
Não Há Lugar para Estrelas
Não Há Lugar para Estrelas
Avançando—Parte 7
Filipenses 1.27b
Introdução
Pat Riley foi um homem de grande sucesso no mundo dos esportes nos Estados Unidos. Ele ganhou campeonatos como jogador, técnico e depois como executivo de um time. Num livro que escreveu, Pat conta sobre um dos momentos mais negativos em sua carreira como técnico.
Em 1980, ele estava à frente do famoso time de basquete Los Angeles Lakers, um time que contava com excelentes atletas e uma estrela, um jogador novato chamado Magic Johnson. Logo no início da temporada de jogos de 1981, Magic Johnson lesionou um dos joelhos e acabou ficando fora das quadras por vários meses.
Apesar da ausência da estrela, o time perseverou e, para a surpresa de todos, venceu 70% dos jogos seguintes—o que foi um grande feito. Após três meses, a estrela Magic Johnson havia se recuperado de sua lesão e voltou a jogar—o mundo do basquete foi ao delírio com o retorno desse jogador espetacular. A mídia focou mais atenção no que o time seria capaz de fazer com seu retorno do que nos grandes feitos que o time havia realizado em sua ausência enquanto esteve no banco. Os jornais e televisão engrandeceram o jogador e a publicidade foi tremenda em torno de sua volta às quadras.
Enquanto isso, o esforço dos demais jogadores foi ignorado; eles não eram jogadores terríveis e não gostaram muito do fato de estarem sendo ignorados. Com isso, o sentimento de desunião, inveja e ressentimento apenas aumentou dentro do time.
A noite do retorno de Magic Johnson foi marcada por grande badalação. O ginásio vendeu todos os ingressos e os fãs ovacionavam a estrela de forma ensurdecedora. Todos sabiam que, agora que podiam contar de novo com a sua estrela, o time seria imbatível.
Contudo, naquela noite, o time quase perdeu o jogo—e olha que o adversário era fraco. Daquela noite em diante, o campeonato para esse time foi marcado por um fracasso após outro; técnicos foram demitidos e Pat Riley contratado como o novo técnico. Entretanto, nada parecia adiantar. Foi aí que Pat Riley escreveu em seu livro algo interessante sobre aquela temporada terrível. Ele disse: “Por causa de coisas insignificantes e de ressentimento, nosso time se tornou um dos maiores fracassos na história do basquete—e tudo por causa da ‘doença do eu’.”
A doença do eu—essa foi a frase que o técnico usou para descrever a atitude de os jogadores focarem em si mesmos—sua atuação, sua imagem pública—algo que, no fim, acabou lhes custando a conquista do campeonato.
A verdade é que nenhuma equipe, seja ela de basquete, futebol ou vôlei, deve ter a palavra “eu” em seu vocabulário; tudo deve, na verdade, girar em torno do “nós” como equipe.
Um atleta profissional disse recentemente algo que chamou minha atenção: “Times com estrelas vencem jogos; eles raramente conquistam campeonatos.”
Acho interessante que o apóstolo Paulo fará uma ligação direta entre um time esportivo e a igreja local a fim de desafiar os crentes a agir como se pertencêssemos não somente a Jesus Cristo, mas um ao outro também.
No último parágrafo de Filipenses 1, Paulo destaca o ensino principal de toda a carta. Em nosso encontro anterior, começamos a destrinchar esse ensino. Veja a Filipenses 1.27:
Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito...
É aqui que Paulo apresenta três aspectos de uma boa conduta—uma boa cidadania do cidadão do céu. Esses são três aspectos que Paulo deseja ver na igreja filipense e em cada igreja de Cristo. O primeiro deles é um compromisso a retificar o espírito de desunião. Veja o verso 27 novamente: estais firmes em um só espírito.
Estais firmes—o verbo que Paulo emprega suscita na mente a imagem de um exército unido como uma força unificada.
Facilmente podemos quebrar 1 lápis com as nossas mãos; também podemos quebrar 4 lápis; mas é impossível quebrar um molho de 30 lápis. Existe força em número, especialmente em um número unido. Esse é o motivo por que o inimigo busca dividir e conquistar; a igreja unida, contudo, consegue avançar.
