
Uma Canção Original
Uma Canção Original
Uma Prévia das Coisas Por Vir—Parte 1
Apocalipse 14.1–5
Introdução
A. W. Tozer escreveu certa vez:
Afirmo, sem qualquer qualificação, que, depois das Escrituras, a melhor companheira para a alma é a música santa. Às vezes, nossos corações são extremamente teimosos e não amaciarão e se sensibilizarão, não importa o quanto orarmos. É verdade que ler e cantar um bom hino derreterá o gelo e agitará as afeições interiores.
Sinceramente, não tenho dúvida alguma quanto ao poder, motivação e influência da música—e o mundo reconhece isso.
Um poeta da antiguidade escreveu: “Não me importo com quem formula as leis de uma nação, desde que eu escreva suas canções.”
Esse é o poder da música.
Tenho certeza de que você conhece história da igreja o suficiente para se lembrar do monge alemão Martinho Lutero. Foi ele quem introduziu o canto congregacional e a harmonia para substituir as músicas monótonas e melancólicas dos sacerdotes. A Reforma Alemã do século dezesseis, no fim, acabaria rendendo um hinário, e dizem que esse hinário foi um dos maiores missionários da doutrina bíblica na Reforma.
Não é surpresa que um sacerdote jesuíta no século dezesseis tenha reclamado dos efeitos contínuos desse monge alemão que deu início à Reforma. Esse homem disse: “Lutero levou a maldição mais pessoas por meio de seus hinos do que com seus sermões.”
Diríamos que ele “libertou” pessoas, não é verdade? E quinhentos anos depois, ainda ficamos animados e felizes em cantar:
Castelo forte é o nosso Deus,
Espada e bom escudo!
William Carey e seus companheiros labutaram anos na Índia nos anos de 1800 sem verem sequer um convertido. Com o passar do tempo, perceberam o poder da música hinduísta sobre o coração dos milhares de pessoas que tentavam alcançar com o Evangelho. Os missionários descobriram que os gurus hinduístas escreviam canções curtas para seus discípulos cantarem, canções para a lua e para o rio.
De fato, quando eu fui para a Índia, ouvi muitas pessoas cantando essas canções. Um dos irmãos me disse que elas estavam repetindo várias e várias vezes o nome de seu deus.
Após vários anos de trabalho duro, o qual William Carey descreveu como arando rochas, um jovem carpinteiro começou a trabalhar na casa missionária deles. Os missionários lhe ensinaram a letra de uma canção que haviam escrito em bengali. A letra dizia:
Confessando o pecado, deixando o pecado,
Abraçando a justiça de Cristo,
A alma é libertada.
Parecia que o carpinteiro estava aprendendo.
Em seguida, William Carey e os demais missionários começaram a escrever mais e mais corinhos. Eles até saíam em público e cantavam suas pregações de composição original, muitas vezes retornando para casa com o rosto ensanguentado por causa das pedras que o povo lhes atirava. A obra missionária tinha se transformado numa batalha entre músicos—e a música de Carey e seus companheiros estava liderando.
O carpinteiro de trinta e cinco anos de idade—chamado Krishna em honra ao seu deus—disse aos missionários que, mesmo depois de anos entoando as músicas escritas por seu guru, ele ainda não tinha paz e sua culpa não havia sido remediada. Depois de sete anos sem fruto espiritual algum, o carpinteiro entregou seu coração e vida a Jesus Cristo. A despeito de ameaças de morte e das pessoas circundando sua casa entoando as canções de seu antigo deus, o carpinteiro caminhou até o rio e foi batizado publicamente. Ele se tornou o primeiro de milhões de crentes na Índia que traçam sua herança espiritual a William Carey—e a corinhos como:
Abraçando a justiça de Cristo,
A alma é libertada.
Não há questionamento quanto à importância da música na vida da igreja e na vida do crente em particular. No Antigo Testamento, no Novo Testamento, no Reino, e no novo céu e nova terra, vemos crentes cantando. A humanidade sabe como cantar e gosta de música porque foi criada por um Deus Criador musicista.
Deus o Pai acontece de gostar de cantar por causa de Seus amados. O profeta Sofonias escreveu:
O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo (Sofonias 3.17).
