
Um Bando de Gente Incompatível
Um Bando de Gente Incompatível
Marcos 3.13–19
Introdução
Segundo os padrões deste mundo, tenho certeza que Jesus Cristo seria considerado um dos maiores fracassos que já existiu. Em Marcos 3, vemos Jesus prestes a cometer Seu maior fiasco.
Qualquer pessoa sabe que, se alguém deseja propagar alguma causa, precisa selecionar auxiliares tão capacitados e inteligentes quanto o defensor da causa. Jesus Cristo, contudo, faz o contrário.
Um tempo atrás, li a mensagem fictícia de uma empresa de consultoria chamada “Consultores do Jordão.” A mensagem dizia:
Obrigado por compartilhar os currículos dos 12 homens que você selecionou para assumir a liderança de sua nova organização. Todos eles já se submeteram às baterias de testes e lançamos os resultados num programa de computador. Nossa equipe concluiu que a maioria de seus candidatos não possui o histórico, nível educacional e vocação necessários para o tipo de projeto que você busca realizar.
Simão Pedro é emocionalmente instável e tem um temperamento violento. A André, falta atitudes de liderança. Os irmãos Tiago e João, os filhos de Zebedeu, colocam interesses pessoais acima de lealdade à empresa; sinceramente, eles são meninos mimados. Tomé gosta muito de questionar, e isso afeta a moral do grupo. Também entendemos ser nossa responsabilidade informa-lo que Mateus foi boicotado pela grande Agência de Negócios de Jerusalém. Tiago, o filho de Alfeu, e Tadeu possuem, definitivamente, tendências para o radicalismo e têm propensão ao transtorno bipolar.
Um de seus candidatos, todavia, parece, sim, demonstrar bastante potencial. Ele é um homem de grande capacidade e bem desenrolado. Já que é muito motivado, ambicioso e responsável, ele tem uma cabeça boa para os negócios. Recomendamos Judas Iscariotes para ser seu gerente e braço direito.
Conforme os padrões que o mundo colocaria, creio que isso não estaria muito distante da verdade.
Jesus Cristo é revolucionário, radicalmente diferente. Por isso, O vemos em Marcos 3 escolhendo homens um pouco diferentes para serem Seus discípulos.
A Escolha dos Discípulos
Vamos observar três elementos no processo da escolha dos discípulos de Jesus.
- Primeiro, a escolha que Jesus faz de Seus discípulos é pessoal.
Veja o chamado pessoal que Jesus faz em Marcos 3.13: Depois, subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele.
Trata-se aqui de um chamado íntimo, não casual; essa foi uma conversa enquanto tomavam café e comiam um pedaço de bolo. É um chamado pessoal, um a um.
- Segundo, o chamado de Jesus aos discípulos é feito em oração.
Em Lucas 6.12–13, lemos que Jesus Cristo passou a noite inteira orando antes de chamar Seus discípulos. Ele passou a noite toda buscando a vontade de Seu Pai antes mesmo de escolher esses doze homens. Esse foi um chamado pessoal e feito em oração.
- E terceiro, o chamado de Jesus aos discípulos tinha um propósito.
Veja Marcos 3.14: Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar.
Perceba que os discípulos foram chamados para estarem com Jesus e para pregar. Primeiramente, os discípulos estariam com Jesus. A palavra “discípulo” traduz o termo grego mathetes, que significa “aprendiz.” Mais adiante, esses discípulos se tornarão “apóstolos,” do grego apóstolos, que significa “enviado.” Primeiro, eles são aprendizes; depois, se tornam enviados.
O processo do discipulado era cheio de propósitos. Jesus Cristo queria transmitir Seu caráter aos discípulos, ensinando-lhes tudo o que Ele sabia para que, quando os enviasse, pudessem propagar Sua causa com competência. Eles não somente estariam com Jesus, mas seriam Seus representantes.
O Histórico dos Doze Discípulos
Agora, para um melhor entendimento, seria bom observarmos o histórico particular de cada um dos doze discípulos. Você perceberá que, realmente, os doze eram um bando de gente incompatível. Quanto mais estudamos e aprendemos sobre suas vidas, mais surpresos ficamos com o fato de eles terem se unido para formar um grupo de homens que até conviviam bem juntos.
