Assando Pontes!

Assando Pontes!

by Stephen Davey Ref: 1 Kings 1–22; 2 Kings 1–25; 1 Chronicles 1–29; 2 Chronicles 1–36

Assando Pontes!

1 Reis 19.19–21 e 2 Reis 2.1–6

Introdução

Um artigo que li dizia: “Você sabe que está numa cidade pequena do interior quando:

  • Existe capim na pista do aeroporto local;
  • Campeonatos locais são disputados em campos de terra;
  • Você não usa sua seta enquanto dirige porque todos sabem para onde você vai;
  • Perde o culto do domingo e já recebe uma visita na quarta;
  • Alguém pergunta como você está e se senta na calçada para conversar.

Não sei se essa cidadezinha existe, mas quando lemos uma descrição como essa, pensamos: “Seria o lugar ideal para morar, onde o ritmo de vida é mais lento e as pessoas são mais próximas umas das outras.” É nesse tipo de cidade que as pessoas interagem mais umas com as outras e desenvolvem amizades. Se você mora num grande centro urbano agitado, como uma capital, por exemplo, o envolvimento com as pessoas tende a ser menor; parece que todos vivem ocupados consigo mesmos e ninguém se interessa pelo outro.

Numa época em que o profeta Elias estava convencido de que ninguém se importava com ele, Deus tinha um plano especial para sua vida, e era um plano que envolvia um amigo.

Chamo sua atenção para os livros de 1 e 2 Reis, especialmente para a introdução de um indivíduo que se tornará o foco da narrativa bíblica por vários capítulos. Seu nome: Eliseu, que aparece pela primeira vez em 1 Reis 19.

Revisão da Vida de Elias

Se você se lembra, da última vez que estudamos o capítulo 19 de 1 Reis, vimos Elias numa profunda depressão e desespero. Ele chegou ao ponto de dizer no verso 4: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma. Com efeito, Elias estava jogando a toalha—desistindo—sinalizando derrota; Baal era grande demais para conseguir derrota-lo.

Deus não fez nada em relação ao pedido de Elias para morrer; Deus não respondeu sua oração. E ficamos felizes que Deus, às vezes, não responde todas as nossas orações, não é? A resposta de Deus veio na forma de uma provisão de descanso e alimento para um profeta exausto, estafado; seu sono foi interrompido duas vezes por um entregador angelical que lhe trouxe água e comida.

Quando Elias despertou de seu merecido descanso, Deus lhe instruiu quanto a três coisas. Uma delas foi para que procurasse um jovem rapaz chamado Eliseu e o chamasse para o ministério de profeta. Lemos 1 Reis 19.16: Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.

Agora, isso não significa que Elias foi deposto de seu cargo; Deus ainda tem planos maravilhosos para esse servo desanimado e, no fim, o profeta pegará carona numa carruagem para o paraíso.

O que Deus diz a Elias nos fornece entendimento não somente quanto à fidelidade amorosa de Deus, mas quanto à carência de cada filho de Deus. O Senhor diz: “Elias, encontre um companheiro com quem possa dividir o fardo. Já escolhi um para você.” Cedo ou tarde, o propósito de Deus é que seus filhos encorajem uns aos outros. Elias precisava de um amigo e a Palavra de Deus nos lembra que esse profeta era um homem como nós.

O que é um amigo? Uma definição que li dizia: “Um amigo é aquele indivíduo que se faz presente quando todas as demais pessoas estão ausentes.” Para Elias em 1 Reis 19, o mundo inteiro foi embora. Ele tinha se esquecido das promessas e da provisão de Deus, e que outras pessoas se encontravam na mesma situação que a sua. A solução de Deus para o desespero de Elias foi um amigo chamado Eliseu.

Agora, nossa predisposição natural num estudo como este é nos identificar com Elias; gostaríamos muito de ter um amigo como Eliseu. Entretanto, o alvo da passagem é nos encorajar a nos identificar com Eliseu, a ser um amigo para outra pessoa.

