Uma Receita para A Alegria

Uma Receita para A Alegria

Ref: Philippians 1–4

Uma Receita para A Alegria

Aos Cidadãos do Céu—Parte 5

Filipenses 1.3–7

Introdução

Um tempo atrás, um periódico de psicologia publicou o resultado de uma pesquisa. O periódico pediu que os assinantes—mais de 50 mil famílias—respondessem uma pergunta bastante simples: “Como alguém pode encontrar a felicidade?”

Pessoas de todas as partes do país enviaram suas respostas conforme seu ponto de vista a respeito da felicidade. Aquelas que se encontravam na classe social mais baixa incluíram “ganhar na loteria” como a melhor forma de encontrar a felicidade. Assinantes com um pouco mais de dinheiro responderam de forma semelhante, dizendo que queriam mais coisas—coisas que ainda não tinham.

Obviamente, muitas pessoas ficaram confusas; elas não sabiam o que queriam, não faziam ideia de como definir o que era felicidade verdadeira ou como consegui-la. Essas pessoas pediram conselho. Um homem até escreveu: “Listei abaixo os motivos por que acho que sou feliz... por favor, confirme se isso é verdade.”

Infelizmente, para a maioria das pessoas, felicidade é algo dependente de coisas que lhes acontecem. Por esse motivo, a maioria dos entrevistados—e a maioria das pessoas que perguntamos na rua—definem felicidade em termos daquilo que:

  • Acontece com eles;
  • Acontece com seus familiares e amigos;
  • Acontece com seus investimentos;
  • Acontece com sua saúde;
  • Acontece com seus empregos;
  • Acontece com seus sonhos e planos.

Em outras palavras, felicidade está ligada às circunstâncias horizontais da vida e esse é exatamente o motivo por que não há como se garantir ou preservar a felicidade por muito tempo, não é verdade? Dessa forma, a felicidade se torna aquele elemento evasivo da vida que a humanidade inteira tem buscado no decorrer da história.

Benjamin Franklin fez uma observação sarcástica baseada na constituição americana que havia sido recém-criada, a qual garante a todas as pessoas vida, liberdade e a busca pela felicidade. Franklin disse: “Esta constituição concede às pessoas o direito a buscar a felicidade, mas cada indivíduo é responsável por agarrá-la.”

Se responder honestamente, a maioria das pessoas dirá que ainda não conseguiram agarrar a tal felicidade, mas ainda estão em busca dela.

Enquanto estudava, descobri que existem 1,7 milhão de cachorros na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, e quase 8 milhões de gatos, números que indicam algo a respeito da cidade. Parte do desafio que as pessoas enfrentam quando seu gato morre em Nova Iorque é que elas não podem simplesmente ir para um terreno baldio e enterrá-lo. Além disso, a maioria das pessoas não tem um quintal em sua casa e, mesmo que tivesse, a lei municipal proíbe enterrar animal de estimação no quintal de casa. O município cobra uma taxa de 50 dólares para levar o animal defunto.

Uma senhora com mentalidade de empresária saiu com uma ideia inteligente para resolver esse problema pela metade do preço. Ela colocou um anúncio no jornal, dizendo: “Quando seu gato morrer, eu o levarei embora por 25 dólares.” Metade do preço. Logo ela começou a receber ligações.

Sua solução era simples: ela ia para uma loja velha de coisas usadas e comprava uma mala por apenas 2 ou 3 dólares. Quando recebia uma chamada, ela ia para o apartamento ou casa do cliente e depositava o gato morto dentro da mala. Em seguida, ela pegava o metrô no início da noite, um horário perfeito para bandidos. Ela se sentava próximo da porta do metrô, colocava sua mala no chão e agia como se não estivesse prestando atenção na mala. Não demorava muito e um bandido entrava, pegava a mala e saía correndo. A senhora reagia dizendo em voz um tanto baixa: “Pega ladrão....”

Que surpresa!

As pessoas de nosso mundo pegam malas que pensam conter felicidade duradoura, mas a promessa não se cumpre.

É impossível ler a carta de Paulo aos Filipenses sem captar seu espírito contagioso de verdadeira felicidade. Uma palavra melhor seria “alegria.” O apóstolo usa esse termo várias vezes em sua carta.

