Construções e Refeitórios

Neemias 3

Introdução

Já faz um tempo que venho colecionando histórias pessoais sobre ler manuais de instruções antes de começar algum pequeno projeto. Admito que me lembro especialmente das histórias que justificam o fato de eu não precisar usar manuais. Mas, eu e a minha família ainda rimos muito da vez quando, num Natal, fui montar o triciclo da minha filha. Eu decidi não ler o manual; achava que não precisaria. Bom, no final, quando estava tudo montado, fui colocar a última peça do triciclo, o assento; daí, percebi que tinha montado o negócio de cabeça para baixo! E agora, onde tinha colocado o manual?

Agora, recentemente, quando minha filha mais velha comprou uma prancha de cabelo, eu decidi ler as instruções de uso. Dentre as várias instruções, havia estas bem interessantes: “não use enquanto estiver debaixo do chuveiro, não coloque dentro da água, mantenha superfícies quentes longe dos olhos.” Ainda tem outra que ajudou muito: “nunca use enquanto estiver dormindo.” Ah sim, isso explica mulheres descabeladas, elas usaram a “chapinha” enquanto estavam dormindo!

Um irmão de minha igreja ainda enviou outras instruções de produtos que eram bem interessantes:

• Uma doceria escreveu num bolo de tiramissu: “Não vire o bolo de ponta-cabeça.” E adivinha onde isso estava escrito? Na parte de baixo do pratinho – ih, tarde demais!
• Uma empresa de pudim de pão escreveu: “Produto ficará quente após esquentá-lo.”
• Uma garrafa de remédio de tosse para crianças dizia: “Não dirija após tomar este remédio.”
• Uma embalagem de remédio para dormir dizia: “Atenção: pode causar sonolência.”
• Uma fantasia de super-homem para crianças alertava: “Esta fantasia não capacita o portador a voar.”

Existe uma história que John MacArthur contou no seu programa de rádio. Ela dizia:

Evidentemente, os britânicos precisavam ter lido mais atentamente as instruções de uma arma da NASA chamada “A Arma da Galinha.” A arma havia sido projetada especificamente para projetar galinhas mortas a uma velocidade máxima contra para-brisas de aviões comerciais, jatos militares e até naves espaciais. A ideia era simular os acidentes frequentes causados pela colisão de aeronaves e aves para testar a resistência dos materiais usados na fabricação de para-brisas.

Engenheiros britânicos ouviram falar sobre a arma e desejaram utilizá-la para testar o para-brisas de seu mais novo trem-bala. Conseguiram, então, que uma dessas armas fosse enviada aos engenheiros britânicos. O local do teste foi arquitetado e a arma carregada com uma galinha morta. Quando dispararam a arma, os engenheiros ficaram em pé admirados enquanto a galinha disparava de dentro do cano da arma, estraçalhava o para-brisas, estourava o painel de controle do trem, arrebentava a cadeira do engenheiro ao meio e se enterrava na parede de trás da cabine. Os britânicos ficaram horrorizados com aquilo e escreveram para a NASA, relatando os resultados desastrosos daquele experimento, explicando o que tinham feito e dando informações técnicas sobre o material utilizado na fabricação do para-brisas. E pediram por uma explicação da NASA. A NASA respondeu com uma simples instrução de uso: “Da próxima vez, descongele a galinha.”

Creio que a maioria de nós concorda que, quando o assunto é o teste de para-brisas, ou uso de remédios, ou uso de um equipamento novo, seguir as instruções do manual, por mais simples que pareçam, é algo importante.

Nessa última semana ou qualquer outra semana do ano, mais de setenta igrejas fecharam suas portas ao redor do mundo. Apesar de eu crer que existem outra série de motivos por trás disso, estou convencido de que, em grande parte dos casos, o motivo foi porque as pessoas não seguiram as instruções. Apesar de muitas pessoas seguirem o manual de instruções para montar seu novo eletrodoméstico ou eletrônico, muitos crentes acham que a igreja é um mecanismo que funciona sozinho, sem instrução divina. Meus amigos, o crescimento, impacto e alcance de uma igreja não ocorrem do nada.