O Chamado de Eliseu:
Vestindo O Manto

Quero apresenta-lo ao amigo de Elias hoje, um rapaz de sítio natural das planícies do Jordão. A Bíblia nos fornece informações sobre a família um tanto rica de Eliseu em 1 Reis 19.19:

Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou o seu manto sobre ele.

Nesse cenário, encontramos Eliseu trabalhando como o chefe no campo, arando atrás de onze servos. Cada servo possui um par de bois e aram os campos numa formação organizada. Isso se assemelha a possuir 12 tratores operando ao mesmo tempo. Não é um maquinário pequeno.

Evidentemente, o pai de Eliseu, Safate, era dono de muitas terras e, por ser um homem abastado, sem dúvidas era um líder influente na comunidade de Abel-Meolá. O nome da cidade Abel-Meolá significa “campo de dança,” indicando a alegria e felicidade predominantes nas vidas das pessoas que habitavam aquela região agrícola fértil.

No final do verso 19, lemos que Elias atravessa o campo até onde Eliseu ara o solo. Em seguida, Elias passou por ele e lançou o seu manto sobre ele. Eles não trocaram nenhuma palavra, mas Eliseu entendeu imediatamente o significado daquele ato. Na verdade, todos em Israel entenderiam aquilo. O manto de pelo de camelo representava todos os valores de Elias, sua posição como profeta e mestre.

O Sir John Malcolm escreveu o seguinte sobre costumes do Oriente Médio: “Quando um grande mestre morria, seu manto era repassado para o discípulo que ele mais estimava... essa transferência identificava quem seria o herdeiro de sua posição.” Elias estava convocando Eliseu para o ministério profético.

Parece que Elias continuou caminhando pelo campo. Assim que Eliseu despertou daquela surpresa ou choque, ele correu atrás de Elias. Veja o verso 20:

Então, deixou este os bois, correu após Elias e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. Elias respondeu-lhe: Vai e volta; pois já sabes o que fiz contigo.

A resposta de Eliseu é imediata: “Sim,” mas ele queria se despedir da família. Não entenda isso errado; não se trata de comprometimento. Conforme Matthew Henry escreveu, Eliseu voltou para casa para se despedir, não para pedir a permissão de seus pais.

E Elias responde ao pedido de Eliseu, dizendo praticamente: “Eliseu, volte para casa e, enquanto estiver lá, pondere no que acabei de fazer. Estou pedindo para que você renuncie seu lar, posição, terra, pais e todos os confortos que conhece para me seguir. Como você já sabe, sou um profeta velho e andarilho. Pense nisso mais cuidadosamente.”

Então, Eliseu volta para casa e veja o que ele faz no verso 21:

Voltou Eliseu de seguir a Elias, tomou a junta de bois, e os imolou, e, com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram...

Você provavelmente já ouviu a expressão “queimar pontes,” isto é, deixar para trás seu passado e seguir adiante. Bom, Eliseu não somente queima, ele assa e come sua ponte. Eliseu faz um churrasco na vizinhança! Ele convida os trabalhadores da fazenda e familiares e faz um churrasco ali como nunca tinha feito antes. Você imagina consumir dois bois inteiros?

Isso nos conduz ao seguinte pensamento: o chamado de Deus na vida de Eliseu foi motivo de celebração, não de tristeza.

O texto não descreve a reação dos pais de Eliseu. Entretanto, você consegue imaginar qual teria sido a reação mais comum? Eles poderiam ter dito: “Eliseu, você está louco? Esta é a fazenda da nossa família; como você pode simplesmente ir embora assim? Além disso, você tem uma vida boa aqui; é o herdeiro de toda esta fortuna! E quem é essa tal de Elias mesmo? Sabemos que ele é um andarilho. Onde você vai morar? Vai comer o que? Que tipo de futuro terá um profeta?”

