Quando O Céu Começou a Cair

Quando O Céu Começou a Cair

Series: Apocalipse
Ref: Revelation 1–22

Quando O Céu Começou a Cair

Quatro Cavaleiros e o Furor Mundial Vindouro—Parte 6

Apocalipse 6.12–17

Introdução

É interessante observar como a atitude em geral de nossa geração tem mudado. Um autor expressa isso da seguinte forma: “Quarenta anos atrás, os filmes futuristas de Hollywood eram utópicos”—a vida evoluía em algo perfeito e maravilhoso—“mas, hoje, eles são apocalípticos.”

Em outras palavras, filmes sobre o futuro mudaram. O mundo não está ficando melhor; o mundo no futuro é, agora um mundo de criaturas selvagens, com a terra ou inabitada ou inabitável, e o planeta cheio de perigo ou uma terra deserta.

Então, não é mais algo estranho ouvir um filósofo dizer como disse Alfred North Whitehead, “Ao futuro pertence o ser perigoso.”

Carl Sagan, o astrônomo e humanista secular que tem um programa de televisão com uma audiência de aproximadamente seiscentas milhões de pessoas, levou as pessoas a basicamente adorarem o universo. De fato, sua pseudociência lançou o alicerce para a moda atual na qual as pessoas são instruídas a comunicar seus desejos ao universo. Daí, o universo, conforme a lei da atração, realizará seus desejos. Cerca de dez anos atrás, Carl Sagan morreu e conheceu o seu Criador, mas ele escreveu em 1980: “É possível que temos apenas algumas décadas antes do dia do juízo final.”

George Wald, um professor de biologia na Universidade de Harvard, Estados Unidos, e ganhador de um Prêmio Nobel, disse, “A vida humana está ameaçada mais do que nunca antes na história desse planeta; não por causa de um perigo, mas de muitos. E todos eles trabalham juntos, convergindo para o mesmo alvo ao mesmo tempo. Eu sou um daqueles cientistas que acha difícil que a humanidade [sobreviverá por muito tempo].”

Não podemos dizer que esses homens estão delirando. O céu irá cair e as pessoas sabem que isso é verdade.

Meu amigo, temos uma grande oportunidade para proclamar a verdade. Podemos declarar à nossa geração que seu medo inato do futuro, seu senso de que o dia do juízo final está chegando, que sua suspeita de que a terra e a raça humana não continuarão sem encarar um terror global e apocalíptico é verdade!

Existe um dia em que o céu cairá!

O Dia do Senhor

Deixe-me mencionar onde tudo começa. Vamos reiniciar nosso estudo em Apocalipse com a abertura do próximo selo. Veja Apocalipse 6.12–17:

Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?

Os profetas, que frequentemente eram ridicularizados e ignorados por suas profecias de um julgamento vindouro, falaram séculos atrás predizendo esse dia de ira. Isaías escreveu:

e meter-se-ão pelas fendas das rochas e pelas cavernas das penhas, ante o terror do SENHOR e a glória da sua majestade, quando ele se levantar para espantar a terra (Isaías 2.21).

Mais adiante, ele ainda profetizou:

Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz (Isaías 13.10).

Oseias também falou desse dia de ira, dizendo:

…aos montes se dirá: Cobri-nos! E aos outeiros: Caí sobre nós! (Oseias 13.8).

Naum falou:

Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra se levanta diante dele, sim, o mundo e todos os que nele habitam. Quem pode suportar a sua indignação? E quem subsistirá diante do furor da sua ira? A sua cólera se derrama como fogo, e as rochas são por ele demolidas (Naum 1.5–6).

Mais um profeta para finalizar. Sofonias profetizou:

Está perto o grande Dia do SENHOR; está perto e muito se apressa. Atenção! O Dia do SENHOR é amargo, e nele clama até o homem poderoso. Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas. Trarei angústia sobre os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o SENHOR; e o sangue deles se derramará como pó, e a sua carne será atirada como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no dia da indignação do SENHOR, mas, pelo fogo do seu zelo, a terra será consumida, porque, certamente, fará destruição total e repentina de todos os moradores da terra (Sofonias 1.14–18).

