
Protegidos pela Alegria
Protegidos pela Alegria
Mirando Mais Alto—Parte 1
Filipenses 3.1–3
Introdução
Independente de para onde formos neste mundo, veremos como as pessoas investem na segurança, quer seja de uma nação como um todo, ou de uma família. Países gastam bilhões de dólares por ano com sistemas de defesa militar e policiamento; a cada dia que passa, tem ficado mais comum ver pessoas comprando e instalando em suas casas alguma espécie de sistema de segurança como câmeras e alarmes. Não reclamamos disso, não é verdade? Na realidade, gostaríamos até que nosso país investisse mais em policiamento e segurança em nossas cidades, não é?
Você provavelmente já ouviu o ditado: “O melhor ataque é a defesa.” Essa parece ser a melhor estratégia de guerra, e essa acontece de ser a melhor estratégia para o crente também.
Em Filipenses 3, Paulo apresenta algumas estratégias de defesa. Filipenses 3.1 diz: Quanto ao mais, irmãos meus.
A expressão quanto ao mais não significa que Paulo não tem mais coisa a dizer, mas sim que ele está avançando em sua carta para tratar de outros assuntos. Antes de o apóstolo avançar, contudo, ele repete algo crucial em questão. Continue no verso 1: Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor.
Paulo manda os filipenses se alegrarem também no capítulo 2.17–18 e no 4.4. O verbo alegrai-vos está no imperativo; portanto, essa é uma ordem—“Alegrem-se no Senhor!”
Alegrar-se é uma ordem:
- Então, manifestar alegria não resulta de emoção, já que é impossível mandar uma pessoa se sentir de determinada forma; não podemos ordenar emoção.
- Isso também significa que alegria não é uma característica de temperamento, já que não podemos modificar o temperamento de uma pessoa com uma simples ordem.
- E isso também significa que alegria não depende de circunstâncias como saúde ou conta bancária, já que não podemos controlar as circunstâncias de nossa saúde e conta bancária simplesmente com o querer.
Alegrai-vos no Senhor significa enxergar Cristo como o único reservatório de alegria. Alegrar-se no Senhor significa que Ele é a única fonte de alegria, o objeto mais sublime de nossa alegria, o tesouro e comunhão de alegria.
Paulo, todavia, continua e adiciona no verso 1:
...A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas.
Em outras palavras, já mandei vocês se alegrarem antes, mas vocês precisam entender que se alegrar é, na verdade, um sistema de segurança; então, quero repetir isso para o seu bem.
Um crente alegre possui, na verdade, um sistema de segurança instalado ao redor de sua mente e coração. Conforme um autor escreveu, o crente não pode murmurar e se alegrar no Senhor ao mesmo tempo. É, simplesmente, impossível fazer os dois ao mesmo tempo.
Outro motivo por que um espírito alegre nos protege é que também é impossível encontrar alegria no Senhor e encontrar alegria no pecado ao mesmo tempo. É impossível fazer os dois. É exatamente essa a razão por que Paulo escreve que se alegrar em Cristo serve como segurança.
O termo que o apóstolo emprega aqui para segurança (asphales) deriva de uma palavra que significa “não tropeçar, topar ou perder a estabilidade.”
Imagine—alegrar-se no Senhor pode fazer isso e muito mais!
Matthew Henry, o pregador puritano dos anos de 1600 escreveu o seguinte: “A alegria no Senhor é uma armadura divina contra os ataques de nossos inimigos espirituais e retira de nossa boca o gosto por aqueles prazeres que o tentador usa como isca em seu anzol. O gosto da alegria em nossa boca faz com que as ofertas do tentador se tornem totalmente insípidas.”
Alegria é a nossa proteção; alegrar-se no Senhor é o nosso sistema de defesa espiritual e é uma atividade que escolhemos fazer. Paulo escreve aqui: “Deixe-me repetir uma coisa e obedeçam a esta ordem: alegrem-se no Senhor.”
Isso é algo que escolhemos fazer!
Em seguida, Paulo parte para aquilo que devemos evitar; ele quer que nosso radar de defesa fique ligado e envie sinais de alerta diante da presença de certos indivíduos.