Então, primeiramente, Paulo escreve que devemos estar firmes em um só espírito, algo que exige de nós atenção para qualquer traço de desunião a ser retificado.
Esse é o primeiro aspecto da conduta de um crente que vive por modo digno do Evangelho. Existem mais dois aspectos; veremos o segundo neste estudo. Paulo escreve, com efeito: “Desejo ouvir não somente que vocês estão lutando contra o espírito de desunião, mas também, em segundo lugar, que vocês estão:
- Rejeitando uma atitude alienada.
Em outras palavras, vocês não devem agir, adorar e viver em isolamento. Veja a segunda parte do verso 27:
...com uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica;
Mais uma vez, Paulo usa uma palavra que traz consigo imagens da época. Ele muda a metáfora de um exército que permanece firme para a de um time que trabalha junto. É a palavra traduzida como lutando juntos.
Na última frase do verso 27, Paulo descreve um time e o trabalho em equipe de uma igreja local. Se analisarmos essa palavra e destrincharmos a última parte do verso 27, conseguiremos dividi-la em três elementos.
Primeiramente, Paulo enfatiza que:
- Um time está comprometido com o mesmo desejo.
Veja que Paulo escreve que a igreja avança com uma só alma. A palavra alma é o termo comum psyche, do qual derivamos, por exemplo, “psique,” “psicologia.”
Um linguista escreve que essa palavra, nesse contexto, indica que a mente ou alma é vista como o local de sensações e desejos. Então, um time se esforça junto com a mesma sensação, o mesmo desejo, uma só psique. Até hoje falamos que um time precisa estar bem preparado psicologicamente.
Pense, por exemplo, naquele momento em que a final de um campeonato vai para os pênaltis; cada time se reúne rapidamente para os jogadores se prepararem psicologicamente para a cobrança de pênaltis. Acredite nisso ou não, aquele momento de união como um só time faz grande diferença na mentalidade de cada jogador.
E a propósito, atletas profissionais que competem sozinhos dizem que uma das coisas mais difíceis é o fato de estarem sozinhos atuando individualmente. De fato, existe grande vantagem quando se joga numa equipe com parceiros que têm o mesmo desejo.
Na realidade do esporte, o desejo pode ser fazer um gol, ganhar mais um set, fazer mais uma cesta. Todos os domingos de jogo do Brasileirão, cada time vai ao campo com um desejo unificado, com uma só mentalidade, com uma só psique.
E Paulo aplica esse mesmo tipo de paixão e desejo ao contexto da igreja.
Um comentarista escreveu que a expressão com uma só alma significa que a igreja possui as mesmas afeições e energias; temos o mesmo sentimento sobre aquilo que consideramos valioso e como algo que vale a pena na vida.
Imagine, então, o impacto do Evangelho primeiramente e acima de tudo em nós mesmos. Por mais diferentes que sejamos em gostos, talentos, habilidades, contextos sociais e sotaques, dentro da igreja possuímos o mesmo desejo; como Paulo diz, vivendo de uma maneira que revela que pertencemos a um reino diferente. E pertencemos um ao outro.
Meu amigo, ser crente não significa que vivemos vidas perfeitas, mas significa que vivemos vidas diferentes. Pense como esses crentes de Filipos começaram a viver, pensar e se relacionar com os outros de forma peculiar.
Lembre-se: essa igreja foi fundada quando Paulo e Silas visitaram a cidade no início do seu ministério. O primeiro convertido foi uma empresária rica chamada Lídia. Depois que veio à fé em Cristo, ela abriu seu lar para os irmãos se reunirem.
Logo em seguida, uma escrava que vivia controlada por um demônio se converteu. Pelo fato de ela haver se tornado inútil a seus senhores que apenas lucravam com o negócio de vidente, eles acusaram Paulo e Silas de planos revolucionários e os missionários acabaram presos após levarem uma surra. Mas, à meia-noite, Deus balança a prisão; as cadeias dos prisioneiros se soltam. No fim, o carcereiro entrega sua vida a Jesus juntamente com sua família e todos são batizados (Atos 16).
