Refutando Mitos de Homens

Marcos 15.42–16.8

Introdução

Chegamos hoje ao final de nossa série de estudos no Evangelho de Marcos e, consequentemente, ao início do Cristianismo ou ao túmulo vazio. Acho que é justo afirmar que, com a crucificação de Jesus, o Cristianismo tinha terminado; suas alegações de ser o Messias, talvez, vistas como meras farsas. Muitos enxergaram a morte de Cristo como uma tragédia desnecessária.

• Seis razões por que o Cristianismo, humanamente falando, deveria ter terminado.

Desejo começar fornecendo seis razões por que o Cristianismo, humanamente falando, deveria ter terminado. Para isso, leremos Marcos 15.42–45. Veja os versos 42–43a:

Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, vindo José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus...

Veja que José de Arimateia é membro do Sinédrio, o mesmo concílio que havia declarado Jesus culpado e réu de morte. Não sabemos, mas talvez José tenha permanecido calado durante todo o julgamento. Não sabemos se algo havia mudado em sua vida. O que sabemos é que ele era um homem de fé que esperava a chegada do reino de Deus, talvez na esperança tênue de Jesus ser, de fato, o Rei. O verso 43 ainda nos diz que José dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus.

Se José não tivesse pedido o corpo de Jesus, o costume da época teria sido seguido, que era o de enterrar o corpo no Vale de Hinom, também conhecido como o “Vale das Cinzas” ou “Vale dos Cadáveres.” Um fogo era mantido sempre aceso nesse vale para consumir os corpos de criminosos lançados ali dentro.

Vemos a reação de Pilatos no verso 44:

Mas Pilatos admirou-se de que ele já tivesse morrido. E, tendo chamado o centurião, perguntou-lhe se havia muito que morrera.

E a confirmação da morte vem no verso 45: Após certificar-se, pela informação do comandante, cedeu o corpo a José.

• Creio que o primeiro motivo por que o Cristianismo, humanamente falando, deveria ter terminado é que Jesus estava morto.

Houve testemunhas da morte de Jesus, não somente o centurião, mas os soldados também. Ninguém negaria o fato de que Jesus havia, de fato, morrido.

• O segundo motivo por que o Cristianismo, humanamente falando, deveria ter terminado é que o corpo de Jesus foi mumificado com mais de 30 kg de especiarias.

Vemos essa informação em João 19.39–40:

E também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro.

Agora, temos dois homens envolvidos no sepultamento: José de Arimateia e Nicodemos. O costume da época era mumificar o corpo com pó e líquido, uma prática que exigia bastante dinheiro. Nicodemos, sendo um homem rico, comprou suprimentos para realizar o sepultamento de uma realeza com mais de 30 kg de especiarias.

Depois de embalsamado, o corpo era enrolado com lençóis, cada membro individualmente. Entre cada camada de pano, depositava-se as especiarias. Depois desse processo, o corpo ficava totalmente encoberto. Jesus, portanto, foi enrolado com várias camadas de pano e mais de 30 kg de especiarias depositadas entre cada camada de tecido, e tudo isso foi realizado dentro do túmulo. Os túmulos da época eram esculpidos em rocha: uma abertura no formato de cama feita na rocha.

Portanto, Jesus foi crucificado, está morto e, agora, mumificado. Seria impossível respirar com todo aquele pano e as especiarias envolvendo seu corpo. Jesus morreu.

• O terceiro motivo por que o Cristianismo, humanamente falando, deveria ter terminado é que Jesus foi colocado no túmulo e uma pedra selou a entrada do túmulo.

Lemos em João 19.41:

No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um jardim, e neste, um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto.

E lemos em Mateus 27.59–60:

E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou.

O sepulcro era rocha pura; não havia porta dos fundos, nenhuma saída. A única entrada que havia foi selada com uma pedra enorme. Pessoas ricas da época compravam um sepulcro ou construíam um em sua propriedade, como foi o caso de José. O sepulcro era feito num morro e, na parte de cima, colocava-se uma pedra grande, a qual ficava presa, talvez, por uma pedra pequena que a calçava. Quando um corpo fosse depositado no túmulo, a pedra pequena era removida e a rocha grande descia, com a gravidade fazendo o trabalho que exigiria uns 30 homens. Ao descer, essa pedra enorme fechava a entrada do sepulcro. Descobertas recentes indicam que essas pedras enormes cobriam entradas de cerca de 1,5 metro, e pesavam em torno de 1 e 2 toneladas.

