O Silêncio do Céu

O Silêncio do Céu

Series: Apocalipse
Ref: Revelation 1–22

O Silêncio do Céu

As Trombetas de Sete Arcanjos—Parte 1

Apocalipse 8.1–6

Introdução

Um pastor chamado Bill White contou sobre uma viagem de 45 minutos que fez com um conhecido seu. Eles foram na van desse conhecido, a qual já estava em seus últimos dias. O homem já havia sido preso várias vezes e sua esposa lhe dito que iria deixa-lo. O pastor Bill aproveitou a oportunidade da viagem para lhe falar sobre o Evangelho de Cristo.

A reação do homem foi impressionante. Bill escreveu posteriormente que, depois de ter sido apresentado ao Evangelho, o homem olhou para ele e disse: “Sabe, o meu maior problema é o orgulho. Eu simplesmente não consigo agir em humildade. E você quer saber o motivo por que não consigo abrir mão do meu orgulho?” Daí, ele baixou cabeça contra o volante, fez uma pausa e disse: “Porque o orgulho é a causa do meu sucesso na vida.”

O pastor Bill escreveu:

Não consegui acreditar naquilo... seu orgulho não causara nada em sua vida além de problemas. Ele estava desempregado, sua van seria tomada em uma semana, sua família em cacos, sua filha tinha pavor dele; de fato, uma semana após nossa viagem ele seria conduzido de volta à prisão… mas ele estava convencido de que o orgulho lhe trouxera apenas sucesso.

Por mais trágico e destruidor que o orgulho lhe tenha sido, esse homem acontece de ilustrar a raça humana. Orgulhosa, petulante, obstinada, irredutível e inflexível. Até mesmo diante de sofrimento terrível, relacionamentos quebrados, aperto financeiro e problemas após problemas, a humanidade dirá que teve sucesso na vida e sozinha. Apesar de a vida ser uma completa confusão, a humanidade se defenderá e dirá: “Veja o sucesso maravilhoso que alcançamos!”

Um autor escreveu que muitas pessoas que ouvem o Evangelho são tão cheias de si mesmas que elas olham para Deus apenas pensando na possibilidade de assumir uma das posições dentro da Trindade.”

Esse tipo de obstinação e orgulho torna-se ainda mais evidente nos dias da Tribulação, quando o mundo de todas as pessoas está em colapso ao seu redor. Mesmo assim, os pecadores se agarram à sua rebelião teimosa contra Deus que se assenta no trono.

Até agora em nosso estudo no livro de Apocalipse, estudamos os seus selos e o furor mundial se desenrolando. Nessa época, 144 mil evangelistas selados, que recebem proteção especial, proclamam o Evangelho ao redor do mundo e fazem uma enorme colheita de almas. Milhões são martirizados por sua fé em Cristo.

Enquanto isso, o mundo cambaleia por causa das pragas de pestilência, terremotos, impactos de asteroides, escuridão e fome. Contudo, em meio a todo esse caos, milhões de pessoas no mundo dirão: “Não nos humilharemos diante de Deus, mas nos agarramos ao nosso orgulho e obstinação—eles já nos conduziram a tanto sucesso na vida!”

Essas pessoas são tão tolas em seu orgulho quanto o homem que trabalha no escritório ao seu lado, ou à sua vizinha, ou ao seu colega na universidade cujo mundo se despedaça, cujos relacionamentos são egoístas, cuja conta bancária nunca tem dinheiro suficiente e cujo mundo nunca é seguro; mas, apesar dessas coisas, eles ainda acreditam que estão bem em suas vidas e até dirão que têm as coisas sob controle. Na verdade, se tivessem uma audiência com Deus, ela seria apenas para dar alguns conselhos a Ele.

Paulo escreveu sobre a ironia da vida do descrente:

nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. [Contudo] Não há temor de Deus diante de seus olhos (Romanos 3.16–18).

Estamos prestes a ver no registro da visão de João um endurecimento ainda maior do coração do homem contra o Cordeiro. Agora, a humanidade está preparada para seguir o Anticristo com fervor e um objetivo firme.