Agora, como uma empresária refinada e rica irá se relacionar com uma jovem ex-endemoninhada; e como essas duas mulheres irão se encaixar com o diretor do presídio e sua família?
Aqui está como: graça; e com o entendimento de que não foram somente unidos na mesma família, mas que agora jogam no mesmo time com o mesmo desejo. Todo time é formado por uma variedade de talentos, habilidades, contextos, peso e treinamento, mas todos possuem o mesmo desejo; todos têm a mesma psique: glorificar Cristo e direcionar outros ao Seu reino vindouro.
Lembro-me de receber uma carta de uma senhora e seu esposo que passaram a frequentar nossa igreja. Ele era um empresário bem-sucedido na vida, executivo em uma firma. Quando se mudaram para nossa região, eles procuraram uma igreja e finalmente decidiram ficar na nossa. Apesar de haverem concordado com nossa filosofia de ministério e declaração doutrinária, esse não foi o motivo principal por que decidiram ficar em nossa igreja. No primeiro domingo que nos visitaram, eles sentaram atrás de outro casal de idade semelhante à deles. Quando o homem colocou o braço ao redor de sua esposa sobre os ombros, eles viram suas mãos calejadas e as unhas com resquícios de graxa, obviamente porque trabalhava numa oficina. Foi naquele momento que o casal de visitantes percebeu que essa seria a igreja ideal para eles—uma igreja que recebia de braços abertos pessoas de várias áreas da vida.
Essa é a igreja local, um time apenas:
- Na qual o empresário e o empregado contribuem sacrificialmente para a mesma causa;
- Onde o rico e o pobre servem juntos;
- Onde o negro, o branco, o índio, o mulato e o estrangeiro oram de mãos dadas no mesmo estudo bíblico;
- Onde o médico prepara o café numa sala de Escola Dominical, enquanto o mecânico se prepara para ensinar;
- Onde a empresária convida a dona-de-casa para um cafezinho;
- Onde o senhor idoso busca entender o jovem;
- Onde o jovem busca valorizar o senhor idoso;
- Onde o solteiro se alegra com o ministério para casais;
- Onde os que não têm filhos oram e encorajam pais;
- Onde a viúva se voluntaria para ajudar no berçário;
- Onde o executivo serve como recepcionista;
- Onde o baterista agradece a Deus pelo violinista;
- E onde PhD’s são ensinados na Escola Dominical por outro que nem sequer conclui seu bacharel.
A igreja é uma viva demonstração da graça; não vivemos vidas perfeitas, mas estamos determinados a viver vidas diferentes por causa da graça que recebemos.
Isso significa ter uma só mente, uma só psique—um time comprometido com o mesmo desejo.
- Em segundo lugar, um time está não somente comprometido com o mesmo desejo, mas um time avança na mesma direção.
É aqui que Paulo emprega o verbo com sentido atlético. Veja que ele escreve:
...com uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica;
A expressão traduzida como lutando juntos é o verbo synathleo, formado pelo prefixo syn, que significa “com,” e o verbo athleo. É desse verbo que derivamos palavras como “atleta, atlético.”
Esse termo composto nos fornece a imagem de atletas atuando juntos, algo que origina o conceito de trabalho em equipe. O linguista Steven Runge o traduz da seguinte forma: “fazer algo lado a lado.”
Paulo encoraja a igreja a agir como um time, movimentar-se e caminhar com o mesmo desejo e na mesma direção. Um comentarista chamou isso de “solidariedade altruísta.” Que descrição perfeita do que a igreja deve ser. Demonstrar esforço como um time, trabalho em equipe, espírito unido como um time apenas.
Enquanto estudava essa passagem, fiquei pensando nas formas como Paulo viu trabalho em equipe manifestado em atletas de seus dias, além do significado para nós hoje em nossa cultura. Várias coisas me vieram à mente.
- Um bom colega de time oferece encorajamento contínuo.
Veja bem, os adversários jamais dizem uns aos outros: “Rapaz, que chute poderoso foi aquele, hein?!” Não, companheiros de time é que encorajam uns aos outros.
- Também fiquei pensando que um bom colega de time está disposto a torcer mesmo quando está no banco. Apesar de ele talvez não poder jogar, ele ainda torce pelos seus companheiros dentro de campo.
