos ouvir um barulho indicando que o cenário da história humana está sendo preparado para a próxima cena.
O capítulo mostra os seguidores de Cristo cantando—o que inclui você e eu—louvando no Reino de Cristo. A letra da música começa com:
...Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus (Apocalipse 19.1b).
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 23/08/2009
© Copyright 2009 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
Add a Comment