Com certeza, qualquer igreja, incluindo a sua, às vezes, disparou uma ou duas galinhas congeladas ao ar. Mas a igreja que honra a Deus nunca caminha por si mesma – ela é construída de acordo com as instruções da planta que Deus fornece, a sua Palavra.

Edificando o Corpo

A propósito, o que é igreja? A palavra “igreja” é o termo grego ekklesia, que se refere a um ajuntamento de pessoas.

• A igreja é um agrupamento de pecadores santificados pelo Senhor Jesus Cristo.

Ela representa um grupo de pessoas que foram redimidas pela graça de Deus. Como pessoas naufragadas no oceano, fomos resgatados pelo bote salva-vidas chamado “Calvário.” Fomos resgatados pelo Evangelho de Jesus Cristo.

• A igreja também é comissionada para infiltrar o mundo.

Os que foram redimidos e santificados voltam ao local do naufrágio e unem suas forças para resgatar o maior número de pessoas que puderem para dentro do bote.

Mas, como usamos esse negócio chamado igreja? Como ela funciona? O que o manual de instruções diz? Bom, se abrirmos a página desse projeto em 1 Coríntios 12, veremos como a igreja opera.

• É comparada a um corpo humano.

1 Coríntios 12

Veja 1 Coríntios 12, versos 14 a 18:

Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser.  Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato? Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve.

O manual de funcionamento da igreja se parece mais com um cartaz de anatomia do que com um cartaz de uma organização. Cada pessoa tem um papel a desempenhar no corpo. Temos pessoas que fazem o papel de mãos, pés, boca e cérebro. Cada um opera de acordo com o dom ou dons que Deus lhe concedeu e a pessoa se torna um dom de Deus para as outras partes do corpo.

D. L. Moody, que, há mais de cem anos fundou uma igreja, uma escola, uma editora e muito mais, disse:

Grande parte das pessoas tem uma noção errada de igreja. Elas pensam que a igreja é apenas um local de descanso... tudo o que desejam é se sentar num banco bem acolchoado, contribuir com caridades, ouvir o pregador e ajudar financeiramente para que a igreja não vá à falência. A ideia de serviço para elas – de fato servir à igreja – nunca passa em suas mentes.

Não estamos lendo o manual!

Efésios 4

Veja as instruções de Efésios 4, versos 11 a 13:

E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,

A propósito, a “unidade da fé” é uma frase-chave que precisamos entender. Estamos em busca da unidade da fé. Quando a palavra “fé” é precedida pelo artigo “a,” ela está se referindo ao corpo de verdades doutrinárias que constitui o alicerce de nossa fé.

Judas diz no verso 3:

...pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.

Em Atos 6, verso 7, lemos:

Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.

O próprio Paulo disse a respeito de si mesmo em Gálatas 1, verso 23, que:

...Aquele que, antes, nos perseguia, agora, prega a fé que, outrora, procurava destruir.

Nossa unidade é sempre construída sobre o corpo de verdades frequentemente chamado de “a fé.” Eu digo essas coisas simplesmente porque igrejas em nosso país e ao redor do mundo têm fechado as portas porque não seguiram o Livro das instruções.

Unidade não é resultado de todos pensarem da mesma maneira, ou todos gostarem do mesmo estilo musical, ou todos comerem a mesma comida e tomarem da mesma bebida. Graças a Deus! Nossa unidade não é baseada em personalidade, ou aparência, ou posição social. Nossa unidade é baseada em nosso compromisso com a fé, a verdade das Escrituras.

Paulo continua nos versos 14 a 16 de Efésios 4, dizendo:

para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

Benefícios da edificação do corpo

Paulo nos diz que duas coisas ocorrem quando o corpo cresce como deveria:

• Somos resgatados do engano espiritual.

Quando edificamos o corpo de Cristo (verso 12) pela unidade da fé (verso 13), o corpo se torna maduro o suficiente para evitar o engano espiritual (verso 14).

