Pôr-do-Sol ao Meio-Dia

Pôr-do-Sol ao Meio-Dia

by Stephen Davey Ref: 1 Kings 1–22; 2 Kings 1–25; 1 Chronicles 1–29; 2 Chronicles 1–36

Pôr-do-Sol ao Meio-Dia

2 Reis 23 e 2 Crônicas 35

Introdução

Em 1996, o voo 800 da empresa TWA explodiu no meio do ar 17 minutos após ter decolado do aeroporto J. F. Kennedy, em Nova Iorque, Estados Unidos. Após a explosão, o avião caiu nas águas do mar. As muitas perguntas em torno do acidente que permaneceram sem resposta geraram inquietação pelo país.

Um dos passageiros daquele voo era um jovem crente de 20 anos de idade chamado Matthew Alexander. Seu destino era a França, onde participaria de um projeto missionário. Já que cursava francês na faculdade, seu desejo era utilizar a habilidade com o idioma por meio de um ministério prático que buscava alcançar adolescentes franceses para o Evangelho. A última ligação telefônica que o jovem fez foi à sua avó de 81 anos, Helen, com quem mantinha um relacionamento próximo. Ele terminou a conversa como sempre, dizendo: “Vó, ore por mim.”

Não há dúvidas de que a “partida para o lar” de uma pessoa jovem, especialmente de uma vida tão promissora para o Evangelho de Jesus Cristo, é algo confuso e, da nossa perspectiva, trágico. Um autor, que viveu quase 200 anos atrás, se referiu à morte prematura de um crente comprometido e de grande potencial como “O sol se pondo ao meio-dia.”

Permita-me chamar sua atenção a três lições que aprendemos com a escuridão do meio-dia:

  • Primeiro: os planos de Deus estabelecidos no céu são misteriosos.
  • Segundo: a vida humana vivida na terra passa rapidamente.
  • Terceiro: o crente no centro dos planos de Deus pode passar por tragédias.

Em nosso encontro anterior, nosso estudo focou na vida do jovem e piedoso rei Josias, um jovem de enorme potencial. O sol, porém, se põe ao meio-dia em sua vida.

Através das narrativas de Reis e Crônicas, vimos que Josias:

  • assumiu o trono aos 8 anos de idade e revelou que havia algo de especial nele ao agir de forma radicalmente diferente de seu pai;
  • manifestou profunda convicção pelas coisas do Senhor aos 16 anos de idade, lembrando-nos de que adolescentes, caso rendam suas vidas a Deus, podem realizar coisas maravilhosas para a causa do Senhor; a verdade é que subestimamos o que pessoas jovens podem fazer e é hora de estima-las como devido;
  • começou a reformar seu reino e a reedificar o templo quando tinha 26 anos, numa época em que a maioria dos jovens ainda se formava na faculdade. Com a descoberta incrível de um livro antigo no templo, o livro de Deuteronômio, ele ouviu a leitura das Escrituras pela primeira vez na vida e isso transformou sua vida.

A Boa Notícia:
Josias Reforma a Nação!

É de se esperar, portanto, que reformas drásticas aconteceriam como resultado das medidas piedosas do rei Josias. O autor de 2 Reis registra algumas das suas reformas no capítulo 23. Veja 2 Reis 23.4–5:

Então, o rei ordenou ao sumo sacerdote Hilquias, e aos sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas da porta que tirassem do templo do SENHOR todos os utensílios que se tinham feito para Baal, e para o poste-ídolo, e para todo o exército dos céus, e os queimou fora de Jerusalém, nos campos de Cedrom, e levou as cinzas deles para Betel. Também destituiu os sacerdotes que os reis de Judá estabeleceram para incensarem sobre os altos nas cidades de Judá e ao redor de Jerusalém, como também os que incensavam a Baal, ao sol, e à lua, e aos mais planetas, e a todo o exército dos céus.

Agora, não se esqueça que os reis que tinham erigido os ídolos e designado os sacerdotes foram ninguém mais que o pai e o avô de Josias. Assim, vemos que o jovem Josias dá as costas a décadas de tradição familiar. Numa época em que o passado serve de grande desculpa para o nosso presente, Josias ensina e nos encoraja ao mostrar que o passado não prejudica automaticamente nosso futuro andar com Deus.

Não observaremos todas as reformas de Josias detalhadamente, mas vamos passar pelo texto destacando alguns versos.

