Falsificado

O Anticristo e as Muitas Faces do Mal—Parte 5

Apocalipse 13.3–4

Introdução

Um artigo recente de jornal chamou minha atenção; ele dizia: “Dinheiro falso se tornou a tendência comum.” O artigo revelou como a queda na economia atual passou a dar um novo significado à palavra “fotocópia.”

O número de prisões por falsificação de dinheiro subiu nos últimos anos. Evidentemente, as pessoas estão tentando repassar essas notas falsas para pagar suas despesas do dia-a-dia. Se você consegue imaginar isso, falsificadores repassaram 64.4 milhões de dólares falsos apenas no ano de 2008.

O artigo continuou dizendo: “Falsificadores têm aproveitado os avanços tecnológicos em escâner e impressora.”

A época do Natal geralmente é a pior, conforme relatou um agente federal, dizendo: “Os caixas estão cheios.”

O artigo informou, contudo, que esse problema se estende além da época de Natal. Um agente afirmou numa entrevista que esse problema não é mais uma ação de elementos criminosos da sociedade como traficantes de drogas e bandidos; o problema se generalizou e é parte da vida de nossos vizinhos.

Pessoas foram pegas tentando repassar notas falsas para comprar pizza e gasolina. Um adolescente de 15 anos copiou algumas notas em seu escâner e tentou usá-las na cantina de sua escola. Recentemente, um banco encontrou muitas notas falsas provenientes de estabelecimentos comerciais de respeito na cidade. Na mesma cidade, as autoridades já haviam prendido um homem em flagrante enquanto imprimia notas falsas na mesa da cozinha de sua casa.

Um policial disse: “Esse problema é devido à economia... imagino que ainda existem muitas outras notas falsas por aí.”

Imagine a implicação disso: o caráter das pessoas pode ser comprado por uma economia fraca. Tempos difíceis podem levar cidadãos comuns, em sua maioria pessoas que obedecem às leis, a copiar notas e arriscar usá-las em suas compras.

Quando eu e meus três irmãos éramos pequenos e passava alguma notícia de alguém sendo preso por causa de roubo, meu pai sempre dizia que a quantidade roubada era pequena demais e que não valia a pena se vender por causa daquilo—quer o valor fosse cem ou um milhão. Ele dizia: “Meu caráter vale muitos mais do que cem dólares.”

Com essa mentalidade, imagine o caráter de uma pessoa valendo menos do que uma pizza, ou um tanque de gasolina, ou um almoço na cantina—ou, ainda adiciono, alguns milhares sonegados em seu imposto de renda.

Se tempos complicados podem levar pessoas a vender sua consciência e criar dinheiro falso, existe pouca dúvida de que um dia o mundo irá, durante os dias tenebrosos da Tribulação, seguir um Messias falso. As pessoas venderão suas almas a um rei falso.

Nós já fomos apresentados ao Anticristo em Apocalipse 13. Nos primeiros dois versos desse capítulo e na profecia de Daniel, aprendemos que o Anticristo encabeçará o Império Romano restaurado. Esse império contará com dez reinos europeus, algo que se encaixa com a imagem dos dez dedos que Daniel viu, simbolizando essa coalizão de dez reinos que formam um governo mundial unificado.

Também aprendemos que o Anticristo ascenderá ao poder como um líder europeu um tanto insignificante, o qual Daniel chama de um rei pequeno que emerge dentre os demais (Daniel 7.8). Ou seja, ele é um rei dentre os outros governantes europeus e ele subirá ao poder como um homem pouco promissor e causando pouca impressão.

Daniel também nos informa que o Anticristo, por fim, subirá ao poder para assumir o trono como o último César do mundo.

Em seguida, o Anticristo forçará as pessoas a receberem sua marca ou morrerem. Essa marca da besta é descrita em Apocalipse 13, como veremos num estudo mais adiante.

O Anticristo é o maior de todos os falsificadores. Tudo o que Deus faz, Satanás tenta imitar ou falsificar. O Anticristo será a maior realização do diabo na história de seu plano de falsificação.

Ao observarmos as Escrituras e comparar a vida e ministério de Cristo com os esforços de Satanás para falsifica-lO, obtemos resultados incríveis. Deixe-me fazer algumas comparações; na verdade, dezenove.