- Um bom colega de time entende que a palavra “nós” importa mais do que a palavra “eu.”
- Além disso, um bom colega de time reconhece que cada posição no time é fundamental.
A defesa é tão fundamental quanto o ataque. Geralmente, zagueiros não têm a oportunidade de chutar uma bola ao gol, mas, sem eles, o ataque de nada adiantaria.
- Mais uma: um bom colega de time sacrifica seu conforto pelo avanço do time.
- Um bom colega de time está disposto a aceitar a posição dada pelo treinador. Nem todos podem ser capitão ou atacante titular.
Nem todos podem ser o homem a receber a bola em profundidade para marcar o gol e ir para a galera! Alguém treinou os atacantes, os avaliou e determinou as posições e quem seriam os titulares. E cada jogar atua na posição que recebeu.
De fato, o campo é plano—todas as posições são importantes; até mesmo os que sentam no banco de reservas devem torcer e incentivar os companheiros.
Como um corpo, Deus instituiu um papel para você e sua igreja. Ele equipou, treinou, preparou e deu os uniformes para atuarmos na posição que Ele determinou.
Na igreja, ninguém é promovido; não recebemos promoções, apenas responsabilidades. A igreja não é uma escada a se subir; o mundo é que é desse jeito.
Ao escrever para a igreja de Corinto, Paulo emprega a analogia do corpo humano e diz que cada membro do corpo é uma função de Deus que ajuda o corpo inteiro a funcionar como devido. Ele escreveu:
Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato? (1 Coríntios 12.14–17).
Em outras palavras, ninguém se voluntaria para ser nariz! Quem quer ser nariz? Eu quero ser o olho. Não quero ser um pé, quero ser uma mão para fazer parte de tudo o que acontece. Paulo escreve aos coríntios: “Aqui está a questão fundamental a lembrar: Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve (1 Coríntios 12.18).
Em outras palavras, pare de invejar ser uma mão se Deus fez de você um pé; pare de tentar ser olho se Deus fez de você um ouvido.
Quando eu era criança, eu era descontente por ser magrinho e baixinho. Meu vizinho, que gostava de bater em mim, era grande, forte e aterrorizava os outros meninos do bairro.
Um dos meus momentos mais vergonhosos aconteceu um dia enquanto eu andava de bicicleta; ele me derrubou e começou a me esmurrar na frente de todas as crianças da nossa rua. Minha mãe teve que vir para me resgatar daquele monstro. Que criança supera um trauma como esse?
Pouco tempo depois, vi uma propaganda de um produto para ganhar massa muscular; era um pó que você adicionava a qualquer bebida. No rótulo havia a imagem de um homem forte mostrando os bíceps. Imediatamente, eu descobri o que estava faltando em minha vida. Minha mãe até concordou com meu plano—acho que ela já estava cansada de ter que sair correndo para me salvar das mãos dos outros meninos da rua! Por vários meses, minha mãe me preparou um milkshake toda noite com aquele produto. Tinha gosto de serragem; aparência de serragem; era serragem, mas aquilo mudaria minha vida para todo sempre. Nunca ganhei sequer um quilo. Finalmente, desisti.
Veja bem, como criança, parte do crescimento é se contentar com como Deus o criou. O mesmo é verdade na vida espiritual—precisamos estar contentes com como Deus nos criou. E a boa notícia é a seguinte: foi assim que Deus o capacitou, criou e fez para realizar a função que Ele determinou dentro da igreja.
E cada responsabilidade é fundamental em nosso progresso na mesma direção, lado a lado, avançando o Evangelho e a glória de Cristo.
Nas palavras da metáfora de Paulo, um time de atletas unidos está:
- Comprometido com o mesmo desejo—uma só mente;
- Comprometido em avançar na mesma direção—lutando juntos;
- Terceiro, um time está comprometido com a mesma declaração.
Veja a última frase do verso 27:
...com uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica;
Essa é a única ocorrência da construção fé evangélica em todo o Novo Testamento. É possível que Paulo tenha em mente a ideia de lutar juntos ao colocarmos nossa fé no Evangelho; ou lutar juntos pela fé que é o Evangelho; ou ainda fé que é produzida pelo Evangelho. A verdade é que é possível que Paulo tenha pensado em todas essas coisas.