Agora, de início, você precisa entender que alegria é algo mais profundo do que mera felicidade. Felicidade depende de acontecimentos horizontais; alegria depende de um compromisso do coração.

Paulo tinha todo motivo do mundo para não estar alegre—ele está numa prisão domiciliar e soldados romanos o guardam de dia e de noite algemados ao apóstolo para que não fuja. Paulo não escreve Filipenses sentado em alguma mansão onde coloca um belo sorriso no rosto; esses são tempos difíceis e perigosos.

No decorrer da carta, Paulo exemplificará com sua vida e ensinará o que é necessário para o crente avançar além das circunstâncias horizontais da vida e ser uma pessoa genuinamente alegre. E veja bem: se Paulo pôde demonstrar alegria e os crentes morando em Roma conseguiram agarrá-la, então nós também podemos.

Em Filipenses 1, Paulo nos fornece a receita para a alegria, uma receita que poderá nos surpreender. Existem pelo menos 4 ingredientes para a alegria genuína encontrados no parágrafo que começa com o verso 3.

  • O primeiro ingrediente é: recordação de gratidão.

Lemos em Filipenses 1.3:

Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós

No fundo, essa carta de ação de graças é, primeiramente e acima de tudo, uma expressão de gratidão a Deus. E não ignore o pronome possessivo meu em meu Deus.

Como vemos, o relacionamento de Paulo com Deus coloria, formava, influenciava e até esmo definia sua perspectiva horizontal em relação às circunstâncias. É aí que começamos, com este ingrediente—Dou graças ao meu Deus. Com isso, você estará preparando uma boa receita para servir alegria.

Note o objeto de sua gratidão a Deus—por tudo que recordo de vós. Agora, é fácil ler a última parte do verso 3 e chegar à conclusão que Paulo não tem nada para lembrar em relação aos crentes filipenses além de momentos alegres. É verdade que essa igreja era motivo de alegria para o apóstolo, conforme descobriremos:

  • É verdade que esses crentes não dão muitos motivos para repreensão;
  • É verdade que as igrejas em Roma e na Galácia lutavam com muitas questões, inclusive com o desejo que alguns tinham de voltar a observar leis e tradições judaicas;
  • É verdade que a igreja em Corinto estava dividida, tolerava a imoralidade e buscava os dons públicos de forma egoísta;
  • É verdade que a igreja de Éfeso estava repleta de falsos mestres;
  • É verdade que a igreja em Colossos estava seguindo heresias;
  • É verdade que a igreja de Tessalônica estava cheia de rumores falsos sobre Paulo, membros preguiçosos e falsos ensinos quanto à ressurreição.

Sim, é verdade que a carta aos Filipenses é, em sua maioria, agradável. Contudo, não cometa o erro de pensar que essa igreja não tinha problemas. Na verdade, Paulo fará algo bastante raro nessa carta em particular ao repreender duas mulheres que estavam causando intrigas na igreja: eles as chama pelo nome. Além disso, ele desafia a igreja em vários aspectos.

Veja bem: quando Paulo diz: Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, ele não quer dizer que não existem coisas desagradáveis quando pensa nos filipenses e das quais não está grato. O que ele quer dizer com isso é que ele prefere não ficar pensando ou rememorando essas coisas negativas.

Você quer a receita para a alegria? Comece com esse ingrediente. Pratique a arte da memória seletiva. Já fazemos isso mesmo, não é? Pratique a recordação de gratidão. Quando pensamos nas pessoas, escolhemos lembrar apenas as coisas que nos deixam gratos.

Para aqueles que têm uma memória fraca, já temos uma vantagem.

Um autor disse algo importante que revela minha culpa e me faz lembrar de algo nesse texto onde Paulo claramente exerce controle mental e de seu poder de memória. Ele escreve que ter o desejo verdadeiro de lembrar e focar na bondade, benignidade e no sucesso dos outros não envolve negar suas fraquezas e decepções, mas escolher olhar além delas. Em 1 Coríntios 13, Paulo mandou os coríntios apagarem a longa lista de ofensas que haviam sofrido. Aquele que foca nos erros, fracassos e debilidades alheios está entregue à carne na qual ressentimento e espírito crítico governam.

