O Desaparecimento da Paz

O Desaparecimento da Paz

Series: Apocalipse
Ref: Revelation 1–22

O Desaparecimento da Paz

Quatro Cavaleiros e o Furor Mundial Vindouro—Parte 3

Apocalipse 6.3–4; Ezequiel 38–39

Introdução

No dia 13 de julho de 1977, exatamente às 20:37, um raio atingiu uma estação de eletricidade, disparando dois disjuntores. Uma porca frouxa e um ciclo demorado impediram os disjuntores de acionarem a eletricidade novamente. Em seguida, outro raio atingiu a estação e dois fios de alta tensão foram atingidos, sobrecarregando outras redes. Aproximadamente vinte minutos depois, outro raio caiu, danificando outras redes. A empresa de eletricidade diminui o suprimento elétrico da metrópole de Nova Iorque, Estados Unidos, mas de nada adiantou. Por volta das 21:36, uma hora após o primeiro raio haver atingido a estação, todo o sistema elétrico foi desligado, algo que colocou Nova Iorque em profundo apagão.

Muitas pessoas saíram pelas ruas ajudando comerciantes a fechar suas lojas e oferecendo assistência em locais públicos para pessoas em necessidade.

Na verdade, eu acabei de inventar essa última parte. As pessoas não saíram para ajudar ninguém. O que realmente aconteceu foi o seguinte: milhares de pessoas foram às ruas para saquear e muitos incêndios irromperam na cidade. Em uma das principais ruas no centro da cidade, barulhos de ferro de portas sendo arrombadas e vidros quebrados precediam cenas de sofás, televisões e montões de roupas sendo carregados pelas ruas por saqueadores que eram tanto audaciosos como alegres. Os saqueadores começaram a roubar uns aos outros e facas foram sacadas. Milhares foram feridos enquanto motins brotavam por toda cidade.

Em apenas uma noite de escuridão, 1600 lojas foram saqueadas e 1037 incêndios provocados. O prejuízo em apenas uma noite sem luz foi de mais de 300 milhões de dólares.

As luzes não puderam ser acessas em Nova Iorque por apenas uma noite e as pessoas pensaram estar além do alcance da lei e das exigências da civilidade. Evidentemente, elas pensaram que Deus não podia vê-las no escuro também.

Esse acontecido foi, na verdade, uma revelação da natureza humana. Quando removemos a influência inibidora da luz, alarmes e câmeras de vídeo, as pessoas são capazes de abandonar a civilidade e cometer grandes maldades, roubo escancarado e até assassinato.

Meu amigo, esse apagão de 1977 é uma pequena prévia do que acontecerá ao redor do mundo inteiro no futuro. Quando a presença restringente do Espírito Santo através da igreja for removida por ocasião do arrebatamento, os resultados serão, na realidade, muito piores do que conseguimos imaginar.

Até agora, descobrimos em nosso estudo em Apocalipse que, logo após o arrebatamento, um homem que já ascendeu a uma posição de destaque oferecerá paz e segurança a Israel. Ele aparece em Apocalipse 6 quando os selos começam a ser abertos para um período de sete anos conhecido como Tribulação.

O apóstolo João vê o Cordeiro abrir o primeiro selo desse livro especial. Um cavalo branco galopa adiante com um cavaleiro que representa o ápice do engano espiritual e habilidade diplomática. Seu tratado de uma falsa paz promete a Israel o acordo de paz pelo qual israelenses há séculos esperam.

A paz do Anticristo será em breve interrompida pelas guerras que surgirão ao redor do planeta—mais especificamente por uma coalizão de nações cujo intento é saquear e roubar de Israel. Elas desejarão, na verdade, aniquilar o povo judeu da face da terra.

Será que esse desejo existe hoje? Ele é aberto e confessado. Contudo, ele é restringido pela civilidade do povo que defende a nação de Israel—primariamente pelos países que crêem no Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Virá, porém, o dia em que ninguém defenderá Israel quando exércitos vizinhos forem destruí-lo. Esse será o fim, não para Israel, mas para seus inimigos.

O Cavalo Vermelho

Com sua Bíblia aberta em Apocalipse 6, vamos observar Jesus Cristo abrindo o segundo selo enquanto o período da Tribulação apenas começa. Veja os versos 3 e 4:

Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem! E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada.

É aqui que a história fica feia e permanece desse jeito até o retorno do verdadeiro Rei para estabelecer Seu reino.