Veja o verso 6:

Também tirou da Casa do SENHOR o poste-ídolo, que levou para fora de Jerusalém até ao vale de Cedrom, no qual o queimou e o reduziu a pó, que lançou sobre as sepulturas do povo.

Talvez você se recorde que o poste-ídolo é a Aserá, uma das esposas de Baal, também conhecida como “Mãe-Terra.” A mãe-terra tinha entrado no sistema religioso da nação, até que, finalmente, conforme lemos aqui, consegue entrar no próprio templo. Essa não foi a primeira vez e nem a última que a imagem da “mãe” se conecta a adoração religiosa.

Também somos informados aqui que o pó da Aserá foi espalhado pelas sepulturas do povo. Esse ato não serviu para contaminar o povo, mas para colocar o ídolo em contato com a morte, maculando, assim, a deusa Aserá.

Continue no verso 7:

Também derribou as casas da prostituição-cultual que estavam na Casa do SENHOR, onde as mulheres teciam tendas para o poste-ídolo.

Entenda bem que a expressão prostituição-cultual se refere a prostituição masculina. Ou seja, o homossexualismo passou a fazer parte da cerimônia religiosa do povo e as casas onde a orgia era praticada ficavam dentro do templo.

A pergunta que surge é: como essa prática do homossexualismo, considerada pelo Senhor como uma abominação e algo do qual devemos fugir, foi inserida na cerimônia religiosa do povo? Bom, olhe para o nosso próprio país; o que poucos anos atrás era considerado vergonha, pecado e algo ilegal, hoje é aceito e promovido; ainda mais, é forçado sobre a nossa sociedade.

Pule para o verso 10:

Também profanou a Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém queimasse a seu filho ou a sua filha como sacrifício a Moloque.

O lugar do sacrifício infantil foi, por fim, destruído. Apesar de algumas pessoas duvidarem que esse lugar existiu literalmente, escavações arqueológicas de nossa geração descobriram jarros contendo esqueletos de crianças na região de Tofete. Filhos primogênitos eram sacrificados para os pais entenderem o futuro e agradarem os deuses pagãos.

Talvez você esteja se perguntando como alguém pode conhecer o futuro por meio do sacrifício dos filhos. Em certo sentido, as pessoas de nossa sociedade hoje sacrificam o bem emocional e o caráter de seus filhos para conseguir subir na vida.

Agora, quem edificou esse lugar para sacrifício infantil? Será que foi Amom, o pai idólatra de Josias? Ou Manassés, seu avô, que serviu falsos deuses por 50 anos? Não! Foi Salomão, o qual, enquanto desperdiçava sua vida, edificou altares para suas esposas incrédulas. Josias finalmente destrói esse lugar de crueldade horrenda.

Continue no verso 11:

Também tirou os cavalos que os reis de Judá tinham dedicado ao sol, à entrada da Casa do SENHOR, perto da câmara de Natã-Meleque, o camareiro, a qual ficava no átrio; e os carros do sol queimou.

Já mencionei antes que o zodíaco assírio era adorado pelo povo. As pessoas seguiam as estrelas e faziam seus planos conforme os movimentos do sol, da lua, estrelas e astros em geral. A divindade principal nesse panteão era, obviamente, o sol. Carruagens e cavalos tinham papel fundamental na adoração ao sol, pois os adoradores criam que o deus sol conduzia sua carruagem de fogo pelo céu.

O texto nos informa que grandes estátuas foram criadas como retratos dos cavalos do deus sol e colocadas, de todos os lugares possíveis, à entrada do templo. Os carros que lemos no verso 11 eram as carruagens do sol, que, sem dúvida, eram incríveis em beleza.

Fico apenas imaginando a imagem desses cavalos e carruagens dedicados ao deus sol como descrita nesse verso. Deve ter sido algo incrível e espetacular. Josias derreteu todos eles e destruiu as imagens aos falsos deuses que tanto tinham cativado o povo israelita.

Permita-me adicionar mais um detalhe. Os falsos sacerdotes que realizavam as cerimônias da falsa religião são mencionados no decorrer do capítulo. Alguns creram em Yahweh, enquanto outros nunca se arrependeram verdadeiramente.