Jesus está morto. Diante desse cenário, fico apenas imaginando a agonia dos seus discípulos e seguidores. Acabou. Ele morreu, foi mumificado e sepultado.

• O quarto motivo por que o Cristianismo, humanamente falando, deveria ter terminado é que o sepulcro foi guardado por soldados romanos.

Lemos em Mateus 27.62–63:

No dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus e, dirigindo-se a Pilatos, disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia...

Por que?

...para não suceder que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e será o último embuste pior que o primeiro.

É possível que os líderes religiosos estivessem com medo de Jesus realmente ressuscitar. Se o medo fosse o de os discípulos roubar o corpo, teria sido mais fácil simplesmente não proteger e guardar o túmulo. Quando o corpo sumisse, diriam que os discípulos o tinham roubado. Mas, agora, com toda essa proteção à porta do sepulcro, se o corpo sumisse, ficaria óbvio que algo sobrenatural tinha que ter acontecido. Teria sido melhor deixar o túmulo sem guardas. Mas o Deus sábio tinha um plano.

Então, o sepulcro é guardado. Veja Mateus 27.65–66:

Disse-lhes Pilatos: Aí tendes uma escolta; ide e guardai o sepulcro como bem vos parecer. Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta.

Uma escola era composta de entre 4 e 16 soldados romanos de guerra, totalmente armados que formavam a defesa do Império. Cada um deles era treinado para defender 0,5 m². Portanto, havia, pelo menos, 4 soldados, cada um defendendo 0,5 m² com lanças, espadas, punhais, escudos e outras armas.

Jesus não somente foi morto, mumificado e sepultado, mas seu corpo estava protegido sob guarda romana intensa e pesada; ninguém jamais conseguiria passar por essa escolta. Podemos considerar o Cristianismo como terminado.

• O quinto motivo por que o Cristianismo, humanamente falando, deveria ter terminado é que a pedra foi selada.

Mateus 27.66 diz:

Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta.

O selo era feito da seguinte forma: uma corda era presa de um lado do sepulcro com barro, enrolada em torno da pedra que tampava a entrava e depois presa do outro lado do sepulcro, também com barro. Em seguida, uma autoridade romana vinha com seu anel de sinete e selava o barro com sua insígnia. Se alguém tentasse remover a pedra, a corda soltaria e quebraria o barro em ambos os lados, violando o selo. O selo significava simplesmente que Roma dizia: “Não toque nesta pedra.” Se alguém violasse essa ordem e fosse provado culpado, seria crucificado de cabeça para baixo.

Portanto, o selo romano declarava: “Acabou. Esse é o capítulo final. Ninguém mexerá neste sepulcro.”

• A sexta e última razão por que o Cristianismo, humanamente falando, deveria ter terminado é que os discípulos se esconderam durante esses acontecimentos.

Isso significa que sua mensagem estava muda e a causa do reino não estava avançando. Os discípulos se escondem, provavelmente confusos, estarrecidos. Depois de 3 anos e meio seguindo Jesus e crendo em suas alegações de ser o Messias Filho de Deus, ele está morto. Quem sabe, talvez eles estivessem furiosos e amargurados. Os discípulos ficaram calados.

• Depois de mencionar seis razões por que o Cristianismo, humanamente falando, deveria ter terminado, os próximos eventos trazem sete razões por que o Cristianismo, soberanamente falando, floresceria.

• Primeiro, o medo da autoridade romana foi ignorado e o selo no sepulcro de Jesus foi violado.

Se o selo fosse violado, a implicação era a de que alguém mais poderoso do que Roma tinha entrado em cena; somente alguém disposto a encarar o Império Romano violaria o selo. O poder de Deus, que encara qualquer reino, viola o selo.

• O segundo motivo por que o Cristianismo, soberanamente falando, floresceria é que a pedra foi removida.

Lemos em João 20.1:

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida.