• Jesus Cristo realiza milagres, sinais e maravilhas pelos Evangelhos—Paulo escreve aos Tessalonicenses que o Anticristo virá segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira (2 Tessalonicenses 2.9).
• Jesus Cristo aparecerá no templo do Milênio—o Anticristo fará seu aparecimento no templo da Tribulação. O apóstolo Paulo escreve que ele se assenta no templo, declarando ser digno de adoração (2 Tessalonicenses 2.4).
• Jesus Cristo é a encarnação de Deus—o Anticristo afirma ser a encarnação de Deus (2 Tessalonicenses 2.4).
• Jesus Cristo é o Leão da tribo de Judá (Apocalipse 5.5)—o Anticristo tem uma boca como de leão (Apocalipse 13.2).
• Cristo faz uma aliança de paz com Israel que será desfrutada por todo o Milênio (Ezequiel 37)—o Anticristo começa sua alegação de ser o Messias ao oferecer uma aliança de paz também (Daniel 9.27).
• Cristo estimula e encoraja a adoração do único Deus verdadeiro—o Anticristo encoraja a adoração do deus falso, Satanás.
• Os seguidores de Cristo durante a Tribulação receberão uma marca e serão selados como Sua propriedade (Apocalipse 7.4)—o Anticristo selará os seu seguidores na testa ou na mão direita (Apocalipse 13.16–18).
• Cristo tem um nome digno (Apocalipse 19.16)—o Anticristo usa nomes de blasfêmias.
• Cristo se casa com uma noiva virtuosa—o Anticristo é noivo de uma prostituta perversa (Apocalipse 17.3–5).
• Cristo é coroado com muitas coroas—o Anticristo é coroado com dez coroas (Apocalipse 13.1).
• Jesus Cristo é o Rei dos reis—o Anticristo é chamado de rei (Daniel 11.36).
• Cristo se assenta em um trono—o Anticristo se sentará num trono (Apocalipse 16.10).
• Cristo montará um cavalo branco quando retornar (Apocalipse 19.11)—o Anticristo monta um cavalo branco (Apocalipse 6.2).
• Cristo tem um exército, bem como o Anticristo (Apocalipse 19.19).
• Cristo morre uma morte violenta—o Anticristo morrerá uma morte violenta (Apocalipse 13.3).
• Cristo é ressuscitado—o Anticristo será ressuscitado (como veremos em instantes).
• Cristo volta para reinar—o Anticristo volta para reinar (Apocalipse 13.3).
• Jesus Cristo reina de Jerusalém por mil anos no Reino Milenar—o Anticristo reinará por três anos e meio em seu reino mundial (Apocalipse 13.5–8).
• Cristo é membro da santa Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo—veremos em Apocalipse que o Anticristo é membro de uma trindade maligna de Satanás, o Anticristo e o falso profeta.

De todas as formas possíveis, Satanás tentará falsificar o verdadeiro Messias.

J. Dwight Pentecost, que foi meu professor no seminário, resumiu isso bem quando escreveu: “Satanás busca oferecer ao mundo um governante no lugar de Cristo, o qual também estará em oposição a Cristo, para que ele governe o mundo ao invés de Cristo.”

O Engano do Falsificador

Mas o que fomenta tão profundo engano no mundo por parte desse Messias falsificado? Existem duas razões primárias.

• Primeiro, a resolução do Anticristo de uma reconciliação pacífica.

Vimos que o Anticristo cumpre o simbolismo do cavaleiro que monta um cavalo branco e oferece paz a Israel. Ramos de palmeiras serão balançados diante desse operador de maravilhas que realiza aquilo que nenhum outro líder mundial conseguiu.

Contudo, isso é apenas o começo. Não somente sua resolução de uma reconciliação pacífica será impressionante, mas um segundo engano cimentará a ascendência do Anticristo ao poder mundial.

• Segundo, o milagre do Anticristo de uma ressurreição física.

A maravilha mundial do Anticristo se transformará em adoração. A agitação das pessoas por causa dele se transformará em exaltação como seu novo Messias coroado.