Alguns estudiosos acreditam que a palavra hebraica traduzida como sacerdotes vem de uma raiz que significa “ser escuro.” Esses sacerdotes, que se opunham à adoração a Yahweh cujos seguidores um dia vestirão vestiduras brancas de acordo com Apocalipse, usavam mantos pretos, aparato preto na cabeça e sandálias pretas.

Agora, permita-me destacar um cumprimento profético. Note os versos 17–18, onde Josias vai a Betel e destrói o altar antigo daquela cidade:

Então, perguntou: Que monumento é este que vejo? Responderam-lhe os homens da cidade: É a sepultura do homem de Deus que veio de Judá e apregoou estas coisas que fizeste contra o altar de Betel. Josias disse: Deixai-o estar; ninguém mexa nos seus ossos. Assim, deixaram estar os seus ossos com os ossos do profeta que viera de Samaria.

Para entender isso, você precisa voltar a 1 Reis 13.1–2:

Eis que, por ordem do SENHOR, veio de Judá a Betel um homem de Deus; e Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso. Clamou o profeta contra o altar, por ordem do SENHOR, e disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos humanos se queimarão sobre ti.

Josias está vindo! O relato de 1 Reis 13 aconteceu cerca de 300 anos antes da vinda de Josias. Nenhuma palavra do Senhor cairá por terra; o que o Senhor diz, acontece.

Você consegue imaginar o pai de Josias, Amom, escolhendo o nome para seu filhinho recém-nascido? Ele deve ter dito: “Um... deixe-me ver. Qual nome lhe darei? Vamos chama-lo de Josias. Quem sabe, talvez ele crescerá e desonrará o Deus de Israel como eu tenho feito.” Entretanto, até mesmo no nome que Amom escolhe, a vontade de Deus é cumprida.

Isso se assemelha ao que Jesus Cristo disse em Mateus 16.18: edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Voltaire, o francês antagonista, declarou guerra contra o Cristianismo com sua caneta e papel, jurando erradicar o Cristianismo com sua razão. Ele não aceitava as declarações do Cristianismo e até predisse que deixaria de existir dentro de cem anos. Voltaire morreu em 1778. Em 1828, 50 anos após sua morte, a Sociedade Bíblica de Genebra foi instalada em sua própria casa. A sociedade usou a imprensa de Voltaire para produzir milhares de Bíblias distribuídas ao redor do mundo.

Conforme nos diz Isaías 40.8: seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente. Josias descobriu o indestrutível e inabalável livro da lei e o obedeceu.

O que ocorre em seguida é a maior celebração da Páscoa já vista naquela geração. Veja o registro de 2 Crônicas 35.17–18:

Os filhos de Israel que se acharam presentes celebraram a Páscoa naquele tempo e a Festa dos Pães Asmos, por sete dias. Nunca, pois, se celebrou tal Páscoa em Israel, desde os dias do profeta Samuel; e nenhum dos reis de Israel celebrou tal Páscoa, como a que celebrou Josias com os sacerdotes e levitas, e todo o Judá e Israel, que se acharam ali, e os habitantes de Jerusalém.

É como se o autor dissesse: “Jamais vimos coisa igual antes! É inacreditável! Mesmo se voltarmos aos dias de Samuel, não encontraremos registro de uma Páscoa como esta.”

E por que isso aconteceu? Porque Josias entrou em contato com a Palavra e disse: “É assim que deveríamos estar vivendo.” E Josias reinstituiu a celebração da Páscoa.

Permita-me destacar duas lições cruciais com base na biografia de Josias.

  • Primeiro: o que Deus escreveu no passado nos ensina como viver no presente.

Alguns dizem: “A Bíblia é um livro antigo.” De fato, é antigo, mas sua fonte é eterna. E conforme Hebreus 13.8, Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre.

Não se esqueça que o livro de Deuteronômio, que foi redescoberto durante a restauração do templo, mudou a vida de Josias. Quantos livros eu e você temos? 66 ao todo. Como eles têm impactado e transformado a sua vida?

  • Segundo: o que Deus prescreveu no passado nos ensina como adorar no presente.

Veja 2 Crônicas 35.19:

No décimo oitavo ano do reinado de Josias, se celebrou esta Páscoa.

Josias entendeu que essa era a forma de adoração prescrita por Deus. Não havia superstições, adoração a ídolos, feitiçaria ou encantamentos nessa festa. Ao contrário, o povo adoraria a Deus por haver, em sua graça, poupado os israelitas quando o anjo da morte passou por sobre suas casas e não executou os primogênitos cujos lares seguiram o método de redenção instituído por Yahweh.