Um ingrediente-chave ao espírito alegre é limitar sua memória ao que produz gratidão a Deus.

  • O segundo ingrediente é: intercessão fiel.

Veja o verso 4:

fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações,

Você já parou para pensar que Paulo raramente orava por coisas, mas sempre orava por pessoas? E veja o escopo compreensivo de sua vida de oração. Podemos circular a mesma palavra grega que aparece 4 vezes nos versos 3 e 4 traduzida como tudo, sempre e todas:

Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações,

Deixe parafrasear esses versos para transmitir essa ideia repetida: Dou graças ao meu Deus em todas as minhas recordações de vocês, em todo momento e em todas as minhas orações por todos vocês.

Obviamente, Paulo não deseja deixar ninguém de fora. Ele diz, com efeito: “Vejam bem, oro por todos vocês o tempo todo.”

Isso não é bajulação piedosa como aquela que fazemos quando dizemos sem nem mesmo pensar: “Vou orar por você,” e nunca oramos. Paulo estava sendo sincero.

Você consegue imaginar esse homem, que foi um fariseu prepotente, agora consumido pela graça de Deus de forma a orar com alegria por uma empresária da Ásia Menor, um carcereiro romano que havia lhe espancado e por uma garota que, no passado, possessa por espírito, o importunara terrivelmente? Todos esses são agora convertidos (Atos 16) e cada um deles se encontra na lista de oração de Paulo.

Imagina estar na lista de oração de Paulo!

Alguém já disse alguma vez, com absoluta sinceridade, que está orando por você? Você lembra o efeito disso na sua vida? Trouxe alegria. E isso também produziu alegria naqueles que oraram por você. Isso porque os que oram por outra pessoa estão vencendo a batalha contra o eu-meu-mim mesmo, transpondo o maior obstáculo no caminho da alegria, o qual acontece de ser nós mesmos. É impossível ser egoísta e, ao mesmo tempo, experimentar alegria. Intercessores estão vencendo essa batalha.

Um dos destaques dos domingos para mim é saber que existe meia-dúzia de indivíduos que se reúnem na sala de oração e oram pelo culto e no decorrer do culto. Quando chego à igreja e me preparo para pregar, vou até essa sala onde homens e mulheres estão reunidos e me esperam. Eles chamam o grupo de “Parceiros de Arão e Hur” em honra aos dois homens que ergueram e seguraram os braços de Moisés durante uma batalha crítica (Êxodo 17). E é exatamente isso que eles fazem—me erguem e erguem tudo o que é realizado no culto diante de Deus em oração. Tenho certeza que eles possuem uma perspectiva singular do culto, da Escola Dominical, da pregação e do pastor.

A intercessão a favor de outra pessoa transforma, acima de tudo, o próprio intercessor.

Imagine esse apartamento alugado onde alguns soldados romanos estão acorrentados a Paulo em prisão domiciliar. De repente, Paulo diz: “É o seguinte: é hora de orar.” E o soldado ouve a oração alegre, fervorosa, intensa e pessoal de Paulo em Roma por esses crentes de Filipos.

E não ignore o fato de a vida de oração de Paulo não alterar as circunstâncias—quando disse “Amém,” ele ainda estava acorrentado a um soldado romano, mas essa oração mudava seu espírito. Sabemos disso porque ele ainda está acorrentado, mas ora com alegria.

Se quiser misturar os ingredientes para assar a alegria, faça o seguinte: seja limitado nas recordações, mas generoso na oração.

Contudo, existem mais ingredientes além de uma recordação de gratidão e intercessão fiel.

  • Participação confiável.

Veja o verso 5:

pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora.

Pela primeira vez, Paulo menciona uma de suas palavras prediletas. Cooperação vem do termo grego koinonia. Dependendo de sua morfologia, ela significa comunhão, cooperação, participar, estar pronto a compartilhar (Romanos 12.13; 15.26; 1 Coríntios 1.9; Hebreus 13.16).

Paulo emprega essa palavra outras vezes em Filipenses para se referir à comunhão que temos no Espírito Santo no capítulo 2 e à comunhão com os sofrimentos de Cristo em 3.10.