Deus o Filho também canta. Mateus 26 registra para nós o momento precioso no cenáculo onde Cristo se encontrou com Seus discípulos e comeu a Páscoa com eles; foi nesse lugar onde Cristo instruiu os discípulos a celebrar a ceia, algo que fazemos até hoje. Mateus nos conta que, depois da refeição, eles cantaram um hino (Mateus 26.30).
Imagine isso—Deus o Pai e Deus o Filho cantando!
E Deus o Espírito? Somos informados de que Sua presença produz o desejo de cantar. Paulo escreveu aos Efésios dizendo que, quando o crente está cheio do Espírito, a congregação será levada a entoar salmos e canções espirituais (Efésios 5.19).
Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito criam, compõem e estimulam a música.
Quando chegamos ao livro de Apocalipse, nos deparamos com músicas pelo decorrer de todo o livro.
No capítulo 5, vimos a igreja arrebatada cantando louvores a Deus com letras que entoamos até hoje: “Digno é o Cordeiro que foi morto.”
Também vimos em Apocalipse as hostes celestiais, em número de centenas de milhões, cantando sobre a glória, poder e força de Deus.
Após os capítulos 12 e 13, um cenário terrível das forças e faces do mal atuando na Tribulação, do terror de Satanás, o dragão, do Anticristo e do falso profeta, podemos ficar nos perguntando se alguém cantará novamente—especialmente o crente!
A essa altura em sua revelação, o apóstolo João saberia que seus leitores fariam a pregunta: “Alguém escapará?”
Os que foram à fé em Cristo após o arrebatamento da igreja vivem os horrores da ira de Deus derramada sobre o planeta Terra. Adicione-se a isso a fúria vingativa de Satanás contra os que desafiam o falso messias. Já vimos os santos martirizados na Tribulação perguntando a Deus:
...Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? (Apocalipse 6.10).
A pergunta poderia ser: “Haverá música de novo sobre a Terra?”
Então, Deus, em Sua graça, dá a João um telescópio por meio do qual ele consegue enxergar mais adiante e ver algumas cenas incríveis. De fato, os capítulos 14 e 15 de Apocalipse são nada mais do que uma prévia das coisas por vir nos anos seguintes.
A primeira coisa que João vê é algo que acontecerá no final da Tribulação. Como você imagina, é algo que envolve música, mais uma vez.
144 Mil
Veja Apocalipse 14.1:
Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai.
Agora, antes de ouvi-los cantando, vamos nos familiarizar novamente com esse notável grupo de homens, o que tem muito a ver com o motivo por que cantam.
Esses homens apareceram pela primeira vez no capítulo 7 quando vimos Deus redimindo 12 mil homens judeus de cada tribo de Israel. Cada tribo participou, menos a tribo de Dã. Muito crêem que isso se deve porque Dã foi uma peça fundamental a conduzir os israelitas à idolatria. Como resultado, 12 mil foram escolhidos da tribo de José. A tribo de Dã aparecerá mais uma vez em Apocalipse com os membros redimidos louvando a Deus.
- Os 144 mil são judeus redimidos.
Esses não são os Adventistas do Sétimo Dia que creem que adorar a Deus aos domingos é a marca da besta e que apenas os que adoram aos sábados são os redimidos genuínos.
Esses 144 mil não são as testemunhas de Jeová também.
Esses são homens redimidos que pregarão e ensinarão ao redor do planeta.
Eles não são escolhidos por extraterrestres. Caso você não esteja acreditando, existem seitas que afirmam, de fato, que os 144 mil são escolhidos por extraterrestres para dar continuidade à raça humana após o final do mundo.
A propósito, ouviremos mais e mais sobre a influência de extraterrestres na história passada e no futuro da humanidade. Não é estranho imaginar que o mundo explicará o arrebatamento da igreja como algum tipo de abdução alienígena. A teoria de que milhões de pessoas desapareceram por uma atividade alienígena é bastante plausível para a maioria das pessoas em nosso mundo hoje.
Uma pesquisa realizada alguns anos atrás apontou que 67% dos entrevistados creem que existe alguma forma de vida inteligente no universo; 45% creem que vida inteligente de outros mundos monitoram a vida na terra.
Recentemente, um cientista ateu bastante famoso sugeriu que a Terra foi semeada com vida por alienígenas.
