Quando A Vontade de Deus Fere

Quando A Vontade de Deus Fere

by Stephen Davey Ref: Mark 14:32–42

Quando A Vontade de Deus Fere

Marcos 14.32–42

Introdução

As páginas das Escrituras estão repletas de vidas de indivíduos que, ao obedecerem à vontade de Deus, experimentaram tremenda dor e sofrimento.

Penso, por exemplo, em Oseias, o qual Deus mandou escolher uma esposa. Imagino que ele tinha algumas amigas, dentre as quais poderia escolher uma bela esposa. Mas o Senhor disse: “Quero que escolha uma esposa dentre as prostitutas” (Oseias 1). Então, Oseias foi e escolheu Gômer. Obviamente, ela lhe foi infiel e, por fim, deixou o profeta.

Pensamos que Deus diria: “Certo, Oseias, você fez o que mandei. Sua dor acabou.” Ao invés disso, Deus diz: “Quero que você compre Gômer novamente para ser sua esposa” (Oseias 3).

Também penso em Noé. Quando lembramos dele, o imaginamos navegando sobre as ondas enormes do dilúvio, e esquecemos que, por mais de 100 anos, ele lidou com tortura, dor e zombaria das pessoas ao seu redor (Gênesis 6). Também lembro de Paulo, que perderia sua vida em Roma ao ser decapitado.

Apesar do sofrimento dessas pessoas, nos deparamos, hoje, com o sofrimento e a dor sem iguais que um indivíduo passou ao fazer a vontade do Pai. Nenhuma dor se assemelha ao que Jesus Cristo experimentou. A passagem de hoje é, talvez, a mais clara exposição de um momento em que a vontade de Deus fere. Abra sua Bíblia em Marcos 14. Vamos observar essa passagem e confiar que Deus desafiará nossos corações para viver para Ele.

Os acontecimentos que começam a ser narrados no verso 32 ocorrem a partir da meia-noite. Jesus e seus discípulos acabaram de desfrutar de uma refeição completa por ocasião da celebração da Páscoa. Após a refeição, subiram o recostado ocidental do Monte das Oliveiras e chegaram a um lugar chamado Getsêmani, que significa “lagar de azeite.” Nesse lugar, havia várias árvores de azeitona; as azeitonas eram colhidas e espremidas, originando aquele líquido dourado belíssimo—o azeite de oliva. É nesse lugar onde Jesus vai para orar, como de costume.

É interessante que existe uma pessoa no Novo Testamento que não é identificada, mas que serviu o Senhor ao permiti-lo se retirar em sua propriedade, esse pequeno oásis. Dentro de Jerusalém não havia jardins murados, já que a cidade era aglomerada com muitas pessoas, ruas e casas. Se quisessem um jardim, as pessoas teriam que sair da cidade. Os ricos tinham seus próprios jardins; evidentemente, alguém rico é dono do Getsêmani, um local que servia de retiro para o Senhor, seu ministério e para os discípulos. Eles iam ali frequentemente para orar.

Agora, Jesus se dirige ao Getsêmani pela última vez para orar. Veja Marcos 14.32:

Então, foram a um lugar chamado Getsêmani; ali chegados, disse Jesus a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou orar.

Conforme o verso 33, Jesus leva consigo para dentro do Jardim Pedro, Tiago e João. Agora, por que o Senhor escolheu levar apenas esses três?

Quando o Mestre e os discípulos chegam à entrada do Getsêmani, Jesus deixa os discípulos ali e diz: “Vigiem. Fiquem alerta. Vou passar um tempo em oração e não quero ser atrapalhado. Com vocês oito aqui no portão, se alguém vier me buscar, pelo menos terão que passar por vocês primeiro.”

Em seguida, Cristo escolhe três discípulos—Pedro, Tiago e João—e os leva consigo para dentro do Getsêmani, para o mais interior onde poderiam observá-lo.

Creio que existem algumas razões por que Jesus levou consigo somente três discípulos, mas deixe-me mencionar duas.

  • Primeiro, Jesus levou Pedro, Tiago e João consigo para companhia.

Jesus enfrenta, aqui, provavelmente o momento mais solitário de sua vida. Ele será traído e negado, além das muitas outras coisas que lhe sobrevirão. Por isso, leva seus amigos mais íntimos, os três que geralmente estavam mais próximos dele. Eles estiveram com Jesus no Monte da Transfiguração e quando o Senhor curou a filha de Jairo. Parece que, quando Jesus queria que alguns discípulos prestassem atenção especial, ele escolhia esses três. Mas acho que ainda houve outro motivo por que os levou, além de servirem de companhia.

