Fogos de Artifício

Fogos de Artifício

Series: Apocalipse
Ref: Revelation 1–22

Fogos de Artifício

O Anticristo e as Muitas Faces do Mal—Parte 8

Apocalipse 13.13–15

Introdução

Em um de seus livros sobre a Palavra de Deus, J. I. Packer forneceu à igreja um espelho no qual se olhar—e o reflexo não é muito atraente. Ele escreve:

Diferente dos crentes do século primeiro que em três séculos [alcançaram] o mundo romano [com o Evangelho], e diferente dos crentes pioneiros da Reforma, dos avivamentos puritanos, dos reavivamentos evangélicos e dos grandes movimentos missionários do século [dezoito], nós [hoje] carecemos de convicção... Convicção sobre as grandes questões da fé e conduta cristãs é algo ausente. O expectador de fora nos enxerga como pessoas que cambaleiam de um troço a outro, tropeçando em um obstáculo e outro, assim como um bêbado na neblina, sem saber para onde estamos indo ou para que lado deveríamos ir. A pregação é nebulosa. Cabeças ficam confusas, corações amedrontados, dúvidas drenam forças e incertezas paralisam atitudes.

Por que? Porque nos falta convicção a respeito das grandes questões da fé cristã.

Concordo com um autor que disse:

...o motivo porque nos falta convicção é que temos uma perspectiva pecaminosa das Escrituras. [A igreja em geral] parece não crer mais que a Bíblia é suficiente para a vida e conduta da igreja. Negar a suficiência da Palavra de Deus... é um pecado... de proporções monstruosos.

É por esse motivo que o dragão nunca parou de atacar a autoridade, suficiência e clareza das Escrituras.

Sua primeira tentação foi a Eva e veio na forma de um questionamento quanto à clareza da Palavra de Deus—“Deus disse? Ele realmente disse isso? Você tem certeza que O ouviu direito? Eu acho que Ele quis dizer o seguinte.”

A tentação de Satanás para o segundo Adão, Jesus Cristo, que tinha vindo para constituir uma nova raça de crentes redimidos, foi imediatamente distorcer as palavras das Escrituras. Jesus Cristo respondeu com o uso correto da Bíblia com três citações do livro de Deuteronômio (Mateus 4).

Paulo escreveu a Timóteo, o jovem pastor, encorajando-o a se agarrar à Palavra e pregação das Escrituras. Ele o lembrou, com bastante frequência, de que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus (2 Timóteo 3.15).

Timóteo tinha os profetas e o testemunho dos apóstolos—o suficiente para vir à fé salvífica em Cristo Jesus.

Esse é o ponto principal da Bíblia, não é verdade? É o conteúdo único das Escrituras que deixa bastante claro que é Jesus Cristo somente, e isso incomoda todo mundo. É essa conversa de que o “Cristianismo é o único caminho” (João 14.6) que chateia as pessoas. O fato de Deus ter falado, e que Sua Palavra é a autoridade final para nossa crença e comportamento não são coisas tão bem aceitas assim.

A problema é que a névoa jamais se dissipa—ela fica apenas mais pesada. A humanidade cambaleia de um artifício religioso a outro. Depende de cada um determinar sua própria salvação; o certo e o errado dependem do gosto de cada um.

No momento em que abandonamos o grito de sola scriptura—as Escrituras somente—perde-se todo fundamento objetivo para a sabedoria proveniente de Deus. Pode haver o surgimento de mais religiões, mas não há base alguma para um relacionamento com Deus.

“Timóteo, você conhece as Escrituras, as sagradas letras que o tornam sábio para a salvação em Cristo Jesus.”

...a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo (Romanos 10.17).

Em nosso estudo anterior, falamos sobre o próximo passo na mentira de Satanás contra a verdade de Deus com a apresentação do terceiro membro de sua trindade maligna. Abra sua Bíblia em Apocalipse 13.