Veja Apocalipse 13.3:

Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;

Lembre-se que o título besta se refere tanto ao Anticristo, como à coalizão do Império Romano revivificado. Por causa disso, alguns acreditam que a ressurreição mencionada nesse texto não se refere à ressurreição do Anticristo, mas à do seu império—o Império Romano restaurado.

O maior problema com essa interpretação é que a língua grega utiliza o pronome pessoal para esse acontecimento, o que limita ressurreição a um dos reis, excluindo o império em si.

Se observarmos o capítulo mais adiante, João escreve na última parte do verso 12:

…a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.

Mais uma vez, esse é um evento pessoal, referindo-se a um dos reis, mais especificamente à primeira besta. A primeira besta apresentada em Apocalipse 13 é o Anticristo. Evidentemente, em algum momento em sua progressão ao poder, ele é assassinado.

A questão que surge imediatamente é a seguinte: “Será que o Anticristo morreu de fato?”

Continue no verso 14 e veja na última parte do verso que o falso profeta dá uma ordem ao mundo, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu.

Tudo indica que ele é assassinado com uma ferida na cabeça em sua campanha ao poder. Ele é morto e trazido de volta à vida.

Será que ele morreu realmente? Alguns dizem que isso é uma farsa, mais uma de suas maravilhas mentirosas.

Concordo com os demais estudiosos bíblicos que afirmam que o Anticristo morreu fisicamente. Um dos motivos mais fortes para crer assim é outro verso das Escrituras. Lemos em Apocalipse 13.3:

...vi uma de suas cabeças como golpeada de morte...

Se voltarmos para Apocalipse 5, notamos que a mesma construção grega é utilizada para falar de Jesus Cristo. Veja o verso 6, onde lemos que o Cordeiro de Deus está em pé diante do trono de Deus o Pai; e João escreve:

...um Cordeiro como tendo sido morto...

Ao usar essa expressão, João não quis dizer que Jesus não foi morto de fato, mas que Ele carregava em Seu corpo as marcas de ter sido morto. Isso sugere que o Anticristo também carrega as marcas da tentativa de assassinato contra sua vida como um sinal de sua invencibilidade. Essa é, também, mais uma forma como ele se mascara de Messias.

Portanto, a morte do Anticristo é tão real quanto a morte do Cordeiro. O Anticristo não finge estar morto; ele realmente morreu.

Você pode dizer: “Mas espere um pouco! Se você está dizendo o que estou pensando, então isso quer dizer que o Anticristo precisa ressuscitar dos mortos literalmente. Você acredita que Satanás é capaz de ressuscitar alguém dos mortos?”

Essa é uma excelente pergunta.

Primeiramente, permita-me fazer e responder uma pergunta mais simples: Satanás pode realizar milagres?

Pelas Escrituras, sabemos que Satanás recebe um poder delegado limitado. Você se recorda de quando Satanás recebeu de Deus permissão para controlar os ventos da natureza de forma a criar um tornado que atingiu o lugar onde os filhos de Jó festejavam? Ele recebeu autorização para influenciar a mente dos guerreiros que vieram e executaram os servos de Jó. Ainda sob a permissão de Deus, Satanás exerceu poder ao enviar doenças ao corpo de Jó, cobrindo-o com úlceras.

Esse é um poder significante permitido por Deus e determinado por Deus.

Vemos a mesma coisa antes em Êxodo quando os magos de Faraó conseguiram imitar vários dos milagres de Deus através de Moisés. Isso incluiu transformar os cajados em serpentes, assim como o cajado de Moisés havia sido transformado em serpente em Êxodo 7.12. Os magos também conseguiram transformar a água em sangue no verso 22 do mesmo capítulo, algo que somente endureceu ainda mais o coração de Faraó contra o Deus de Moisés, que era exatamente o propósito de Deus.

No Novo Testamento, Jesus Cristo nos informa que falsos mestres comparecerão um dia diante do Senhor como descrentes que conseguiram falsificar o ministério espiritual verdadeiro, até usando o nome de Cristo. Eles realizarão milagres de curas, mas, ao mesmo tempo, não são membros da família de Deus. Seu poder vem do próprio Satanás porque Jesus lhes dirá no dia do julgamento:

...nunca vos conheci... (Mateus 7.22–23).