Várias gerações atrás, C. T. Studd deixou a fortuna de sua família na Inglaterra e foi para a África como missionário. Já que era o primogênito, Studd recebeu, após o falecimento de seu pai, toda a herança, que equivalia a mais de um milhão de dólares. Mas imediatamente, ele deu sua herança—um tanto para Hudson Taylor, outro tanto para George Mueller e seus orfanatos e outro tanto para um evangelista americano chamado D. L. Moody.

C. T. Studd ainda colhe os frutos de seu investimento eterno. Eu tenho uma foto dele no meu escritório. Existe uma foto grande da sua casa na Inglaterra—uma mansão de mármore e pedra cercada por campos e aposentos de servos. Dentro da foto, você encontra outra foto pequena; é de C. T. Studd sentado do lado de fora de sua cabana na África com galinhas ciscando à sua volta. Você jamais ousaria dizer a esse homem: “Rapaz, como você desperdiçou sua vida!”

Você pode dizer: “Mãe, acho que quero ser um pastor.” Sua mãe responde: “Meu filho, vou pegar uma aspirina; talvez irá ajuda-lo.” Ou então: “Pai, Deus está me chamando para ser um missionário.” O pai responde: “O que?! Missionário?! Quantas vezes por ano poderei vê-lo?”

Você já parou para pensar que sua maior contribuição para o reino de Deus será por meio de seus filhos? Sua disposição e apoio para vê-los embarcando para terras distantes não é um sacrifício pequeno. Contudo, não existe sequer uma pessoa no céu que se arrependa desse sacrifício hoje!

Agora, será que isso significa que todo crente deve largar seu emprego? Não. Cada crente tem um chamado pessoal e cada chamado traz consigo demandas diferentes. O que Deus quer é que cada crente sacrifique a ponto de cumprir as demandas de sua contribuição pessoal ao ministério, quer seja ensinando uma turma de Escola Dominical, ajudando em estacionamento ou no berçário.

Evidentemente, Eliseu recebeu o apoio de sua família. E ele também não voltou. Parece que todos participaram alegremente de sua celebração quando Eliseu, ao aceitar publicamente seu chamado, assou e comeu suas pontes.

O Chamado do Crente: Usar O Jugo

Agora, precisamos entender que existe um paralelo no Novo Testamento para o chamado de Elias a Eliseu. Não somos chamados a vestir um manto de pelo de camelo; somos chamados a usar um jugo. Jesus Cristo afirmou em Mateus 11.29:

Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.

Esse convite envolve duas renúncias. Se você deseja andar com Cristo como seu discípulo, aprendendo e crescendo continuamente, terá que fazer duas renúncias.

  • Primeiro: existe a renúncia do interesse pessoal.

O uso figurado do termo jugo nesse verso era comum nos dias de Cristo. No século primeiro, as pessoas diziam que um pupilo estava sob o jugo de seu mestre. Um escrito rabínico encorajava os jovens discípulos a “colocar seu pescoço sob o jugo e permitir que sua alma receba instrução.”

A ideia de jugo possui implicações poderosas. O jugo era feito de madeira e trabalhado para que encaixasse sobre o pescoço e ombros de cada boi individualmente. Quanto mais cuidadoso era o dono, melhor o jugo encaixava.

O nosso Mestre nos convida a usar o seu jugo que ele projetou de forma peculiar para cada um de nós. O currículo para o seu crescimento e progresso é diferente do currículo dos outros crentes na terra. E o seu Mestre é perfeitamente sábio e cuidadoso na maneira como projeta seu jugo.

  • Segundo: crescer em Cristo exige a renúncia do controle pessoal.

Veja o verso 29 novamente: Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim. Não é o Mestre que usa os arreios, você usa; ele segura as rédeas e nos conduz para a direita ou para a esquerda. Ele nos coloca no campo de sua escolha e determina o trabalho que precisamos realizar. E ele trabalha pelo tempo que acha necessário e conforme sua vontade. Ele é o Mestre, nós os servos. Existem pouquíssimos discípulos porque pouquíssimas pessoas estão dispostas a entregar as rédeas.

Observe o conteúdo do currículo no verso 29:

...aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.