No verso 1, alegrar-nos no Senhor é algo que escolhemos. Agora, o verso 2 nos informa aquilo que devemos evitar:
Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão!
Você percebeu que Paulo usou três vezes o mesmo verbo acautelai-vos? A minha versão bíblica insere um ponto de exclamação após cada uma das três orações, indicando que essas são três ordens. Acautelai-vos significa simplesmente: “Tomem cuidado! Permaneçam sempre em alerta!”
Em outras palavras, você sempre anda vestido com seu colete à prova de balas que se chama “alegria no Senhor;” e você fica mais alerta do que nunca, observando ao seu redor inimigos perigosos que buscam roubar sua alegria.
Mas quem são esses inimigos? Paulo os descreve com três termos claros, provocadores e insultuosos; e ele faz isso porque não quer que os crentes se esqueçam deles. Na verdade, algumas pessoas pensam que Paulo ultrapassou os limites ao usar termos depreciadores como esses. Paulo não estava sendo bondoso aqui.
Na verdade, Paulo faz uso de um mecanismo linguístico chamado “aliteração” a fim de que os crentes se lembrem dos termos com mais facilidade. Todos os três títulos começam com a mesma letra grega kappa (κ):
- Acautelai-vos dos kynas;
- Acautelai-vos dos kakoys ergatos;
- Acautelai-vos dos katatomen.
Esses são três termos rápidos, claros e ofensivos para os inimigos da graça. Não é como se Paulo xingasse esses inimigos; ele se preocupa profundamente com a segurança da igreja de Filipos e sabe que esses falsos mestres são perigosos. Por isso, Paulo não mede palavras e não dá nenhuma indireta.
Veja, novamente, a primeira descrição: Acautelai-vos dos cães!
Obviamente, Paulo não está falando de um cachorro literal. Você provavelmente já viu a placa em alguma residência que diz: “Cuidado! Cão bravo.” Não é isso que Paulo tem em mente aqui.
Precisamos entender esse alerta à luz do fato de que as pessoas do século primeiro não tinham animais de estimação como nós temos hoje; os leitores não ficaram imaginando um cachorro de estimação.
Nos dias de Paulo, cachorros eram como coiotes: eles eram carniceiros que andavam em grupo à espreita de alimentos nos lixos pelas ruas e pelo lixão de vilas e cidades. Cachorros eram criaturas ferozes e perigosas.
No Antigo Testamento, o termo “cão” passou a representar pessoas impuras (Êxodo 22.3; 1 Reis 14.11) e era usado de forma pejorativa para falar de um indivíduo mau e perigoso. O profeta Isaías, por exemplo, afirmou que os falsos profetas eram cães gananciosos insatisfeitos (Isaías 56.10). Você pode conferir através de todo o Novo Testamento, até mesmo no último capítulo, e verá que a palavra “cão” aparece como um título genérico para falar do descrente não arrependido, obstinado e mau que não entrará no céu (Apocalipse 22.15).
Esses falsos mestres judeus contra os quais Paulo alerta a igreja de Filipos gostavam de chamar os descrentes—especialmente descrentes gentios—de “cães.” Agora, Paulo inverte a insinuação de forma a dizer que os falsos mestres judeus são cães impuros porque pervertem o Evangelho de Cristo.
Portanto, no vocabulário de Paulo, um “cão” é aquela pessoa que nos fere espiritualmente; somos sua próxima vítima enquanto ela alimenta seus próprios apetites, desejos e intenções perniciosas. Cuidado com os cães!
Agora, existem por aí não somente aqueles que nos prejudicarão espiritualmente, mas que também nos enganarão espiritualmente. Paulo chama estes últimos no verso 2 de maus obreiros. Isso teria sido algo bastante ofensivo aos líderes judeus que se orgulhavam de praticar boas obras e viver vidas justas.