Durante a Tribulação, existe um controle “daqueles que habitam a Terra”—uma expressão que se refere aos que não creem no Evangelho, mas seguem o Anticristo. Os habitantes da terra, ou descrentes, serão controlados pelas três faces do mal. Elas são: o dragão, Satanás, o qual falsifica o Deus Pai; o Anticristo, controlado e energizado por Satanás para falsificar Jesus Cristo; e a outra besta que nos foi apresentada, cuja associação com as duas primeiras bestas a capacitará a realizar coisas maravilhosas—o falso profeta (Apocalipse 19).

Esta é, então, a trindade maligna: Satanás, o Anticristo e o falso profeta.

Essa parceria permite que o falso profeta continue firme em sua maior devoção e prioridade—veja a última parte do verso 12 novamente:

...Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta [ o Anticristo], cuja ferida mortal fora curada.

O falso profeta conseguirá realizar aquilo que todos os demais falsos profetas não conseguiram—moldar o mundo em direção a uma religião global unificada. E ele utilizará a ideologia de nossa própria cultura, isto é, a de que toda religião é aceitável; toda religião diz, na verdade, a mesma coisa; então, “Por que não deixamos de lado nossas diferenças?”

Esse é o universalismo ensinado pela igreja emergente—uma das formas mais recentes de apostasia evangélica. Um de seus proponentes, Brian MacLaren, disse que Jesus tinha uma mensagem secreta, a qual, a propósito, Brian MacLaren conseguiu decifrar. A mensagem secreta é a seguinte: “A mensagem secreta de Jesus em palavra e ação deixa claro que o reino de Deus será radical e escandalosamente inclusivo.”

Ou seja, “Todo mundo entra no céu.”

Por que isso será algo escandaloso? MacLaren, junto com outros líderes da igreja emergente, explica que isso é escandaloso porque budistas, hinduístas, muçulmanos e evangélicos liberais, os quais jamais creram na ideia de uma ressurreição literal, inferno literal e expiação literal de Cristo, serão salvos de qualquer maneira por Cristo no fim de tudo.

Um artigo com essa perspectiva dizia que até mesmo os ateus irão para o céu—eles irão se esperneando, mas entrarão.

Esse é o universalismo clássico e ele tem se tornado a religião de nossos dias.

Outro dia, houve uma Café Nacional para Oração e o palestrante foi Tony Blair, ex-primeiro ministro da Inglaterra e um homem que diz ter sido evangélico no passado.

Um membro de nossa igreja, que nasceu na Inglaterra, me enviou o discurso desse líder. Seu discurso se encaixa bem com o contexto moderno de pluralismo e universalismo. Esse foi mais um discurso que coloca em palavras a ideologia de que todas as religiões devem coexistir pacificamente.

Esta é uma parte do discurso de Tony Blair. Ouça atentamente suas palavras que, nem um pouco inocentes, preparam o palco para uma religião mundial. Blair disse: “Existem milhões de boas obras feitas todos os dias por pessoas de fé... O que inspira essas pessoas? Ritual, doutrina ou detalhes teológicos? Não... [É] a natureza incondicional do amor de Deus.”

Em outras palavras, “Deus ama todos, a despeito do que crêem sobre Ele.”

Em seguida, Blair dá uma ilustração tocante que leva pessoas sem discernimento a dizer: “Que coisa maravilhosa! E faz sentido!”

Tony Blair disse:

Lembro-me de meu primeiro despertamento espiritual. Eu tinha dez anos de idade... Meu pai... tinha sofrido um derrame seríssimo. Minha mãe, a fim de manter as coisas normais o máximo possível em meio àquela crise, me enviou para a escola. Minha professora se ajoelhou e orou comigo. Agora, meu pai era um ateu militante. Antes de orarmos, eu [disse a ela]: “Eu acho que meu pai não acredita em Deus.” Minha professora respondeu: “Não tem problema. Deus acredita nele. Deus o ama sem exigir... amor em retorno.”

Ou seja, “Você pode negar a existência de Deus e não amá-lO e, mesmo assim, não corre perigo algum; é apenas objeto de amor.”