Uma das característica das crianças é a ingenuidade. Eu me divirto brincando com meus filhos. Diga qualquer coisa a uma criança e ela acreditará em você. Como corpo de crentes em Cristo, parte do crescimento do conjunto envolve evitar o engano dos falsos mestres.

• Outro benefício de edificar o corpo é que somos não somente resgatados do engano espiritual, como também da deficiência espiritual.

Novamente, no verso 16, vemos a analogia do corpo humano.

de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

A pergunta que devo fazer não é se a outra pessoa está disponibilizando suas partes para o funcionamento do corpo, mas, sim, se eu estou ou não suprindo as necessidades por meio da minha contribuição para o crescimento do corpo. Quando cada junta do corpo faz sua parte, o corpo não fica deficiente, mas eficiente. Isso é verdade para o corpo físico e também para o corpo espiritual, chamado de a igreja local.

Todos contribuem para o processo por meio de seus dons espirituais concedidos por Deus. Todos arregaçam as mangas; todos dão de seu suor; todos na igreja funcionam para o benefício da igreja. Isso nos protege do engano e da deficiência espiritual.

Eu desenvolvi um cenário que tenho usado na nossa aula de novos membros para ilustrar o funcionamento da igreja. É uma cena retirada de um refeitório, onde uma mulher tropeça, cai e derrama sua tigela de sopa. Se nós todos estivéssemos presentes nessa cena usando nossos dons para o benefício não só dessa mulher, mas de toda a igreja, nós, como corpo de crentes, funcionaríamos mais ou menos da seguinte forma:

• A pessoa em nosso meio com o dom de pastoreio faz imediatamente uma linha em torno da mulher para que outras pessoas não escorreguem na sopa ou tropecem na mulher que está no chão.
• A pessoa com o dom de misericórdia se senta imediatamente com a mulher no chão do refeitório e diz: “Sei como você se sente. Deixe-me enxugar um pouco dessa sopa que você derramou na sua roupa.”
• O que tem o dom de ensino se levanta e diz: “Atenção, por favor. Esta mulher querida caiu e derramou sua sopa. A palavra “derramar” pode ser entendida como ‘verter, deixar correr por fora, entornar.’ Existem três motivos por que essa senhora derramou sua sopa. Acompanhe comigo e anote esses motivos para que você não derrame sua sopa também.”
• A pessoa com o dom de contribuição já foi até o balcão e comprou outra tigela de sopa para a mulher e está voltando para lhe entregar a sopa.
• Depois de terem levado a mulher à mesa, o líder exortador conduz todos no refeitório num coro, encorajando a mulher a se colocar de pé novamente.
• E, depois, os que têm o dom do serviço chegam com um rodo, pano de chão e balde para lavar e secar o chão do refeitório, colocando tudo em ordem novamente.

Encontrar seu lugar nesse refeitório não é algo tão complexo, mas não acontece por acaso também. Na verdade, nasce do desejo de suprir necessidades com aquilo que possuímos. E descobrimos que, quando assim fazemos, assim como Paulo disse em Efésios 4, verso 16b, o corpo...

...efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

Agora, se eu pedisse que você me fornecesse uma ilustração de um grupo de pessoas que agiu como a igreja deve agir, onde, na Bíblia, encontraríamos esse exemplo? Em Neemias, capítulo 3.

Lições de Uma Construção do Antigo Testamento

Em Neemias 3, descobrimos algumas lições de um local de construção do Antigo Testamento. Neemias planejou reconstruir e consertar os muros de Jerusalém. Seu plano poderia ser resumido com a frase: “dividir e conquistar,” porque foi exatamente isso o que ele fez.

Cerca de quarenta nomes são alistados das pessoas que lideraram as tarefas. Ele havia cuidadosamente planejado esse trabalho; agora, ele executa o que tinha planejado.

A primeira lição que Neemias fornece à igreja do Novo Testamento é:

Todas as pessoas que estavam dispostas a trabalhar...

• Todas as pessoas que estavam dispostas a trabalhar receberam uma oportunidade.

Quer sacerdotes ou profissionais; nobres ou plebeus; rapazes e moças solteiros são incluídos no grupo; profissionais e políticos; residentes nativos ou estrangeiros; artesãos ou artistas; todos receberam uma oportunidade para trabalhar.