Permita-me mencionar alguns fatos relacionados às listas de discípulos que encontramos nas Escrituras. Existem quatro listas: Mateus 10, Marcos 3, Lucas 6 Atos 1. Todas elas contêm semelhanças interessantes.
- Primeiro, em cada uma delas, Pedro é mencionado primeiro e Judas por último.
Não podemos tirar muitas conclusões baseados apenas nesse fato, mas as coisas indicam que Pedro era o primeiro do grupo. Isso não significa que ele era o primeiro em caráter ou qualidade, nem que, de todos, era aquele com maior chance de ter sucesso no discipulado—na verdade, o contrário parece ser verdadeiro. Entretanto, ele parece ter sido o primeiro, mais proeminente, talvez o líder dos doze, enquanto passavam meses aprendendo com Jesus Cristo.
- Segundo, cada lista apresenta três grupos de discípulos, cada grupo com quatro membros.
Toda vez em que essas listas aparecem na Bíblia, vemos três grupos de discípulos e sempre os mesmos são agrupados. Eles são:
- O primeiro grupo: Pedro, Tiago, João e André;
- O segundo grupo: Filipe, Bartolomeu (ou Natanael), Tomé e Mateus;
- E o terceiro grupo: Tiago, Tadeu, Simão o zelote (não Simão Pedro) e Judas Iscariotes.
É interessante que a quantidade de informação diminui de um grupo para outro. Então, o primeiro grupo—o de Pedro, Tiago, João e André—fornece mais informações sobre os homens. Portanto, sabemos mais a respeito deles do que sobre os demais e eles são os que mais escreverão sobre Cristo.
Não sabemos como os grupos se formaram, mas, como em qualquer grupo, assim como é o caso na sua igreja, determinadas pessoas meio que se ajuntam e formam um grupo. Esse bando de homens formou grupos também—sempre com quatro homens em cada um dos três grupos.
- Terceiro, a intimidade dos discípulos com Jesus Cristo diminui gradualmente de um grupo para outro.
Ou seja, o primeiro grupo de quatro discípulos era bem próximo do Senhor; o segundo grupo passava algum tempo com Ele; e o terceiro, até onde sabemos, teve menos intimidade com Cristo. Jesus, é claro, ensinou e se relacionou pessoalmente com todos os discípulos ao redor de uma fogueira ou à beira da praia. Todavia, cada grupo teve um nível de intimidade diferente com Jesus.
Antes de partirmos adiante, deixe-me destacar algo muito importante sobre liderança. É impossível para um líder ter intimidade com todos os que o seguem, mesmo que se trate apenas de 12 homens. Numa das instituições teológicas que frequentei, fui ensinado que o pastor não deve ter intimidade ou ser próximo de ovelha alguma, já que ele não pode ter igual intimidade com todas as pessoas em seu rebanho. Fui ensinado que não deveria ter amigos porque algumas pessoas poderiam ficar chateadas. Felizmente, joguei esse ensino na lata de lixo e fiz amigos, assim como você tem amigos. Contudo, como líder, é impossível para o seu pastor se envolver pessoal e intimamente com a vida de todas as pessoas da igreja. Vemos essa realidade na vida do próprio Jesus.
É interessante observar que cada grupo parece ter tido seu líder; é possível que os líderes tinham mais intimidade com Cristo do que os demais indivíduos do grupo. Pedro, por exemplo, era um dos discípulos mais próximos de Jesus, segundo apenas para João. Isso, talvez, porque Pedro estava sempre importunando Jesus, fazendo perguntas e dando ideias.
- Quarto, entre esses discípulos, existem diferenças aberrantes.
Quando digo que são diferenças aberrantes, quero dizer diferenças aberrantes mesmo. Deixe-me dar alguns exemplos.
- Pedro e João eram radicalmente diferentes emocionalmente.
Pedro era impetuoso, rápido, apressado, sempre pronto para prosseguir adiante. João, por outro lado, era meditativo e mais devagar. Posso imaginar Pedro puxando João e dizendo: “Vamos, cara, apressa aí!” João responde: “Calma, estou pensando agora nas coisas que Jesus disse semana passada.”