Quando as pessoas abandonam Deus e negam o Criador, qualquer coisa se torna possível; na verdade, qualquer outra explicação que não seja Deus é desejável.
Paulo escreveu aos Romanos que, a propósito, estavam cercados por suas próprias teorias de origem sem um Deus soberano Criador. Ele disse:
...se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível… (Romanos 1.21–23).
Conforme essa clara revelação de Deus, esses 144 mil não foram escolhidos por alienígenas para repovoar a Terra após algum evento cataclísmico. Eles são seres humanos da raça judaica que prepararão o caminho não somente para um reavivamento global, mas para o reajuntamento da nação de Israel.
Quando esses homens foram apresentados em Apocalipse 7, talvez você ainda se lembre de algumas de suas características.
- Apocalipse 7 nos informa que esses judeus evangelistas são selados e marcados.
Em Apocalipse 14.1, vemos que esse selo é o nome do Cordeiro e do Seu Pai.
Esse é um selo visível, copiado, obviamente, pelo Anticristo que marca seus seguidores com o número de seu nome, o qual aprendemos que totaliza 666. Seu selo, todavia, não poderá proteger os seguidores da besta; essa marca é feita com tinta lavável—não durará.
Por outro lado, o selo de Deus nos 144 mil no início da Tribulação é uma marca de posse e proteção divinas. Quando marcados no princípio da Tribulação, milhões de crentes são martirizados, conforme vemos em Apocalipse 7, de toda nação, tribo, povo e língua. Todavia, esses homens serão implacáveis e seu ministério será global.
John Phillips escreveu o seguinte sobre esses homens:
Nenhuma outra era produziu uma companhia como essa, um exército genuíno de... crentes marchando ilesos por todo tipo de perigo. A eles cabe desafiar o dragão, atormentar a besta... Seu chamado é o de pregar o evangelho de cima das casas quando, até mesmo pelo nome de Cristo, forem passíveis das penalidades mais terríveis. Eles... podem rir e zombar dos inquisidores do inferno. Eles andam pelas ruas em plena luz do dia, despreocupados com a fúria que range os dentes daqueles que seriam... seus assassinos, testemunhas... na época mais terrível da história da humanidade. O diabo sabe a respeito da vinda desse bando de conquistadores e já se contorce de agonia em expectativa.
Esses homens são selecionados por Deus e selados por Deus. Além disso, outra característica:
- Esses homens são sexualmente puros para a glória de Deus.
Eles são conhecidos pela sua pureza. Veja Apocalipse 14.4:
São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos…
Esse verso deu origem ao ensino errôneo na igreja do terceiro e quarto séculos de que o estado perpétuo de virgindade exaltava o crente a níveis mais elevados do que os casados. Com isso, obviamente, veio a crença de que Maria permaneceu virgem, apesar de os registros dos Evangelhos nos fornecerem os nomes dos filhos nascidos de Maria e José após o nascimento de Jesus (Mateus 13). Assim, a igreja glorificou de tal maneira o celibato que passou a crer que o casamento e o leito matrimonial eram coisas impuras.
Os gnósticos, que sempre invertem a verdade, acreditavam que o casamento era, na verdade, de Satanás.
Marcião, um líder eclesiástico do século segundo, que posteriormente foi expulso da igreja por suas heresias, ensinava que o casamento era corrupto. Ele até estabeleceu uma igreja para aqueles que eram celibatários e na qual os casados eram proibidos de entrar.
É claro, isso originou o desenvolvimento de monastérios e conventos onde pessoas realmente piedosas iam, crendo que casamento era menos santo do que celibato. De fato, eles criam e ainda creem que sacerdotes, bispos e os papas devem permanecer puros sem entrar em contato com mulher.
Quando estudamos história da igreja, vemos sacerdotes, bispos, cardeais e papas que geraram muitos filhos e, entre si mesmos, absolveram a culpa pelo pecado uns dos outros.
O celibato não gerou maior pureza, mas o potencial para maior imoralidade—de todos os tipos—conforme nossa geração tem testemunhado.
É algo fascinante descobrir na história da igreja que uma das coisas que Martinho Lutero, o monge alemão, fez quando saiu da igreja foi encontrar esposas para seus colegas sacerdotes. O próprio Martinho Lutero se casou com uma freira.
O ensino do Novo Testamento revela que o casamento é digno de honra, bem como o leito sem mácula (Hebreus 13.4).
