
O Que Existe em Sua Mente?
O Que Existe em Sua Mente?
Graça Extravagante—Parte 4
Filipenses 4.8–9
Introdução
Conforme um dicionário padrão, uma das palavras mais pesquisadas pelas pessoas é “tempo.” Um artigo explica que o ser humano simplesmente não consegue parar de pensar no tempo. A questão é como fazer mais, conquistar mais, resolver mais coisas sem perder muito tempo.
Faça uma pesquisa sobre livros de autoajuda e você terá uma ideia: Receba Seu Bacharel em apenas Um Ano, Trinta Dias para Conseguir Uma Vida Melhor, Uma Semana para Um Novo Eu. Se isso já não fosse bom o suficiente para ajuda-lo em sua crise, os editores do artigo escreveram: “ Que tal comprar um livro com estes títulos: Sendo Pai por Um Minuto, Resolvendo o Stress em 60 Segundos, Terapeuta de Um Minuto, ou 60 Segundos para a Serenidade?” Centenas de livros dessa natureza usam a palavra “instantâneo.”
Agora, o mundo cristão não está imune a essa moda. Podemos comprar livros em livrarias populares com títulos como 60 Segundos com Deus, Orações Diárias de 60 Segundos e Sermões Prontos para Pastores Ocupados.
Preciso deste último!
Os títulos de hinos de tempos antigos que cantavam sobre como santidade demora para ser construída seriam modificados; em nossa geração, esses hinos teriam como título Santidade Instantânea. Mas a verdade é que a santidade não é instantânea; você jamais será santo de uma hora para outra. Ser transformado pela renovação da nossa mente não é um empreendimento de 60 segundos, mas uma prioridade que leva a vida toda. O apóstolo Paulo escreveu aos crentes romanos que precisavam submeter não somente seus corpos, mas suas mentes a serem transformadas e renovadas (Romanos 12.1–2). Em outras palavras, agora eles poderiam nutrir um tipo de pensamento radicalmente oposto ao que nutriam quando ainda eram descrentes.
Sem Jesus Cristo, o Novo Testamento descreve a mente do descrente da seguinte forma:
- Má (1 Timóteo 6.5);
- Focada no corpo (Romanos 8.5);
- Hostil a Deus (Colossenses 1.21);
- Endurecida à verdade espiritual (2 Coríntios 3.14);
- Incapaz de discernir a realidade espiritual (1 Coríntios 2.14);
- Cegada por Satanás (2 Coríntios 4.4);
- Consumida por buscas vazias (Efésios 4.17);
- E de todo corrompida (Tito 1.5).
Na cabeça de Paulo—e na do Espírito Santo revelada através dele—o elemento que distingue o crente do descrente com o qual você trabalha, estuda, ao lado de quem viaja ou de quem mora não é apenas a maneira como você vive, mas a forma como pensa também.
Salomão fala sobre essa questão fundamental quando escreve em Provérbios 23.7: como pensa em seu coração, assim ele é. Em outras palavras, o motivo por que seu vizinho, colega de trabalho ou de estudos age da maneira como age é porque ele pensa do jeito que pensa. Como um autor disse: “Você não é aquilo que pensa; aquilo que você pensa, você é.”
Portanto, uma das perguntas mais profundas que você pode fazer a um crente é: “O que existe em sua mente?” Aquilo que existe em sua mente representa aquilo que já existe em seu coração; e aquilo que existe em seu coração e mente subirá à superfície de suas mãos, pés e vida em algum momento.
Os judeus acordavam pela manhã e oravam a Shema—a oração de Deuteronômio 6, que diz: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e com toda a tua força. O que é mais fascinante é que Jesus Cristo citou essa mesma passagem adicionando Sua própria revelação divina—Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu entendimento (Marcos 12.30).
Veja bem, quando você se converteu, você não perdeu seu entendimento; você não parou de usar sua cabeça; na verdade, após sua conversão, você passa a usar a sua mente conforme Deus planejou ao cria-lo. Você não colocou sua mente no ponto-morto, mas finalmente passou a primeira marcha.
Agora, uma vez que a disciplina de renovar a mente é crucial para o crescimento do crente, você pode se perguntar: “Existem diretrizes quanto ao que podemos guardar em nossas mentes?” Paulo responde essa pergunta em Filipenses 4.8. O apóstolo emprega dois adjetivos e dois substantivos que devem governar nossos pensamentos. Veja como ele começa esse parágrafo: Finalmente, irmãos.