  • Segundo, Jesus levou esses três consigo para o Jardim, mais provavelmente, para instrução.

Pedro, Tiago e João eram líderes dentro do grupo de discípulos. Jesus sabia que se eles aprendessem, se entendessem algo, se compreendessem uma verdade específica, esses três voltariam e transmitiriam tudo aos demais.

Creio que Jesus levou esses três porque queria que eles o observassem, vissem sua agonia e tristeza. Quem sabe, talvez para ensiná-los como lidar com a vontade de Deus quando ela fere. Não sabemos.

Jesus sempre foi um mestre, até mesmo em meio à sua agonia. Ele leva esses três para lhes ensinar por meio da observação.

Quando entramos no Jardim do Getsêmani com Jesus, ficamos nos perguntando por que Cristo caiu em profunda depressão. Observe os sentimentos de Jesus registrados em Marcos 14.33–34:

E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai.

Por que Jesus caiu em depressão? Simplesmente porque ele, sendo o Deus onisciente, sabia perfeitamente o que estava para acontecer. Permita-me fornecer vários motivos para a depressão de Jesus.

  • Jesus estava para ser traído por Judas.

Judas andou com Jesus por mais de três anos, mas, no final, o traiu. Imagino que seria deprimente pensar em ter investido sua vida em outras pessoas para depois ver a amizade jogada fora por causa de 30 moedas de prata.

  • Creio que Jesus ficou deprimido porque sabia que Pedro o negaria.

Pedro, aquele a quem apelidou de “Rocha,” um homem em quem tinha investido intensamente, iria, nas horas mais críticas, dar as costas para Jesus.

  • Creio, também, que a rejeição de Israel foi um dos fatores mais fortes para a depressão de Jesus.

Ele havia descido do céu para ser Rei, oferecer o programa do reino; contudo, foi rejeitado como Messias.

  • Jesus ficou deprimido porque estava contemplando o peso do pecado.

Meu querido, estamos tentando explicar hoje algo que, na verdade, é inexplicável. Jamais conseguiremos compreender a agonia que Jesus sentiu. Nunca conseguiremos contabilizar a agonia que ele deve ter sentido e que sabia estar chegando ao ser feito pecado, a carregar sobre seus ombros o pecado do mundo. Não conseguimos imaginar.

  • Sem dúvidas, o abandono por parte do Deus Pai agravou ainda mais a depressão de Jesus.

Até então, Deus o Pai e Deus o Filho tinham permanecido inseparáveis.

  • Por ser humano, o medo diante do prospecto da morte também contribuiu para sua depressão.

Não existe dúvida alguma em minha mente que Jesus Cristo ficou tomado de terror, sabendo do significado da cruz. Conforme alguém escreveu: “No Jardim, Jesus Cristo levantou o cálice de nossa agonia e tristeza e engoliu seco a condenação.”

Em meio a essa agonia, Jesus ora sozinho. Veja Marcos 14.35: E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava. No recôndito escuro daquele Jardim, Jesus lança-se no chão e ora.

Lucas fornece mais informações sobre essa cena no capítulo 22 de seu Evangelho, e revela mais detalhes da agonia que Jesus deve ter sentido.

Veja o que acontece em Lucas 22.44:

E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra

No linguajar médico, Jesus sofreu o que é conhecido como hematidrose. Com base no que li, esse fenômeno ocorre quando os vasos capilares estouram debaixo da pele, misturando-se com suor, de forma que você “sua sangue.”

Os comentaristas estão convencidos de que Jesus poderia ter morrido nessa situação; e eu concordo com eles. A hematidrose é um sintoma de angústia profunda. Sua angústia era tão grande que Jesus poderia ter morrido de um ataque cardíaco no Jardim.

Em Lucas 22.43, somos informados que, nessa ocasião, um anjo veio e servia Jesus. Sua morte aqui seria prematura; portanto, um anjo vem e o revigora temporariamente.

Todo esse cenário nos dá algumas dicas quanto à tremenda agonia que Jesus experimentou.

De volta a Marcos 14, vemos o conteúdo da oração de Jesus no verso 36:

E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.

Deixe-me destacar três elementos na oração de Jesus que nos ajudarão em nossa luta com a vontade de Deus.

  • Primeiro, note a força de Jesus vinda do amor de Deus.

Lemos no verso 36: Aba, Pai. É interessante que, apesar de estar em tal agonia, Deus permanecia sendo seu Pai e Cristo continuou pensando em Deus como seu Pai.

