Testado, Aprovado e Vitorioso

Testado, Aprovado e Vitorioso

Ref: Philippians 1–4

Testado, Aprovado e Vitorioso

Aos Cidadãos do Céu—Parte 7

Filipenses 1.10–11

Introdução

Um dos grandes desafios da vida está relacionado às várias decisões que temos que tomar, algumas fáceis e outras mais difíceis. Algumas decisões são triviais, enquanto outras trazem sérias consequências.

A vida inclui a tomada de muitas decisões sobre certo e errado, e Deus nos deu uma consciência a fim de nos ajudar a tomar decisões. Ela avalia as circunstâncias e determina a conduta devida.

O problema é que o coração—onde fica a consciência—é enganoso e desesperadamente corrupto (Jeremias 17.9). Então, a consciência nem sempre faz uma avaliação precisa das situações.

Ela é como um termômetro numa zona urbana. Eu li que se você colocar um termômetro no quintal de casa, e sua casa fica próxima a uma rodovia ou estrada principal, a um estacionamento ou prédio alto, ou mesmo se sua casa é feita de tijolo ou foi pintada de uma cor mais escura, o termômetro mostrará uma variação de 2 a 5 graus acima da temperatura real. Esses elementos absorvem e refletem calor.

A fim de determinar a temperatura real, existem diretrizes bastante específicas que os meteorologistas seguem. Um deles diz: “Um termômetro ou seu sensor deve estar localizado sobre a grama dentro de um abrigo branco, ventilado, elevado entre 1,2 e 1,8 metro de altura, pelo menos 30 metros distante de superfícies pavimentadas e a mais de 150 metros de qualquer prédio ou construção.” Ele ainda afirma: “Se não seguir essas diretrizes, você não pode confiar na leitura de seu termômetro.”

Da mesma forma, você também não pode confiar necessariamente em sua consciência ou coração para fornecer leituras precisas.

Assim como é praticamente impossível determinar a temperatura verdadeira na cidade com o termômetro cercado de prédios, pessoas e ruas pavimentadas, também é impossível conseguir uma leitura precisa de caráter e conduta devido às influências ao nosso redor, incluindo nosso próprio coração e mente.

Precisamos de um termômetro espiritual que nos informará a verdade; e ele precisa estar localizado em outro lugar, em algum lugar fora de nós mesmos e de nossa cultura, de maneira a não ser distorcido por influências externas.

É exatamente por esse motivo que vemos Paulo orando em Filipenses 1 fazendo vários pedidos. Ele quer que façamos uma leitura precisa da vida; ele não quer que nos conformemos às definições de nosso mundo, mas às definições da vida conforme reveladas nas Santas Escrituras.

Já vimos alguns pedidos na lista de oração de Paulo. Ele ora por:

  • Nossas afeições—que o nosso amor agape transborde;
  • Nosso progresso—que nosso amor seja definido não por aquilo que pensamos ser amor, nem pelas formas como queremos expressar amor, mas segundo o conhecimento bíblico;
  • E por nossa prática na vida—que seja protegida e orientada por discernimento piedoso.

Afeição, progresso e prática. Agora, Paulo continua sua lista de oração no verso 10.

  • Seu próximo pedido é por nossa parcialidade.

Para que você entenda o que quero dizer, leia os versos 9 e 10:

E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo,

Em outras palavras, Paulo quer que os crentes sejam parciais pendendo para o lado daquilo que é excelente. O verbo traduzido como aprovardes é o grego dokimazo, que significa “examinar, testar.”

  • Ele pode se referir a testar algo para determinar se é verdadeiro ou falso;
  • Pode também se referir ao ato de avaliar a diferença entre coisas boas e coisas melhores; ou seja, testar algo para que determinemos não somente o que é bom, mas o que pode ser ainda melhor ou o melhor;
  • E a palavra também pode se referir ao ato de determinar a diferença ente coisas que importam e coisas de pequena importância.

Então, qual é o padrão pelo qual julgamos essas coisas?

Leituras de termômetros que conseguimos das pessoas e da cultura ao nosso redor podem estar equivocadas entre 2 e 5 graus, ou mais.

  • Quem determina que tipo de hábito, atividade ou costume é bom, mas que outros são ainda melhores?
  • Quem determina qual crença é verdade e qual é falsa?
  • Quem determina o que mais importa na vida e o que não importa?