O Mestre é Cristo e o conteúdo é Cristo. Ou seja, Jesus Cristo diz aos que usam o jugo divino: “Abrirei minha vida e você poderá observá-la. Andaremos juntos.” Jesus, o maior “Elias” diz: “Eliseu, você me seguirá? Você será meu discípulo e vestirá meu manto?” Eliseu respondeu: “Sim, irei,” e ele andou com Elias pelos dez anos seguintes.

E o que Eliseu acabou fazendo? Volte para 1 Reis 19 e veja o final do verso 21: Então, se dispôs, e seguiu a Elias, e o servia. A marca de um discípulo notável é que ele ou ela está disposto a ser conhecido meramente como o servo do mestre. O chamado de Eliseu ao serviço foi motivo para celebração.

Aplicação

Se você deseja ser um discípulo ou pupilo de Jesus Cristo, se está disposto a entrar na sala de aula de treinamento especializado projetado especialmente para você, várias coisas serão exigidas de você.

  • Primeiro: discipulado exige mudança. Você é flexível?

Nós nos esquecemos com bastante frequência que Deus nos manda mudar. Ser conformado à imagem do Mestre exige mudança. Você está disposto a mudar?

Você imagina como a vida de Eliseu foi revolucionada? Por dez anos, Eliseu, que estava acostumado a ter homens servindo-o, andou com Elias e se tornou seu servo.

  • Segundo: discipulado exige renúncia. Você está disposto?

Infelizmente, discipulado com Jesus Cristo perdeu o desafio de sacrificar nossas vidas, tempo e talentos. O que em sua vida você está disposto a abrir mão para poder avançar a causa de Jesus Cristo?

No início do século 19, Henri Dunant foi um banqueiro suíço riquíssimo com apenas 30 anos de idade. Numa certa ocasião, ele foi à França se encontrar com Napoleão para conversar sobre suas aventuras em negócios que o enriqueceriam grandemente. Quando chegou à França, disseram-lhe que o general já tinha saído para a guerra, que estava sendo travada por perto. Então, Dunant, sendo um empreendedor destemido, subiu em seu cavalo e cavalgou ao campo de batalha na esperança de pegar Napoleão antes de a luta começar. Quando chegou ao topo de um monte que ficava diante do campo onde a batalha aconteceria, Dunant percebeu que já era tarde demais. Ele viu as cavalarias colidindo e atacando; ele testemunhou carnificina e ouviu gritos. Como resultado, ficou tão afetado que nunca mais retornou à Suíça. Ali ficou por três semanas ajudando os que haviam sido feridos na batalha e enterrando os mortos.

Henri Dunant foi um homem que, agora, encontrou outra paixão. Ele investiu toda sua fortuna e vida fundando uma organização para ajudar os que tinham necessidades. Finalmente, em 1901, ele foi exonerado e recebeu o primeiro Prêmio Nobel da história, o qual veio com uma grande soma de dinheiro. Ele deu todo o dinheiro à sua fundação conhecida como Cruz Vermelha. Dunant ficou sem dinheiro algum e passou seus últimos dias numa casa pobre. Todavia, ele era um discípulo de uma causa que o consumiu.

  • Finalmente, terceiro: discipulado envolve intimidade. Você está disponível?

Esse é o aspecto mais incrível de todos. No decorrer dos anos, Eliseu se torna um querido amigo de Elias.

Encontramos evidência disso em 2 Reis 2. Em breve, Elias irá para o lar celestial; os profetas sabem, Elias sabe e Eliseu sabe disso. Então, Elias decide ir mais uma vez às três escolas de profetas que ele tinha fundado para dar um desafio final de despedida.

Numa cena comovente, Elias tenta deixar Eliseu; quem sabe, talvez Elias sabe que o tempo se aproxima e não quer preocupar seu amigo. Veja o verso 2 de 2 Reis 2:

Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Betel. Respondeu Eliseu: Tão certo como vive o SENHOR e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, desceram a Betel.

