Graça antes de Grandeza

Graça antes de Grandeza

by Stephen Davey Ref: Mark 6:32–56

Graça antes de Grandeza

Marcos 6.32–56

Introdução

Em nossa passagem de hoje, descobriremos um problema sério, o qual Jesus, sendo onisciente, já sabia: os discípulos estavam tomados de pensamentos de grandeza. Eles tinham acabado de voltar da primeira missão sozinhos, tinham realizado milagres incríveis; pessoas tinham obedecido à pregação e seguido o programa do reino; muitas foram restauradas.

Por isso, Jesus cria em Marcos 6 um cenário no qual dois milagres são realizados. Creio que Jesus desejava que esses milagres ensinassem Seus discípulos como servir sem egoísmo e como fracassar sem afundar. Jesus, o maior exemplo de graça, ensina Seus discípulos que graça, na verdade, vem antes de grandeza.

A Provisão de Cristo

Veja Marcos 6.32:

Então, foram sós no barco para um lugar solitário.

Jesus e os discípulos planejam tirar alguns dias de folga e descansar um pouco. Contudo, vemos no verso 33 que Muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles.

A viagem de barco de Jesus e os discípulos deve ter demorado de 4 a 5 horas em condições perfeitas. O povo teve que correr 14 km e, mesmo assim, chega primeiro que Jesus e Seu grupo. E a multidão era numerosa; Jesus se depara do outro lado com 5 mil homens, além de mulheres e crianças. Conforme disse um comentarista, é possível que Jesus estivesse ensinando aqui a mais de 15 mil pessoas.

Como você se sentiria se suas férias fossem interrompidas por 15 mil pessoas? Frustrado, irritado? Creio que os discípulos ficaram profundamente irritados com isso, algo que ficará evidente nos versos seguintes.

Em nosso estudo de hoje, contrastaremos 2 reações diferentes, 2 perspectivas diferentes e 2 respostas diferentes.

Duas Reações Diferentes

Note, primeiro, 2 reações diferentes que Jesus e os discípulos têm diante da multidão.

  • A primeira reação é de compaixão por parte de Jesus.

Lemos em Marcos 6.34:

Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor...

A palavra grega para compaixão é splagchnon, que fala das entranhas; esse é o sentimento, a sensação profunda de cuidado que sentimos por outra pessoa. Jesus sente compaixão do povo por um motivo: porque eram como ovelhas que não têm pastor.

Mas qual é o problema disso? Simplesmente porque ovelhas sem pastor jamais encontram seu caminho; elas não conseguem encontrar um pasto e morrem de fome; não conseguem se defender de predadores. Ovelhas sem pastor ficam numa situação desesperadora.

Ao dizer isso, Jesus condena os líderes religiosos da época. Será que o povo deveria ter pastores? Com certeza. Os fariseus, escribas, saduceus e mestres conhecedores da Lei deveriam ser seus pastores. Apesar disso, o povo estava morrendo de fome e indefeso.

E exatamente por isso que lemos no final do verso 34 que Jesus passou a ensinar-lhes muitas coisas. Como isso é maravilhoso!

Continue no verso 35:

Em declinando a tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: É deserto este lugar, e já avançada a hora;

  • A segunda reação diante da multidão vem dos discípulos e foi a de irritação.

Jesus sente compaixão; os discípulos, irritação. Por isso, eles dizem a Jesus no verso 36: despede-os, ou, “mande-os embora.” Apesar de o motivo principal ser o de não terem alimento para todo o povo, os discípulos querem, no fundo, se livrar da multidão. Mas Jesus Cristo aponta o dedo aos discípulos e diz no verso 37: Dai-lhes vós mesmos de comer.

Foi impossível não parar aqui e imaginar o dedo de Deus apontado para mim; talvez você esteja sentindo o dedo de Deus apontando na sua direção também. Pensamos: “Senhor, existem tantas pessoas necessitadas, mas não posso lidar com essa realidade. Mande-as embora!” Mas Cristo aponta para você e diz: “Não. Quero que você supra suas necessidades; quero que você as alimente.”

Duas Perspectivas Diferentes

A partir do texto, podemos extrair também duas perspectivas distintas.

  • Primeiro, enquanto Jesus viu uma ilustração, os discípulos viram uma interrupção.

Em João 6, uma passagem paralela a esta de Marcos 6, João registra que Jesus alimenta a multidão com 5 pães e 2 peixes e depois prega uma mensagem dizendo que Ele é o pão vindo do céu. Uma tremenda ilustração. Por outro lado, os discípulos viram isso como uma interrupção.

  • Segundo, Jesus viu uma oportunidade, os discípulos viram um obstáculo.