É interessante saber que a palavra dokimazo era usada para vários tipos de testes, o que nos ajuda a entender melhor a intenção de Paulo.

Na literatura grega clássica, esse verbo era usado para o ato de testar dinheiro para determinar se era verdadeiro ou falsificado. Dinheiro falso já existia centenas de anos antes da geração de Paulo. Falsificadores revestiam moedas de cobre com uma camada fina de prata e as repassavam como se fossem moedas puras de prata legítima.

A palavra também era aplicada no mundo político para testar um candidato político fazendo-lhe perguntas sobre sua posição em várias questões. Essa é uma boa prática até os dias de hoje quando nos preparamos para votar.

Heródoto (500 a.C.) usa esse termo para o ato de testar um boi para ver se era adequado para sacrifício.

Em Lucas 14, o Senhor emprega a palavra para falar de um homem que pede licença de um banquete para experimentar alguns bois que havia comprado. Ele queria se certificar de que a família havia feito um bom negócio.

Fazemos a mesma coisa hoje quando vamos a uma concessionária de veículos. Escolhemos um carro e o que fazemos? Um test drive. Precisamos testar o carro. Também fazemos a mesma coisa numa loja de roupas para ver se a camisa ou calça cabem.

Paulo ora para que o crente não pressuponha nada. Ele até escreveu em 1 Tessalonicenses 5.21: julgai todas as coisas, retende o que é bom. Teste todas as coisas, certifique-se de que são excelentes; não somente boas, mas melhores ou as melhores para o seu coração, andar, vida e mente.

Teste as coisas para saber se são verdadeiras ou falsas; e a resposta para isso não se encontra em pesquisas populares, nem na voz de amigos. Esses termômetros podem estar fazendo uma leitura errada.

O termômetro verdadeiro é a Escritura inspirada.

Paulo avança em sua lista e nos fornece mais ajuda para determinar o que exatamente é excelente. Ele ora não somente para que desenvolvamos a parcialidade, mas...

  • ...Paulo também ora para que desenvolvamos a pureza.

Veja o verso 10:

para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros...

Em outras palavras, testar e escolher as melhores coisas são atitudes que sempre nos conduzirão à pureza e para distante da impureza.

A palavra que Paulo emprega ocorre somente aqui e em 2 Pedro 3.1, onde Pedro diz que escreveu suas cartas para despertar com lembranças a vossa mente esclarecida. A palavra grega é eilikrines e deriva das palavras “luz do sol” e “julgamento.” É como se Paulo dissesse: “Julgue as coisas contra a luz. Quero que vocês vivam vidas que possam ser julgadas pela luz do dia e sejam achadas puras.” O crente é testado pela luz.

Dwight Pentecost escreveu:

Toda vez que leio essa passagem, penso nos meus dias de criança quando minha mãe fazia geleia para ajudar no sustento da família, especialmente nos meses de inverno. Todas as vezes, minha mãe pegava um jarro cheio de geleia que tinha acabado de fazer, o segurava contra a luz do sol e avaliava a qualidade da geleia na luz do sol. Se estivesse clara e transparente, ela aprovava a geleia; se a luz do sol revelasse alguma mancha escura, ela ficava decepcionada porque [algo na receita não estava certo]—a geleia não tinha passado no teste ao ser examinada pela luz do sol.

  • Davi escreveu no Salmo 119.105: Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos; e no Salmo 119.130: A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.
  • Paulo se refere ao Evangelho como a luz do evangelho da glória de Cristo (2 Coríntios 4.4);
  • Conforme 1 Pedro 2.9, fomos chamados das trevas para a sua maravilhosa luz.

Entenda o seguinte, crente: a qualidade de seu caráter não é determinada por um termômetro colocado no meio de sua cidade, sua universidade ou escritório; essas leituras são provavelmente distorcidas. A pureza de sua vida não é medida por aquilo que as pessoas, alunos, vizinhos e colegas de trabalho aprovam, mas pela Palavra de Deus e pelo que o Deus dessa Palavra aprova.

Paulo escreve: “Oro por vocês porque eu sei que aquilo que vocês pensavam estar certo está, na verdade, errado; e a maioria do que disseram para vocês ser errado é, na verdade, o correto. Oro para que vocês segurem suas atitudes, ações, hábitos e desejos contra a luz de Jesus Cristo—a luz do mundo.”