Precisamos entender que essa frase “Dia do Senhor” é uma expressão usada com bastante frequência para descrever diferentes períodos de tempo em que Deus executa grande julgamento sobre um grupo de pessoas, uma nação ou, no caso do último dia do Senhor, sobre o mundo inteiro.

A frase “o Dia do Senhor” não se limita à ira futura e final, mas às vezes se refere a julgamentos iminentes históricos.

Joel fornece um exemplo disso. No capítulo 2, ele descreve o dia do Senhor final e universal, mas no capítulo 1 ele fala sobre uma praga de gafanhotos que feriu Judá. Deus executou esse ato de julgamento como uma prévia do dia do Senhor que viria sobre Judá na futura invasão pela Babilônia, relatada em Joel 2.1–17. A própria invasão babilônia serviu de prévia do dia final de ira discutido na segunda parte de Joel 2.

Portanto, a frase “o Dia do Senhor” pode ser usada para eventos de um futuro próximo que, ao mesmo tempo, ilustram eventos futuros mais grandiosos.

A frase ocorre no Antigo Testamento dezenove vezes e quatro vezes no Novo Testamento, expandindo um pouco o significado ainda mais.

Em 1 Tessalonicenses 5.2, Paulo diz que o dia do Senhor começa com o período da Tribulação.

O apóstolo Pedro até usa a frase em 2 Pedro 3.10 incluindo o Reino Milenar, de forma a envolver um pouco mais de mil anos. Não é surpresa que Pedro fala sobre a questão do tempo nos lembrando que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia (2 Pedro 3.8).

A propósito, qualquer esforço para limitar o dia do Senhor à segunda parte da Tribulação ou à Batalha do Armagedom no final do Reino Milenar carece de suporte bíblico, começando com os profetas e terminando com os apóstolos.

Uma coisa é certa: quando o primeiro selo é aberto e o primeiro cavaleiro cavalga e os primeiros dias da Tribulação se desenvolvem, dias que incluem guerra, assassinato, fome e pestilência—de tal forma que um quarto da população mundial morre—homens e mulheres acharão que o fim do mundo estará perto.

No Evangelho de Lucas, Cristo falou sobre esses últimos dias:

Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo (Lucas 21.25–26a).

O verbo traduzido como desmaiarão significa “ficar sem respiração ou parar de respirar.” Ou seja, quando vier o dia do Senhor, a começar com a Tribulação e todas os terríveis eventos subsequentes, as pessoas cairão mortas. Os que ficarem tentarão acabar com suas vidas em terror diante do que poderá acontecer em seguida.

Essa é a ira do Cordeiro—o temível e terrível dia do Senhor.

Existem aqueles que acreditam que o arrebatamento acontecerá no final de Apocalipse 6. Após a abertura do sexto selo, existe o soar de uma trombeta, a qual alguns pensam ser a trombeta que convoca o arrebatamento. Essa interpretação é conhecida como “pré-ira.” As pessoas me perguntam sobre essa perspectiva com bastante frequência.

Mais adiante, lidaremos mais detalhadamente com as trombetas. Existem, na verdade, sete ao todo.

Agora, entretanto, destaco que esse parágrafo sozinho já é suficiente para refutar essa perspectiva pré-ira simplesmente porque o arrebatamento nem mesmo resgata essas pessoas do derramamento da ira e do terror.

Além disso, veja o que grande parte da humanidade diz em Apocalipse 6.17:

Porque chegou o grande Dia da ira deles [a ira do Cordeiro]...

O tempo verbal do verbo chegou indica que essas pessoas concluem que a ira do Cordeiro foi derramada, não somente com o sexto selo, mas com todos os demais. Ou seja, elas concluem corretamente que tudo o que ocorreu até esse ponto por três anos e meio—as mortes, as guerras, a fome, a pestilência e caos econômico—é, de fato e obviamente, a ira de Deus.

Agora, antes de seguirmos adiante, deixe-me mencionar um questionamento que irmãos geralmente levantam.