É interessante comparar esse relato com os demais Evangelhos. Cada evangelista adiciona um detalhe. Marcos sugere que a pedra foi removida morro a cima. Lucas adiciona ao que Marcos diz, e escreve que a pedra foi removida para distante do túmulo. E aqui em João 20.1, o verbo indica que a pedra foi erguida, ou seja, a pedra foi não somente removida morro a cima e para longe do sepulcro, ela foi erguida, levantada e lançada ao lado.

Isso é fascinante porque todos os que chegam ao túmulo percebem que alguém muito forte—ou 50 homens—deve ter removido a pedra. A ideia começa a se formar de que algo extraordinário aconteceu.

• Terceiro, os soldados romanos fugiram e tiveram que ser subornados.

Vemos esse detalhe em Mateus 28.11–15:

E, indo elas, eis que alguns da guarda foram à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera. Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram enquanto dormíamos. Caso isto chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos e vos poremos em segurança. Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje.

Quando percebem o que aconteceu, os soldados romanos correm, não para o quartel, mas para os líderes judeus em busca de proteção. Agora, eles sabem que estão em apuros porque fogem da cena. Se um soldado fugisse de seu posto, seria morto. Os judeus mandam os soldados dizer para Pilatos que os discípulos roubaram o corpo enquanto dormiam, não que algo sobrenatural havia ocorrido. Contudo, dormir em sentinela também era um crime punido com morte. Para que os soldados confessassem ter dormido em sentinela, eles devem ter recebido dos judeus uma grande soma de dinheiro, quem sabe até talvez o suficiente para se aposentarem. Afinal, depois do acontecido, eles perderam sua credibilidade como soldados romanos.

Então, os soldados são subornados para espalhar que o corpo havia sido roubado pelos discípulos e subornados para dizer a Pilatos que tinham dormido em sentinela.

• O quarto motivo por que o Cristianismo, soberanamente falando, floresceria é que tanto judeus como romanos admitiram que o túmulo estava vazio.

Judeus e romanos reconheceram que o túmulo estava vazio. Apesar disso, não houve nenhum avivamento entre os membros do Sinédrio; eles tinham rejeitado os milagres e maravilhas de Jesus e, agora, rejeitam sua ressurreição. Pensamos que talvez eles convocassem uma reunião de emergência e dissessem: “Homens, cometemos um erro. Não há dúvidas de que esse Jesus é, de fato, Deus. Ele estava no sepulcro e agora não está mais; e tivemos que subornar os soldados para que mintam.”

Como esses homens conseguiram viver o resto de suas vidas sabendo que tinham subornado os soldados para que mentissem? Quando os soldados vieram e disseram: “Vocês não irão acreditar no que aconteceu! Terremoto, pedra, paralisados de medo, corpo desapareceu.” Mesmo assim, esses líderes judeus continuaram rejeitando Cristo. Eu creio que, mesmo que Jesus tivesse derrotado Roma e estabelecido seu trono, os judeus ainda o teriam rejeitado. E eu e você também. Jesus Cristo tem realizado maravilhas e tremenda transformação nas vidas de pecadores. Você ainda o rejeita?

• O quinto motivo por que o Cristianismo, soberanamente falando, floresceria é que os lençóis usados na mumificação permaneceram intocados.

Veja João 20.6–7:

Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte.

Ou seja, os lenços foram deixados conforme tinham sido dobrados no corpo de Jesus. A essa altura, cerca de 72 horas após o sepultamento, os panos haviam endurecido juntamente com as especiarias por causa do frio dentro do sepulcro. Os panos endureceram e formaram uma espécie de casulo. Quando os discípulos entraram, os panos estavam no formato de um homem; Jesus Cristo simplesmente saiu dos lençóis sem mexer com eles. É como se Jesus tivesse passado pelos panos, assim como passou pelas paredes e portas do cenáculo.

Agora, desejo rapidamente destacar algo interessante. Em João 20.1–8, três pessoas veem o túmulo vazio: Maria Madalena, Pedro e João. É interessante que, para cada uma delas, um verbo grego diferente é usado. Primeiro, Maria Madalena viu, ou blepo—ela simplesmente olhou o que tinha acontecido, sem necessariamente compreender de fato o que tinha ocorrido. Em seguida, Pedro viu, ou theoreo—Pedro viu o túmulo e começou a supor algumas coisas, tentando entender as coisas. Por fim, João chegou e viu, ou horao—ele viu e creu.