Segure sua vida contra a luz da Palavra de Deus. E agora, o que você vê? Está embaçado? Existe algum comprometimento, corrupção? Ou será que está transparente?

Mas ainda existe outro aspecto dessa palavra ligado ao contexto histórico dos dias de Paulo.

Se voltássemos à época do apóstolo Paulo, veríamos que o povo utilizava louças de cerâmica para basicamente tudo—a cerâmica era uma das maiores indústrias na época. Assim como carros, computadores e roupas hoje, também havia cerâmicas de baixa qualidade. Louças de qualidade inferior geralmente eram grossas e lisas. Arqueólogos estão constantemente escavando mais e mais cerâmicas naquela região.

Cerâmicas mais chiques eram finas e delicadas, sendo frágeis tanto antes como depois de sair do fogo; era comum que muitas delas rachassem ainda dentro do forno.

Os oleiros desonestos cobriam as rachaduras e falhas em suas louças preenchendo-as com cera. Dessa forma, as rachaduras passavam muitas vezes despercebidas aos compradores.

Era comum ver pessoas pegando as louças, levando-as para fora da loja e segurando-as contra a luz do sol. Daí, elas viravam o objeto e os locais preenchidos com cera se mostravam mais claros que o resto da louça.

Esse era um problema tão grande na época que os comerciantes honestos começaram a estampar em seus produtos uma etiqueta em latim que dizia: sine cera, que “sincero,” sem cera.

Com isso em mente, Paulo não diz que o crente deve ser perfeito em sua pureza, que não pode haver nem sequer uma fissura. A verdade é que somos todos quebrados; nesse vocabulário, somos todos jarros despedaçados.

Paulo simplesmente reforça a questão da honestidade e transparência: “Não encubra erros, nem tente se passar por louça fina chinesa. Não tem problema ser uma cerâmica grossa, rachada e barata. Simplesmente, não tente se passar por algo que não é.”

Paulo pode muito bem estar sugerindo aqui que Cristianismo autêntico não está ligado à sua imagem pública. Seja verdadeiro, sincero, honesto. Um autor escreveu: “O Evangelho não transborda bem de um crente cuja vida é uma farsa.” De fato, Paulo escreveu em 2 Coríntios 4.7:

Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.

Paulo diz: “Oro para que vocês desenvolvam um senso de parcialidade para o melhor e sejam genuínos e puros no processo.”

  • Terceiro, Paulo pede a Deus por prudência.

Veja o verso 10:

para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo,

Um estudioso britânico escreveu que a sinceridade está ligada ao interior da pessoa, enquanto que a inculpabilidade ao comportamento exterior.

A palavra grega aproskopos significa “sem tropeço.”

Seja cauteloso em seu comportamento. Prudência significa simplesmente cautela e discrição, ser cuidadoso.

Paulo ora fervorosa e fielmente para que esses crentes vivam vidas puras, moralmente transparentes, livres de qualquer tropeço porque são cautelosos em sua caminhada cristã.

Quanto mais velho ficamos fisicamente, mais cuidadosos ficamos na forma como caminhamos. Tenho essa teoria de que nosso piloto automático começa a falhar quando ficamos mais velhos. Antigamente, eu dirigia por várias horas e permanecia na mesma faixa; hoje, se divagar um pouco em meus pensamentos, sem nem perceber já estou em outra faixa. Preciso dirigir com mais cuidado.

E isso acontece de ser verdade espiritualmente também. Quanto mais velho no Senhor, mais cuidado você precisa ter. As batalhas não ficam mais fáceis, mas ficam mais enganosas e perigosas com o tempo.

Agora, existe uma discussão se Paulo usa a palavra no sentido ativo, ou passivo ou reflexivo. Ou seja, Paulo ou diz que devemos andar com cuidado para que nós não tropecemos—passivo ou reflexivo—ou para que não levemos outra pessoa a tropeçar—sentido ativo.

Ambas as interpretações dão certo simplesmente porque, se você vive de forma prudente e espiritualmente cautelosa, não somente você terá menos probabilidade de tropeçar, mas também aqueles que o seguem e imitam.

Paulo vivia dessa maneira—ele não vivia para si mesmo apenas, mas para que os que estavam ao seu redor tivessem algum benefício, fossem encorajados e protegidos por seu exemplo.