Deus adiciona mais peso à balança de Seu julgamento quando o sétimo selo é aberto. Nos últimos anos da Tribulação que durará sete anos, mais eventos apocalípticos terríveis de catástrofe e ira mundiais como nunca vistos antes atacarão a humanidade e o planeta Terra.

Sete anjos estão prestes a aparecer e sete trombetas a serem tocadas. Essas sete trombetas são, na realidade, uma parte do sétimo selo; as primeiras quatro são peculiares porque ocorrem em sucessão rápida, ou talvez até mesmo simultaneamente.

Tudo isso acontecerá nos últimos três anos do período da Tribulação.

O Sétimo Selo

Veja a primeira frase em Apocalipse 8.1:

Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo...

Entenda que esse sétimo selo contém todos os julgamentos do tempo restante na Tribulação. Todo esse julgamento será executado com a imagem de trombetas sendo tocadas e taças sendo derramadas.

As sete trombetas e as sete taças da ira estão contidas neste sétimo selo.

Lembre-se:

  • O primeiro selo foi um cavalo branco que trouxe uma paz temporária;
  • O segundo selo foi um cavalo vermelho montado por um cavaleiro que trouxe guerra e matança;
  • O terceiro selo foi um cavalo preto representando uma fome global;
  • O quarto selo foi um cavalo amarelo trazendo pestilência e mortes;
  • O quinto selo foi a oração dos mártires subindo ao trono de Deus como incenso sobe do altar de ouro;
  • O sexto selo foi um eclipse total do sol e da lua, além de outras desordens cósmicas.

Agora, o sétimo selo é aberto contendo o restante dos julgamentos. Ele é representado pelas trombetas, as quais, por sua vez, são seguidas pelas taças que simbolizam o despejar de mais ira vindoura.

Estamos quase lá—as trombetas e as taças ocorrem poucos anos antes do retorno de Cristo com a igreja, Sua noiva. A igreja já foi arrebatada e está com Ele, tendo sido livrada da ira vindoura (1 Tessalonicenses 1.10).

Quando esse sétimo selo é aberto, existem somente cerca de três anos antes de voltarmos com Cristo para Ele estabelecer Seu reino literal sobre a Terra por mil anos. Estudaremos mais detalhadamente sobre isso depois quando João revelar a visão desse reino milenar.

Em Sua segunda vinda, Cristo cumprirá todas as profecias, assim como fez em Sua primeira vinda, e se assentará em Jerusalém—o Filho de Davi, o Messias Soberano, o Rei-Pastor. E se você consegue acreditar nisso—e pode acreditar porque Ele prometeu em Apocalipse 20—Seu plano é que reinemos com Ele em Seu reino. Que graça tremenda!

Agora, quando essa cena começa em Apocalipse 8, ficamos chocados com vários elementos dramáticos.

  • O primeiro elemento é um silêncio.

Veja mais adiante em Apocalipse 8.1:

Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora.

Esse verso nos força a pensar mais uma vez sobre a questão do tempo no céu. Evidentemente, existe alguém marcando tempo no céu. Some-se a isso a referência a árvores dando seu fruto a cada mês (Apocalipse 22)—alguém está mantendo o registro de dias e semanas no céu.

Além disso, descobrimos uma progressão dos eventos, conforme visto nessa cena com um anjo tocando a primeira de sete trombetas após trinta minutos de silêncio.

Essa cena também deixa claro que não estaremos sempre cantando diante do trono de Deus. Nessa passagem, a ordem é para pararmos com a música e observar uma cena incrível por pelo menos meia hora. Isso indica que pode haver outros momentos de pausas e reinícios.

Acho interessante essa ordem que Deus dá para que haja um silêncio no céu. Até esse ponto, o céu tem se enchido de sons maravilhosos, tais como:

  • Raios brilhando com trovões soando (cap. 4);
  • Criaturas diante do trono de Deus cantando, “Santo, Santo, Santo” (cap. 4);
  • O cântico maravilhoso dos redimidos (cap. 5);
  • O clamor dos mártires diante do trono de Deus (cap. 6);
  • Milhões de mártires balançando ramos de palmeiras e entoando, “Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (cap. 7).