Esses dois eram muito diferentes emocionalmente.
- Também havia diferenças espirituais tremendas entre Natanael e Tomé.
Natanael acreditava em tudo. Todas as vezes em que aparece nas Escrituras, Natanael está acreditando em alguma coisa. Deus disse, então isso já era suficiente.
Tomé precisava de um experimento científico antes de acreditar em qualquer coisa. Ele dizia: “Preciso ver, preciso tocar, antes de acreditar.”
Eles tinham diferenças espirituais tremendas.
E isso também não é verdade no contexto da igreja? Alguns são cheios de fé e acreditam em tudo. A igreja levanta recursos para construir o templo e tem pessoas já decidindo a cor da parede e das cortinas. Elas têm fé e acreditam que o projeto sairá do papel; elas já sabem tudo o que vai acontecer. Já outros são lentos, mais cautelosos e pensativos.
- Havia, também, diferenças políticas entre homens como Mateus e Simão o zelote.
E isso é o que mais me admira nesse grupo de doze discípulos. Como você se lembra, Mateus tinha se vendido ao governo romano. O trabalho que tinha—o de cobrar impostos—era um trabalho conseguido das mãos do Império Romano; por isso, era visto pelos judeus como um traidor. Mateus, no afã para enriquecer, comprou seu trabalho do governo romano e respondia aos romanos como o seu chefe.
Simão o zelote odiava Roma. Naqueles dias, havia quatro partidos: os fariseus, os saduceus, os essênios e os zelotes. Até onde sabemos, os zelotes foram os últimos a surgir. Eles odiavam a autoridade de Roma e formavam uma guerrilha para derrubar Roma.
Após a destruição do Templo de Jerusalém no ano 70 d.C., os zelotes formaram um grupo e fundaram um refúgio incrível e o utilizavam como base para suas operações guerrilheiras. Conhecemos esse refúgio como Masada. Finalmente, os romanos invadiram Masada e derrotaram os zelotes, o que muito provavelmente pôs fim ao partido.
Simão se alinhava a um partido patriota que odiava Roma. Agora, terá que passar três anos e meio com um homem que tinha se vendido a Roma. Se as circunstâncias fossem diferentes, creio que Simão teria enfiado um punhal nas costelas de Mateus.
De alguma forma, contudo, Jesus Cristo junta esses homens de maneira que conseguem conviver sem muitas intrigas.
Penso na realidade das muitas igrejas locais, onde diferenças de muitos tipos estão representadas: existem diferenças políticas, emocionais e espirituais. É impressionante o fato de crentes com históricos totalmente diferentes conseguirem conviver juntos. E Jesus Cristo acontece de fazer exatamente isso.
Conforme li recentemente:
- Machado de Assis podia pegar um papel em branco que não valia nada e escrever um poema belíssimo—isso se chama gênio.
- Um empresário bilionário assina um cheque em branco e ele vale milhões—isso se chama riquezas.
- Um engenheiro mecânico pega um material que vale 100 reais e o transforma em algo que vale milhares de reais—isso se chama habilidade.
- Um pintor pega um pedaço de tela que custa 5 reais, joga uma tinta nela e ela passa a valer milhares—isso se chama arte.
- Jesus Cristo pega pessoas pecaminosas e sem valor, purifica-as com Seu sangue e as une para promover Sua causa—esse é o maior milagre de todos e se chama graça.
As Deficiências dos Doze Discípulos
Vamos, agora, observar as deficiências dos doze discípulos—e como tinham deficiências! Mencionarei três.
- Primeiro: os discípulos tinham uma falta de entendimento incrível.
Quando estudamos esses homens, é interessante observar que eles não faziam ideia do que Jesus Cristo estava tentando fazer. Na verdade, após três anos, eles ainda não tinham entendido o programa do reino. Eles eram faltos de entendimento. Deixe-me fornecer alguns exemplos.
- Em Mateus 16.21–23, vemos a falta de entendimento de Pedro.
Mateus 16.21 diz:
Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia.