Que oportunidade incrível para pregar um sermão incrível! Mas os discípulos viram um obstáculo e disseram: “Senhor, já está ficando tarde; não temos dinheiro; não tem nenhuma padaria aqui por perto. Mesmo que juntássemos o dinheiro de 8 meses de salário não teríamos o suficiente para alimentar todo este povo. Então, mande todo mundo embora.”

Creio que este cenário fica mais vívido quando entendido à luz do que aconteceu antes—os discípulos estão tomados de pensamentos presunçosos, pensando ser pessoas importantes e grandiosas. Jesus, porém, cheio de compaixão, é tomado de graça.

Duas Respostas Diferentes

Agora, vá para João 6, já que Marcos não menciona o que acontece em seguida, enquanto João fornece duas respostas diferentes diante dessa situação.

  • Primeiro, o discípulo Filipe responde sem fé.

Veja em João 6.5 que Jesus fala diretamente com Filipe:

Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer?

O interessante é que Filipe era natural dessa região; essa era sua cidade natal. É como se Jesus dissesse: “Filipe, você conhece o lugar bem; onde tem uma padaria aqui perto?”

Veja a observação de João em João 6.6:

Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que estava para fazer.

Sublinhe a frase que diz que Jesus bem sabia o que estava para fazer. Que pensamento maravilhoso! Enquanto você serve a Cristo e é confrontado com necessidades terríveis, encontre conforto no fato de Jesus Cristo já saber o que fará para suprir essas necessidades através de você. Mesmo sabendo o que faria, Jesus faz essa pergunta a Filipe.

Em seguida, veja o que Filipe diz no verso 7:

Respondeu-lhe Filipe: Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço.

200 denários era o equivalente a 8 meses de salário naqueles dias. Nem isso seria suficiente.

  • A segunda resposta vem do discípulo André, o qual responde com pouca fé.

Veja João 6.8–9:

Um de seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos...

André parece ser tão impetuoso quanto seu irmão Pedro. Ele já avaliou a multidão e encontrou um rapaz com um piquenique.

Pão de cevada era o tipo de pão dos pobres; era um pão seco, duro, feito de cevada, não de trigo. Os pães eram redondos e chatos, parecido com uma panqueca; eram do tamanho da palma da mão de uma criança. Um rapaz no meio da multidão tinha 5 pães desse tipo.

Seu piquenique era completado com 2 peixes, os chamados tarichaea, que eram duas sardinhas, uma espécie abundante no mar da Galileia. O povo os pescava, colocava em conserva e depois comia como acompanhamento.

Então, aqui está esse menino com 5 pães chatos feitos de cevada e 2 peixinhos que ajudavam o pão seco a descer. André o encontra e diz a Jesus: “Olha, sei que Filipe disse que não podemos fazer nada, mas temos aqui 5 pães e 2 sardinhas.”

Acho que os outros discípulos caíram no chão de tanta gargalhada. André, então, meio que se arrependendo da bobagem que disse, adiciona: mas isto que é para tanta gente? Em outras palavras, “Não deveria nem ter sugerido isso; sugestão ridícula!”

Mas veja o que Jesus faz em seguida no verso 10: Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se. Acho que os outros, de repente, param de zombar de André.

Um comentarista escreveu as respostas diferentes de Filipe e André:

Filipe diz: “Não há esperança para esta situação.”

André diz: “Um milagre é possível.”

Filipe fornece números para provar que nada poderia ser feito.

André traz comida, na esperança de que algo pode, sim, ser feito.

Para Filipe, Jesus revela ser superior a impossibilidades numéricas.

Para André, Jesus justifica sua fé, mesmo que pequena.

Vemos o que ocorre em seguida nos versos 10–11 de João 6:

...pois havia naquele lugar muita relva. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam

Não ignore isso—Jesus poderia ter estalado os dedos e uma mesa teria aparecido diante de cada pessoa ali sentada; Ele poderia ter batido as mãos e um banquete apareceria, enquanto os discípulos apenas assistiam envergonhados. Contudo, Jesus decidiu usá-los, mesmo que sua fé fosse pequena.

Não sabemos como aconteceu, mas o milagre foi feito nas mãos de Jesus Cristo. Ele pega a sardinha, que era do tamanho de um polegar, e começa a parti-la em pedaços; pega uma mão cheia e entrega aos discípulos, os quais, talvez, colocam o peixe no kophinos, ou cesto de palha, algo que todo judeu carregava consigo para guardar comida. Talvez os discípulos enchem um kophinos e começam a distribuir porções de peixe. Jesus apenas continua repartindo os peixes. Isso deve ter levada mais de uma hora.