Uma das marcas da maturidade na vida de um crente é que ele busca ser uma pedra de apoio e não uma rocha de ofensa.

Portanto, existem duas perguntas que Paulo deseja que cada crente cauteloso faça:

  • Você ficaria preocupado se soubesse que existe alguém o imitando?
  • Você ficaria envergonhado se soubesse que Cristo o observa?

Essa é a progressão na lista de oração de Paulo quando ele adiciona no final do verso 10: para o Dia de Cristo.

  • Então, o quarto pedido de oração de Paulo é pela perspectiva dos filipenses.

Veja novamente o verso 10:

para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo,

Essa é a segunda referência de Paulo ao dia de Jesus Cristo, aquele dia quando o crente será recompensado por seu serviço e receber uma tarefa quando se preparar para voltar com Cristo a fim de estabelecer o Seu reino.

A igreja aparece no cenário de Apocalipse vestindo mantos brancos de linho finíssimo, cavalgando para a Terra com Cristo para estabelecer seu reino de 1000 anos.

Em Apocalipse 19.14, Jesus não vem para Sua igreja; Ele retorna à Terra com Sua igreja; os crentes já estão com Ele vestidos de linho branco e voltando para a Terra com Cristo em vitória.

Paulo diz: “Vivam para esse dia e seu rico significado—o dia quando você será avaliado (2 Coríntios 5), comparecerá diante de Cristo para prestar contas pelo talento que ele entregou em suas mãos, ou pelos 5 ou 10—aquele dia quando você será recompensado e assumirá sua posição real no reino de Cristo. Viva com expectativa por esse dia.”

Tudo o que fazemos para a glória e prazer de Cristo na Terra é apenas um prelúdio para o privilégio de servi-lo para sua glória e prazer no reino vindouro. Paulo deseja elevar nossa perspectiva.

Para Paulo, o dia de Cristo não era algum tipo de obsessão profética, mas uma mentalidade, uma decisão e uma forma de viver.

Então, Paulo nos diz, com efeito: “Oro para que, à luz da manifestação de Cristo, vocês busquem o melhor.”

Com isso em mente, o próximo pedido de oração aparece como consequência lógica.

  • O próximo pedido de oração de Paulo é por produtividade.

Veja o verso 11:

cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo...

Esse é um bom lembrete de que tudo de bom que fazemos para Cristo é porque Deus efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade (Filipenses 2.13). A causa dos frutos em nossa vida é a obra de Cristo. O agente que trabalha internamente é o Espírito de Cristo; quando nos submetemos a Ele, revelamos externamente o fruto do Espírito.

O fruto da justiça é, simplesmente, o fruto de um relacionamento justo com Deus.

O apóstolo Paulo afirma que não somente somos perdoados, mas que devemos produzir frutos. E, a propósito, o fruto não surge porque o galho da árvore se esforçou muito para dar um fruto. O fruto está pendurado no galho porque o galho está conectado à árvore. Deixe-me mudar a analogia para você entender ainda melhor.

Quando Lourenço da Arábia estava em Paris após a Primeira Guerra Mundial, ele levou consigo alguns de seus amigos do Oriente Médio que nunca tinham visto as paisagens e sons do mundo moderno; eles contemplaram todos os cenários espetaculares de Paris. Mas o que mais chamou sua atenção e cativou sua imaginação foram as torneiras nos banheiros. Eles simplesmente ficaram maravilhados que podiam abrir e fechar a torneira—água descia simplesmente com o girar da torneira.

Quando chegou a hora de partirem, Lourenço encontrou seus amigos no banheiro tentando arrancar as torneiras. Eles ainda não tinham entendido como funcionavam e imploraram: “Tudo é seco na Arábia; precisamos dessas torneiras para fornecer a água que tanto carecemos.”

Lourenço parou e explicou aos seus amigos que a eficácia das torneiras não estava em si mesmas, mas nos canos e no reservatório de água aos quais estavam conectadas. Uma torneira sozinha jamais produzirá água.

Jesus Cristo disse em João 7.38:

Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.

E também em João 15.5:

...Quem permanece em mim—ou seja, aquele que está conectado à minha força, vitalidade e podere eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

Doutra sorte, não passamos de uma torneira dentro de um pacote, um galho caído no chão.