Agora, essa expressão não significa que Paulo está terminando sua carta, assim como pastores não estão terminando suas pregações quando dizem “para concluir.” Talvez você fica com certa esperança, mas ainda não acabou. O que Paulo quer dizer aqui é que está concluindo sua lista de imperativos dentro deste contexto.
Paulo vem dando um imperativo após outro nesta parte de sua carta, como no verso 4: alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez digo, alegrai-vos, e também no verso 6: não andeis ansiosos de coisa alguma. E agora ele termina essa lista de oito ordens ao dizer no final do verso 8: nisso pensai.
Precisamos entender que essas ordens não são sugestões que podemos aplicar às nossas vidas de forma acidental e periódica, mas imperativos a serem aplicados de forma intencional e propositada. No linguajar de um universitário, essas não são matérias optativas no currículo da santidade, mas matérias diárias e obrigatórias. E elas também não duram apenas 60 segundos, mas uma hora após outra em seu caminhar.
Diretrizes para O Mente
A lista começa no verso 8: Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro.
- O primeiro elemento na lista é: tudo o que é verdadeiro.
Essa primeira diretriz já vai completamente contra o pensamento popular de nossos dias. As pessoas não perguntam mais: “Isso é verdade?” mas, “Funciona? Será que isso me fará sentir melhor? As pessoas em geral concordam com isso?” Esse tipo de pragmatismo conseguiu entrar no meio cristão, de forma que a maioria das igrejas hoje se pergunta se algo ofenderá ou não ao invés de se é bíblico ou não.
Tudo o que é verdadeiro também está em contraste com aquilo que não é verdadeiro. Mentiras, rumores e exageros não são verdadeiros; pensamentos e planos enganosos que passam pela nossa mente estão fora dos limites, já que não são verdadeiros. O verdadeiro é fiel, confiável, real e genuíno.
As coisas que ocupam sua mente devem ser, primeiramente e acima de tudo, verdadeiras.
- O segundo elemento na lista é: tudo o que é respeitável.
Algumas versões traduzem a palavra grega como “honesto.” Essa é a mesma palavra que aparece em Tito, onde Paulo convoca os homens da igreja daquela ilha a crescerem em maturidade dignificada. Ou seja, deixar para trás a adolescência e se tornar homens de maturidade e dignidade. Agora, isso não significa que esse homem não ri ou se diverte.
Um linguista esclarece o significado dessa palavra quando escreve que esse tipo de mente honesta teme tudo aquilo que é superficial e leviano. A mente honesta ou nobre não se ocupa com pensamentos superficiais e triviais.
É interessante que essa palavra foi usada no período clássico pelos gregos para se referir originalmente a algo ligado aos seus deuses e os templos de seus deuses. O apóstolo Paulo usa a palavra para se referir corretamente ao crente que caminha por este mundo como se ele fosse o próprio templo do Deus vivo.
Será que é possível ser mais honrado do que isso? Por isso, devemos pensar e agir de forma honrável à luz da Pessoa que carregamos no templo de nossos corpos (1 Coríntios 6.19–20).
- Em terceiro lugar na lista, Paulo adiciona: tudo o que é justo.
Tudo o que é justo ou correto. Paulo diz aos crentes filipenses e a nós que o que deve ocupar nossa mente são planos, pensamentos e sonhos por uma vida justa e correta. Em outras palavras, pensamos o tempo todo em maneiras como podemos fazer a coisa certa. Em contraste com isso, o homem mau se deita em sua cama à noite e pensa em novas formas como pode pecar, novas maneiras de trapacear, novos jeitos de roubar (Salmo 36.4).
Essas diretrizes para a forma de pensar estão ligadas a integridade; em outras palavras, quer esteja fazendo uma lição de casa, ou tecendo um contrato ou até mesmo lavando a louça, você fará todas essas coisas da maneira correta.
Um noticiário recentemente contou a história de 31 universitários que foram pegos por haverem submetido trabalhos plagiados retirados da internet. Infelizmente, isso é bastante comum; professores estão sempre alertas a esse problema. Essa descoberta, contudo, tornou-se mais interessante porque os alunos haviam escrito seus trabalhos sobre ética—eles plagiaram para conseguirem passar na matéria de ética!