O apóstolo Paulo pregou o seguinte para os pluralistas de seus dias:

Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há...

...de enviar todo mundo para o céu?! Não. Ele estabeleceu um dia em que há...

...de julgar o mundo com justiça... (Atos 17.30–31).

O apóstolo Pedro escreveu:

Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra [de Deus], têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios (2 Pedro 3.7).

Em sua curta epístola, Judas fala sobre aqueles que foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que… negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo (Judas 4).

Tony Blair continuou dizendo, basicamente, que todos os profetas da humanidade pregaram a mesma mensagem. Ele fez citações dos escritos hinduístas e budistas com chavões morais que soavam bem parecido com os ensinos de Jesus.

Contudo, Blair disse em seguida: “A comunidade global... chegou a nós. E nessa comunidade, entra a fé religiosa.”

Ou seja, “É isso que promoverá coesão e paz.”

Todas as citações que mencionei em nosso último estudo e as de hoje—vindas de líderes muçulmanos, filósofos da igreja emergente, bispos e até de um primeiro ministro—dizem a mesma coisa: “Todos cremos num mesmo Deus e tentamos apenas seguir a nossa versão da verdade.”

Isso pode muito bem ser uma reestruturação do mundo para o falso profeta de Apocalipse 13. E que plataforma perfeita é essa!

Essa é a genialidade, e simplicidade, do plano de Satanás revelado. Um dia ele dirá: “Vocês todos estão certos. Todos ouviram sobre muitos profetas, escrituras e religiões no decorrer da história humana e todos dizem basicamente a mesma coisa. Todas falam sobre Deus. Agora, deixe-me apresenta-los ao próximo profeta na fila!”

Contudo, Satanás não apresentará um deus invisível, mas um deus visível!

João vê o mundo seguindo o anti-espírito—o falso profeta—que vem para glorificar o Anticristo como o verdadeiro Messias.

Vamos, porém, fazer uma pergunta: “Como as pessoas acreditarão que ele é um profeta verdadeiro?” Vimos sua pareceria; sabemos qual é sua maior devoção e propósito; mas o que levará o mundo a crer que ele é um profeta enviado por Deus?

A Façanha do Anti-Espírito

Quero responder essa pergunta mostrando alguns fogos de artifício. Observe a façanha do anti-espírito em Apocalipse 13.13:

Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.

João responde a pergunta: “Por que o mundo inteiro o seguirá?” Veja a façanha do anti-espírito—“grandes sinais.”

A palavra sinais nesse verso é semeia, a mesma usada em Atos 5 para descrever os milagres realizados pelos apóstolos. Lucas escreveu:

Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos... (Atos 5.12).

É interessante que João adiciona à palavra sinais o adjetivo grandes. Ele realizará sinais poderosos e o povo se arrebanhará atrás dele.

Quando paramos para pensar como as multidões seguem os chamados operadores de milagres de nossa geração, podemos imaginar o fluxo de seguidores aqui. Contudo, esse profeta não cura apenas pressão alta, joelho ruim, artrite e um crédito negativo. Ele fará algo que possui um precedente bíblico e serve para provar a autenticidade de um profeta. Veja o verso 13b novamente:

...até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.

Isso nos lembra de quem? O grande profeta do Antigo Testamento—Elias. O que torna esse engano ainda mais incrível é o contexto da vitória de Elias—uma vitória sobre os falsos profetas de Baal. Eles oraram a manhã inteira, mas não conseguiram fazer descer fogo do céu—apenas o profeta de Deus conseguiu. Após a oração de Elias, uma bola de fogo desceu do céu e consumiu o sacrifício e ali começou um reavivamento nacional; o povo gritava: “O SENHOR, Ele é Deus” (1 Reis 18.39).

Então, Elias conseguiu a atenção do povo e apresentou sua geração de idólatras ao Deus vivo e verdadeiro.