Em outras palavras como igreja, estamos comprometidos com o mesmo desejo, caminhamos na mesma direção, e proclamamos ao mundo o mesmo Evangelho, o qual deve ser recebido pela fé somente—um Evangelho que produz fé genuína. E pelo fato de todos os demais evangelhos e fés serem falsos, nossa declaração se torna imprescindível.
Paulo chamou o Evangelho verdadeiro de o Evangelho de Cristo (Gálatas 1.7), e de o glorioso Evangelho de Deus que lhe havia sido confiado
(1 Timóteo 1.11).
A igreja é, de fato, um esforço em equipe para proclamar e anunciar o Evangelho salvífico de Jesus Cristo.
Paulo já disse aos filipenses que eles partilhariam de sua recompensa por o apoiarem, orarem por ele e cooperarem com ele no Evangelho da graça. Ele também via si mesmo como parte do mesmo time.
Existe um esporte que eu geralmente pensava não ser, exatamente, um esporte de equipe: corrida de carro. Entretanto, aprendi como o trabalho em equipe é algo crítico nesse esporte, apesar de apenas o homem que está atrás do volante cruzar a linha de chegada. E um dos elementos fundamentais para o sucesso de um piloto numa corrida é o trabalho da equipe do pit stop ou “boxes.”
Por exemplo, em 1950, a equipe dos boxes na fórmula Indy era formada por quatro homens e também incluía o piloto. Ninguém podia se aproximar do carro, exceto esse grupo de especialistas. Uma parada para troca de pneus e reabastecimento na época levava mais de 60 segundos (algo que para mim é extremamente rápido!).
Hoje, essa equipe é formada por 11 homens e exclui o piloto; ele fica sentado no seu lugar. 6 desses 11 podem tocar no carro; 5 atuam apenas como assistentes atrás do muro. Hoje, um serviço completo de pit stop para troca de pneus e reabastecimento dura em média 8 segundos.
As equipes de Fórmula 1 são ainda maiores, às vezes incluindo até 20 pessoas e cada uma delas tem um papel a cumprir. Quando todos sabem bem qual é sua função, e quando todos da equipe realizam seu papel nos boxes com fervor e objetivo, a equipe completa o mesmo trabalho em menos de 3 segundos.
- Cada membro possui uma responsabilidade.
- Cada membro com um desejo unificado e uma psique.
- Cada membro dedicado à mesma missão: ver o progresso do piloto na corrida.
A analogia é óbvia—qual é a sua função nos boxes do corpo de Cristo?
No nosso próximo estudo, veremos o terceiro aspecto de uma vida por modo digno de nossa cidadania celestial ao proclamarmos o Evangelho e a glória de Cristo. Até agora, o Espírito de Deus nos informou através de Paulo que:
- Devemos retificar o espírito desunido.
- Rejeitar uma atitude alienada na qual vivemos como se fôssemos um time de apenas um atleta.
Agora, contudo, vou concluir com um último desafio. O antigo pregador e pastor Haddon Robinson contou sobre um amigo seu que visitou um hospício de criminosos. Na visita, esse homem ficou surpreso ao ver a quantidade de guardas comparada ao número de presos deficientes mentais. Finalmente, ele perguntou a um dos guardas: “Vocês não têm medo de esses criminosos se unirem, dominarem os guardas e escaparem daqui?” O guarda respondeu: “Não... presos com deficiência mental nunca se unem; eles não sabem como.” Os crentes se unem; os crentes deveriam se unir.
Vamos recusar a tentação de uma vida alienada, recusar a insanidade de nosso mundo de que podemos viver para nós mesmos e encontrar satisfação. Devemos nos envolver como membros do corpo de Cristo que possuem uma tarefa a cumprir. Qual é a sua? Encontre sua função na sua igreja local, enquanto juntos:
- Se comprometem com o mesmo desejo;
- Avançam na mesma direção; e
- Proclamam ao mundo a mesma declaração—a fé verdadeira em Jesus Cristo.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado dia 18/01/2015
© Copyright 2015 Stephen Davey
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