Na época de Paulo, a nação estava presa às garras de líderes chamados “fariseus.” Esses fariseus haviam interpretado, expandido e enumerado a Lei de Moisés em 365 mandamentos negativos e 250 mandamentos positivos, além de produzido muitos comentários em toda espécie de assunto. O problema é que a lei jamais produz justiça diante de Deus; a lei apenas revela quão injustos somos. Até mesmo em nossos dias, a sociedade elabora centenas de leis simplesmente porque as pessoas não se submetem aos 10 Mandamentos.
Paulo escreve aos Gálatas dizendo que a lei serve de um tutor, um educador que nos leva a compreender nossa total incapacidade de agradar a Deus e nossa profunda carência de salvação através de Cristo somente (Gálatas 3.24–25).
Então, esses falsos mestres estavam depreciando e abertamente negando a suficiência da obra de Cristo; ao mesmo tempo, eles elevavam a piedade e esforço humanos, os quais estimulam apenas mais orgulho e mais malignidade.
O próprio Jesus não mediu palavras quando disse em Mateus 23.15:
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!
Ao invés de conduzir o povo para mais próximo de Deus, esses líderes espirituais distanciavam o povo de Deus.
Warren Wiersbe escreveu sobre uma mulher que debatia com seu pastor sobre a questão da fé e das obras, afirmando que ambas eram necessárias à salvação. Ela disse ao seu pastor: “Eu creio que a ida para o céu é como remar um barco—um remo é a fé e o outro é as obras. Se usar os dois, você conseguirá chegar ao céu; se usar apenas um remo, você apenas andará em círculos.” O pastor, então, replicou: “Existe um problema sério com a sua ilustração: ninguém irá para o céu num barco a remo.”
Sim, o crente realiza boas obras, mas não a fim de ir para o céu, mas porque está indo para o céu e as boas obras glorificam o nosso Pai que está nos céus (Mateus 5.16).
Paulo diz aos filipenses com efeito: “Cuidado para que ninguém os engane a crer que o Evangelho da graça é, na verdade, o evangelho das obras—esse o evangelho que afirma que se você evangelizar mais, pecar menos, orar mais, agir melhor, trabalhar mais duro para depois, talvez, Deus amá-lo e aceita-lo, caso você se esforce um pouco mais.
Não, a verdade é que somos pecadores, salvos pela graça através da fé em Cristo e aceitos no Amado por causa da obra de Cristo a nosso favor (Efésios 1.6; 2.8).
Acautelai-vos dos cães—eles o ferirão espiritualmente.
Acautelai-vos dos maus obreiros—eles o enganarão espiritualmente.
Ainda no verso 2, Paulo diz: Acautelai-vos da falsa circuncisão! Entenda bem que Paulo não está falando aqui de três grupos diferentes, mas do mesmo grupo de falsos mestres judeus usando três expressões descritivas diferentes. Nessa última descrição, aos chama-los de falsa circuncisão, Paulo destrói o sentimento de orgulho desses homens e sua confiança e suposto relacionamento que têm com Deus.
A circuncisão era algo de suprema importância para o povo judeu, a começar com Abraão. Essa era a marca da aliança de Deus. Com o passar do tempo, os judeus começaram a se referir uns aos outros como “a circuncisão.” Todo menino judeu era circuncidado ao oitavo dia.
A circuncisão foi projetada por Deus para ilustrar visivelmente a depravação humana, pois o homem passa sua natureza caída por meio do ato de procriação, transmitindo essa natureza pecaminosa para as gerações seguintes (Salmos 51.1; 58.3). Portanto, a circuncisão era, primariamente, um símbolo, retratando a necessidade que o homem tem de ser purificado de seu pecado no mais profundo de seu ser.
No decorrer dos séculos, o povo judeu perdeu o significado dessa marca que destacava a necessidade de uma purificação final, de forma a observar um mero cerimonialismo. Obviamente, a marca foi deixada de lado na dispensação da graça. Agora, na era da igreja, o selo do Evangelho, tanto para judeus como para gentios, é a habitação do Espírito Santo.
Contudo, esses judeus do século primeiro estavam tentando obrigar os gentios a se submeterem à cerimônia da circuncisão como forma de garantir sua aliança com Deus. Agora, em Filipenses 3.2, Paulo acerta as coisas referindo-se a esses judaizantes não com a palavra normal para “circuncisão,” mas com outro termo que significa “mutilação física.” Ele chama esses judeus de mutiladores: Tomem cuidado com os que mutilam sua carne!