A Páscoa volta aos dias quando os israelitas estavam no Egito como escravos. Na ocasião da libertação da escravidão, Deus lhes disse: “Se desejam ser livres, sacrifiquem um cordeiro e apliquem seu sangue nos umbrais e verga da porta de sua casa. Quando o anjo da morte entrar no Egito, aquele que tiver aplicado o sangue será poupado e libertado.”

A palavra hebraica para “Páscoa” é pesach, que significa “passar.” Ao ver o sangue aplicado na porta, o anjo da morte passaria por sobre a casa. Foi precisamente essa prescrição de Deus que Josias celebra em memória da graça de Deus.

Em nossos dias, a igreja celebra outro tipo de Páscoa, mas, de muitas maneiras, é o cumprimento de um anti-tipo. Celebramos o sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Se você que me ouve já aplicou o sangue desse Cordeiro ao seu coração, então, o julgamento de Deus passará por você e você não será afetado; você está livre para desfrutar da eternidade no céu em comunhão com Deus.

A Má Notícia:
Josias Ignora a Admoestação!

Gostaria que a história de Josias terminasse neste ponto; que grande final teria sido! Entretanto, como a Palavra de Deus faz com bastante frequência, ela escolhe expor ao invés de esconder os fracassos de homens e mulheres do passado. Por esse motivo, a Palavra nos encoraja quanto ao que devemos fazer e nos alerta quanto ao que não devemos fazer. Veja 2 Crônicas 35.20:

Depois de tudo isto, havendo Josias já restaurado o templo, subiu Neco, rei do Egito, para guerrear contra Carquemis, junto ao Eufrates...

Entenda que isso aqui ocorre 13 anos após a celebração daquela Páscoa sem igual. Passam-se 13 anos entre os versos 19 e 20. A fita acelera e lemos os dias finais de Josias a partir do verso 20. Nessa época, o Egito sai para guerrear contra uma potência conhecida como Babilônia. Continue no final do verso 20 ao 21:

...Josias saiu de encontro a ele. Então, Neco lhe mandou mensageiros, dizendo: Que tenho eu contigo, rei de Judá? Não vou contra ti hoje, mas contra a casa que me faz guerra; e disse Deus que me apressasse; cuida de não te opores a Deus, que é comigo, para que ele não te destrua.

A advertência de Neco é clara; ele até usa o nome de Deus duas vezes—Elohim: Deus disse que me apressasse. Ou seja, “Deus está me mandando apressar, está me pressionando a agir.”

Que cena esquisita e que mensageiro estranho para enviar uma advertência da parte do Senhor. Mesmo assim, a advertência veio e Josias recusou ouvi-la.

Infelizmente, não sabemos o que motivou Josias a lutar contra Neco; talvez ele quisesse assumir maior controle do território disponível pela derrota da Assíria para a Babilônia. Josias tinha sido subjugado pela Assíria; quem sabe agora ele poderá expandir seu reino e poder. Não sabemos exatamente qual é sua motivação.

Historiadores contam que o Faraó Neco II era um príncipe guerreiro, além de negociante ardiloso que adquiriu duas frotas de navios para comércio e exploração. Foi sob seu governo que marinheiros fenícios navegaram pela primeira vez à África.

Precisamos saber que, pela soberania de Deus, o Egito seria derrotado pela Babilônia na batalha de Carquemis, encerrando o domínio egípcio no oriente próximo. A Babilônia cresceria, conforme profetizado por Deus, e levaria o reino de Josias em cativeiro. Um dos jovens judeus levado cativo foi Daniel.

Deus sabia perfeitamente o que estava realizando. Conforme lemos em Atos 17.26, Deus estabeleceu os tempos e limites da habitação de cada nação e império. Ele sabia que estava na hora de a Assíria cair e de a Babilônia ascender ao poder mundial para levar Judá para cativeiro.