Até mesmo o mundo sabe intuitivamente o que é certo (Romanos 2). Apesar de descartarem a Bíblia, os descrentes dizem: “Ei, isso não está certo” quando algo os prejudica pessoalmente.
Fazer o certo é algo que admiramos e temos admirado isso cada vez mais porque parece estar se tornando uma raridade. Especialmente no mundo dos negócios, admiramos a qualidade da integridade.
Outro dia, li a história de um homem chamado Leon Bean que, em 1912, abriu um negócio de vendas por meio dos correios; a única coisa que ele vendia era botas para caçadores e prometia dinheiro de volta, caso o cliente desejasse devolver o produto. Problemas no design das botas fez com que 90% dos pedidos fossem devolvidos e ele teve que devolver o dinheiro aos seus clientes. Manter a palavra de sua promessa pode até ter custado seu negócio, mas Leon Bean cumpriu o que prometera, devolveu o dinheiro, corrigiu o problema no design das botas e começou a vende-las novamente com a mesma garantia de dinheiro de volta. Hoje, a empresa L. L. Bean é uma das maiores dos Estados Unidos.
Então, o que existe em sua mente? Pense no que é certo. Daí, quando tiver pensado nas coisas certas, você estará caminhando para fazer as cosias certas.
- Paulo adiciona um quarto item à sua lista: tudo o que é puro.
A palavra se refere a coisas que são moralmente sadias. Essa é uma das características preferidas de Paulo para o crente; às vezes, ela é traduzida como “honesto:”
- Ele escreve a Timóteo: Conserva-te a ti mesmo puro (1 Timóteo 5.22);
- Tito deve encorajar as jovens mulheres na igreja a serem sensatas, honestas, que significa “puras” (Tito 2.5);
- Tiago descreve a sabedoria que vem de Deus como sendo, primeiramente, pura (Tiago 3.17);
- Pedro encoraja as esposas de descrentes a viverem com seus maridos com um honesto comportamento (1 Pedro 3.2);
- João escreve que aqueles que confiam na vinda de Cristo purificam-se a si mesmos à luz de Sua vinda (1 João 3.3).
Para os apóstolos, pureza na vida começa com os pensamentos; e veja bem, por causa dessa realidade espiritual, a maior batalha no planeta não é entre nações poderosas, nem contra ideologias políticas. O maior conflito, conforme Dwight Pentecost escreveu décadas atrás: “Não é político, econômico ou social. O maior conflito ocorrendo no mundo hoje é a batalha que acontece na sua mente.”
É de se esperar, portanto, que a Palavra de Deus nos advertisse repetidas vezes para guardar nossas mentes, nossos olhos, nossos pensamentos, nossos corações. Salomão escreveu: Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida (Provérbios 4.23).
O que existe em sua mente? Será que é puro? Nossa cultura não é amiga da pureza, não é? Em 1896, um filme chamado O Beijo enfureceu a sociedade porque mostrou um casal não casado dando um beijinho rápido. Os críticos chamaram esse ato de desprezível; um crítico disse que era um caso de polícia.
Se você é velho o suficiente para lembrar do advento da televisão nas décadas de 1960 e 70, quando programas de televisão mostravam casais em seus quartos, eles os mostravam dormindo em camas separadas; e olha que eram casais casados!
Uma análise mostrou que, por volta da década de 1990, o maior entretenimento, incluindo filmes, mostrava comportamento sexual a cada 4 minutos; na verdade, estimativas revelam que o telespectador vê em média na televisão 14 mil cenas de sexo todo ano. A maioria dessas cenas envolve duas pessoas que não são casadas.
Conforme outro estudo que li, a maioria desses relacionamentos não traz consequência alguma. Nenhum personagem no filme vê sua vida arruinada por causa de sua promiscuidade; ninguém pega herpes ou AIDS; ninguém engravida; ninguém precisa trocar fraldas, se levantar no meio da noite ou labutar no decorrer de anos para criar um filho sem a presença do pai.
Pense na forma como a mídia educa nossos filhos. Quando juntamos TV, filmes, mídias sociais e Youtube, uma pesquisa apontou que uma criança, entre o jardim de infância e o término do 2º grau, assiste em média a 15 mil horas de televisão e filmes; e veja bem, essa mesma criança passa em média menos de 13 mil horas na escola.
Que educação excelente! A televisão é aquela invenção estranha que o entretém em sua sala de estar com pessoas que você jamais permitiria entrar em sua casa.