De forma semelhante, esse falso profeta imitará o grande Elias com poder satânico, designado e delegado por Deus para realizar Suas promessas de que os descrentes crerão na mentira de Satanás e seguirão o Anticristo. Esse profeta trará fogo do céu, provando que é um profeta legítimo de Deus e o deus que ele segue é o único deus verdadeiro.

Ao comparar Elias com esse falso profeta, outra coisa me chamou a atenção: Elias orou a Deus antes de o fogo descer; esse profeta nem sequer orou—o que o torna um profeta ainda mais admirável.

Os falsos profetas de hoje exigem a fé daqueles que desejam ser curados. Se não forem curados, é porque não tiveram fé suficiente—uma explicação bastante conveniente. Eles jamais provariam sua autenticidade com uma demonstração visível como essa. Mas esse profeta sim!

Isso aqui não é nenhum truque; não há gelo-seco, cortina de fumaça ou mágica. Esse é um fogo literal descendo do espaço!

Que façanha! O tempo verbal revela que isso é algo que ele realiza quando bem deseja.

Quem pode discutir com isso? Quem o afrontará? Sem dúvidas, ele é o profeta verdadeiro e o Anticristo para o qual aponta é, verdadeiramente, o Deus vivo e verdadeiro em carne!

Talvez o falso profeta imitará o milagre do Pentecostes quando línguas de fogo desceram do céu e repousaram sobre os apóstolos. Isso lhes capacitou a falar idiomas que jamais tinham aprendido, inaugurando, portanto, a era da igreja. Talvez o falso profeta fará algo semelhante para tentar provar que veio constituir um novo povo para Deus.

Será tremendo. Esses fogos de artifício serão incríveis! Todos os telejornais mostrarão as imagens e sons desse fogo caindo do céu ao comando desse profeta.

Não se engane—os mórmons deixarão de lado os escritos de Joseph Smith; os muçulmanos se esquecerão de Maomé; os hinduístas dirão, “Krishna já era.”

As pessoas do mundo erguerão sua voz em uníssono e dirão sobre esse falso profeta: “Você é, verdadeiramente, o próximo profeta na fila—você é realmente capacitado por Deus!”

Agora, lembre-se—o falso profeta não busca adoração para si mesmo; ele direcionará as pessoas para o Anticristo—o líder mundial; aquele que milagrosamente ressuscitou dos mortos; o pacificador—e as conduzirá a adorá-lo—ele é o deus verdadeiro.

Em 2 Tessalonicenses 2.9–10, o apóstolo Paulo já advertiu o mundo do seguinte:

Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.

O mundo queria unidade; o mundo queria um governo global; o mundo queria uma religião unificada—o mundo amava essas coisas e não conseguia parar de falar delas. Mas, o mundo não amou a verdade revelada na Bíblia para poder ser salvo.

Toda geração tem seus falsos profetas e falsos operadores de milagres que conduzem pessoas para distante do Deus desse Livro e para distante do Livro desse Deus.

Isso deve servir de alerta a todos nós a exercermos discernimento, até mesmo quando os milagres aparentam legitimar o mensageiro!

Agora, isso não é tudo que o falso profeta realizará com seu poder demoníaco. Veja a primeira parte do verso 14:

Seduz os que habitam sobre a terra...

Mais uma vez, vemos a expressão os que habitam sobre a terra referindo-se aos que seguem a mentira, e não aos que creem na verdade durante a Tribulação. Os que vierem a fé em Cristo nesse período são chamados de “santos,” que significa, “separados para a graça de Deus,” algo que são, de fato.

Continue no verso 14:

...por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;

O verso 15 nos conta mais um resultado da autoridade delegada ao falso profeta, concedida, de fato, pelo próprio Deus:

e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.

Fogo do céu já é algo incrível; agora, essa proeza é ainda mais inacreditável.

Alguns autores sugerem que isso, sim, é um truque—talvez um microfone escondido atrás da imagem, ou se trata de uma criatura estilo da Disney que se mexe como se estivesse viva.