Se você é como eu, creio que, quando enfrenta uma dificuldade ou provação, a primeira tentação que aparece é a de dizer: “Ah, Deus não está nem aí para mim! Que Pai excelente você é. Que Deus maravilhoso, hein?!”

Mas Jesus, em tremenda dor e agonia, ainda revela evidência de um relacionamento íntimo com Deus o Pai. Ele diz: “Aba,” ou, “Pai.” Cristo encontrou força em seu relacionamento íntimo com Deus o Pai.

  • Segundo, note a luta de Jesus com o plano de Deus.

Observe a frase seguinte em Marcos 14.36: tudo te é possível; passa de mim este cálice.

Esse verso é muito interessante. Você lê uma centena de comentários e se depara com uma centena de interpretações quanto ao que é esse cálice. Cada perspectiva parece ser boa e fazer sentido.

Em meus estudos, concluí que é possível que várias perspectivas estejam corretas. Esse cálice deve ter sido uma combinação de agonia—pode ter se referido à morte de Jesus, sua rejeição e o fato de ele ser feito pecado. No final, temos que reconhecer que o cálice fala de morte e separação.

É incrível ver Jesus Cristo, que não tinha pecado, chegar a um momento em sua vida que parece ter tropeçado, mas não tropeçou. É como se ele dissesse a Deus o Pai aqui: “Pai, sei que isso findará na minha morte; então, se possível, vamos fazer isso de outra maneira.”

Acho que, geralmente, temos a ideia de que Jesus, naquele Jardim, tinha um roteiro em sua mão e que ele cumpriu seu papel nesse teatro da redenção: “Certo, é hora de orar porque as Escrituras dirão que eu orei. Então, vou me prostrar aqui e orar.”

Isso aqui é agonia real; Jesus contempla uma morte terrível. Ele disse: “Este cálice é quase pesado demais para eu carregar.”

  • Terceiro, perceba a entrega de Jesus à vontade do Pai.

Veja a última parte do verso 36: contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.

Recentemente, li a história de uma família de missionários que serviam no Equador. A casa dos missionários ficava ao pé de uma montanha. Em 1971, um acidente esquisito aconteceu: a pessoas apenas observaram enquanto um deslizamento de terra enterrou os missionários e seus filhos.

Também li uma história contada por um escritor popular sobre uma mulher cujo filho tinha acabado de concluir seu treinamento e estava indo para o campo missionário. No aeroporto, ele encontrou um pedaço de papel e escreveu no verso uma mensagem para sua mãe: uma palavra apenas—“por que.” O avião no qual o rapaz estava caiu e ele morreu. Pense apenas no potencial enorme de um jovem que tinha se preparado para a obra missionária; contudo, seu avião caiu e ele morreu. A mãe recebeu o bilhete e viu no verso a palavra que eu e você pronunciamos com bastante frequência: por que.

Por que? Quando passarmos por crises e lutarmos com algo que estamos convencidos ser da vontade de Deus, creio que a chave não é perguntar “Por que?” mas reconhecer “quem.”

É exatamente isso o que Cristo faz ao se submeter totalmente à vontade do Pai:

...Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.

Agora, em meio ao processo que ocorre com Jesus, existe um enredo secundário envolvendo os discípulos. Vamos observar esse enredo e extrair algumas lições.

  • Primeiro, observe a indiferença dos discípulos.

Após passar uma hora em oração, Jesus vai até Pedro, Tiago e João. Veja Marcos 14.37:

Voltando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, tu dormes? Não pudeste vigiar nem uma hora?

Evidentemente, os discípulos agem em indiferença, sem entender, exatamente, as questões em jogo. Nesse registro de uma testemunha ocular, transmitido de Pedro a Marcos, o apóstolo Pedro contempla Jesus prostrando-se e orando em profunda agonia, por uma hora, e volta a dormir.

Como você age quando se depara com dificuldades? Talvez você tem uma decisão difícil a tomar no momento, ou precisa lidar com uma pessoa irritante. Será que isso o deixa acordado à noite em oração?

Não sei como esses três homens conseguiram dormir nessa situação, mas dormiram. Creio que isso revela sua indiferença.

  • Segundo, note a confiança dos discípulos.

Veja o que Jesus diz aos discípulos em Marcos 14.38:

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.

Creio que esses três discípulos tinham muita confiança. Na verdade, Pedro, Tiago e João provavelmente acordaram do sono, coçaram a cabeça e pensaram: “Bom, Senhor, você não ouviu o que dissemos poucas horas atrás? Jamais o deixaremos. Já dissemos—vamos ficar com você até o final. Agora, vamos dormir, estamos confiantes!”