Vamos, rapidamente, observar a reação da multidão; todos entenderam exatamente o que estava acontecendo—eles sabiam que Jesus estava fazendo um milagre. Por isso, lemos em João 6.15 que o povo tenta coroar Jesus rei. Eles dizem em João 6.14: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo. E eles disseram isso por causa da promessa de Deuteronômio 18.15:

O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás.

Não ignore a ligação aqui. No meio do deserto, Moisés orou e Deus enviou maná para alimentar os israelitas. O que vemos aqui, portanto é um sinal de que Jesus é o Messias. Ele, sendo o Messias prometido, ora a Deus e provê comida para o povo no deserto. O povo entendeu e disse: “Ele deve ser o Messias. Se não, no mínimo é o profeta que Moisés profetizou que viria.”

Como Servir sem Egoísmo

Agora, Filipe não teve fé e André teve pouca fé. Creio que o milagre também serviu para ensinar os discípulos como servir ser egoísmo. Deixe-me fornecer dois pensamentos a esse respeito.

Se já recebeu a Cristo como seu Salvador, então você é um discípulo. Ele o confiou o ministério de suprir as necessidades dos que carecem. Como servir a Cristo sem ser tomado de pensamentos grandiosos acerca de si mesmo?

  • Primeiro: servimos sem egoísmo quando entendemos que nossa prioridade no ministério são as outras pessoas, não nós mesmos.

Este é o aspecto prático da graça: dar. Conforme Chafer definiu, graça é “um favor ou bondade que não busca ser recompensado.” A prioridade no ministério é suprir as necessidades dos que estão ao seu redor, quer dentro, quer fora da igreja, quer necessidades espirituais, quer físicas.

  • Segundo: podemos servir sem egoísmo quando entendemos que nosso recurso para realizar o ministério é Cristo, não nós mesmos.

Este é o aspecto teológico da graça: nosso recurso para o ministério é Cristo.

  • Lembre-se que Jesus usará o que lhe dermos, assim como Ele usou nessa situação. Ele poderia ter criado peixe e pão do nada, mas decidiu usar o que havia ao Seu redor. Que grande aplicação isso é para nós.
  • Lembre-se também que Ele é Aquele que cria e nós somos aqueles que distribuem.

Sugestões dos “Fracassos” de Pedro

Veja, agora, João 6.12:

E, quando já estavam fartos, disse Jesus aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.

Conforme diz no grego, o povo já estava cheio. Então, depois que o pessoal encheu a barriga, Jesus manda os discípulos recolherem o que sobrou. Ao fazer isso, Jesus quebrou algumas tradições da época. Observaremos isso mais detalhadamente em nosso próximo estudo.

Agora, Jesus não foi até cada indivíduo e disse: “Ah, você não comeu este pão todo? Deixe-me guarda-lo então.” Não. Ele mandou os discípulos coletarem aquilo que Ele havia multiplicado e que tinha sobrado aos Seus pés, o que não havia sido distribuído. E os discípulos encheram 12 cestos. Veja João 6.13–15:

Assim, pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido. Vendo, pois, os homens o sinal que Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo. Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte.

Em João 6.16, o cenário muda. Agora, os discípulos começam a travessia de volta a Cafarnaum; lembre-se que esta é uma jornada de 4 a 5 horas. Na viagem, surge uma tempestade divinamente orquestrada. Veja João 6.16–19:

Ao descambar o dia, os seus discípulos desceram para o mar. E, tomando um barco, passaram para o outro lado, rumo a Cafarnaum. Já se fazia escuro, e Jesus ainda não viera ter com eles. E o mar começava a empolar-se, agitado por vento rijo que soprava. Tendo navegado uns vinte e cinco a trinta estádios, eis que viram Jesus andando por sobre o mar, aproximando-se do barco; e ficaram possuídos de temor.

Já fazia em torno de 9 horas que estavam remando contra o vento; nesse tempo todo, o progresso foi de menos de 4 km. De repente, os discípulos veem Jesus andando sobre as águas, vindo em direção ao barco. Diante disso, como lemos, ficaram possuídos de temor.

Veja o verso 20: Mas Jesus lhes disse: Sou eu. Não temais!

Mateus conta mais detalhes. Veja Mateus 14.27–28 para descobrirmos o que acontece:

Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas.

Gosto demais do personagem Pedro. Nessa ocasião, ele tem o privilégio de fazer algo que nenhum outro discípulo fez. Marcos 5 fornece o contexto necessário para entendermos o motivo por que Pedro se mete em problemas aqui.