Essa foi a mesma palavra usada para os falsos profetas de Baal que cortaram e mutilaram seus corpos a fim de chamarem a atenção de seu deus falso, Baal (1 Reis 18).
Paulo usa uma linguagem chocante; ele diz que a circuncisão física tinha tanto significado espiritual quanto rituais de mutilação em religiões pagãs.
Por causa do sacrifício de Cristo e de Sua obra finalizada a nosso favor, a salvação vem por meio da fé em Cristo somente. Nenhuma marca física, nenhum símbolo, nenhum ato, nenhum ritual ou cerimônia pode transformar o coração; todos esses apontam para o sacrifício de Cristo. Aqui, Paulo adverte a igreja contra os cerimonialistas.
- Os cães o ferirão espiritualmente;
- Os maus obreiros o enganarão espiritualmente; e
- Os cerimonialistas o sobrecarregarão espiritualmente.
Se pudéssemos resumir o cerne dos falsos mestres em apenas uma declaração, seria a seguinte: a falsa religião e os falsos mestres simplesmente adicionam um sinal de “soma” após o nome de Jesus.
Não é Jesus somente, e sim Jesus mais alguma coisa. Esse é o coração do legalismo; ele rouba sua alegria ao sugerir que o amor e favor de Deus precisam ser conquistados e merecidos; então, você precisa fazer mais e mais. Deus jamais ficará satisfeito com você, ao menos que suas mãos realizem algo que pode ser adicionado à cruz de Cristo:
- Jesus + batismo;
- Jesus + membresia numa igreja;
- Jesus + dízimo;
- Jesus + adoração aos sábados;
- Jesus + peregrinações;
- Jesus + rezas.
Daí, talvez Deus ficará satisfeito com você, o que sugere que Deus o Pai não está satisfeito com Seu Filho.
Os cerimonialistas o sobrecarregarão espiritualmente. E eles jamais sentem pena do povo; o legalismo faz da opinião de alguém sua obrigação; a tradição de outro se torna seu fardo.
Paulo diz a esses crentes no verso 3: Porque nós é que somos a circuncisão. Ou seja, nós fomos purificados no interior, não por meio de alguma cirurgia, mas pelo sacrifício de nosso Salvador.
Então, fazemos o seguinte: nós nos alegramos no Senhor—encontramos nossa satisfação nEle.
E também evitamos o seguinte: aqueles que negam que Jesus é suficiente:
- Eles são cães perigosos, doentes e carniceiros.
- Eles são obreiros que conduzem a apenas mais maldade.
- Eles são mutiladores que adicionam obras das nossas mãos à obra suficiente de Cristo.
Agora, Paulo diz quem nós somos. Veja o verso 3b:
...nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne.
- Nós, primeiramente, adoramos a Deus.
Não inventamos nada; nós não somos o foco de nossa adoração e nossa adoração não revolve em torno de nossas experiências.
Ouvimos falar muito sobre a experiência da adoração. O problema é que experiência não tem nada a ver com adoração. Adoração no Espírito de Deus não é algo que realizamos em uma hora, mas algo que realizamos em nosso coração. A adoração é uma questão do coração e de uma vida de submissão às prioridades de Deus.
Você não entra na igreja aos domingos e diz: “Certo, estou bem hoje... meu domingo está sendo na igreja. Vamos adorar! Senhor, faça-se presente aqui.”
Meu amigo, sua adoração pública aos domingos está diretamente relacionada à sua adoração pessoal de segunda à sábado. Por que? Porque adoração é um estilo de vida, um coração devotado ao Espírito de Deus que energiza, direciona, aprimora e gera adoração genuína, a qual provém de uma comunhão íntima com Deus.
Isso é quem somos: adoradores de Deus.
- Nós, acima de tudo, nos gloriamos em Jesus Cristo.
Veja o verso 3: e nos gloriamos em Cristo Jesus...