Agora, o problema com a pureza de pensamento—para homens e mulheres de todas as idades—piorou ainda mais nesta era da internet e smartphones. Eu conversei com professores de 3ª série outro dia e eles me disseram que o maior desafio é o fato de garotos estarem assistindo a pornografia em seus celulares—3ª série!
E para o crente, independente de sua idade, vivemos num mundo que não somente permite e vende pornografia, mas num mundo que é pornográfico. Ele vende de tudo; não há mais limites. Mas a verdade permanece: não há desculpas para o crente que deseja crescer por meio da disciplina da mente, do caráter, da santidade e da pureza, o que acontece de ser a mente de Cristo.
Apesar de a batalha estar acontecendo abertamente, a verdade permanece a mesma, como Charles Spurgeon escreveu 140 anos atrás: “Deus não habitará na sala de nossos corações quando escolhemos divertir o diabo na adega de nossos pensamentos.”
Então, o que existe em sua mente? Essa acontece de ser nossa maior batalha hoje.
Pedro escreveu aos crentes e os mandou ficar alertas, acordados, porque o diabo, aquela antiga serpente, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar (1 Pedro 5.8).
O verbo devorar significa descreditar. O diabo deseja tirar o crédito do crente; o descrente não estimula seu apetite; ele busca vidas preciosas, conforme Salomão escreveu.
Satanás não pode pegar sua alma, mas pode destruir o testemunho de sua vida, a integridade de seu coração e a paz de sua consciência. Ele é um leão que ruge faminto. Não brincamos com um leão faminto; não nos aproximamos de um leão faminto; não caminhamos até ele para acariciar sua cabeça e dizer: “Que gatinho bonitinho...” bom, para começar, não existe gato bonito!
Satanás é frequentemente chamado de serpente; e não chegamos perto de uma serpente venenosa, não é? Ficamos longe dela!
Outro dia, eu estava dirigindo perto de casa quando, de repente, vi uma cobra se rastejando na rua. Não pensei duas vezes: passei por cima dela. Não diminuí a velocidade para que ela fugisse, nem parei para brincar com ela; eu a atropelei! Não conte para o IBAMA—eles preferem cobras a pessoas como eu!
Veja bem, não negociamos com um leão; não brincamos com uma serpente; não brincamos com o pecado; ele pode envenena-lo, devorá-lo e destruir terrivelmente aquilo que Deus tem feito em sua vida.
Então, o que existe em sua mente? Certifique-se de que é puro.
- Em quinto lugar, Paulo diz: tudo o que é amável.
Esse adjetivo ocorre apenas aqui em todo o Novo Testamento. O erudito no grego James Moffat o traduziu em 1913 como “agradável.” Ele pode ser entendida como aqueles pensamentos que são agradáveis, concordáveis e amáveis.
Um tradutor a parafraseou como “aquilo que produz amor;” em outras palavras, não pense naquelas coisas que estimulam amargura, medo, ressentimento ou crítica.
Paulo também está nos encorajando a pensar em tudo aquilo que é moral, mental e emocionalmente amável, e também naquilo que é amável em aparência. Foque sua mente naquilo que é belo na criação; em tudo o que é belo, maravilhoso, majestoso, glorioso e que inspira temor diante da obra criativa de Deus ao seu redor.
Até mesmo o Senhor encorajou Seus ouvintes a pensar nos pássaros, no campo e nas flores; a pensar neles, observá-los e retirar analogias deles a respeito da beleza da graça extravagante de Deus em suas vidas. Observe a natureza; pense no belo pôr-do-sol ou nas ondas do oceano; mergulhe sua mente na beleza de uma sinfonia ou na maravilha de uma descoberta científica.
O que existe em sua mente? Saia e considere o mundo natural e o céu estrelado sobre sua cabeça; Davi escreve que eles proclamam a glória de Deus, de dia e de noite.
- Paulo ainda adiciona: tudo o que é de boa fama.
Em outras palavras, o que é digno de se repetir; o que é louvável a outros. Paulo diz que não devemos deixar nossas mentes presas a coisas que não são dignas de serem repetidas a outras pessoas.
Em seguida, Paulo adiciona duas sentenças condicionais. Veja o que ele escreve no final do verso 8:
...se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.
A propósito, essas sentenças condicionais podem ser entendidas da seguinte forma: “Se há alguma excelência e coisas dignas de louvor... e existem, existem... então, aqui está a ordem: ocupem sua mente com essas coisas.”