Uma das quatro criaturas diante do trono de Deus dá a ordem e o cavaleiro montado no cavalo vermelho cavalga pela terra. A cor do seu cavalo condiz perfeitamente com a natureza do terror e matança trazidos por esse cavaleiro.

O termo grego para vermelho é pyrros, o qual pode ser traduzido como, “abrasador.”

Essa é a cor do sangue. Esse cavaleiro monta um cavalo cor de sangue, espalhando matanças e guerras de todos os tipos que alcançarão o mundo inteiro.

Haverá motins em massa e assassinatos como o mundo nunca viu e tudo começa com esse cavalo. Como o próprio Jesus Cristo já indicou, essas coisas se intensificarão como as dores de parto de uma mulher pronta para dar à luz, até que tudo atinja seu clímax na Batalha do Armagedom no final da Tribulação.

Apocalipse é um livro profético; portanto, essas coisas ainda estão para acontecer.

Alguns afirmam que esse cavaleiro foi Nero e que as batalhas que estouram foram as perseguições contra os cristãos. Isso, contudo, faria de Apocalipse um livro de história ao invés de profecia, e João diz claramente que ele é um livro profético.

Essa é a segunda dor de parto registrada em Mateus 24, predita por Cristo em seu Sermão Escatológico no Monte das Oliveiras. Esse é o desenrolar dos primeiros dias das Tribulação, os primeiros 3 anos e meio.

Achei interessante que o Didache—o documento cristão mais antigo conhecido—foi redescoberto em 1873. Ele é basicamente um comentário sobre a vida e prática cristãs primitivas, incluindo comentários em textos bíblicos.

A maioria dos estudiosos bíblicos seculares acredita que o Didache foi produzido no final do século primeiro. Ou seja, ele foi escrito apenas alguns anos, ou talvez décadas, depois do livro de Apocalipse.

Esse documento mostra que a comunidade cristã vivendo após a destruição do templo em 70 A.D. e após o início da perseguição—e após a escrita de Apocalipse—cria que os eventos profetizados no Sermão Escatológico de Jesus e os selos de Apocalipse 6 ainda eram totalmente futuros. Além disso, eles criam que esses eventos seriam cumpridos literalmente.

Ouça algumas palavras retiradas do Didache, um termo que significa simplesmente “ensino:”

Porque nos últimos dias, os falsos profetas e charlatães se multiplicarão... e o amor se transformará em ódio. Uma vez que a iniquidade aumentará, eles odiarão uns aos outros, perseguirão e trairão. Em seguida, o enganador do mundo aparecerá como um filho de Deus [um falso cristo]; ele realizará sinais e maravilhas e a terra será entregue em suas mãos. Ele fará coisas perversas que nunca foram vistas desde o princípio do mundo.

Isso corresponde perfeitamente às palavras de Cristo proferidas no Sermão Escatológico e à visão de João desses cavaleiros—eles ainda são futuros.

Os preteristas e outros que crêem que essas coisas já aconteceram não somente espiritualizaram os cumprimentos literais desses sinais, mas contradizem o registro mais antigo da comunidade cristã, o qual ensina que todas essas coisas ainda são futuras.

Agora, é verdade que a humanidade tem catalogado a existência constante de guerras em algum lugar do mundo. Guerra não é algo novo.

Eu li que, somente no século doze, houve mais de 2000 guerras. Esse número aumentou para 13 mil no século vinte. Um estudioso estimou que mais de 10 bilhões de pessoas morreram em guerras da raça humana.

Quando o General Dobey, comandante britânico de Malta durante a Primeira Guerra Mundial, serviu no posto de Israel em 1916, um auxiliar fez o seguinte comentário: “Senhor, estamos lutando uma guerra curiosa. Os muçulmanos não lutam nas sextas-feiras, os judeus não lutam nos sábados e os cristãos não lutam nos domingos.” Com um sorriso no rosto, o comandante replicou, “Bom, se você conseguir encontrar mais quatro religiões mundiais que se recusam lutar de segunda a quinta, o problema da paz mundial terá sido resolvido.”

No último século somente, 37,5 milhões morreram na Primeira Guerra Mundial e 45 milhões as Segunda Guerra. Os conflitos no Vietnã causaram a morte ou ferimento de meio milhão de soldados. As guerras envolvendo os Estados Unidos e Iraque causaram ainda mais mortes.