Essa não é uma palavra banal; Paulo não está dizendo que os filipenses estavam curiosos para receber sua carta de agradecimento. Ele diz que eles estavam profundamente envolvidos com ele no Evangelho por meio de oração, sacrifício financeiro, distribuição de sua carta com outras pessoas, hospedagem em suas viagens e continuação do trabalho de evangelismo em Filipos.

Veja bem: se desejamos experimentar alegria pessoalmente e em conjunto como igreja, precisamos elevar nosso entendimento bíblico de koinonia.

Um pastor escreveu algo interessante em seu comentário no livro de Filipenses. Ele disse que muitos crentes vão de igreja a igreja buscando boa comunhão e, ao fazerem isso, buscam uma ilusão. Como assim? Ele escreve:

Comunhão bíblica é mais do que uma xícara de café após o culto, juntar-se a outros crentes ou partilhar de alguma refeição com irmãos crentes enquanto os filhos brincam no quintal. Não me entenda errado, essas são coisas excelentes. Entretanto, comunhão—o tipo de comunhão que Paulo fala aqui—é algo bem mais profundo. Trata-se de responsabilidade compartilhada, de servir juntos em estudos bíblicos de mulheres, voluntariar-se para servir no ministério infantil, participar de uma viagem missionária, realizar ministério de misericórdia em cidades que sofreram alguma espécie de devastação, evangelizar os pobres, orar pelo mundo com irmãos e irmãs.

Isso é koinonia. Isso é comunhão bíblica.

William Carey e algumas outras pessoas compreenderam a ideia de Paulo aqui com os crentes de Filipos. Carey se tornaria o pai das Missões Modernas investindo 40 anos na Índia. Mas ele sabia que jamais conseguiria fazer a obra sozinho. Então, antes de partir, ele escreveu para um pequeno grupo de crentes: “Existe uma mina de ouro na Índia, mas é tão funda quanto o núcleo da terra. Tentarei descer até a mina, mas vocês precisam segurar as cordas.” Todas as pessoas agarradas à corda da oração, apoio financeiro, interesse e envolvimento experimentaram comunhão genuína porque comunhão genuína surge através da cooperação, não da observação.

Como meu professor costumava dizer, a igreja tem se tornado cada vez mais parecida com um jogo de futebol de domingo à tarde no qual 50 mil pessoas desesperadamente necessitadas de exercício assistem a 22 homens desesperadamente necessitados de descanso.

Um pastor veterano e autor com mais de 50 anos de ministério escreveu que a igreja hoje produz uma multidão de caroneiros eclesiásticos. O polegar da pessoa que pede carona diz: “Você compra o carro, paga os consertos, manutenção e seguro; você paga pela gasolina e eu usufruo do seu carro. Mas, se acontecer um acidente, o conserto é com você.” Muitos na igreja hoje têm agido dessa forma. Seu credo é: “Você vai para as reuniões, serve nos comitês e se voluntaria; você lida com questões logísticas, necessidades e problemas da igreja, e você assume as despesas financeiras enquanto eu apenas usufruo dos serviços. Se as coisas não me agradarem, provavelmente vou reclamar, criticar ou até mesmo ir embora. Sabe, meu polegar está sempre pronto em busca de uma carona melhor.”

Kent Hughes escreveu essas palavras primariamente para desafiar homens em seu livro Disciplinas de um Homem Piedoso, escrito mais de 30 anos atrás. Imagino o que ele escreveria hoje.

Caroneiros eclesiásticos, arquibancadas repletas de torcedores.

Meu amigo, a igreja não precisa de torcedores melhores, mas de comunhão melhor—pessoas que embarcarão na jornada e segurarão as cordas.

Perceba a confiança e encorajamento no verso 6:

Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.

O Dia de Cristo Jesus é uma frase profética que ocorre apenas 6 vezes no Novo Testamento—3 delas aqui em Filipenses (1.6, 10; 2.16). Ela enfatiza aquele dia futuro quando Jesus Cristo retornar para arrebatar Sua igreja.

Em contraste, você se deparará no Novo Testamento com a frase o Dia do Senhor, a qual se refere ao dia de julgamento e tribulação descritos por Paulo em 1 Tessalonicenses 5.