Vamos modificar esses versos para conseguirmos uma clareza maior. Paulo diz: “Finalmente, irmãos, o que não é verdadeiro, o que é trivial, o que não é correto, o que é impuro, o que não é amável e o que não é digno de se repetir, se há algo que não é moralmente excelente e se há algo que não é digno de louvor, não pense nessas coisas.”
Uma forma piedosa de pensar também envolve a disciplina da rejeição. Dizer não às coisas erradas e sim às corretas. Habite nessas coisas, pondere essas coisas.
O verbo ocupar é o grego logizomai, do qual derivamos a palavra “logaritmo.” Paulo diz que devemos pensar nessas coisas de forma deliberada e esforçada da mesma maneira como pensamos enquanto resolvemos um problema matemático. Para alguns de nós, isso requer mais tempo do que no caso de outros.
E você jamais assumirá controle total dessas 8 diretrizes; as coisas não ficarão mais fáceis. Mas, apesar de jamais as controlar perfeitamente, devemos manter nossa busca por elas, a fim de que não sejamos controlados pelas coisas erradas. E essas coisas não acontecerão em 60 segundos; você se encontra nesta batalha pelo resto da vida.
Muitos anos atrás, o pregador Alan Redpath estava pregando na Igreja Moody em Chicago e disse à igreja: “Eu não tenho nenhuma fórmula mágica para sua santidade; não tenho nenhum tratamento barato para oferecê-los; não tenho nenhum atalho para o crescimento espiritual de nenhum de vocês. A única coisa que posso dizer é a seguinte: ‘Voltem para suas Bíblias, voltem para suas Bíblias.’”
É impossível ser influenciado por algo que não se conhece!
Agora, no verso 9, Paulo insere uma ilustração pessoal: O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai.
E agora ele menciona a promessa: e o Deus da paz será convosco.
Paulo nos manda não somente ponderar essas coisas, mas praticá-las também:
- O que também aprendestes (pela pregação e ensino de Paulo);
- e recebestes (na forma de autoridade apostólica);
- e ouvistes (com seus próprios ouvidos quando conversaram com Paulo e outros crentes);
- e vistes em mim (ao observarem a vida de Paulo pessoalmente. Muitos deles conheciam o velho Paulo e tinham visto a transformação radical em sua vida; eles podiam testificar das mudanças que viram em sua vida).
Isso praticai—ou seja, não somente pensem nessas coisas, mas as apliquem; transformem princípios em práticas bíblicas. Esse tipo de pensamento deve ser o que os crentes praticam e fazem—agora!
Quando você demora para reagir em obediência a Deus e diz: “Senhor, Tu desafiaste meu coração e minha mente nessa área. Irei mudar na próxima semana, no ano que vem, quando conseguir outro emprego, quando me aposentar, quando meus filhos saírem de casa,” essas coisas podem até fazê-lo se sentir melhor por um momento—você apaziguou sua consciência. O problema é que Deus deseja ver sua consciência incomodada... porque é Ele quem a está incomodando. Além disso, como disse Paul Tripp: “A demora não passa de desobediência vestida em roupa de gala.” A aparência é melhor, mas ainda é desobediência.
Mas, se você obedecer, o Deus da paz será convosco.
Você não acalmará sua consciência, mas confessará e a limpará; assim, poderá desfrutar de uma consciência purificada ao colocar em prática esse tipo de pensamento.
Num domingo enquanto voltavam para casa da igreja, uma garotinha perguntou à sua mãe: “Mamãe, o pastor me deixou confusa hoje.” Sua mãe pediu que ela explicasse e ela respondeu: “Bom, ele disse que Deus é maior do que nós, mas também disse que Deus mora dentro de nós. É verdade?” “Sim, é verdade.” “Mas se Deus é maior do que nós e mora em nós, então Ele não deveria aparecer?”
Ele aparecerá; esses pensamentos piedosos refletirão a mente de Cristo. E quando nossas mentes praticam o que Cristo manifestou perfeitamente, Cristo aparece.
Ele aparece. Então, o que existe em sua mente? Será que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, de boa fama, excelente e digno de louvor? Se sim, muito bem; persevere nessas coisas. E enquanto você trabalha nessas disciplinas, sua consciência conseguirá descansar e desfrutar da paz de Deus e do Deus da paz.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado dia 01/05/2016
© Copyright 2016 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
Add a Comment