O céu está sempre cheio de louvor, cânticos e orações. Mas, agora, e evidentemente segundo a ordem de Deus, o céu fica em silêncio, e o foco de nossa atenção passa a ser numa cena angelical que se desenrola. Veja Apocalipse 8.2:

Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas.

Por trinta minutos, o céu fica calado enquanto essa cena progride.

Você já assistiu a uma cena de tribunal pouco antes de o veredito ser lido? Logo antes da última palavra, do pronunciamento de “condenado” ou “absolvido,” existe uma pausa dramática. Todos se inclinam em seus assentos, calados na expectativa.

É esse tipo de silêncio de expectativa que vemos nessa cena.

Talvez você seja pai ou mãe de um filho pequeno. Se existe um silêncio na casa, é possível que algo esteja errado, não é verdade? De repente, você percebe que não está ouvindo seu filho brincando—e isso pode ser um mau sinal.

Pode ser que seu filho de três anos tenha encontrado hidrocores e esteja fingindo ser Michelangelo, pintando obras-de-arte na parede do corredor; ou pode ser que sua filha tenha aberto o armário da cozinha e esteja brincando com um saco de farinha, fingindo ser uma cozinheira.

Silêncio em casa não é uma coisa boa; é possível que seja um alerta de que algo está acontecendo.

Algo está prestes a acontecer na Terra, e o céu inteiro assiste a essa cerimônia na qual sete anjos recebem sete trombetas.

Fico admirado não somente com o silêncio de meia hora no céu, mas com sete anjos especiais.

  • O segundo elemento são esses sete anjos especiais.

Esses anjos aparecem no verso 2, mas note a presença do artigo definido os antes de sete anjos. Esses não são anjos quaisquer, mas os sete anjos que se acham em pé diante de Deus.

A tradição judaica tem crido há muito tempo no que chamam de os “Sete Arcanjos da Presença,” e cada um deles possui um nome. Nas Escrituras, eles não possuem nomes, mas o artigo definido os com sete anjos prova que eles formam uma classe especial ou um grupo específico.

Adicione-se a isso ainda o indicativo perfeito traduzido como que se acham em pé, sugerindo que esses anjos foram postos nessa posição e se encontram ali há um tempo.

Talvez você se recorde que a Bíblia apresenta diferentes classificações para anjos. Elas incluem:

  • Querubins (Gênesis 3.24);
  • Serafins (Isaías 6.2); e
  • Arcanjos (1 Tessalonicenses 4.16).

Esses sete anjos são, mais provavelmente, arcanjos—uma patente angelical elevada que recebeu a tarefa incrível de anunciar o julgamento de Deus.

É interessante que, quando Gabriel anunciou a Zacarias a notícia da vinda do Messias, ele se apresentou a si mesmo de maneira peculiar, dizendo:

...Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus... (Lucas 1.19).

É algo fascinante que o mesmo anjo que anunciou o nascimento triunfante do Cordeiro é agora incumbido de soar a trombeta que anuncia a terrível ira do Cordeiro de Deus.

Isso é algo que eu e você, crentes, testemunharemos em primeira mão; esse é o nosso futuro. Teremos sido arrebatados e estaremos na presença de nosso Senhor.

Temos ficado em silêncio por meia hora, observando Gabriel, e provavelmente Miguel, e mais cinco anjos nunca mencionados por nome, levando à boca as trombetas e as tocando até os confins do universo.

E isto também chamou a minha atenção—sete trombetas.

  • O terceiro elemento são as sete trombetas.

No mundo antigo, trombetas eram usadas mais como um instrumento para proclamação do que para fins musicais.

Nos dias do apóstolo Paulo, o exército romano era convocado para se reunir para batalha ao som da primeira trombeta, enquanto que a última trombeta, a qual emitia um som mais grave, indicava aos soldados o fim da batalha e o retorno para casa.