Pule para o verso 4:

Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Jericó. Porém ele disse: Tão certo como vive o SENHOR e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, foram a Jericó.

Em outras palavras, Eliseu diz: “Elias, vou andar contigo até o fim.” Eliseu tinha começado como um servo leal; agora, é um amigo fiel.

Uma das frases mais comoventes aparece duas vezes: uma vez em cada um dos primeiros lugares para onde Elias e Eliseu viajaram. Veja o verso 3:

Então, os discípulos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça? Respondeu ele: Também eu o sei; calai-vos.

Pule para o verso 5:

Então, os discípulos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça? Respondeu ele: Também eu o sei; calai-vos.

Imagine! Eliseu é um profeta em treinamento que recebeu ensino teológico diretamente do maior profeta de Israel. Pensamos que esse homem maduro que herdará a posição de Elias dirá: “É, Elias será levado hoje. Graças a Deus por sua bondade!” Não! Eliseu diz: “Eu sei disso... mas não fale sobre isso comigo.”

Elias e Eliseu se tornaram amigos chegados; e amigos chegados são insubstituíveis.

Deixe-me destacar ainda outra coisa, agora em 2 Reis 3. Isso aconteceu já no ministério de Eliseu depois de Elias ter sido trasladado para a glória.

Em 2 Reis 3, o rei Josafá busca um profeta do Senhor e um servo responde no verso 11:

...Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias.

Não ignore isto: apesar de Deus usar Eliseu para realizar duas vezes mais a quantidade de milagres que Elias realizou; apesar de o baalismo de Jezabel ser erradicado sob o ministério de Eliseu, ele ainda será conhecido como o homem que serviu Elias.

Talvez Elias tenha tido problema de artrite nas mãos e Eliseu derramava água morna para aliviar suas dores. Mas Eliseu fazia muito mais do que simplesmente derramar água; ele derramava encorajamento sobre o coração de seu amigo já idoso.

O primeiro e maior ministério de Eliseu foi simplesmente se tornar amigo de Elias. O chamado de Eliseu e o nosso pode ser o de servir outro.

Isso me conduz a um pensamento final sobre o chamado de Eliseu. O seu chamado e o nosso pode ser para obscuridade privada, não serviço público.

Deus o chamou para um ministério de encorajamento e serviço nos bastidores? Se sim, você tem o que gosto de chamar de “dom da presença.” Você está ali simplesmente como encorajamento a alguém que precisa de água derramada sobre seu coração.

É o que Jônatas foi para Davi, o que Barnabé foi para Paulo. Talvez seu maior ministério na terra será esse. E, depois que partir, pessoas o lembrarão como “o encorajador,” como aquele que animava corações desanimados.

Elias tinha orado para morrer, mas Deus, ao invés disso, lhe enviou um amigo. Pouco depois, o cheiro de picanha e alcatra assada subiu no ar. Houve festa e celebração!

Eu e você somos exatamente iguais num aspecto: todos nós precisamos de um amigo. E todos nós queremos um amigo como Eliseu. O desafio nessa história, contudo, é ser Eliseu, é nos tornar um amigo.

Quem sabe, talvez você pode começar sua procura esquentando água e assando uma carne. Em seguida, busque alguém que precisa do tratamento tranquilizador de sua amizade. Talvez esse será o maior momento de sua vida, quando renunciar o controle de sua vida e o interesse pessoal como um discípulo que escolheu usar o jugo de seu Mestre.

Sempre haverá carência de amigos, mas jamais haverá carência de pessoas que precisam de um amigo como Eliseu. Ore hoje mesmo: “Senhor, faça de mim um servo, humilde e manso. Senhor, ajude-me a encorajar os fracos. Que a oração do meu coração seja sempre: faz de mim um servo.”

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 03/12/1995

© Copyright 1995 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

Transcript

 

 

Add a Comment


Our financial partners make it possible for us to produce these lessons. Your support makes a difference.
CLICK HERE to give today.

Never miss a lesson. You can receive this broadcast in your email inbox each weekday.
SIGN UP and select your options.