Esse é o programa do reino; isso é o que irá acontecer, agora que os judeus rejeitaram Jesus. Mas veja o que Pedro faz no verso 22:
E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.
Fico impressionado com Pedro. O Senhor se levanta e diz: “Pessoal, serei crucificado, sepultado e ressuscitarei ao terceiro dia.” Pedro retruca e diz: “Senhor, é o seguinte: enquanto você tiver nós 12 por perto, não precisará se preocupar com a morte. Tomaremos conta de tudo. Está tudo sob controle. Pode ficar tranquilo!”
Ele não entendia nada do que Jesus estava tentando fazer. Pedro era falto de entendimento.
- Em João 21.1–18, vemos mais exemplos da falta de entendimento dos discípulos.
Jesus Cristo foi crucificado e sepultado (a despeito de Pedro discordar). Será que os discípulos sairão pelo mundo proclamando as alegações de Cristo? Não. Eles voltam para a pesca!
Em João 21, o Senhor aparece misteriosamente à beira do Mar da Galileia. Ele caminha pela praia e lá estão Pedro e alguns outros pescando de novo.
Jesus Cristo os chama e praticamente diz: “Ei, homens, ainda não entenderam que os chamei para ser pescadores de homens, não de peixes? Pedro, você não me ama?”
“Sim, Senhor, amo.”
“Então o que você está fazendo aí? Alimente as minhas ovelhas.”
E Jesus fez essa pergunta a Pedro 3 vezes. Não havia entendimento.
E qual foi a solução de Jesus à falta de entendimento dos discípulos? Em uma palavra só: instrução.
Jesus nunca parou de ensinar. Em Atos 1, lemos que Jesus, após a ressurreição, passou 40 dias ensinando Seus discípulos, certificando-se de que realmente tinham compreendido Sua mensagem. Em seguida, lhes deixa com um registro e, através deles, cria um novo registro para a nossa instrução hoje.
Qual é a solução para falta de entendimento? Não é uma programação divertida, algum ministério criativo. A solução é instrução, ensino. Essa foi a solução de Cristo.
- A primeira deficiência dos discípulos era a falta de entendimento. A segunda era uma tremenda falta de compromisso.
Em Marcos 14.50, lemos que quando Jesus Cristo foi preso, todos fugiram e O deixaram. Antes disso, todos eles tinham dito: “Senhor, jamais o negaremos. Estamos com você até o fim!”
Sempre criticamos Pedro, mas veja que Pedro foi o único que seguiu o Senhor até o pátio dos julgamentos; os demais discípulos fugiram. João também apareceu depois na cruz.
Havia uma tremenda falta de compromisso entre os discípulos. Enquanto Jesus esteve junto, eles disseram: “Estamos aqui!” Mas, quando surgiram as dificuldades, todos O abandonaram e fugiram.
E qual foi a solução de Cristo para a falta de compromisso? É uma solução interessante; em uma palavra: súplica. A oração de Jesus pelos discípulos está registrada em João 17.
Eu e você enfrentamos, constantemente, o perigo da falta de compromisso. Jesus, contudo, sabendo de nossa fraqueza, intercede por nós. Falta de compromisso não é resolvida ao fazermos mais coisas; o problema é solucionado pela maturidade. E Jesus é o mais interessado em nosso amadurecimento. A solução de Cristo foi orar.
- A terceira deficiência dos discípulos era falta de humildade.
Esse era um defeito que o Senhor precisou combater constantemente na vida dos discípulos. Deixe-me dar dois exemplos.
- Um deles aparece em Marcos 9.33–37.
Veja o verso 33:
Tendo eles partido para Cafarnaum, estando ele em casa, interrogou os discípulos: De que é que discorríeis pelo caminho?
Jesus e os discípulos tinham ido embora, passado pela Galileia e chegado a Cafarnaum, provavelmente à casa onde estavam se hospedando; tenho certeza que Jesus sabia perfeitamente sobre o que os discípulos tinham conversado, mas Ele queria que eles dissessem. Então, Jesus pergunta: “Então, homens, sobre o que vocês vinham discutindo no caminho?”