Por que sequer nos preocupamos em estudar esses detalhes? Na verdade, por que Deus nos fornece informações sobre todo o terror, matança, morte, terremotos, sol escurecido, lua cor de sangue e estrelas caindo? Será que Ele está tentando atrapalhar nossa noite de sono?

Alguém pode ser tentado a dizer, “Qual é a utilidade de toda essa informação? Nada disso me ajudar a entender melhor meu filho adolescente—a não ser que e redefina o significado de ‘terremoto.’ Toda essa conversa sobre ira e destruição não me ajuda a entender melhor meu cônjuge, nem me oferece sabedoria para lidar com meu chefe rabugento na segunda-feira de manhã, apesar de que ele poderia usar um pouco da ira de Deus.”

Parte do motivo por que pensamos que essas coisas não importam tanto—e eu, particularmente, nunca ouvi uma pregação sobre selo algum—é que nossa atenção na igreja como um todo gira em torno de nós mesmos.

Nós estamos consumidos conosco mesmos e focamos em nossas próprias vidas. Esperamos que o mundo, de fato, foque em si mesmo, mas até mesmo dentro da igreja, a maioria dos sermões e livros focam em vencer as dores da vida e em como resolver tudo, desde problemas com pais ruins até saúde ruim e crédito ruim.

A ironia nisso tudo é que ao mesmo tempo em que o mundo admite sua culpa aguda, o sentimento de terror quanto à vida e a falta de esperança quanto ao futuro, a igreja tem se absorvido com a ideia de como viver uma excelente vida agora.

Existe mais nisso do que como entender seu filho adolescente ou se livrar de suas dívidas.

Não me entenda errado, esses são deveres saudáveis, mas existe uma imagem maior que precisamos entender. De fato, entender o propósito mais amplo de Deus para o planeta Terra e para a história humana, na verdade, aprofunda nosso fervor para investir na obra da igreja antes do término da era da igreja.

Entender o terror vindouro provoca em nós um desejo maior de não somente criar filhos civilizados, mas de conduzi-los à verdade do Evangelho desse Rei justo vindouro!

Contudo, pense na ironia dessa tragédia hoje. No mesmo tempo em que as pessoas de nossa geração estão convencidas de que o dia do juízo final está chegando—que algo ruim acontecerá, que a raça humana precisa ser resgatada de si mesma e de um planeta que está morrendo—os crentes estão determinados a não falar mais sobre juízo final, ira e julgamento.

Estamos perdendo nossa oportunidade. É nesta hora que podemos dizer a ouvidos receptivos, “Veja bem, esse pensamento que você tem sobre uma aflição vindoura; esse sentimento de um dia de juízo futuro para a raça humana; e aquele filme ao qual assistiu recentemente retratando o fim da civilização—a ideia por trás de tudo isso está correta. Na verdade, deixe-me dizer por que você vai querer estar longe daqui quando isso acontecer!”

Existe uma promessa de resgate da ira vindoura de Deus (1 Tessalonicenses 1.10)—e esse resgate ocorre ao crermos no Cordeiro de Deus que perdoa nosso pecado e garante a nós um futuro com Ele para sempre.

Sinceramente, estudar sobre a futura ira do Cordeiro produz em mim uma gratidão ainda maior pela graça do Cordeiro.

O Sexto Selo

Agora, vamos olhar com mais calma o que acontece quando o sexto selo é aberto e o livro desenrolado um pouco mais. Chamarei essa seção de “Os Cinco Transtornos na Terra que Prefiro Observar do Céu.”

  • O primeiro transtorno é um grande terremoto, Apocalipse 6.12a.

A construção grande terremoto é mega seismos. Usamos a palavra “mega” para nos referir a algo imenso. Esse é um mega terremoto. Já o termo para terremoto, seismos, é usado na ciência da sismologia, ou o estudo de terremotos.

João testemunha uma agitação monstruosa; a terra balança.

  • O segundo transtorno é um eclipse solar e lunar total, Apocalipse 6.12b.