Algumas pessoas veem sem enxergar; outras veem fatos e começam a supor teorias e pensar em possibilidades. Por fim, outras veem e entendem e creem. O mesmo acontece hoje. Em qual desses três você se encaixa?

• O sexto motivo por que o Cristianismo, soberanamente falando, floresceria é que as mulheres foram as primeiras testemunhas.

Isso é interessante porque, naqueles dias, o testemunho de uma mulher não era válido num tribunal, mesmo que tivesse sido a testemunha ocular de um assassinato.

Pense nisso por um instante. Você não acha que, se essa história tivesse sido inventada, os discípulos não teriam escolhido testemunhas mais confiáveis e aceitáveis ao povo da época? O fato de as mulheres serem as primeiras testemunhas é uma evidência de que a história não foi fabricação humana.

• Finalmente, o sétimo motivo por que o Cristianismo, soberanamente falando, floresceria é que Cristo foi visto por mais de 500 pessoas.

Paulo escreveu em 1 Coríntios 15.6 que Jesus Cristo foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez. Ou seja, todos os 500 concordam que Jesus está vivo. Além desses, Jesus foi visto pelos discípulos, pelos dois na estrada para Emaús e pelas mulheres. Apesar da variedade, o testemunho de todos é uníssono: Jesus está vivo.

• Além de seis razões por que o Cristianismo, humanamente falando, deveria ter acabado, e de sete razões por que o Cristianismo, soberanamente falando, floresceria, quero mencionar seis teorias que descrentes, naturalmente falando, inventariam.

Imagine que você estivesse estado presente quando tudo isso aconteceu; você é um dos líderes religiosos e precisa pensar rápido. Uma reunião de emergência é realizada e dizem: “Não podemos deixar esse homem escapar. Precisamos encontrar uma explicação para isso; e de pressa!” Deixe-me mencionar seis teorias que foram inventadas e propagadas por descrentes no decorrer da história.

• A primeira teoria é óbvia: os discípulos forjaram a ressurreição ao roubar o corpo de Jesus.

Agora, as únicas supostas testemunhas disso foram os soldados da escolta romana. Queria ver esses soldados sendo questionados por um advogado: “Certo. Me diga o que aconteceu, desde o começo.” “Bom, eu estava dormindo quando os discípulos vieram e levaram o corpo.” O advogado diria: “Espere um pouco. Se você estava dormindo, então como sabe que foram os discípulos?” A teoria desses homens estava repleta de falhas. Ela jamais seria aceita após o escrutínio de um tribunal.

Outra coisa que precisamos perguntar é: se os discípulos realmente roubaram o corpo e inventaram toda a história, então por que passaram de covardes a corajosos destemidos de uma hora para outra? Ninguém jamais morreria por uma mentira! Eles morreram por uma verdade.

• A segunda teoria inventada e propagada por descrentes é: os líderes judeus roubaram o corpo de Jesus.

Essa teoria é ainda mais ridícula que a primeira. O berço do Cristianismo—o local de nascimento da igreja primitiva—foi Jerusalém. E qual era a mensagem principal da igreja? Jesus está vivo! Imagino que, se os judeus tivessem o corpo, eles teriam mostrado a todos a evidência de que o Cristianismo era uma farsa. Isso teria acabado com o avanço da igreja. Contudo, corpo algum jamais apareceu.

• Existe uma terceira teoria propagada até aos dias de hoje: é a chamada “Conspiração da Páscoa.”

Conforme essa teoria, praticamente tudo em relação à vida de Jesus não passou de uma grande falcatrua. Jesus era um impostor e veio dizendo ser o Messias; ele conhecia o Antigo Testamento e as profecias em torno de sua morte e ressurreição. Então, a fim de enganar as pessoas, planejou ir à cruz, mas forjar sua morte, sendo removido antes de morrer. Como diz a teoria, os soldados não quebraram suas pernas, evidência de que nunca morreu. Uma vez que tivesse sido sepultado, os discípulos roubariam seu corpo e o apresentariam a Jerusalém como o Senhor vivo. Isso é conhecido como a “Conspiração da Páscoa.”