Perceba que Jesus não pede que os discípulos orem por ele, mas diz: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Jesus se preocupa com eles e diz, basicamente: “Apesar de vocês estarem confiantes aí em seu espírito, a carne é fraca.”

Nessa cena do Getsêmani, Jesus demonstra ser humilde, algo que o conduz a orar. Os discípulos, por outro lado, estão confiantes, e isso os conduz a dormir.

  • Terceiro, note a covardia dos discípulos.

Pule para Marcos 14.50: Então, deixando-o, todos fugiram.

Todos eles, os confiantes, abandonaram Jesus e fugiram. Jesus, o Deus que orou, não abandonou sua missão.

Aplicação: Lidando com a Vontade de Deus, Mesmo Quando Fere

Agora, eu e você somos discípulos, caso conheçamos a Cristo pessoalmente. E o que o nosso Mestre nos ensina no Jardim quanto a lidar com a vontade do Pai, mesmo quando sua vontade nos fere? Permita-me extrair quatro lições dessa passagem.

  • Primeiro: proximidade de Deus não exclui a possibilidade da dor.

Não houve ninguém mais próximo de Deus o Pai do que o Filho, Jesus Cristo. Quando vierem as provações, não seja tentado a pensar: “Bom, devo estar pecando,” ou, “Devo estar fazendo algo errado.”

Você pode estar mantendo um relacionamento íntimo com Deus e caminhando em justiça, mas, mesmo assim, a vontade de Deus envolver tragédia, dor e dificuldades. Proximidade de Deus o Pai não anula, de repente, a possibilidade da dor. Ela ainda pode vir.

  • Segundo: quando em dor, amizades devem ser utilizadas, não ignoradas.

Creio que o Senhor nos fornece uma lição bastante prática aqui quando leva consigo três discípulos ao mais interior do Jardim. Ele não precisava deles, exatamente, mas nos fornece um precedente concernente às amizades.

Eu sei como é quando enfrentamos uma dificuldade. Em certo sentido, somos tentados a construir um muro ao nosso redor ou nos trancar dentro de um quarto; você não quer ninguém importunando; quer passar por aquilo sozinho.

É em momentos como esse que amizades íntimas podem ser usadas e fazem seu papel. Isso é importante.

  • Terceiro: nossos recursos na dor são a Palavra e a oração.

É interessante que Jesus Cristo orou três vezes no Jardim em três ocasiões diferentes. Jesus foi tentado por Satanás em três outras ocasiões; em cada tentação, ele respondeu a Satanás usando a Palavra.

Em nossa passagem de hoje, no Jardim, creio que houve uma batalha entre as forças do mal e as forças da justiça. Nessa batalha com o desejo de se rebelar contra a vontade do Pai, Jesus Cristo respondeu em oração.

  • Quarto: nós oramos, não para mudar Deus, mas para sermos mudados.

As orações de Jesus Cristo no Jardim do Getsêmani não tinham como determinação, necessariamente, mudar o Pai, mas alinhar o próprio Jesus à vontade do Pai.

Com frequência, enxergamos a oração como uma máquina que serve para fazer com que Deus faça aquilo que queremos. Pensamos que, se orarmos com consistência suficiente, de alguma forma, conseguiremos mudar a mente soberana.

Não. A oração sobe a Deus permitindo-o nos mudar, trabalhar em nossos corações. Daí, enquanto lutamos com dor, provações e dificuldades, Deus pode trabalhar em nossos corações e nos mudar.

Meu querido, não sei onde você se encontra hoje, mas suspeito que esteja passando por algum Getsêmani. Talvez tenha algumas orações não respondidas e experimenta dificuldades, provações e dor. Creio que podemos resumir o estudo de hoje dizendo o seguinte: seguir o plano de Deus, qualquer que ele seja, exige que renunciemos a nós mesmos em submissão ao que Deus deseja que façamos.

Lembro-me do que um homem me disse certa vez: a vida cristã não envolve muitas decisões, apenas uma: a decisão de se viver para Cristo.

Conhecer a Deus pessoal e intimamente não exclui a possibilidade da dor e da dificuldade. Na verdade, você pode estar passando por isso agora mesmo. Contudo, Deus projetou as provações para transformar nosso caráter, para que sejamos aquilo que devemos ser para Ele.

  •  

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 06/03/1988

© Copyright 1988 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

Transcript

 

 

Add a Comment


Our financial partners make it possible for us to produce these lessons. Your support makes a difference.
CLICK HERE to give today.

Never miss a lesson. You can receive this broadcast in your email inbox each weekday.
SIGN UP and select your options.