E ainda não terminamos com as guerras. Guerras e matanças mancham praticamente todas as páginas da história humana.

Quatrocentos anos antes de João escrever o livro de Apocalipse, Platão resmungou, “Apenas os mortos vêem o fim das guerras.”

Então, como o cavaleiro vermelho traz algo novo? Com certeza, isso já virou história!

O cavalo vermelho simboliza o crescimento da anarquia, desordem e assassinatos mundiais. Esse cavaleiro vem e envolve completamente o mundo, não necessariamente numa guerra mundial, ou em guerras entre as principais nações somente, mas em guerras, batalhas, revoluções e motins em todo o mundo.

João escreve em Apocalipse 6.4 sobre o cavaleiro vermelho:

...foi-lhe dado tirar a paz da terra...

Isso possui implicações mundiais. A expressão grega ek tes ges mostra que essas guerras não se limitam a Israel ou ao Império Romano; esse é um surto de guerras e conflitos por todo o planeta.

O cavaleiro vermelho passeará e removerá qualquer vestígio ou desejo de paz presente na terra. Ele toca nos transformadores que têm mantido acesas as luzes da civilidade e da paz; ele derruba todo o sistema de câmeras de segurança do planeta. Daí, começam os roubos e assassinatos pelo mundo.

Veja novamente em Apocalipse 6.4 que foi-lhe dado tirar a paz da terra. Ele precisa de permissão! Por piores, mais terríveis e sanguinárias que fiquem as coisas, assim como no caso do cavalo branco, o cavalo vermelho também está preso a uma coleira.

Foi Deus quem projetou todo o julgamento e essa é uma expressão da ira não de Satanás, do homem ou mesmo de outras causas secundárias, mas da ira de Deus. Esse plano é dEle.

Então, o quarto cavaleiro cavalga o mais rápido que consegue, mas existe um cercado, um curral divinamente construído que o impede de ir além do que Deus projetou para esses dias de ira.

Não é surpresa alguma que o próximo cavaleiro virá representando um tempo de grande fome mundial, já que essas guerras geram dificuldade econômica mundial e privação.

O Que Aconteceu com a Paz em Israel?

Talvez você esteja se perguntando sobre o que aconteceu com a paz em Israel.

Quando o primeiro cavaleiro chegou, ele trouxe paz. Contudo, Deus parte para o segundo selo—o segundo cavaleiro, a segunda dor de parto—para mostrar a fragilidade e futilidade da paz do homem.

O cavaleiro montado no primeiro cavalo—o branco—será inicialmente conhecido como o Pacificador. Sem dúvida alguma, ele ganhará o Prêmio Nobel da Paz naquele ano.

Sua paz, todavia, não durará. Meu amigo, tratados de paz do planeta Terra nunca duram.

A partir da Primeira Guerra Mundial surgiu a Liga das Nações—mas ela fracassou. A partir da Segunda Guerra Mundial Surgiu a ONU—mas as Nações Unidas também tem fracassado em manter a paz no planeta.

O historiador Gustave Valbert registrou que, desde 1500 a.C. até 1860 A.D., nações europeias somente assinaram mais de 8 mil tratados de paz, cada um deles tecido para ter vigência eterna. Em média, eles permaneceram em vigência por dois anos. E pense também nos tratados que foram assinados e violados desde 1860!

Apesar de o Anticristo haver instaurado paz em Israel, essa paz será ameaçada dentro de meses por aqueles que não desejam ver a nação judaica respirando nem sequer mais um fôlego no chão israelense. A paz será afetada, não por causa do Anticristo e não em seus dias iniciais, mas por causa de nações vizinhas que marcham para erradicar Israel da terra no início da Tribulação.

Uma das guerras que eclode no planeta durante a empreitada desse cavalo vermelho é na região do Oriente Médio. Isso é o que alguns estudiosos chamam de a Invasão da Rússia Islâmica descrita pelo profeta Ezequiel como as guerras de Gogue e Magogue.

Ezequiel 38 e 39 fornece vários detalhes sobre batalha predita vindoura quando as nações convergirem contra Israel. Gogue e Magogue estão envolvidos. Isso leva alguns a crer que a batalha acontece no final do Reino Milenar descrito em Apocalipse 20, já que Gogue e Magogue também são mencionados ali.

Após uma comparação entre os detalhes de Ezequiel concernente a uma guerra vindoura e a batalha relatada em Apocalipse 20, várias diferenças são facilmente identificadas.