Como você percebe, Paulo não ora somente para que produzamos frutos, mas para que entendamos que precisamos permanecer em comunhão e submissão Àquele único capaz de produzir frutos.

Com isso, Paulo conclui seus comentários introdutórios aos cidadãos do céu colocados temporariamente em Filipos, mas que pertencem e servem na embaixada de Deus, a igreja local.

O apóstolo ora diligentemente por:

  • Afeição—em amor;
  • Progresso—em conhecimento;
  • Prática—em discernimento;
  • Parcialidade—nas coisas excelentes;
  • Pureza—com integridade;
  • Prudência—com cautela;
  • Perspectiva—com expectativa;
  • E produtividade—em vida frutífera.

Agora, faz sentido que Paulo termine sua lista de oração adicionando um último pedido pelo fruto mais sublime a ser escolhido.

  • Paulo ora por prioridade—em gratidão.

Ele conclui o parágrafo dizendo no verso 11:

cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.

Paulo diz aos cidadãos do céu: “Quero que o cesto de vocês esteja cheio de fruto espiritual; e deixe-me dizer qual deles é o fruto mais especial de todos. É o fruto que, no fim, é realizado para a glória e louvor de Deus.

O autor de Hebreus escreve sobre o mesmo assunto em Hebreus 13.15:

Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.

Lembro de uma demonstração clara disso quando um de meus filhos adoeceu quando tinha apenas 5 anos de idade. Ele ficou bastante doente. Minha esposa e eu percebemos que ele estava com faringite. Então, enquanto minha esposa ficou com nossos outros filhos em casa, eu o levei para o hospital. Não é meu lugar favorito, especialmente após um longo dia.

Quando chegamos, esperamos e, finalmente, ele foi levado para ser examinado. Entramos numa sala toda de azulejo, típica de hospital.

A enfermeira veio, examinou sua garganta e saiu. Eu e meu filho, bastante exausto e sem força, ficamos ali sentados na cama esperando a enfermeira voltar. Eu disse para ele: “Venha cá, meu filho, sente aqui no meu colo.” Ele veio e logo depois disse: “Papai, vamos cantar.”

Geralmente não é isso que eu faço quando estou num hospital.

Respondi: “Certo, o que você quer cantar?”

“Vamos cantar, Aleluia.”

Eu quis dizer: “Aleluia pelo que? Isso aqui é um hospital, você está com febre alta—essa não é hora de cantar Aleluia.”

Mas, ao invés disso, eu disse: “Certo,” e cantamos Aleluia. O hino ecoou pela sala onde estávamos. A enfermeira não tinha fechado a porta completamente, e eu, na minha carnalidade, fiquei pensando como poderia fechar a porta sem atrapalhar a música. Tipo, meu filho não estava inibido... ele cantava com toda força que ainda tinha em seus pulmões.

Terminamos... silêncio novamente; de repente, ele disse: “Papai, vamos cantar mais uma estrofe.” Eu queria dizer: “Meu filho, acho que sua febre está mexendo com seu juízo.” Mas, ao invés disso, eu disse: “Certo. Qual delas?” Ele disse: “Te amo Jesus, Aleluia.” Então, cantamos mais uma estofe.

Veja bem, eu não serei recompensado por nada daquilo, mas ele será. Meu filho estava oferecendo o fruto de louvor e eu apenas o acompanhei com dificuldade.

Se fôssemos seguir o termômetro do hospital, jamais concluiríamos naturalmente: “Esta é uma hora perfeita para cantar Aleluia.”

As leituras do termômetro na cidade de Filipos teriam sido parecidas; a cidade era uma das fortalezas do Império Romano.

Se Paulo estivesse avaliando a situação do local onde estava em Roma, acorrentado a soldados e em prisão domiciliar, ele jamais teria terminado sua lista de oração dessa maneira—com um comentário de alegria triunfante.

Mas ele não se concentrou nas circunstâncias e, ao decidir fazer isso, ele se tornou para nós um exemplo de:

  • Afeição;
  • Progresso;
  • Prática;
  • Parcialidade;
  • Pureza;
  • Prudência;
  • Perspectiva;
  • Produtividade;
  • E prioridade no mais especial de todos os frutos.

E Paulo cantou glória e louvor a Deus.

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Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado dia 19/10/2014

© Copyright 2014 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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