Creio que era esse uso da trombeta que Paulo teve em mente quando usou a expressão última trombeta em 1 Coríntios 15.52. Essa trombeta convoca o crente para o fim da batalha—não precisaremos mais de nossas armas porque o nosso Comandante nos chamou para o lar.

“Última trombeta” também pode ser entendido dessa maneira baseado na Festa das Trombetas celebrada pelos judeus, uma festa que envolvia o ressoar de trombetas. Durante a cerimônia, havia uma série de sopros curtos de durações diferentes, terminando com um último sopro mais demorado, chamado de tekia gedolah, ou “a grande trombeta.” O Judaísmo conectava essa grande trombeta com a ressurreição dos mortos.

É bem possível que Paulo também tenha tido esse contexto cultural em mente quando escreveu aos tessalonicenses sobre o chamado de trombeta para o arrebatamento. Ele escreveu:

Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares… (1 Tessalonicenses 4.16–17).

Portanto, independente da maneira como quisermos entender a trombeta de Deus relacionada ao arrebatamento—quer à luz da cultura romana, quer à luz da judaica—isso tem grande significado em relação à verdade de que o arrebatamento é um chamado que põe fim à batalha ou convoca para a ressurreição.

No decorrer das Escrituras, a trombeta também é soada em associação com a lei e o julgamento de Deus.

No Monte Sinai, quando Deus desceu para dar a Lei, a trombeta soou e ficou cada vez mais alta (Êxodo 19.19).

Antes de as muralhas de Jericó ruírem, sete sacerdotes tocaram sete trombetas para advertir os habitantes no decorrer de seis dias. Por fim, no sétimo dia, eles tocaram as trombetas e as muralhas ruíram (Josué 6).

Os profetas, igualmente, associaram o som de trombetas com o Dia do Senhor e Sua terrível ira (Sofonias 1.16; Zacarias 9.14).

Essas são as trombetas de Apocalipse 8, proclamando ainda mais advertência, mas, primeiramente, grande julgamento.

Se esses eventos estão próximos, você ou ouvirá uma trombeta convocando-o ao lar como crente em Cristo, ou ouvirá a trombeta de julgamento de Deus derramando Sua ira em medida maior e mais terrível como nunca antes testemunhado na Terra. Suplico que você entregue sua vida a Cristo e se prepara para a trombeta de Deus que termina sua batalha na Terra; aconselho que você escape das sete trombetas dos sete anjos que proclamam a ira de Deus sobre a Terra.

Nessa cena que se abre em Apocalipse 8.1, fico admirado com o silêncio no céu, os sete anjos especiais, as sete trombetas e, finalmente:

  • O quarto elemento que me admira são as orações dos santos subindo a Deus.

Veja Apocalipse 8.3–5:

Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto.

Esse cenário só pode ser entendido corretamente à luz do sistema de adoração do Antigo Testamento. O incenso tinha parte fundamental em simbolizar as orações dos santos subindo à presença de Deus.

Depois que o cordeiro sem mácula era oferecido, dois sacerdotes pegavam brasas vivas com cinzas do altar de ouro e entravam no Lugar Santo, à frente do Santo dos Santos. Um sacerdote enchia seu incensário de ouro com grãos de incenso; o outro sacerdote derramava brasas do altar de ouro dentro de uma botija de ouro. O incenso era, em seguida, derramado sobre as brasas e a fumaça subia como um aroma suave, como se estivesse subindo à presença de Deus. Nessa cerimônia solene, havia profundo silêncio no pátio exterior enquanto as pessoas oravam.

Essa é uma cena dramática, e nós a assistimos em seu desenrolar.

Em seguida, o anjo toma o incensário e o lança em direção a Terra, simbolizando que o julgamento de Deus está prestes a ser liberado.

O céu fica em silêncio enquanto as orações dos santos sobem à presença de Deus.

Um autor sugeriu que é como se as orações dos santos estivessem subindo a Deus, e é possível que tudo para e se silencia para que as orações sejam ouvidas.