João escreve:

...O sol se tornou negro como saco de crina...

Negro como sacro de crina significa preto como um cabelo. Essa é uma referência ao pelo de bode preto usado pelas pessoas em um funeral em luto pela perda de entes queridos. É como se o sol ficasse revestido desse pano de pelo preto usado na lamentação pelos mortos.

A lua também é sujeita a um eclipse e a descrição que João fornece é que a cor da lua ficou como sangue—os haima—algo que se encaixa perfeitamente com a cor avermelhada da lua durante um eclipse.

Esses transtornos levantam terror na terra—cinzas e destroços caindo por causa dos efeitos do terremoto não criariam um novo senso de terror, mas um terremoto seguido de completa escuridão sim.

O mundo em geral ainda conecta superstições e crenças religiosas a eclipses.

Em 1989, na Nigéria, um eclipse solar gerou um motim quando gangues islâmicas incendiaram e saquearam casas na tentativa de expiar os pecados de infiéis.

Poucos anos atrás, também na Nigéria, um eclipse solar levou muitos a crer que o fenômeno era uma convocação a bruxas e magos.

Muitos hindus na Índia colocam folhas sobre os alimentos antes de um eclipse solar para espantar raios demoníacos; mulheres grávidas são mantidas dentro de casa com medo de se ferirem de alguma forma e, consequentemente, seus filhos nascerem com as cicatrizes do ferimento.

Um jornal indiano aconselhou gestantes a não saírem de casa durante o eclipse para que seus filhos não nascessem cegos.

O jornal Hindustan Times relatou que os que seguram uma faca ou machado no momento de um eclipse estão destinados a cortar a si mesmos.

Muitos correm para os rios santos a fim de se purificarem após um eclipse.

Você pode dizer que essas pessoas são ignorantes quanto à astronomia. Outro jornal da Índia diz que esse não é o caso. Um artigo entrevistou uma executiva de trinta e dois anos de idade. Ela afirmou acreditar que, durante um eclipse, o número de germes aumenta e, portanto, nenhum alimento é preparado ou ingerido na hora de um eclipse, e toda comida feita antes do eclipse é jogada fora.

Em outras palavras, milhares de quilos de comida por toda Índia e outros países são jogados fora por causa da crença de que estão todos contaminados.

No Oriente, muitos acreditam que um eclipse lunar é a lua sendo devorada por alguma fera cósmica e a cor avermelhada é o sangue da lua escorrendo pelo seu rosto.

Sem dúvida alguma, o mundo moderno consegue explicar os fenômenos de um eclipse solar e lunar, mas ninguém consegue explica-los se acontecerem ao mesmo tempo acompanhados por um terremoto.

Para a humanidade inteira, o cenário será atordoante. Contudo, ainda tem mais.

 

  • O terceiro transtorno é que as estrelas começam a colidir com o planeta Terra, Apocalipse 6.13a.

João relata no verso 13:

as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes,

A palavra estrelas se refere a qualquer corpo luminoso no céu além do sol e da lua. As estrelas mencionadas nesse verso são o que chamamos de “estrelas cadentes.” Elas podem ser meteoros ou asteroides que caem na terra.

Em 13 de novembro de 1833, testemunhas oculares relataram centenas de estrelas cadentes caindo ao mesmo tempo. Muitas pessoas caíram de joelhos e rogaram a Deus por misericórdia.

Don Yeomans, um cientista da NASA que administra o programa Rastreamento de Asteroides Próximos da Terra, afirmou, “A probabilidade de um asteroide atingir a Terra é pequena, mas é um evento de graves consequências.”

O último asteroide grande que causou danos a Terra caiu em uma região não muito habitada da Sibéria em 1908. O impacto destruiu quase 2 mil km² de floresta.

Foi engraçado ler as palavras de um cientista astrônomo que trabalha em um laboratório de pesquisa na Califórnia, Estados Unidos. Ele disse: “A melhor coisa a se fazer sobre asteroides atingindo a Terra é não pensar nessa possibilidade.”