Se os meus cálculos estão corretos, eles caminharam cerca de 5 a 7 horas; portanto, eles discutiram entre 5 e 7 horas. Mas qual era o tópico da discussão? Veja o verso 34:
Mas eles guardaram silêncio; porque, pelo caminho, haviam discutido entre si sobre quem era o maior.
O plano do Senhor está funcionando bem não é? Ele os escolheu, está investindo em suas vidas para que sejam o que Ele quer que sejam e, agora, eles passam 7 horas debatendo quem é o maior? “Vamos ver, Tomé, você pode dar as ordens. Pedro, você é o presidente. João, você é o vice-presidente.”
Parece coisa de criança, não é? Mas era exatamente isto o que estavam fazendo: debatendo quem seria o maior no reino vindouro.
- Já em Mateus 20.20–28, a discussão ficou tão séria que Tiago e João chamaram a mamãe.
Você lembra disso? Tiago e João são adultos; mesmo assim, chamam a mamãe para conversar com Jesus sobre eles. Posso até imaginar a mamãe indo a Jesus e dizendo: “Senhor, quando você voltar no seu reino, deixe meu filho Tiago—ele é um bom garoto—sentar à sua esquerda, e o outro filho, João—ele é muito inteligente—sentar à sua direita.”
Posso até imaginar Pedro dizendo para os outros: “Olha lá! Tiago e João foram pedir para a mamãe conversar com Jesus!”
Trata-se de homens adultos, mas extremamente preocupados em se tornar os mais proeminentes.
E qual foi a solução de Cristo para a falta de humildade dos discípulos? Numa palavra: exemplo. Ele forneceu aos discípulos o maior exemplo de humildade.
Digamos que você queira ensinar humildade ao seu filho—o que você faz? Você vai a ele e diz: “Meu filho, você precisa aprender a humildade. Venha aqui; lave os meus pés.” Eu resolveria o problema de falta de humildade assim.
Jesus, contudo, inverte os papeis e diz: “Vocês precisam aprender a humildade. Sentem-se aqui; deixe-me lavar seus pés.”
Então, em João 13, os discípulos tiram suas sandálias e Jesus pega as toalhas. Seus pés estavam sujos, já que tinham passado o dia todo andando. Jesus Cristo foi o exemplo ao fazer o papel de servo.
Essa foi uma ilustração que eles jamais se esqueceram. Até onde sabemos, no decorrer das Escrituras, os apóstolos demonstraram profunda humildade; e foi porque aprenderam com o Mestre.
Aplicação
Como aplicação, quero fazer quatro perguntas.
- Primeiro: você deseja ser um discípulo?
Agora, essa é uma pergunta profunda, não é verdade? Mas foi assim que tudo começou. Jesus Cristo foi a esses homens individualmente e disse a mesma coisa: “Quer ser meu discípulo?”
Eles poderiam ter dito “sim” ou “não,” e tiveram a oportunidade de desistir, como centenas desistiram. Conforme lemos nos Evangelhos, muitos O deixaram e não O seguiam mais.
Se você quer ser um discípulo, então precisa dizer “sim” a mais três perguntas.
- Segundo: você está envolvido em estudo e instrução?
Ao trabalhar na sua vida transformando-o num discípulo, Jesus precisa acabar com sua falta de entendimento; e isso acontece por meio do estudo das Escrituras.
- Terceiro: você está envolvido em súplicas?
A súplica vence a deficiência da falta de compromisso. Você ora, não somente por si mesmo, mas pelas vidas de outros crentes também? Foi isso o que Jesus fez; Ele orou.
- E quarto: você serve?
Em outras palavras, você é um exemplo de servo ou exige ser servido?
No discipulado, não importa quão desqualificados, fracos e frágeis somos; não importa quantas vezes corremos e fugimos. Jesus Cristo deseja pegar a sua vida e transforma-lo num mathetes, num aprendiz para depois enviá-lo como Seu representante.
Jesus pode nos usar, a despeito de nossas deficiências. A pergunta para nós é a mesma que os discípulos tiveram que responder. Jesus Cristo quer ouvir “sim,” para que transforme nossas vidas e nós, assim como os discípulos do século primeiro, transformemos o mundo.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 15/11/1987
© Copyright 1987 Stephen Davey
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