Da mesma forma como Jesus Cristo e Seus apóstolos ressuscitaram pessoas dos mortos, Satanás receberá o poder de ressuscitar o Anticristo dos mortos. Isso será uma falsificação do próprio alicerce da fé cristã—a ressurreição do Messias.

Isso nos ajuda a entender como o mundo da época consolidará não somente sua admiração desse homem, mas sua adoração a esse homem. Aquele que morreu voltou à vida.

Sabemos que é Satanás, sob a permissão de Deus, quem realiza esse milagre, a fim de enganar o mundo; como João escreveu antes, ele é o sedutor de todo o mundo (Apocalipse 12.9).

Paulo escreveu aos Tessalonicenses que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira (2 Tessalonicenses 2.11).

Creio que essa ressurreição do Anticristo forma grande parte da explicação e cumprimento das palavras de Paulo. Deus deixará Satanás realizar esse milagre e o mundo inteiro cairá diante dos pés do Anticristo.

Em meus estudos, deparei-me com a crença popular dos anos de 1950 de que o presidente americano John F. Kennedy era o Anticristo. Imaginações descontroladas originaram muitos discursos enganados e até mesmo pregações e artigos.

John F. Kennedy foi o primeiro presidente americano que não era protestante, mas católico. Isso levou os Estados Unidos, cuja população na época era protestante em sua maioria, a levantar certa suspeita em relação a esse homem que era leal a Roma. Em uma das Convenções Democráticas de 1956, ele recebeu 666 votos. Isso realmente despertou a imaginação de algumas pessoas. Ele foi eleito presidente e, depois, morto com uma ferida na cabeça—que é a forma como a Bíblia descreve a morte do Anticristo. Algumas pessoas achavam que, enquanto o presidente estava ali deitado, ele se levantaria de seu caixão e se consolidaria como o governante mundial. Isso, é claro, nunca aconteceu.

Tentei imaginar essa cena a partir das informações fornecidas por João, Daniel e Paulo. Apocalipse 13 confirma a mensagem.

O mundo lamenta a morte de seu grande pacificador—um homem genial que tinha conduzido seu país europeu a uma posição proeminente.

Suas políticas são copiadas e seu conselho pedido em relação a tudo. Poucos anos atrás, ele ajudou a solidificar uma coalizão europeia, tomando as rédeas de três países cujos líderes morreram misteriosamente ou desapareceram. Com muita maestria, ele fortalece a coalizão ao assumi-la e os demais governantes lhe dão a maior posição entre eles.

Sua habilidade em liderança e diplomacia é confortadora e incrível. Num mundo que sofre com pragas, terremotos, doenças e morte, a mão desse líder parece acalmar tudo que toca.

Todavia, um assassino conseguiu escapar—um maníaco com alguma arma atinge esse grande líder. Talvez foi alguém agindo em vingança pela morte dos outros líderes. Não sabemos o motivo; sabemos apenas que o Anticristo é assassinado.

Agora, o mundo lamenta a morte desse rei enquanto ele descansa em alguma embaixada ou castelo europeu. Câmeras de televisão ao redor do mundo inteiro apontam para o caixão, enquanto outras focam no rosto molhado de lágrimas daqueles que lamentam sua morte e que se enfileiram para pagar tributos a esse líder de renome.

De repente, para o choque de todos ali presentes, e de todas as milhões de pessoas assistindo aos noticiários ao redor do mundo, esse homem abre seus olhos, toma seu fôlego e se senta em seu caixão. Em seguida, ele sai por um dos lados, anda até uma das câmeras e anuncia ao mundo maravilhado que ele é, de fato, o verdadeiro Messias—aquele que esteve morto e agora vive para sempre.

É de se esperar, conforme João escreve em Apocalipse 13.3b–4a:

...e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta...

Quem não adoraria?!

Sem a graça de Deus que dá discernimento, os que estão morrendo por seu testemunho em Cristo, assim como João Batista, ficam com dúvidas. João Batista, em um momento de dúvida e desespero, preso e prestes a morrer, enviou seus discípulos a Jesus para perguntar:

És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? (Mateus 11.3).