Alguns consertariam o muro num local próximo à sua casa. Outros se juntavam e se responsabilizaram por vários locais. Alguns consertaram partes do muro ainda existentes, enquanto outros começaram do nada, usando blocos quebrados antigos. Alguns trabalharam em portões diferentes com suas dobradiças e ferrolhos enormes, enquanto outros pegavam o lixo e carregavam embora.

Acho interessante que o primeiro grupo de trabalhadores mencionado por Neemias é o grupo liderado pelo sumo sacerdote. Vemos no capítulo 3, verso 1:

Então, se dispôs Eliasibe, o sumo sacerdote, com os sacerdotes, seus irmãos, e reedificaram a Porta das Ovelhas; consagraram-na, assentaram-lhe as portas e continuaram a reconstrução até à Torre dos Cem e à Torre de Hananel.

Essas torres ficavam ao ocidente da Porta das Ovelhas. É significante que Neemias tenha conferido esse portão aos sacerdotes, uma vez que os cordeiros que eram trazidos ao templo para os sacrifícios entravam por essa Porta das Ovelhas. Para eles, esse era um local sagrado.

Eles não faziam ideia que, aproximadamente quatrocentos anos depois, o próprio Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, passaria por aquela porta reconstruída e entraria e oraria num jardim próximo chamado Getsêmani. Daí, sem dúvidas, ele foi trazido de volta pela mesma porta pelos soldados que o prenderam e o trouxeram ao Sinédrio. Ele foi, de fato, o último Cordeiro a ser sacrificado, como Isaías nos informa no capítulo 53, verso 7.

Mas sacerdotes não trabalham com pedras e marretas. Mas eles trabalharam aqui. E eles serviram de exemplo para o resto do povo. Qualquer pessoa que estivesse disposta a servir, recebeu uma oportunidade!

E isso nos conduz a uma segunda lição.

Algumas pessoas não sabiam necessariamente...

• Algumas pessoas não sabiam necessariamente como realizar o serviço.

Podemos notar nos versos 8 e 9:

Ao seu lado, reparou Uziel, filho de Haraías, um dos ourives; junto dele, Hananias, um dos perfumistas; e restauraram Jerusalém até ao Muro Largo. Junto a estes, trabalhou Refaías, filho de Hur, maioral da metade de Jerusalém.

Imagine um político, um ourives e um perfumista assentando tijolos. O que eles sabiam sobre construção de muros e restauração de rachaduras? Não importava. Evidentemente, Neemias colocou ao lado deles outros trabalhadores que sabiam como fazer o serviço.

A pessoa que diz que não pode fazer porque não sabe como deveria aprender a lição com esse perfumista que está carregando pedras e trabalhando com uma colher de pedreiro.

Algumas pessoas puderam fazer...

• Algumas pessoas puderam fazer mais do que outras.

Os versos 11, 19, 21, 24, 27 e 30 vemos uma palavra interessante se repetindo, dizendo:

...reparou outra parte [porção]...

Todos estavam envolvidos no serviço, mas alguns faziam até mais que outros. Que exemplo esses homens não deram de andar uma milha adicional!

Algumas pessoas estavam dispostas a trabalhar...

• A quarta característica de uma boa igreja é encontrada no fato de algumas pessoas terem se disponibilizado a trabalhar em locais mais difíceis que outros.

Veja o verso 14.

A Porta do Monturo, reparou-a Malquias, filho de Recabe, maioral do distrito de Bete-Haquerém; ele a edificou e lhe assentou as portas com seus ferrolhos e trancas.

A expressão “Porta do Monturo” pode ser traduzida como “Porta do Esterco.” Basicamente, todo o lixo e podridão da cidade eram levados por essa porta. E aqui está um membro de família nobre disposto a trabalhar num local horrível com o fedor tremendo do vale do Himom abaixo onde o lixo era depositado soprando em seu rosto o dia inteiro.

Compare a sua condição de trabalho com a localidade mencionada no verso seguinte.