Nada no texto nos fornece uma resposta fácil. Alguns exegetas conservadores afirmam que, já que nos é dito no verso 15 que a imagem recebe fôlego—a palavra grega pneuma—ao invés de receber vida—zoe—então o falso profeta somente faz parecer que a imagem respira.

Eu, de fato, gostaria de crer que esse é o caso. O problema é que, na última parte do verso 15, essa criatura colossal não somente respira, mas fala.

Lembre-se que esse é um dos sinais que leva o mundo a crer que o falso profeta diz a verdade. Esse momento também indica que a imagem exige a execução de todos os que recusam adorar o Anticristo, sugerindo algum senso racional—um vocabulário e a habilidade de comunicar sozinha.

Somos informados nos versos 14 e 15 que essa é a imagem do Anticristo. Essa é uma estátua enorme que parece estar em paralelo com a desolação do templo mencionada por Daniel quando o Anticristo profana o Lugar Santo. É bem possível que essa imagem será colocada no Santo dos Santos, como se fosse no lugar de Deus (Daniel 11.31).

Essa será a idolatria mais ostensiva e chocante já vista no planeta e será em escala global.

Imagine o poder concedido ao falso profeta, o qual recebe a autorização de conceder qualidade de vida a essa imagem diabólica.

O mundo se prostrará diante dos pés desse profeta. A peregrinação de milhões de seguidores ao redor do mundo começará ao irem pagar seus tributos. Esse é um remanescente dos babilônios que caíam aos pés da imagem de Nabucodonosor; a diferença é que, dessa vez, a adoração será mundial.

E haverá uma ameaça—mas dessa vez não há menção de uma fornalha ardente para os que não se prostrarem. Mesmo assim, existe uma sentença de morte a todos os que não adorarem o Anticristo como seu deus vivo e verdadeiro.

Contudo, os fogos de artifício deram certo—o mundo crê nos sinais e nas maravilhas; a maioria da raça humana foi engodada e creu num falso profeta que, no fim, os conduz ao inferno.

Que tragédia! Que horror eterno!

Você crê, contudo, que é uma tragédia haver, em nossos dias, falsos mestres, falsos pregadores e falsos operadores de milagres afastando o nosso mundo e geração de Deus e da Bíblia? Quão incomodado você fica com essa realidade?

Isso gerou agonia no coração de Paulo, o qual alertou os presbíteros de Éfeso: “Atentem para os lobos vestidos de ovelhas. Eles surgirão do meio vocês; se parecerão e falarão como você, mas o desejo será apenas atrair pessoas para si mesmos. Eles não se importam com as ovelhas, nem com a igreja, nem com a verdade” (Atos 20.29).

Portanto, deixe-me dar a seguinte advertência, meu querido, com uma cautela eterna para os nossos dias:

Qualquer coisa ou pessoa que minimiza, descredita ou denigre a autoridade da Palavra de Deus deve ser rejeitada.

Fique alerta.

Quanto aos que negam a autoridade das Escrituras:

...o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus (2 Coríntios 4.4).

Um líder da igreja emergente, Brian MacLaren, o qual já mencionei várias vezes, escreveu um livro junto com outro homem chamado Tony Campolo. O propósito do livro é denigrir várias coisas que eles pensam ser ideias antiquadas defendidas por crentes ignorantes. Vou mencionar uma dessas coisas e dizer que, como muitas outras vezes, eles parecem estar certos, até que você pensa de novo:

[A] teologia que possui... a ameaça implícita de ser deixado para trás, de o tempo estar acabando é usada por [alguns] pregadores para atingir efeitos evangelísticos... Ao contrário, a história do mundo está inundada com a presença de Deus guiando o mundo para que se torne o tipo de mundo que Deus desejou que fosse quando foi criado. A história humana caminha em direção a algo maravilhoso.