Não parece que o nosso lado está ganhando!

O mundo celebra a vitória desse rei sobre a própria morte.

O mundo adora esse homem; mas você notou uma frase inspirada que João escreveu no verso 4a? Veja novamente:

E adoraram o dragão...

O dragão, como já vimos, é Satanás.

A verdade nua e crua é que, ao adorar o Anticristo, esses descrentes estarão adorando, na verdade, Satanás, o verdadeiro poder por trás dele. Algumas pessoas saberão disso perfeitamente, mas outras serão provavelmente enganadas. Isso se assemelha ao que Paulo escreveu em 1 Coríntios 10.20:

...as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus...

Em outras palavras, eles pensam que estão adorando o deus a quem sacrificam, mas, na realidade, adoram o mundo demoníaco que se personifica em seus falsos deuses.

Quer saibam disso ou não, os descrentes prestam sua lealdade ao poder por trás de sua falsa religião. Na realidade, o mundo um dia dançará com o diabo.

Muitos farão isso espontaneamente. É como um líder europeu que afirmou alguns anos atrás: “Se o diabo pudesse oferecer uma panaceia para os problemas do mundo, eu o seguiria alegremente.”

Isso um dia acontecerá de fato.

Esse é o tipo de reconhecimento que o diabo sempre desejou; esse é o grande anelo de Satanás; ele deseja, desesperadamente, ser adorado.

Essa é a última hora de Satanás! Como ele se alegra ao ouvir a humanidade adorando seu messias falsificado. Como ele se deleita em saber que influenciou bilhões de adoradores para distante de Deus e para si mesmo. Essa é a sua maior conquista.

Veja o que o mundo diz no verso 4b:

...Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?

Essas perguntas retóricas esperam a resposta: “Ninguém é como a besta, o Anticristo; e ninguém pode pelejar contra ele.”

“Como lutar contra alguém que você não pode matar? Como comparar alguém a esse homem que voltou dos mortos diante de nossos olhos—não de forma secreta como o outro Messias, o Carpinteiro, que desapareceu e depois apareceu a menos de mil pessoas? Este—o verdadeiro Messias—mostrou ao mundo seu poder sobre a morte e o túmulo. Ele não escondeu nada; o prometido está aqui!”

O mundo entrará em delírio ao se regozijar nesse que parece ter a resposta para tudo.

Talvez seja esse o homem capaz de lhes dar a vida eterna.

Você sabe o que tem acontecido no decorrer da história? Um autor chamou a história de um “ensaio para esse acontecimento e esse líder vindouro.” O coração humano anseia por um Deus visível e está sempre pronto para deificar um líder que lhes promete o que desejam.

Creio que Satanás, no decorrer da história, sempre tem um homem pronto. Ele não sabe quando será o arrebatamento e o início da Tribulação quando poderá dar continuidade ao seu plano global. Por esse motivo, ele parece ter sempre alguém preparado.

Ele estava pronto com Calígula e Nero.

Ele estava pronto com Napoleão e Robespierre.

Ele estava pronto com Mao, Hitler e Stalin.

Esses foram fantoches que venderam suas almas para guerrear contra Jesus Cristo; reis fantoches que teriam prontamente se voluntariado para governar o mundo.

Contudo, esses homens não estavam no tempo de Deus; eles não foram a escolha de Deus. Satanás os mastigou e os cuspiu como apenas mais uma tentativa fracassada de governar o mundo através deles.

Após a morte de seu pai, a filha de Joseph Stalin falou sobre ele, o qual foi usado por Satanás para lutar contra o Cristianismo e martirizar milhões de cristãos. Ela descreveu algo peculiar que ele fez em seu leito de morte. Ela disse que, pouco antes de morrer, apesar de ter ficado inconsciente e sem pode se mexer muito, ele de repente de sentou em sua cama, olhou para o teto, ergueu seu punho cerrado e o sacudiu em direção ao teto. Em seguida, deitou-se e morreu.

Esse foi seu último ato de rebeldia contra o Salvador a quem tanto odiava.