O verbo gloriamos expressa uma glória com alegria sobre aquilo que sentimos mais orgulho. Nós entendemos o seguinte: quando removemos tudo de nossas vidas, a única coisa digna de nos gloriar é a salvação; a única pessoa na qual nos gloriamos é Cristo Jesus.
Quando os discípulos foram enviados numa missão inicial de cura, expulsão de demônios e pregação em Lucas 10, eles voltaram dizendo: “Senhor, até mesmo os demônios se submetem a nós por causa de Teu nome.” Em outras palavras, o Senhor precisaria ter visto as cruzadas evangelísticas que realizamos, as conversões que testemunhamos e os milagres que realizamos. Senhor, foi algo fantástico! Em seguida, Jesus usou esse momento para ensiná-los, dizendo: “Homens, não se alegrem muito nessas coisas. Se vocês desejam realmente se alegrar por causa de alguma coisa, alegrem-se no fato de seus nomes estarem gravados nos céus.”
Ou seja, “O centro de sua alegria não é exatamente aquilo que vocês fazem por Mim, mas o fato de vocês pertencerem a Mim.”
Nós, primeiramente, adoramos a Deus.
Nós, acima de tudo, nos gloriamos em Jesus Cristo.
- Nós, além disso, não confiamos em nós mesmos.
Paulo ainda escreve no verso 3: e não confiamos na carne.
Veja bem, o crente, acima de todas as demais pessoas neste planeta, entende a nossa natureza caída. Assim como o puritano de séculos atrás orou, estamos cientes da besta tenebrosa que habita dentro de nós. Assim como Paulo, que exclamou:
Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor… (Romanos 7.24–25).
Em outras palavras, eu sou um pecador miserável, mas fui libertado da penalidade do meu pecado e um dia ficarei livre da presença do pecado—a saber, de mim mesmo—libertado para sempre deste corpo de morte por Jesus Cristo, nosso Senhor. Enquanto isso, não confio em minha carne.
Benjamin Franklin desenvolveu um sistema para melhoria pessoal. Ele não era crente. Na verdade, o grande pregador George Whitefield o evangelizou várias vezes. Mas Benjamin Franklin focava mesmo era na melhoria pessoal e na sua moralidade. Por isso, desenvolveu um sistema de 13 virtudes, dentre elas:
- Sobriedade: “Não gaste nada, a não ser se for para fazer o bem a outras pessoas e a si mesmo;” ou seja, não desperdice nada.
- Indústria: “Não desperdice tempo; sempre se ocupe com algo útil; elimine trabalho desnecessário.”
- Tranquilidade: “Não se incomode com coisas pequenas ou acidentes comuns e inevitáveis.” Além de muitas outras.
Em um caderno, ele fez duas colunas, uma para virtudes e outra para defeitos. Ele selecionava uma virtude na qual trabalhar a cada semana, bem como anotava cada erro diariamente. Em seguida, ele recomeçava as 13 semanas a fim de completar o mesmo ciclo de virtudes quatro vezes por ano.
Por várias décadas, Benjamin Franklin carregou consigo seu caderno de virtudes, tendo como alvo completar um ciclo de treze semanas perfeitamente. Mas, depois, ele descobriu que, toda vez em que progredia, seu progresso simplesmente o deixava orgulhoso.
Quando George Whitefield morreu, Benjamin Franklin escreveu a um amigo: “O sr. Whitefield orava pela minha conversão, mas ele nunca teve a satisfação de ver suas orações respondidas.”
Franklin rejeitou a Cristo até o dia de sua morte. Ele teria sido um fariseu perfeito—uma religião baseada na melhoria pessoal e nas obras de suas mãos.
A propósito, é nesse tipo de mundo que vivemos hoje, disposto a melhorar o eu, desde que isso não nos transforme em pecadores com necessidade desesperadora de um Salvador.
Paulo lembra os crentes filipenses de que o Cristianismo é apenas isto: um grupo de pecadores que não colocam sua confiança na carne, nos gloriamos em Cristo Jesus e adoramos o Espírito de Deus ao nos alegrar no Senhor.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado dia 31/05/2015
© Copyright 2015 Stephen Davey
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