Paulo não se refere aqui ao Dia do Senhor, mas ao Dia de Jesus Cristo—um dia que a igreja aguarda ansiosamente até mesmo agora; um dia quando a igreja é completada em Cristo. Em outras palavras, Paulo diz que o que Deus começou, Deus terminará.

Jesus Cristo anunciou aos Seus discípulos em Mateus 16.18:

Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão conta ela.

Edificarei—futuro—a minha igreja! E ela começou no Dia de Pentecostes em Atos 2. Agora, Paulo anuncia aos filipenses: “Um dia, Jesus dirá: ‘Completei a minha igreja.’”

Em outras palavras, Jesus Cristo, o Mestre de obras, continuará em Seu projeto de construção até que a igreja seja completada. Cremos que o término da construção será marcado pelo soar de uma trombeta e pela convocação de todos os que formam a igreja, a Noiva de Jesus Cristo.

Paulo apresenta este ingrediente de expectativa e alegria aos filipenses: “Ouçam bem: o que Deus começou em vocês—essa boa obra do Evangelho na qual vocês são meus cooperadores—será um dia completado.”

Isso não significa que Deus terminará a obra de salvação e resgate de perdidos—haverá milhões de pessoas na Tribulação que serão salvas e Israel será restaurado (Apocalipse 19, 20). O que Paulo quer dizer é que a igreja será completada; a Noiva de Cristo será chamada e redimida e, depois, convocada para o céu, glorificada para governar com Cristo em Seu futuro reino. Ou seja, Jesus Cristo não terá obra alguma incompleta.

Essa obra ainda não terminou, mas Paulo está certo de que ela se completará.

Os ingredientes da alegria incluem:

  • Recordação de gratidão;
  • Intercessão fiel;
  • Participação confiável.

Por fim:

  • O quarto ingrediente é: devoção leal.

Veja o verso 7a:

Aliás, é justo que eu assim pense de todos vós, porque vos trago no coração…

No verso 3, Paulo disse aos filipenses que os carregava em sua mente; agora, no verso 7, ele conclui o pensamento dizendo que lhes carrega no coração.

Por que ele escreve isso? Ele explica mais adiante:

pois todos sois participantes da graça comigo ...seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho,

Na defesa—é a palavra apologia, da qual derivamos o termo “apologética.” Trata-se aqui da defesa do Evangelho diante dos que estão fora da igreja.

Paulo também adiciona a frase confirmação do evangelho, uma frase que se refere à edificação do corpo de Cristo.

Os filipenses participam com Paulo na defesa da fé para os descrentes fora da igreja e na edificação da fé para os crentes dentro da igreja. Ou seja, eles se preocupavam mais com o Evangelho, com a igreja e com os perdidos do que consigo mesmos.

É de se esperar que esses crentes eram tão queridos ao coração de Paulo, um homem escrevendo em cadeias presas a seus punhos e calcanhares.

Eles compartilhavam de seu fervor e de sua alegria, eles entenderam sua devoção leal ao Evangelho de Jesus Cristo.

Você deseja alegria em sua vida? Tem certeza? Bom, talvez depois dessas verdades você sabe por que não deseja essa alegria. Caso deseja, vamos revisar os ingredientes da receita que Paulo fornece:

  • Primeiro: alegria é encontrada numa recordação de gratidão—chamamos isso de memória seletiva; ou seja: alegria é escolher se lembrar daquilo de bom que as pessoas fazem para você ao invés de suas ofensas contra você;
  • Segundo: alegria é encontrada na intercessão fiel—ou seja: alegria é escolher orar por pessoas ao invés de por coisas para nós mesmos;
  • Terceiro: alegria é encontrada em participação confiável—ou seja: alegria é escolher participar na igreja ao invés de pegar carona em nossa viagem ao destino final;
  • E quarto: alegria é encontrada na devoção leal—ou seja: alegria é escolher defender o Evangelho mais do que se preocupar em defender a si mesmo.

Esses são os ingredientes de uma receita que irá:

  • Santificar sua memória;
  • Dar sabor aos relacionamentos;
  • Perfumar sua perspectiva;
  • Ajustar suas prioridades;
  • Incentivar suas lealdades; e
  • Alimentar o motor de sua expectativa com graça, sabedoria e alegria.

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado dia 05/10/2014

© Copyright 2014 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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