Todavia, a teoria inteira se desfaz por causa de um soldado que enfiou sua lança no lado de Jesus; isso nunca fez parte do plano; ele não deveria ter feito aquilo. Um soldado nervoso, querendo provar que Jesus estava morto, enfiou a lança na lateral de Jesus, talvez perfurando seu coração. Com isso, Jesus, de fato, morreu. Ele nunca foi o Messias; tudo foi mera conspiração. Ele morreu e nunca ressuscitou.

Agora, essa teoria depende de duas coisas: primeiro, que o soldado à cruz realmente enfiou sua lança no lado de Jesus e, segundo, que não havia escolta protegendo o sepulcro de Jesus, de forma que os discípulos roubaram o corpo e depois o enterraram sem ninguém saber. Mas existe problema com tudo isso.

O proponente dessa teoria diz que não havia escolta alguma protegendo o túmulo porque ela é mencionada em apenas um Evangelho: Mateus. Por outro lado, o único Evangelho que fala da lança perfurando o lado de Jesus é João. Então, por que rejeitar Mateus por ser o único a mencionar a escola, mas aceitar João, mesmo sendo o único a mencionar a lança? Como vemos, os proponentes dessa teoria escolhem e eliminam o que bem desejam—algumas coisas se encaixam com sua teoria, enquanto outras não.

• A quarta teoria inventada e propagada por descrentes é a teoria da ressuscitação.

Essa teoria defende que Jesus Cristo passou pelos julgamentos, foi açoitado e surrado à beira da morte, ficou fraco a ponto de não conseguir carregar a cruz, foi finalmente crucificado com pregos nos punhos e pés, e, depois declarado morto; mas ele não morreu de fato. Em seguida, foi mumificado com mais de 30 kg de especiarias, depositado num túmulo na rocha, protegido por soldados romanos, mas... adivinha o que aconteceu? Depois de três dias sem comer ou beber, ao invés de ter ficado ainda mais fraco com tudo o que tinha acontecido, ficou mais forte! Ele consegue sair dos lençóis, empurra a pedra gigante que fechava a entrada do sepulcro, derrota 16 soldados e se declara Rei de Jerusalém. Gosto dessa teoria—faz sentido!

• A quinta teoria inventada e propagada por descrentes é a teoria de que o túmulo vazio era o túmulo errado.

Conforme essa teoria, os discípulos não sabiam direito onde Jesus tinha sido sepultado. Então, se confundiram com os túmulos e se depararam com um vazio. Isso significa, é claro, que os soldados romanos estavam guardando o túmulo errado, que Pilatos os enviou ao túmulo errado e que os líderes religiosos foram ao túmulo errado também. Todos eles, simplesmente, se confundiram.

• Finalmente, existe a teoria da alucinação.

Essa teoria afirma que ninguém jamais viu Jesus; ele nunca saiu do túmulo; todos tiveram alucinações. Então, 500 irmãos alucinaram; as mulheres alucinaram; os discípulos alucinaram; na verdade, Jerusalém inteira alucinou. Essa teoria também faz bastante sentido. Inclusive a pessoa que a inventou alucinou.

A verdade é que essas teorias envolvem mais milagres do que simplesmente crer no registro dos Evangelhos, na falsidade dos líderes religiosos e chegar à conclusão de que Jesus era, de fato, quem disse ser. Jesus saiu do túmulo! Não existe outra maneira de explicar o que aconteceu. É impossível fabricar a verdade, ao menos que você negue e ignore o óbvio.

Conclusão

Permita-me concluir dizendo uma coisa. Assim como Jesus disse que viria ao mundo, ele veio; ele cumpriu as profecias do Antigo Testamento. Assim como foi profetizado que o Cordeiro seria morto pelos pecados de muitos, Jesus Cristo morreu. Os profetas até predisseram que Ele seria sepultado; e ele foi, de fato, sepultado.

Se tudo isso acabou sendo verdadeiro, o que dizer das últimas coisas que ainda aguardamos hoje? O que dizer da profecia de que Jesus voltará, que reinará não somente por mil anos, mas para sempre? Tudo isso acontece de ser verdade também.

Eu e você temos o privilégio de estar deste lado da história e, até agora, temos contemplado profecias se concretizando. Não podemos ignorar o fato de que Jesus um dia realmente voltará.

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 03/04/1988

© Copyright 1988 Stephen Davey

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