Agora, Deus não precisa que tudo fique em silêncio no céu para que Ele ouça as orações vindas da Terra. Contudo, podemos dizer que as orações dos santos recebem Sua total atenção nessa cerimônia que nos inspira reverência. De fato, Suas ações são vistas em relação direta com as orações dos santos.

Sinceramente, creio que esse será um dos momentos não ensaiados no céu que terão grande significado para nós ali presentes. Nós estaremos lá e veremos o drama das orações ainda não respondidas, mas não esquecidas. Elas foram reservadas para esse tempo.

Não sabemos, ao certo, se essas representam as orações dos que foram martirizados em Apocalipse 5 ou se incluem orações de outras pessoas. Elas podem, muito bem, representar as orações de santos de todas as eras:

  • Cada clamor a Deus;
  • Cada frustração proferida ao Seu trono;
  • Cada louvor prestado para Sua glória;
  • Cada entrega feita por Seus filhos;
  • Cada pedido impaciente por Sua vontade;
  • Cada anseio por alívio declarado;
  • Cada clamor de angústia por Sua vontade;
  • Cada pedido por justiça e equidade;
  • Cada esperança suspirada a Deus.

––e Deus ouviu todas essas coisas.

Cada necessidade apresentada em oração, Deus ouviu. Ele pode até ter negado resposta por motivos que Ele somente conhece, mas Ele ouviu.

Lembro-me de quando meus filhos tinham seis anos de idade e começaram a me importunar todo domingo após o culto. Assim que entrávamos no carro, eles começavam a pedir que os deixasse dirigir. E eles também estavam convencidos de que conseguiriam dirigir. Um deles me disse uma vez, “Papai, podemos dirigir juntos. Um de nós pisa nos pedais e o outro fica no volante. A gente consegue!”

“Não. O carro é meu!”

Deus pode negar o nosso pedido, pode demorar para nos responder e pode até disfarçar Sua resposta—ou seja, o pedido é respondido, mas de outra forma. Às vezes, nem mesmo percebemos que Ele respondeu.

Você imagina poder enxergar as orações a Deus pedindo por justiça e pelo poder de Deus? Nenhuma dessas orações foi respondida, até essa ocasião quando estamos no céu. E ali ficaremos, de boca fechada, com o coração acelerado, em grande temor contemplando essa demonstração dramática do seguinte fato: Deus jamais ignora um pedido sequer.

Nesse momento em Apocalipse 8, no caso de isso ainda não ter ficado claro, entenderemos que a maior questão na oração não foi o pedido na oração, mas o relacionamento através da oração. A nossa maior necessidade não foi de algo dEle—mas Ele mesmo.

Meu amigo, essa cena no céu revela para nós que orações:

  • por muito tempo não respondidas, foram ouvidas;
  • não explicadas pelo silêncio de Deus, são experimentadas pela rápida justiça de Deus;
  • que pareciam ser boas e corretas, demoraram para ser respondidas até o tempo de Deus, que é bom e correto;
  • que pensávamos que fossem inúteis a Deus, recebem prioridade sobre todas as outras formas de adoração a Deus;
  • que retornaram para nós na forma de silêncio, aparecem no silêncio do céu.

Veja Apocalipse 8.6:

Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar.

Eles estão prontos—os sete arcanjos estão preparados. Na verdade, faz séculos que estão prontos.

O relógio de Deus disse, “Agora!”

“Gabriel, aqui está sua trombeta. Toque-a para que seu som alcance os confins do universo—por cada fenda e canto da Terra.”

O apóstolo João nos dá ingresso na primeira fila para vermos e ouvirmos o ressoar dessas sete trombetas pelos sete arcanjos.

Meu amigo, a maior de todas as orações que devemos fazer é a seguinte: “Seja feita a Tua vontade, assim na terra, como no céu.”

Enquanto isso, enquanto aguardamos a Sua vontade—não somente para o futuro do mundo, mas também para os detalhes de nossa vida aqui e agora—reconhecemos para esse Rei nossa profunda necessidade dEle.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 12/102008

© Copyright 2008 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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