Em minha pesquisa, vi uma ilustração do que uma colisão com asteroide seria. É algo incrível e terrível ao mesmo tempo. É, literalmente, uma bola de fogo lançada através da atmosfera, atingindo a Terra com o poder de uma bomba nuclear.

Se conseguir, imagine esta cena. A Terra já está balançando e, logo em seguida, o céu fica preto. A lua fica avermelhada cor de sangue e, pelo céu negro, arremessando-se em direção à Terra, estão bolas de fogo do tamanho de barcos. Tudo o que pode ser visto em meio à escuridão são coisas que se assemelham a estrelas quentes acelerando em direção ao nosso planeta.

Você ouve os impactos, vê as chamas de fogo subindo, sente o ar quente vindo de um impacto próximo, bem como árvores pegando fogo juntamente com casas e prédios.

As pessoas conseguem pensar em apenas uma coisa: o céu está caindo; esse é o fim do mundo.

  • O quarto transtorno é na atmosfera, Apocalipse 6.14a.

O céu se divide e se enrola em duas direções contrárias.

É como se a atmosfera em torno do planeta se contraísse como um pedaço de papel.

Essa é a melhor maneira que João tem de explicar essa provação assombrosa.

  • O quinto transtorno ocorre na mudança geográfica, Apocalipse 6.14b.

João escreve no verso 14b:

...todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar...

O planeta ainda está sacudindo, o céu escuro, a terra atingida por bolas de fogo do tamanho de um ônibus que explodem na terra; as coisas estão em tanto caos que os montes se movem e as ilhas desaparecem.

A crosta terrestre começa a se mexer e mover. Os desastres naturais catastróficos que acompanham a abertura do sexto selo que João nem mesmo descreve—furacões e tsunamis que afundam ilhas inteiras—são os mais terríveis que alguém pode imaginar.

A devastação nisso tudo é inacreditável.

Quem é Afetado Pelos Transtornos do Sexto Selo?

Agora, quem é afetado por esses transtornos? Em Apocalipse 6.15, João apresenta seis grupos de pessoas que são impactadas pelo sexto selo.

  • Primeiro, os reis da terra são afetados.

Esses são os chefes de estados—os presidentes, reis e primeiros ministros de nações da terra. Nesse momento, esses reconhecem que o seu poder é impotente.

  • Segundo, João menciona os grandes.

Esses são os oficiais de alta posição nos governos—senadores e ministros de todas as esferas da vida.

  • Terceiro, João diz que os comandantes entram em pânico juntamente com as demais pessoas.

A palavra para comandantes é a mesma usada em outros lugares para falar de oficiais romanos que comandavam uma legião de homens.

Esses são os generais experientes em batalhas que conseguem manter a calma e compostura diante de ocasiões extremamente adversas.

Esse comandante é como o General Douglas MacArthur que, durante a Segunda Guerra Mundial, saía pelos montes próximo ao seu abrigo e observava pilotos japoneses voando baixo e metralhando o chão com balas. Ali ficava ele de pé, sem se mexer e sem medo algum. Em certa ocasião, segundo a biografia que li recentemente, o General George S. Patton o visitou durante um bombardeio inimigo. Eles estavam de pé ao ar livre e Patton observando para ver se o General MacArthur sequer piscaria quando as bombas caíssem no chão. Finalmente, uma bomba veio gritando de longe pelo ar e caiu perto de onde estavam. Patton se retraiu de susto; o General MacArthur piscou um olho e disse, “É o seguinte, General Patton, você nunca ouve aquela que o vai atingir.”

O General MacArthur era lendário entre seus soldados, conhecido por ficar o mais perto possível das linhas inimigas sem nem mesmo se agachar.

Esse é o tipo de homem mencionado nesse verso—comandantes veteranos em guerras, soldados condecorados com várias estrelas que agora se acovardam dentro de cavernas com todos e gritam por ajuda como crianças.

  • Quarto, João fala dos ricos.

Essa é uma referência aos ricos e famosos. Sua riqueza não lhes pode comprar segurança agora. Seu dinheiro não tem valor no planeta onde tudo parece estar pegando fogo.