A Porta da Fonte, reparou-a Salum, filho de Col-Hozé, maioral do distrito de Mispa; ele a edificou, e a cobriu, e lhe assentou as portas com seus ferrolhos e trancas, e ainda o muro do açude de Selá, junto ao jardim do rei, até aos degraus que descem da Cidade de Davi.

Em outras palavras, temos um oficial disposto a trabalhar perto do lixão e outro que pega o serviço no açude próximo ao jardim do rei. Algumas pessoas estavam dispostas a trabalhar em locais mais difíceis que outros.

Algumas pessoas estavam dispostas a trabalhar...

• Algumas pessoas estavam também dispostas a trabalhar mais duro que outras.

Até mesmo dentre todas as pessoas dispostas a servir, um homem se destacou. Ele é mencionado no verso 20.

Depois dele, reparou com grande ardor Baruque, filho de Zabai, outra porção, desde o ângulo do muro até à porta da casa de Eliasibe, o sumo sacerdote.

Esse é o único homem cuja atitude é mencionada por Neemias. A palavra hebraica traduzida como “ardor” vem de um vocábulo que significa “queimar ou brilhar.”

O fato de você estar disposto a servir não significa que você servirá com esplendor, certo? Baruque representa aqueles que trabalham e sorriem enquanto trabalham. Eles aparecem em suas postos com animação e palavras bondosas. São pessoas com as quais é um prazer trabalhar e estar. Desejamos que a tribo de Baruque cresça na igreja de Cristo hoje.

Algumas pessoas podiam trabalhar...

• Algumas pessoas podiam trabalhar, mas não estavam dispostas.

Um comentarista escreveu dizendo que Neemias mencionou não somente os trabalhadores, como também os preguiçosos.

O verso 5 diz:

Ao lado destes, repararam os tecoítas; os seus nobres, porém, não se sujeitaram ao serviço do seu senhor.

Não nos é dito por que; Neemias apenas nos informa que houve alguns que se recusaram a ajudar. É interessante que os nobres não trabalharam, mas os plebeus sim.

Até mesmo hoje, na igreja, a fileira está repleta de mais pessoas comuns do que pessoas de influência mundial. Como 1 Coríntios 1, verso 26, diz:

...nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;

Todas as pessoas que trabalharam com suas mãos revelaram a condição...

• Todas as pessoas que trabalharam com suas mãos revelaram a condição de seus corações.

Se pularmos até o capítulo 4, veremos uma descrição maravilhosa desses trabalhadores que também gostaríamos que fosse a nossa própria descrição. Veja o verso 6.

Assim, edificamos o muro, e todo o muro se fechou até a metade de sua altura; porque o povo tinha ânimo para trabalhar.

Isso literalmente significa que o coração deles estava em seu trabalho. Eles colocaram seu coração no serviço.

Uma Pergunta que Você Precisa Responder a Si Mesmo

Não importa qual seja o tamanho da sua igreja. Muitas pessoas chegam e cada uma possui necessidades diferentes.

Quem irá alimentá-las? Quem irá discipulá-las? Quem irá orar com elas? Quem ensinará suas crianças? Quem enxugará suas lágrimas, tanto das crianças como dos adultos? Quem as desafiará? Quem irá amá-las? Quem trocará as fraldas de seus bebês? Quem irá lhes ensinar histórias bíblicas? Quem as guiará no louvor? Quem limpará seus instrumentos para tocá-los?

Meu lugar no muro

Onde, nesse muro, você arregaçará suas mangas? Onde, no refeitório, você servirá a outra pessoa? Eu garanto a você – alguém irá derramar a sopa. Você simplesmente frequenta sua igreja ou o seu coração está no serviço que Deus está realizando no corpo de crentes?

Construções e refeitórios não são necessariamente lugares esplendorosos de se trabalhar, mas também são locais piedosos onde Deus honra o trabalho feito que, por sinal, não é em vão. Na verdade, os resultados durarão eternamente, pois estamos edificando pessoas – e pessoas duram eternamente.

Lembre-se do desafio de Paulo em Efésios 4, verso 16:

de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 02/04/2000

© Copyright 2000 Stephen Davey

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