Em seu esconderijo, poucos dias antes de tirar sua própria vida, Adolf Hitler passou seu tempo com alguns amigos íntimos e mulher. A história mantida em segredo por muitos anos foi a de que Hitler participava de ocultismo; ele era um ávido aluno de yoga, hipnose, astrologia e ocultismo oriental. Muitos hoje acreditam que ele foi possuído por forças demoníacas, a única coisa que explica as atrocidades que realizou dominado pelas trevas dos planos de Satanás contra judeus, cristãos e contra o mundo em geral.

Um dos comparsas de Hitler, escondido com ele em seu esconderijo, foi um homem chamado Rauschning. Esse homem contou uma cena que se repetiu várias vezes depois que Hitler deixou de ser um companheiro de Satanás, tornando-se apenas mais um rei fantoche inútil. Rauschning escreveu: “Hitler gritava por ajuda... preso com um poder que o fazia tremer tão violentamente que sua cama até balançava. Ali em seu quarto, seus lábios ficavam azuis e ele pingava suor e sussurrava em terror: ‘É ele! É ele! Ele está aqui!’”

Se o que ele sentiu foi a presença de Satanás ou Cristo, a quem odiava, não sabemos.

Ouça bem a seguinte verdade sobre o último falso messias: o Anticristo não significa nada para Satanás. Ele não passa de seu maior fantoche, usado na tentativa final de Satanás para arrancar adoração de Deus.

Para nós, os que cremos em Cristo, o Anticristo não é alguém a ser temido, mas alguém de quem sentir compaixão. Assim como Judas Iscariotes, o qual fez a vontade de Satanás e acabou tirando sua própria vida, bem como Nero e Hitler—eles dançaram com o diabo e depois morreram. E um dia eles viverão com ele, eternamente.

Conclusão

Vou concluir nosso estudo com um desafio e um convite.

• Para o crente em Cristo Jesus, faço o desafio a que tenha discernimento.

Até mesmo hoje sem o Anticristo fazendo a vontade de Satanás, o crente se encontra no perigo de ser distraído pelo inimigo ou, pior ainda, enganado.

Para tudo o que Deus faz, Satanás sai com uma falsificação. Existem crentes falsos, os quais chamamos de hipócritas; existem igrejas falsas, as quais a Bíblia chama de “sinagoga de Satanás” (Apocalipse 3.9); existem espíritos sedutores e doutrinas de demônios (1 Timóteo 4.1); existem falsos messias e falsos profetas que se levantarão e realizarão falsos sinais e maravilhas para desviar, se possível, até os eleitos (Mateus 7, 24).

Quando surgirem as dificuldades, será que elas defraudarão sua adoração a Deus, o distrairão em sua caminhada ou redirecionarão seu compromisso?

Neste momento, esse é o nosso desafio em um mundo repleto de falsas promessas e planos de anticristos. Ouça bem, crente, o desafio do apóstolo Pedro: O fim de todas as coisas está próximo (1 Pedro 4.7a).

Se Pedro pensou isso, então o que podemos saber com certeza é que o fim está 2 mil anos mais próximo. Cremos que o fim está próximo, mas o que isso significa?

Pedro continua:

...sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações. Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração. Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! (1 Pedro 4.7–11).

Então, para o crente, que esse estudo sobre o final dos tempos sirva de encorajamento a uma vida pura, amor gracioso e hospitalidade, e um serviço compromissado ao corpo de Cristo com seus dons espirituais que Deus nos deu para abençoar Sua igreja. A verdade sobre os últimos dias serve para nos desafiar a uma vida sóbria de discernimento.

• Para o descrente que me ouve, faço um convite de livramento.

Meu amigo, o produto falsificado dá certo somente porque ele se parece muito com o verdadeiro; ele imita a verdade o máximo possível; ele usa terminologia religiosa; ele dobra os joelhos diante da Bíblia ou cruz; ele se cala em reverência diante de algo espiritual, mas não quer nada com Jesus Cristo.

Os anticristos do mundo e o último Anticristo terão muitas pessoas morrendo por causa deles; Jesus Cristo morreu por você.

Convido você a um livramento eterno. Não siga o Messias errado. Neste momento, coloque sua fé e confiança em Jesus Cristo—todos os outros são falsificados. Somente Cristo é Aquele a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 25/01/2009

© Copyright 2009 Stephen Davey

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