Na primeira batalha de Gogue e Magogue, os invasores são mortos por terremotos e granizo, além de outras coisas. Na batalha final de Apocalipse 20, o Senhor simplesmente arremessa uma enorme bola de fogo que consome os exércitos inimigos que haviam marchado contra Seu trono.

Além disso, na batalha de Gogue e Magogue, as tropas mortas serão enterradas no decorrer de vários meses, conforme Ezequiel 39.12. Contudo, após a batalha final, começa o julgamento do Grande Trono Branco e os mortos são ressuscitados para comparecerem diante de Deus.

Outra diferença é o fato de que a Batalha de Gogue e Magogue termina com a queima de todas as armas no decorrer de vários anos—um tempo que pode muito bem se estender durante o Reino Milenar. Já a última batalha de Apocalipse 20 ocorrerá no final do Reino Milenar de Cristo, de forma que as armas não queimarão por vários anos.

Além disso, após a batalha de Gogue e Magogue, a vida continua normalmente. Por outro lado, após a batalha de Apocalipse 20, a vida muda quase que imediatamente com a criação do novo céu e da nova terra.

Fica evidente que a Batalha de Gogue e Magogue não é a batalha final de Apocalipse 20.

Existem aqueles que crêem que essa batalha ocorre em Apocalipse 16; ou seja, que a Batalha de Magogue é a mesma que a Batalha do Armagedom. Existem vários motivos para crer que essas duas também são diferentes.

Mais uma vez, ao compararmos as duas batalhas, descobrimos que a Batalha do Armagedom ocorre na época de pragas e conturbação. Contudo, Ezequiel escreve claramente que a invasão de Israel será numa época em que a nação estiver desfrutando de paz e descanso (Ezequiel 38.8). Gogue e Magogue marcham em Israel durante um tempo de paz e segurança, duas coisas que esse povo não tem tido desde o cativeiro babilônio!

Na verdade, se um país se aventurasse a invadir Israel hoje, tal invasão não seria cumprimento de escritura profética porque o profeta Ezequiel e Apocalipse 6 indicam que haverá um acordo de paz antes—um tempo de segurança antes da invasão de Gogue e Magogue.

Hoje, cada israelense em Israel precisa se alistar para o serviço militar obrigatório, homens por três anos e mulheres por dois anos. Simplesmente leia os jornais; essa nação não desfruta de paz e segurança alguma.

Entretanto, um tempo de paz virá—por mais breve que seja. Daniel 9 registra e Apocalipse 6 relata a visão de um futuro pacificador que assinará um acordo de paz com Israel. A essa altura, seu cavalo branco já terá galopado por toda terra.

Além do mais, a Batalha de Gogue e Magogue envolve seis aliados marchando contra Israel. A Batalha do Armagedom envolve todas as nações—muito mais do que seis.

Essa batalha inicial de Gogue e Magogue cobre a região do norte de Israel, enquanto que o Armagedom ocupa todo o território israelense.

Outro fator diferenciador é que as alianças de Gogue e Magogue são destruídas; na Batalha do Armagedom, todas as nações são varridas da terra.

A guerra inicial de Gogue e Magogue se encaixa perfeitamente com o cenário profetizado por Daniel—um tempo de paz interrompido por uma guerra que acontece no início da Tribulação. A Batalha do Armagedom, por outro lado, tem como clímax o final da Tribulação quando os inimigos de Israel são totalmente destruídos com o retorno de Cristo, descrito com detalhes gloriosos em Apocalipse 19.

Por esses e outros motivos, a Batalha de Gogue e Magogue em Ezequiel 38 e 39 não se encaixa com a descrição da Batalha do Armagedom em Apocalipse 16. Claramente, elas representam duas guerras distintas.

A Batalha de Gogue e Magogue

Então, o que é e quando será a Batalha de Gogue e Magogue?

Essa batalha terrível profetizada por Ezequiel se encaixa bem no período de paz temporária estabelecida pelo Anticristo no princípio da Tribulação. Na verdade, esse é o único momento que sabemos em que Israel descansa em segurança—o tempo após o acordo de paz ser oferecido pelo Anticristo.

Esse tempo de paz e segurança vem montado em um cavalo branco. As batalhas que surgem, incluindo a Batalha de Gogue e Magogue, são precipitadas pela vinda do cavalo vermelho.