Ignore o fato de que a humanidade, com a autoridade das Escrituras, é alertada a respeito de um arrebatamento vindouro (2 Tessalonicenses 4); o planeta caminha para uma tempestade de fogo que o destruirá (2 Pedro 3); a ira de Deus está vindo e o planeta será inundado com os julgamentos do terror de Deus, os quais temos estudado nos últimos sete capítulos de Apocalipse.

A história humana somente caminhará em direção a algo maravilhoso depois de haver passado por um lugar tenebroso.

Esses homens são como aquele homem que caiu do teto de um prédio de dez andares e, enquanto caía, viu uma janela aberta no terceiro andar e disse: “Até que isso não é tão ruim assim.”

Em breve, a realidade colidirá com sua percepção distorcida.

Um dos presbíteros de nossa igreja me enviou um artigo sobre uma campanha lançada na Inglaterra um tempo atrás. Ela foi lançada pela Associação Humanista Britânica e com o endosso do famoso cientista ateu Richard Dawkins. Essa associação comprou espaços em 800 ônibus da cidade para divulgar seu desdém a Deus. A propaganda diz: “Deus provavelmente não existe. Agora, pare de se preocupar e aproveite a vida.”

Bom, o tiro saiu pela culatra.

“Deus provavelmente não existe. Agora, pare de se preocupar e aproveite a vida.”

Não sei o que o ateu desempregado que saiu com essa frase está fazendo agora—“Deus provavelmente não existe”?

Isso é o mesmo que dizer: “Deus provavelmente existe.”

Eu li que algumas organizações cristãs universitárias fizeram proveito disso e começaram debates em campus e em estudos bíblicos a fim de estudar a existência de Deus. Como resultado, muitos universitários já vieram à fé em Cristo.

Eu cresci com três irmãos em casa que tinham a tendência de aprontar. Quantas vezes eu e meus irmãos dissemos: “Pronto; o pai e a mãe já foram”?

Não daria certo dizer: “Pronto; o pai e a mãe provavelmente já foram.”

Também não dá certo dizer:

  • “Sai mais cedo do trabalho hoje; o patrão provavelmente não está aqui.”
  • “Cola nessa prova; o professor provavelmente não está vendo.”
  • “Pode roubar isso; aquelas câmeras provavelmente não estão funcionando.”

“Deus provavelmente não existe. Agora, pare de se preocupar e aproveite a vida.”

Isso só pode ser brincadeira! A questão em jogo não é uma surra ou prisão; a questão é a nossa eternidade—céu ou inferno.

Esta é a mensagem: “Deus existe. Creia nEle e você não precisará se preocupar com o dia em que se encontrará com Ele. Essa é a única maneira de aproveitar a vida.”

Conclusão

Vou terminar com uma pergunta que alguém me enviou. Essa pergunta lançou para mim um desafio que desejo repassar para você.

“E se tratássemos a Bíblia da mesma forma como tratamos o nosso celular?”

  • E se carregássemos a Bíblia em nossas bolsas ou bolsos?
  • E se corrêssemos de volta para casa porque a esquecemos?
  • E se folheássemos suas páginas várias vezes por dia?
  • E se a usássemos para receber mensagens de texto?
  • E se a tratássemos como se não pudéssemos viver sem ela?
  • E se a déssemos de presente para nossos filhos?
  • E se a usássemos enquanto viajamos?
  • E se ela fosse o nosso GPS quando viajássemos?
  • E se a usássemos em caso de emergência?

Diferente de nossos celulares, nunca precisamos nos preocupar que sua bateria irá descarregar—o serviço está disponível em todos os lugares do planeta.

A única diferença nessa analogia seria que, quando você fosse para a igreja, ninguém pediria que você desligasse—você seria encorajado a liga-la! E adiciono o seguinte: não a desligue quando você sair.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 15/02/2009

© Copyright 2009 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

Add a Comment


Our financial partners make it possible for us to produce these lessons. Your support makes a difference.
CLICK HERE to give today.

Never miss a lesson. You can receive this broadcast in your email inbox each weekday.
SIGN UP and select your options.