O apóstolo Paulo, que encorajou o crente a permanecer solteiro devido às perseguições e incertezas diante da igreja, ainda compara a união do marido e da esposa com o mistério de Cristo e a igreja, Sua noiva (Efésios 5.32).
Então, esses 144 mil são guardados, não do casamento, mas da imoralidade corrupta de sua cultura e ambiente, no qual, sob a liderança do Anticristo e com a partida da igreja, o pecado sexual será a norma.
Mais adiante, João escreve nos versos 4 e 5:
...São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro; e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula.
Já estudamos essas características quando vimos o capítulo 7.
Após nos mostrar as profundezas do ódio e assassinatos de Satanás no capítulo 12; após nos mostrar a fúria e plano assassino do Anticristo e do falso profeta no capítulo 13, a pergunta que surge é: “Será que esses evangelistas com marca especial sobreviverão?”
Será que Deus conseguirá protege-los no decorrer de sete anos em meio a terremotos, pragas e pestilências derramados sobre a Terra pelo próprio Deus ao julgar a raça humana (Apocalipse 6)?
Será que eles serão protegidos da fúria do dragão que peleja contra os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus (Apocalipse 12.17)?
Será que eles sobreviverão à segunda metade da Tribulação quando o Anticristo forçar o mundo a receber sua marca na mão ou na testa, ou morrer (Apocalipse 13.15)?
Como um crente conseguirá sobreviver? Especialmente, como os crentes que testemunham corajosamente, pregam sem se retratar, proclamam o Evangelho e exaltam Cristo. Esses crentes se encontram em problema dobrado. Primeiro, eles são judeus e odiados por Satanás e pelo Anticristo; e segundo, eles são judeus que se converteram a Jesus Cristo.
Será que eles sobreviverão?
Ao saber que surgiria a pergunta quanto ao poder, controle e soberania de Deus sobre as vidas desses crentes, João responde à pergunta: “Quantos dos 144 mil servos selados de Deus permanecem vivos até o término da Tribulação?”
Veja Apocalipse 14.1 novamente:
Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil...
João escreve: “Olhei—e veja só—o Cordeiro no Monte Sião e, com Ele, todos os 144 mil!”
Todos eles sobreviveram! Nem sequer um se perdeu!
Enquanto milhões de crentes foram martirizados; enquanto milhões de descrentes e crentes morreram nas destruições da ira de Deus derramada sobre o planeta, todos os 144 mil pregadores do Evangelho protegidos estão vivos e bem quando Jesus Cristo retorna para estabelecer Seu reino.
Assim como um ente querido aguarda ansioso o retorno de um familiar que estava na guerra, cada esposa, cada pai, cada filho ligado a esses evangelistas se perguntará se ele sobreviverá; eles se agarram a esse verso, dizendo: “Veja, esse verso promete que eles estarão vivos quando Cristo voltar!”
Observe mais duas declarações sobre esses homens.
- Primeiro, os 144 mil estão de pé com Cristo.
Somos informados no verso 1 que o Cordeiro está de pé sobre o Monte Sião e esses homens estão com Ele.
Aqui, João registra a visão que tem do final da Tribulação quando Cristo retornar para estabelecer Seu Reino. Na verdade, os capítulos 14 e 15 fornecem algo que João já fez no passado: uma visão panorâmica ou prévia das coisas por vir e, em seguida, os detalhes. Nesses capítulos, existe uma prévia das coisas que ocorrerão na última parte da Tribulação e o estabelecimento do reino de Cristo na Terra.
Agora, onde é o Monte Sião?
Essa pode ser uma referência ao céu. Contudo, nessa passagem, João vê esses homens com Cristo e eles ouvem uma voz do céu. Então, obviamente, eles estão na Terra.
Monte Sião também pode se referir a um pedaço de terra muito importante no planeta. Na verdade, esse é o local mais vigiado em todo o mundo. Existem bilhões de pessoas que gostariam de ser donas dessa pequena propriedade.
Monte Sião era o nome de um monte antigo fortificado sob o controle dos jebuseus. Em 2 Samuel 5, Davi conquistou esse monte e fixou sua residência no topo dele. Depois, ele construiu uma cidade ao redor dessa fortaleza, a qual passou a ser chamada de Cidade de Davi; ou, em nossos dias, Jerusalém.