Guerra e matança ao redor do mundo apresentam às nações ao redor de Israel uma oportunidade perfeita para marchar contra Israel sem resistência alguma do resto do mundo. E elas estão certas, pois não há menção alguma nas Escrituras de que alguma nação defenderá Israel.

Quem são essas seis nações que Ezequiel profetizou que formariam uma coalizão contra Israel e, a essa altura, contra o Anticristo que prometeu defender Israel?

Parece estranho, mas, nessa época, o Anticristo será uma distração para essa coalizão. Ele ainda não é temido como um grande guerreiro. Ele é um homem de paz e está atrapalhando essas seis nações.

Vamos dar uma olhada nos seis membros dessa coalizão de Gogue e Magogue.

  • Primeiro e acima de todos nessa coalizão está Rôs, uma nação que estudiosos bíblicos identificam como a atual Rússia.

O termo “rôs” ou “rosh” é geralmente traduzido como o substantivo “comandante, chefe.” Entretanto, a Septuaginta, que é a tradução grega do Antigo Testamento, traduz “rosh” como um nome próprio. Como resultado, Ezequiel 38.2 diz, ó Gogue, príncipe de Rôs.

Baseado em toda evidência que estudei, Rôs se refere ao que conhecemos hoje como Rússia, e seu príncipe será Gogue, o comandante da Rússia.

Esse é o reino que virá do Norte, conforme predito por Ezequiel.

  • O próximo membro da coalizão é Magogue.

Josefo, o historiador judeu do século primeiro, mencionou que os antigos citas habitaram na terra de Magogue. Isso nos ajuda a identificar mais um território do Norte que compõe a Ásia Central—ou o que conhecemos hoje como antiga União Soviética.

Magogue pode também incluir o Afeganistão. Essa região sozinha é habitada por mais de 90 milhões de pessoas e todas são predominantemente muçulmanas.

Na verdade, o ingrediente unificador dessa coalizão, caso ela se forme ainda em nossa geração, é o Islamismo—a religião que crê que Israel é uma nação que precisa ser erradicada.

 

 

  • O terceiro membro da coalizão, conforme Ezequiel, é a Pérsia—ou o atual Irã, mais um país abertamente anti-Israel.

Um dos presidentes do Irã afirmou o seguinte:

  • “O regime Sionista [Israel] caminha em direção à aniquilação. O regime é uma árvore seca e podre que será arrancada por uma tempestade.”
  • “Um novo Oriente Médio prevalecerá sem a existência de Israel.”
  • “Os sionistas e seus protetores são as pessoas mais odiadas em toda a humanidade e esse ódio aumenta mais a cada dia.”
  • “Israel está destinado à destruição e em breve desaparecerá.”

Neste exato momento, meu amigo, a mídia nacional do Irã fala sobre os preparativos para a grande guerra na qual Israel, chamado de o “amado pelo Ocidente”—uma referência aos Estados Unidos—será conquistado. Um editorial disse, “A grande guerra está adiante de nós [e começará] talvez amanhã, ou dentro de poucos dias, meses ou anos. A nação dos muçulmanos precisa se preparar para a grande guerra, de forma a destruir completamente o regime Sionista e remover esse crescimento cancerígeno.”

A antiga região da Pérsia é hoje ocupada pelo Irã. Esse é um país que sonha com a erradicação dos judeus do planeta, e sua busca por poder nuclear é alimentada pelo crescente desejo de destruir Israel e todos os que o defendem.

  • O outro membro da coalizão fornecido por Ezequiel é Cuxe. A maioria dos estudiosos crê que Cuxe representa a área oriental do Egito ao ocidente do Mar Vermelho, o que corresponde ao atual Sudão.

Essa região também é totalmente anti-Israel e, na verdade, até abrigou o líder da Al-Qaeda Osama Bin Laden de 1991 a 1996. Se tivesse a oportunidade, o Sudão alegremente se uniria a uma coligação para atacar Israel.

  • O quinto membro dessa coalizão é a antiga nação de Pute, ou a atual Líbia, que é outra região repleta de extremistas islâmicos hostis e com profundo ódio contra Israel.
  • O último membro dessa coalizão é a atual terra da Turquia, identificada em Ezequiel como vários reinos. A Turquia também é uma nação islâmica com uma crescente aliança com a Rússia.