Lembre-se: os discípulos tinham sido enviados com a autoridade de Jesus Cristo; se Jesus podia fazer algo, então, eles também podiam. Então, Pedro vê Jesus andando sobre a água e pensa: “Bom, se Jesus pode fazer isso, então, eu também posso. Senhor, se é você, realmente, posso andar sobre a água também?” E Jesus diz em Mateus 14.29: vem! Note o que acontece em seguida: E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus.

Precisamos pegar leve com Pedro; afinal, ele é o único a sair do barco; os demais ficam agarrados aos remos. Pedro desceu do barco e começou a andar sobre as águas em direção a Jesus. Daí, lemos em Mateus 14.30: Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!

Essa oração de Pedro jamais funcionaria em nossa geração. Que tipo de oração é esta—“Salva-me, Senhor!”? Quem Pedro pensa que serve, um Deus misericordioso? As pessoas não oram mais assim.

Com essa oração, Pedro nos ensina uma verdade profunda e simples: quando estivermos submergindo, devemos orar simplesmente: “Salva-me, Senhor! Estou me afogando!”

Permita-me fazer algumas sugestões baseadas no fracasso de Pedro.

  • Primeiro, Pedro fracassou após seu treinamento.

Pedro era um discípulo de Jesus; a essa altura, tinha vivido com Ele há 2 anos. Ele sabia de tudo já e pensava: “Sei como fazer isso. Sei exatamente para onde devo ir.” Mas Pedro fracassou depois de, pelo menos, 2 anos de treinamento.

Um autor escreveu: “O ministério de servir a Cristo é como uma bicicleta com rodinhas laterais para suporte, e jamais tiramos essas rodinhas.”

Jamais chegamos ao ponto em que podemos dizer: “Certo, Senhor, sou um mestre já neste ministério. Já decorei a estrada romana para o meu evangelismo e consigo conduzir uma pessoa a Cristo até mesmo usando o livro dos Salmos. Domino tudo. Posso prosseguir sozinho.”

Pedro fracassou após treinamento.

  • Segundo, Pedro fracassou enquanto obedecia à vontade de Deus.

Jesus disse: “Vem!”

Aí está você fazendo exatamente aquilo que Deus quer que faça e o orgulho inunda seu coração. Aí está você servindo ao Senhor, quando de repente a cobiça agarra seus pensamentos.

Pedro fracassou enquanto obedecia à vontade de Deus. Você já passou por isso também?

  • E terceiro, Pedro fracassou até que orou.

Ele fracassou após treinamento, enquanto obedecia à vontade de Deus e até que orou.

 

 

Como Fracassar Sem Afundar

Agora, a fim de fracassarmos sem afundar, precisamos entender pelo menos duas coisas. Existem muitas outras, mas vou mencionar apenas duas.

  • Primeiro, o aspecto prático da graça se encontra no seguinte pensamento: obediência a Cristo não remove obstáculos.

O Senhor Jesus enviou os discípulos em direção à tempestade; Ele os deixou remar por horas até que não aguentavam mais. Isso fez parte de Sua vontade; Ele os enviou para isso.

Depois, Ele chamou Pedro e disse: “Certo, Pedro, vem.”

O fato de você simplesmente obedecer a Cristo não significa que as águas turbulentas de repente ficarão calmas. Obediência não remove os obstáculos.

  • Segundo, em relação ao aspecto teológico da graça: águas profundas jamais visam nos afogar, mas nos fazer crescer.

A graça de Deus não é projetada a trabalhar em nossas vidas para que afundemos. Deus, porém, não quer que sejamos discípulos mimados. Por isso, Ele chacoalha as águas de vez em quando para nos fazer crescer.

Será que Pedro aprendeu essa verdade? Sem dúvidas. A prova disso é que, mais adiante em sua vida, ele escreveu em 1 Pedro 5.5b–6:

Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte,

Essa é outra forma de dizer: “A humildade precede a honra. Graça vem antes de grandeza.”

Conclusão

Meu querido, você aspira a grandeza hoje? Você busca subir ao topo e deseja chegar lá, não importa o que custar? Talvez em seu ministério, você fará de tudo para que um certo indivíduo o ouça a qualquer custo. Você pensa que já alcançou o ponto em que não precisa mais das rodinhas laterais de apoio? Você pensa: “Deus, que bênção Tu ganhaste quando me recebeste”? Qual é a impressão que você nutre acerca de si mesmo?

Creio que cada discípulo que serve Cristo de forma eficaz, que serve sem egoísmo, que conseguirá fracassar sem afundar, lembra-se de onde veio e de quem é. Ao lembrar de sua realidade, ele não se revolve nos pecados passados, mas lembra que é feito de carne. Creio que Jesus Cristo nos usará eficazmente como Seus discípulos quando aprendermos que a graça vem antes da grandeza.

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Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 31/01/1988

© Copyright 1988 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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