  • Quinto, João fala dos poderosos.

Essas são as pessoas de grande influência que sacodem e movem o mundo conforme seus desejos e poder. Agora, entretanto, eles se encontram num planeta sendo movido e sacudido pela mão invisível.

  • Finalmente, João basicamente inclui todas as demais pessoas com uma referência a cidadãos escravos e livres.

Aqui estão incluídas todas as pessoas—livres e escravas, livres e encarcerados. Essa é a forma de dizer, “e todas as demais pessoas da raça humana.” Até mesmo essas pessoas não têm alívio.

Ou seja, desde reis a plebeus—todos correm para encontrar segurança em algum lugar, em qualquer lugar. Todos gritam em desespero. Muitos caem mortos por ataques de coração diante do puro terror de tudo ao seu redor.

Agora, o que ocorre em seguida é algo incrível demais para mim. Veja Apocalipse 6.15b–16a:

...se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos...

Em outras palavras, todos esses eventos terríveis despertam a maior reunião de oração que o mundo já viu. Esse é um chamado universal à oração e a humanidade inteira participa.

Porém, eles não oram a Deus; eles oram aos objetos da natureza. É como se eles orassem à Mãe Natureza e não ao Deus Criador da natureza. Nessa rebelião surpreendente dessas pessoas, assim como o antigo Faraó, elas recusam se submeter aos terrores dessas pragas e endurecem seus corações. Veja mais adiante em Apocalipse 6.16, onde elas clamam:

...Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro

Ou seja, essas pessoas sabem que é Deus que está por trás de todo esse terror. Mais provavelmente, à medida em que os selos são abetos, essas pessoas têm acesso ao livro de Apocalipse e têm estudado e concluído que o Deus da natureza está por trás das comoções da natureza. Contudo, a despeito disso, elas rejeitam a Rocha Eterna e oram às pedras.

Elas oram para que sejam escondidas da face de Deus ou que morram ao invés de encararem Deus. Um autor colocou isso da seguinte forma, “Elas preferem se esconder de Deus em pavor do que correr para Ele em fé.”

Todavia, essas pessoas estão tragicamente erradas. Elas pensam que a morte fornecerá um escape. Isso não é verdade, porque

aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo (Hebreus 9.27).

Imagine esta cena: essas pessoas já viram o suficiente, e o texto até sugere que elas tiveram acesso e entenderam a Palavra de Deus. A essa altura, no decorrer desses três anos de furor, elas já entenderam que Deus está por trás de tudo e essa é a Sua ira. Na verdade, essa é a ira do Cordeiro—o Filho de Deus—e elas preferem morrer a confiar nEle.

Eu creio que é nesse ponto que Deus os abandona judicialmente. Conforme Paulo escreveu aos tessalonicenses, são a essas pessoas que foi enviado o espírito do erro para que dêem crédito à mentira do Anticristo (2 Tessalonicenses 2.11).

Após a poeira baixar, a terra se aquietar e o fogo apagar, o Anticristo irá a Jerusalém para profanar o altar do recém-construído templo e declarar ser Deus. Talvez ele dirá que fez algo para pôr fim aos transtornos.

Não demorará muito até que a besta domine o planeta e comecem tempos de ainda maior matança e horror.

Conclusão

Você está pronto para ser resgatado de tudo isso caso Cristo retorne para Sua igreja hoje?

Se você conhece o Cordeiro, a ira de Deus já foi derramada contra Ele e você jamais terá que experimentar os horrores desses selos.

Se você não conhece ainda o Cordeiro, talvez você irá para a igreja próxima semana e encontrará apenas algumas poucas pessoas perdidas pelo templo. Creia em Cristo hoje.

Você pode dizer, “É o seguinte, não gosto da sua pregação. Já o ouvi demais!”

Você pode achar o que bem quiser, mas nada mudará a mensagem. O céu um dia cairá—mas existe uma saída.

Existe um caminho para cima e para distante dessa ira que está por vir.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 14/092008

© Copyright 2008 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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