Apesar de a Tribulação ainda poder ser daqui a mil anos, e não há nenhuma referência bíblica a algo que pode impedir o arrebatamento ou força-lo a acontecer, é necessária pouca imaginação para ver o potencial de uma invasão iminente por nações islâmicas que praticamente cercam o pequeno estado de Israel.

Segundo a profecia de Ezequiel, quando essas nações começarem a marchar em direção a Israel, o cenário representará a maior disparidade da história; é Davi contra Golias de novo e não parece haver chance alguma para Israel conseguir sobreviver.

O Anticristo é incapaz de deter a invasão e Israel não pode se defender. O Anticristo pode apenas observar de seu palácio no Iraque—sua Babilônia recém-construída que, curiosamente, não faz parte da coalizão. De forma estranha, o Iraque fica de fora. Por que? Porque o Anticristo ainda oferece paz a Israel.

Esses países, porém, não oferecem paz. Finalmente, eles têm uma chance de destruir o regime Sionista e apagar da face da terra o povo da promessa de Deus.

No fim, Satanás pode apenas esperar que a coalizão conseguirá destruir o potencial de Israel receber seu Messias de volta à terra da promessa.

Israel pode apenas esperar e tremer enquanto os exércitos marcham contra ele.

Todavia, Ezequiel escreve o seguinte sobre a reação de Deus:

Naquele dia, quando vier Gogue contra a terra de Israel, diz o SENHOR Deus, a minha indignação será mui grande. Pois, no meu zelo, no brasume do meu furor, disse que, naquele dia, será fortemente sacudida a terra de Israel (Ezequiel 38.18–19).

Conforme a profecia de Ezequiel, várias coisas acontecerão em seguida:

  • Primeiro, um terremoto (38.20);
  • Segundo, os membros da coalizão atacarão uns aos outros (38.21);
  • Terceiro, pragas, chuva torrencial e pedras de granizo (38.22); e
  • Finalmente, um fogo varrerá os exércitos, destruindo os reinos.

Imagine, em questão de poucas horas, a Rússia será dizimada, bem como o Irã, a Líbia e o Sudão e todos os demais exércitos orientais que guerreiam contra Israel.

Existe pouca dúvida em minha mente que o Anticristo assumirá o crédito pela vitória e se fortificará ainda mais na posição de líder naquela parte do mundo, alegando para o mundo inteiro que ele é o Messias. Mas isso já é outro estudo.

Conclusão

Meu amigo, o mundo de hoje é um barril de pólvora como nunca antes. O ser humano desenvolveu diversas formas de matar grupos inteiros de pessoas como armas químicas, biológicas e nucleares.

Omar Bradley escreveu o seguinte sobre nossa geração, “Vivemos num mundo de gigantes nucleares e crianças éticas.”

Meu amigo, não houve profecia alguma impedindo esse cavaleiro vermelho de cavalgar no final do século primeiro—e a igreja estava esperando. Pode ser que ele ainda demore dois mil anos, se Deus assim determinou. Ele não precisa vir agora.

Contudo, temos que admitir que, se encostarmos nossas orelhas no chão, podemos quase ouvir o estrondo dos galopes desse cavalo vermelho. Mais do que nunca na história mundial, o palco parece perfeitamente montado para a vinda desse cavaleiro.

Isso me conduz a dizer que o tratado de paz mais importante sobre o qual você precisa saber não é um tratado de paz entre o Anticristo e Israel; também não é o tratado de paz de algumas nações que dura um ou dois anos.

Você precisa de um tratado de paz que dura toda a eternidade. É o tratado de paz entre você e Deus assinado pelo sangue de Cristo, que justifica e purifica os que crêem em Cristo somente.

Você assina esse tratado de paz ao colocar sua fé na obra de Cristo na cruz. Creia em seu coração que Deus O ressuscitou dos mortos, fisicamente daquele túmulo; creia que Cristo intercede neste exato momento; creia que Ele voltará um dia, para que você possa dizer com o apóstolo Paulo:

Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus (Romanos 5.1–2).

Esse é o tratado de paz entre você e Deus através de Cristo. Não existe paz duradoura sem o Príncipe da Paz.

O profeta Isaías escreveu:

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto (Isaías 9.6–7).

Assine o acordo de paz com o único Messias verdadeiro—Jesus Cristo. Esse Príncipe da Paz estabelecerá a paz entre você e Deus—e essa paz, Sua paz, é eterna. Ela durará de hoje por toda a eternidade.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 15/06/2008

© Copyright 2008 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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