O aparecimento do Cordeiro de Deus descendo sobre o Monte Sião marca um momento monumental na história da redenção.
O apóstolo João tem uma rápida visão do momento em que Cristo retornar e, nessa visão em particular, o Cordeiro se encontra com os 144 mil evangelistas judeus ainda vivos, servindo, pregando e seguindo-O—eles ainda estão vivos.
O propósito principal do início desse capítulo é informar o crente de que a vitória de Jesus Cristo pertence não somente a Ele, mas aos Seus amados também.
Ninguém se perde—nem sequer um!
Se ninguém é perdido em meio ao caos, crueldade e confusão da Tribulação, como crer que Deus poderá perde-los de vista?
Aqui estão eles, em vitória—de pé!
Isso serve de encorajamento para todo crente—fomos selados pelo Espírito de Deus e Ele jamais nos perderá. Nenhum será perdido.
João nos diz que esses homens estão de pé com o Cordeiro, mas ainda nos informa mais uma coisa.
- Segundo, os 144 mil aprendem uma nova canção.
Veja Apocalipse 14.2:
Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa.
Lemos que essa orquestra e os cantores celestiais prestes a ensinar uma nova canção aos 144 mil tocam harpas.
Não fazemos ideia exatamente de como será o som, mas serão centenas de harpistas, talvez até com Davi na liderança. Podemos ainda adicionar a isso muitos outros instrumentos de corda. Essa será uma nova canção. Os quatro seres viventes e os anciãos cantam no verso 3—ou seja, a igreja canta—mas lemos que essa nova canção é dada especialmente aos vitoriosos; essa é a canção especial deles.
Esse é um novo cântico provavelmente porque as experiências pelas quais passaram na Tribulação foram únicas. Nenhum de nós andou por enchentes e incêndios como os intocáveis de Deus.
Quantos Sadraques, Mesaques e Abede-Negos existem por aí? Quantos como Daniel que passaram a noite na cova de leões?
O fato de sermos igualmente salvos e parte do corpo de Cristo não significa que determinada verdade não é mais significante a nós por causa do que experimentamos.
Ao explicar a atitude de uma mulher perdoada que ungiu Seus pés com óleo, o Senhor disse que o amor dela por Ele era grande porque havia sido perdoada em grande medida (Lucas 7.47).
Um autor escreveu o seguinte sobre esse novo cântico: “Esses foram os únicos que puderam aprendê-lo no sentido de que foram os únicos capazes de apreciar seu conteúdo. Deus os comprou da Terra, não somente para a salvação, mas para um ministério especial na Tribulação.”
Os 144 mil se regozijam de forma especial e se preparam para entoar um novo cântico composto especialmente para eles por causa da fidelidade de Deus em os proteger e pela fidelidade deles ao chamado de Deus.
Pergunto-me: que tipo de cântico você pode entoar hoje com o qual poucas pessoas se identificarão, cuja letra é singular para você?
Talvez você seja como o homem que falou comigo alguns dias atrás. Por causa de seu recente compromisso com Cristo, ele se identificou de maneira especial com o autor do hino que escreveu:
Tudo, ó Cristo, a ti entrego;
Tudo, sim, por ti darei!
Resoluto, mas submisso,
Sempre, sempre, seguirei!
Qual é a sua música hoje?
Encorajo você a encher sua vida de música e com o hábito de cantar. Você caminha em direção a música no futuro—quer você goste de música ou não!
Portanto, introduza música na sua vida—música santa. Insira em sua vida músicas que o inspirarão a:
- Glorificar Cristo;
- Defender a causa de Cristo;
- Servir a Cristo;
- Esperar por Cristo;
- Amar a Cristo;
- E se submeter a Cristo.
Existe um dia vindouro quando Cristo descerá e se colocará de pé sobre o Monte Sião; e esse momento será marcado por música.
Conforme tudo o que temos aprendido no livro de Apocalipse:
- Haverá um dia em que estaremos de pé junto com Cristo.
- Haverá um dia em que cantaremos junto com Cristo.
Portanto, defenda a causa dEle agora. Que a música comece hoje em preparação para o dia futuro quanto os céus cantarão.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 15/03/2009
© Copyright 2009 Stephen Davey
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