Dessa maneira, Josias tenta atrapalhar o plano de Deus ao não dar ouvidos ao alerta que o Senhor envia. Veja os versos 22–24 de 2 Crônicas 35:

Porém Josias não tornou atrás; antes, se disfarçou para pelejar contra ele e, não dando ouvidos às palavras que Neco lhe falara da parte de Deus, saiu a pelejar no vale de Megido. Os flecheiros atiraram contra o rei Josias; então, o rei disse a seus servos: Tirai-me daqui, porque estou gravemente ferido. Seus servos o tiraram do carro, levaram-no para o segundo carro que tinha e o transportaram a Jerusalém; ele morreu, e o sepultaram nos sepulcros de seus pais. Todo o Judá e Jerusalém prantearam Josias.

Sem comparação, o testemunho e a mensagem que a vida de Josias deixa são positivos. Continue nos versos 25–27:

Jeremias compôs uma lamentação sobre Josias; e todos os cantores e cantoras, nas suas lamentações, se têm referido a Josias, até ao dia de hoje; porque as deram por prática em Israel, e estão escritas no Livro de Lamentações. Quanto aos atos de Josias e às suas beneficências, segundo está escrito na Lei do SENHOR, e aos mais atos, tanto os primeiros como os últimos, eis que estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel e de Judá.

Existem princípios eternos na história de Josias para todos nós, de qualquer geração, não importa se jovens ou idosos. Os eventos finais na vida de Josias apresentam três advertências claras para todos aqueles que desejam andar na luz.

  • A primeira advertência é: deterioração espiritual que leva à desobediência não ocorre sem advertência.

Outra forma de dizer isso é: colapso espiritual nunca acontece da noite para o dia e jamais sem Deus dar um alerta.

Jamais desobedecemos a Deus sem advertência. Na verdade, não caímos em pecado, mas andamos em direção a ele com os olhos bem abertos; corremos abertamente para o pecado; deixamos nosso cartão e número de telefone para o pecado nos ligar; você grita para o pecado para ele saber que você está disponível no momento.

O pecado pode começar com um ato pequeno. Pode começar com um encontro com um descrente; um almoço com um homem casado; um gole ou tragada; uma revista; um website; um atalho aqui e outro ali. Quando estiver encalhado espiritualmente ou falido moralmente, não diga: “Tudo aconteceu tão rápido... nem tive como reagir.” Não. Esta pregação por si só já é Deus ligando o sinal de alerta. Você consegue enxerga-lo?

O alerta para Josias veio dos lábios de um descrente e foi um alerta que deveria tê-lo levado aos profetas do Senhor. Jeremias estava atuando, mas não vemos registro de que tenha sido consultado.

  • A segunda advertência que surge da queda de Josias é: decisões sábias na juventude não garantem decisões sábias na velhice.

O expositor C. H. MacIntosh escreveu mais de um século atrás em um de seus comentários:

Muitos barcos partiram do porto em estilo pomposo com suas velas abertas, em meio a muita celebração e festa e com a promessa de uma viagem de primeira-classe. Mas, de repente, tempestades, ondas, arrecifes e areias movediças mudaram o aspecto das coisas. A embarcação que antes partiu com esperança termina em desastre.

Essa é outra forma de dizer que jamais chegamos ao ponto em nossas vidas que podemos descansar espiritualmente em nossas realizações passadas. O Novo Testamento está repleto de exortações para o crente ficar alerta, vigilante. Não cruzamos a linha de chegada no piloto automático, mas corremos para terminar bem.

A experiência do crente se assemelha a de um atleta que se esforça o máximo possível para ultrapassar seu competidor e cruzar a linha de chegada em primeiro. Esse é o retrato de nossa jornada cristã. Estamos numa corrida, dando o máximo que temos em nossa busca pela linha de chegada. Desejamos não somente começar bem, mas terminar bem.

  • A terceira advertência é: a melhor hora para andar com Deus não é ontem nem algum dia, mas hoje.

A casa na qual cresci tinha uma placa com uma mensagem parecida. Ela ficava pendurada num lugar onde todos conseguiam ler; ela dizia: “Uma só vida, que em breve passará; só o que é feito para Cristo durará.”

Não sei como foi seu passado e ninguém sabe o que seu futuro reserva. Entretanto, sei do seguinte com a autoridade da Palavra de Deus: a melhor hora para você andar com Deus é agora!

David Livingstone, o grande missionário que serviu na África, escreveu em seu diário no ano de 1871: “Ó, meu Pai, ajude-me a concluir minha obra em Tua honra.” A única maneira de nos juntar a pessoas como David Livingstone é andando com o Senhor hoje.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 04/08/1996

© Copyright 1996 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

Transcript

 

 

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